2. O sistema reprodutivo
• Mantém uma abertura
ao ambiente externo,
sendo então suscetível à
infecções;
• Os micróbios que
causam infecções do SR
normalmente são muito
sensíveis ao estresse
ambiental e requerem
contato íntimo para a
transmissão.
3. DSTs ou ISTs
• As doenças do sistema
reprodutivo transmitidas
pela atividade sexual têm
sido denominadas doenças
sexualmente transmissíveis
(DSTs) ou ISTs – Infecções
sexualmente transmissíveis.
4. • No Brasil, as estimativas da Organização Mundial
de Saúde (OMS) de infecções de transmissão
sexual na população sexualmente ativa, a cada
ano, são:
Sífilis: 937.000
Gonorreia: 1.541.800
Clamídia: 1.967.200
Herpes genital: 640.900
HPV: 685.400
5. Prevenção
• Camisinha!!!
• A camisinha é
impermeável;
• Se utilizada
corretamente, o risco de
transmissão cai para 5%.
6. Tratamento
• O tratamento das DSTs
melhora a qualidade de vida
do paciente e interrompe a
cadeia de transmissão dessas
doenças.
8. Gonorreia
• Causada pelo diplococo gram-
negativo Neisseria gonorrhoeae;
• Para infectar, o gonococo precisa
se ligar por meio das fímbrias às
células mucosas da parede
epitelial (área orofaríngea,
olhos, reto, uretra, abertura da
cérvice...).
9. Sintomas
• Homens: dor ao urinar,
descargas de pus proveniente
da uretra;
• Mulheres: mais insidiosa,
somente a cérvice é
infectada. Posteriormente,
no curso da doença, pode
ocorrer dor abdominal de
complicações como a doença
inflamatória pélvica.
10. Complicações
• Podem envolver as articulações, o
coração (endocardite gonorreica), as
meninges (meningite gonorreica), os
olhos, a faringe e outras partes do
corpo;
• A artrite gonorreica, que é causada
pelo crescimento do gonococo nos
fluidos das articulações, ocorre em
aproximadamente 1% dos casos de
gonorreia. As articulações comumente
afetas são as do pulso, do joelho e do
tornozelo.
11. Diagnóstico e tratamento
• Homens: os gonococos são encontrados
em esfregaços de pus da uretra;
• Mulheres: normalmente uma cultura é
coletada da cérvice e cultivada em meios
especiais;
• O gonococo é muito sensível às
influências ambientais adversas
(dessecação e temperatura) e sobrevive
com dificuldade fora do corpo;
• Tratamento: cefalosporinas, como a
ceftriaxona ou o cefixime.
12. Clamídia
• Uretrite não gonocócica (UNG);
• O patógeno mais comum
associado à UNG é a Chlamydia
trachomatis, um coco gram
negativo;
• Ureaplasma urealyticum e
Mycoplasma hominis;
• Estima-se que seja a doença
sexualmente transmissível mais
comum no mundo.
13. Sintomas
• A infecção pala Clamídia
apresenta basicamente o
mesmo quadro clínico da
gonorreia, porém, com
sintomas menos intensos;
• As mulheres normalmente
são assintomáticas;
• Muitos casos de UNG
permanecem não tratados.
14. Complicações
• Os homens podem desenvolver
inflamação do epidídimo;
• Em mulheres, a inflamação das tubas
uterinas pode causar cicatrizes e
esterilidade por fibrose;
• Estima-se que cerca de 50% dos
homens e 70% das mulheres não
estão conscientes de suas infecções
clamidiais.
15. Diagnóstico e tratamento
• A cultura é o método mais
confiável. Atualmente, existem
testes que amplificam e detectam
as sequências de DNA e RNA do
micro-organismo;
• C. trachomatis é sensível aos
antibióticos tipo tetraciclina, como
a doxiciclina, ou do tipo macrolídeo,
como a azitromicina.
16. Sifilis
• Causada pela espiroqueta gram-
negativa Treponema pallidum;
• A sífilis é transmitida por
contato sexual de quaisquer
tipos ou através do parto;
• O período médio de incubação
é de três semanas, mas pode
variar até muitos meses.
• A doença progride em estágios.
17. Estágios e sintomas
• Estágio primário: o sinal
inicial é um cancro
pequeno e de base
endurecida, que aparece de
10 a 90 dias pós-exposição.
O cancro é indolor, e um
fluido seroso altamente
infeccioso se forma no
centro;
• Durante esse estágio, as
bactérias entram na
corrente sanguínea e no
sistema linfático.
18. Estágios e sintomas
• Estágio secundário: marcado
por erupções cutâneas de
aparência variável, distribuídas
pela pele e pelas membranas
mucosas, sendo
especialmente visíveis nas
regiões palmar e plantar;
• Outros sintomas
frequentemente observados
são perda de tufos de cabelo,
mal-estar e febre leve.
19. Estágios e sintomas
• Latência: os sintomas da sífilis
secundária normalmente regridem
após algumas semanas. Durante
esse período, não há sintomas.
• Após 2 a 4 anos de latência, a
doença normalmente é não
infecciosa, exceto pela transmissão
materno-fetal.
• A maioria dos casos não progride
além do estágio latente, mesmo
sem tratamento.
20. Estágios e sintomas
• Estágio terciário: pode ser
classificado pelos tecidos afetados e
pelo tipo de lesão;
• A sífilis gomosa é caracterizada por
lesões gomosas no tecido em vários
órgãos (mais comumente na pele,
nas membranas mucosas e nos
ossos) após cerca de 15 anos;
• Causam destruição dos tecidos, mas
normalmente não causam
incapacitação ou morte.
21. Complicações
• Sífilis congênita: é transmitida
através da placenta para o feto.
O prejuízo do desenvolvimento
mental e outros sintomas
neurológicos estão entre as
consequências mais graves;
• Ocorre durante o período
latente da doença;
• O tratamento da mãe com
antibióticos durante os dois
primeiros trimestres irá prevenir
a transmissão congênita.
22. Diagnóstico e tratamento
• Teste laboratorial, quando não há
evidência de sintomas;
• Testes treponêmicos possibilitam a
determinação visual qualitativa da
presença de anticorpos IgG e IgM
anti-Treponema pallidum em
amostras de sangue coletadas a partir
de punção digital;
• A penicilina benzatina é utilizada para
o tratamento. Azitromicina,
doxiciclina e a tetraciclina são
administradas em pessoas sensíveis à
penicilina.
24. Herpes genital
• Causada pelo vírus herpes
simples tipo 2 (HSV-2);
• As vesículas características da
doença contêm fluidos
infecciosos, mas muitas vezes a
doença é transmitida quando
não há sintoma ou lesão
aparente;
• O sêmen contém o vírus. O
contágio pode ocorrer mesmo
com o uso do preservativo.
25. Sintomas
• As lesões aparecem após um
período de incubação de no
máximo uma semana e
causam uma sensação de
queimação. A seguir,
aparecem as vesículas;
• Tanto em homens quanto em
mulheres, a micção pode ser
dolorosa;
• Normalmente, as vesículas
cicatrizam em algumas
semanas.
26. Complicações
• Possibilidade de recorrência: como
em outras infecções herpéticas,
como o herpes labial ou o herpes
zoster, o vírus entra em estado
latente nas células nervosas;
• A reativação parece ser
desencadeada por vários fatores,
incluindo menstruação, estresse
emocional ou doença, e talvez
mesmo o ato de coçar/arranhar a
área afetada.
27. Diagnóstico e tratamento
• O diagnóstico de herpes genital
pode ser feito pelo isolamento do
vírus a partir das vesículas, por
teste de PCR e testagem sorológica,
se não há lesões;
• Não há cura para o herpes genital!
• Atualmente as drogas antivirais
aciclovir, fanciclovir e valaciclovir
são recomendadas para o
tratamento.
28. Condiloma acuminado (HPV)
• Causada pelo Papilomavírus
humano (HPV);
• A principal forma de transmissão
desse vírus é pela via sexual,
podendo haver infecção na
ausência de penetração vaginal
ou anal;
• O uso da camisinha durante a
relação sexual geralmente
impede a transmissão do vírus,
que também pode ser
transmitido para o bebê durante
o parto.
29. Sintomas
• Causa verrugas de tamanhos
variáveis. No homem, é mais
comum na cabeça do pênis e
na região do ânus. Na mulher,
os sintomas mais comuns
surgem na vagina, vulva,
região do ânus e colo do
útero;
• As lesões também podem
aparecer na boca e na
garganta. Tanto o homem
quanto a mulher podem estar
infectados pelo vírus sem
apresentar sintomas.
30. Complicações e câncer
• Pelo menos 13 tipos de HPV são
considerados oncogênicos;
• Nos casos nos quais a infecção
persiste e, especialmente, é causada
por um tipo viral oncogênico, pode
ocorrer o desenvolvimento de lesões
precursoras, que se não forem
identificadas e tratadas podem
progredir para o câncer,
principalmente no colo do útero,
mas também na vagina, vulva, ânus,
pênis, orofaringe e boca.
31. Diagnóstico
• Diagnóstico feito por meio de
exames de biologia molecular,
que mostram a presença do
DNA do vírus;
• O diagnóstico das verrugas
ano-genitais pode ser feito
em homens e em mulheres
por meio do exame clínico.
• Exame Papanicolau.
32. Tratamento e vacina
• Uma vez feito o diagnóstico
o tratamento pode ser
clínico (medicamentos) ou
cirúrgico, nos casos de
câncer;
• Duas vacinas: uma
quadrivalente, prevenindo
contra os HPVs 16, 18, 6 e
11, e outra bivalente,
prevenindo apenas contra os
HPVs 16 e 18.
34. Candidíase
• O patógeno mais comum é um
fungo leveduriforme, chamado
Candida albicans;
• Estimativa de que metade das
mulheres terá tido pelo menos
um episódio até os 25 anos;
• A C. albicans frequentemente
cresce sobre as membranas
mucosas da boca, do trato
intestinal e do trato
geniturinário.
35. Sintomas
• As lesões produzem irritação,
coceira intensa, uma descarga
espessa, coalhada e amarela, com
cheiro fermentado ou sem odor;
• A candidíase é muito menos
comum em meninas antes da
puberdade ou em mulheres após a
menopausa. O diabetes não
controlado, hormônios e a
antibioticoterapia podem ser
fatores predisponentes para a
vaginite por C. albicans.
36. Diagnóstico e tratamento
• Diagnosticada pela identificação
microscópica do fungo em
raspados das lesões e por
isolamento do fungo em
cultura;
• O tratamento normalmente
consiste em aplicação de drogas
antifúngicas de venda livre,
como clotrimazol e miconazol.
Um tratamento alternativo é
uma dose única, por via oral, de
fluconazol ou outro antifúngico
azólico.
38. Tricomoníase
• Causada pelo protozoário
anaeróbico Trichomonas vaginalis;
• Frequentemente é um habitante
normal da vagina em mulheres e
da uretra em muitos homens. É
transmitido por via sexual;
• Se a acidez normal da vagina for
alterada, o protozoário pode
suplantar o crescimento da
população microbiana normal da
mucosa genital e causar
tricomoníase.
39. Sintomas
• Cerca da metade dos casos são
assintomáticos;
• O corpo acumula leucócitos no
local da infecção em resposta à
infecção pelo protozoário. A
descarga resultante é profusa,
amarelo-esverdeada e
caracterizada por um odor
desagradável, sendo
acompanhada por irritação e
coceira.
40. Diagnóstico e tratamento
• O diagnóstico normalmente é
feito pela identificação dos
organismos na descarga. O
patógeno pode ser encontrado
no sêmen ou urina de homens
portadores;
• O tratamento é feito por via oral
com metronidazol, administrado
a ambos os parceiros sexuais, o
que facilmente cura a infecção.
42. Referências bibliográficas
• TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C.L. Microbiologia. 10. Ed.
Porto Alegre: ArtMed, 2012
• DST, AIDS e Hepatites Virais. Disponível em
http://www.aids.gov.br/. Acesso em 17 fev. 2015.
• HPV e câncer. Disponível em
http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=2687. Acesso
em 17 fev. 2015.