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ALTERAÇÕES ONCOLÓGICAS
I. Introdução:
. Imunologia – estudo do sistema imunológico.
. Reconhecer e reagir contra antígenos (moléculas estranhas).
H1N1 HIV – MEV: 360.000 x
II. Mecanismos de defesa não específicos:
. 1ª Linha – Pele
Mucosas: . vias respiratórias – muco
. gástrica – HCl
. vaginal – meio ácido
. 2ª Linha – Células:
. Neutrófilos
. Macrófagosfagócitos
Macrófago lançando pseudópode para
fagocitar uma bactéria.
. Eosinófilos: ataque a vermes.
Macrófagos fagocitando.
SISTEMA LINFÁTICO
• Sistema paralelo ao circulatório, constituído por uma vasta rede de vasos
semelhantes às veias (vasos linfáticos), que se distribuem por todo o
corpo.
• Função: o Sistema Linfático tem duas diferentes funções, limpeza eFunção: o Sistema Linfático tem duas diferentes funções, limpeza e
defesa.defesa.
• Funções:
» fazer retornar à corrente sanguínea substâncias vitais, na
maioria proteínas que escapam dos capilares (recolhem
o líquido tissular que não retornou aos capilares
sanguíneos, filtrando-o e reconduzindo-o à circulação
sanguínea.)
SISTEMA LINFÁTICO
Absorção de lípidos e vitaminas lipossolúveis no tubo
digestivo
Intervenção na defesa do organismo. (atua na defesa
produzindo linfócitos, aprisionando agentes agressores e
produzindo anticorpos. Compõe o Sistema Linfático na defesa:
a linfa (como meio de transporte), os Ganglios, os linfócitos,
as tonsilas (faríngeas, palatinas e sublingual), o timo, o baço
e o apêndice) OBSERVAÇÃO: Linfócitos T – maturam-se no
timo.
Linfócitos B – saem da medula já maduros.
SISTEMA LINFÁTICO
• Órgãos linfáticos: amígdalas (tonsilas),
adenóides, baço, linfonodos ( nódulos
linfáticos) e timo (tecido conjuntivo reticular
linfóide: rico em linfócitos).
• Amígdalas (tonsilas palatinas): produzem
linfócitos.
• Timo: órgão linfático mais desenvolvido no
período prénatal, involui desde o nascimento
até a puberdade.
Linfocorpos nodos ou nódulos
linfáticos: órgãos linfáticos mais
numerosos do organismo, cuja função é a
de filtrar a linfa e eliminar estranhos que
ela possa conter, como vírus e bactérias.
Nele ocorrem linfócitos, macrófagos e
plasmócitos. A proliferação dessas células
provocada pela presença de bactérias ou
substâncias/organismos estranhos
determina o aumento do tamanho dos
gânglios, que se tornam dolorosos.
Baço: órgão linfático, excluído da circulação
linfática, interposto na circulação
sanguínea e cuja drenagem venosa passa,
obrigatoriamente, pelo fígado. Possui
grande quantidade de macrófagos que,
através da fagocitose, destroem
micróbios, restos de tecido, substâncias
estranhas, células do sangue em
circulação já desgastadas como eritrócitos,
leucócitos e plaquetas. Dessa forma, o
baço “limpa” o sangue, funcionando como
um filtro desse fluído tão essencial. O baço
também tem participação na resposta
imune, reagindo a agentes infecciosos.
Inclusive, é considerado por alguns
cientistas, um grande nódulo linfático.
SISTEMA LINFÁTICO
• Anticorpos
• Facilitam a destruição dos agentes nocivos.
São formados por proteínas como globulina.
Constituem o resultado final da proliferação
de linfócitos “B”. (Existem linfócitos “B” que
actuam mais eficazmente nas infecções
agudas e o “T” que são eficientes nas
crónicas.).
Sistema Linfático: Linfonodos eSistema Linfático: Linfonodos e
vasos linfáticosvasos linfáticos
SISTEMA VASCULAR LINFÁTICO
TONSILAS
TIMO
BAÇO
LINFONODOS
VASOS LINFÁTICOS
Sistema Linfático: TimoSistema Linfático: Timo
Sistema Linfático: BaçoSistema Linfático: Baço
Sistema Linfático: TonsilasSistema Linfático: Tonsilas
SISTEMA VASCULAR LINFÁTICO
21
Sistema LinfáticoSistema Linfático
CAPILAR LINFÁTICOCAPILAR LINFÁTICO
Histologia dos vasos linfáticosHistologia dos vasos linfáticos
LINFA (Latin: Linpha)
Linfa
intersticial
Linfa
circulante
Vasos
linfáticos
Tecidos
Vasos
sangüíneos
Sistema Linfático
• Relação entre Sistema Linfático e Sistema
Cardiovascular
Sistema Linfático
• Fluxo da linfa
-Como nas veias, os vasos linfáticos também não contam com uma bomba
propulsora (coração) capaz de gerar um fluxo consistente.
-Por isso, o fluxo da linfa é lento e depende da movimentação do corpo.
-O refluxo é impedido pela presença de válvulas, como nas veias.
Sistema Linfático
• Problemas associados à má circulação linfática
-Imobilidade prolongada produz edemas (inchaços), principalmente nas pernas.
-Nos casos de filariose (ou elefantíase), doença causada pela presença de vermes que bloqueiam os
capilares linfáticos, também acometem severamente as estruturas afetadas pelo acúmulo de líquido em
certas regiões do corpo.
Here comes your footer 
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DESAFIOS ONCOLOGIA
• DIMINUIR A INCIDÊNCIA
• DIMINUIR A MORTALIDADE
• MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA
– OFERECER TRATAMENTO INTEGRAL DE FORMA
OPORTUNA
– GARANTIR O ACESSO E A QUALIDADE
– Integrar assistência a ensino e pesquisa e
participação social
– Recursos Humanos Especializados
• A palavra “câncer” é um termo amplo que
abrange cerca de 200 doenças que partilham
duas características comuns:
• Um crescimento descontrolado;
• Capacidade de invadir e lesar tecidos normais
localmente ou à distância.
CâncerCâncer
Hipócrates, por volta do ano 400 a.C
 Câncer: As veias que irradiam a partir
de alguns tumores de mama
assemelham-se com as pernas de um
caranguejo.
 Ele deu à moléstia o nome de
karkinoma (carcinoma), palavra grega
que também significa caranguejo, e a
mesma associação chegou ao latim.
Estimativas 2014 BRASIL
Mais de 500mil casos novos/ano
A maioria no NE ainda descoberto em estágio avançado (III/IV)
DEFINIÇÃO DE NEOPLASIA
“NEOPLASIA É UMA MASSA ANORMAL DE TECIDO CUJO CRESCIMENTO EXCEDE E NÃO
ESTÁ COORDENADO AO CRESCIMENTO DOS TECIDOS NORMAIS E QUE PERSISTE
MESMO CESSADA A CAUSA QUE A PROVOCOU.”
(patologista inglês Rupert Willis)
CARACTERÍSTICA DA CÉLULA NEOPLÁSICA
Em conseqüência desse crescimento desordenado e autônomo é um progressivo
acúmulo de células neoplásicas. Acumulo sendo percebido como uma massa mais ou
menos volumosa designada de TUMOR.
As células tumorais, a medida que crescem, produzem massas que deformam,
comprimem ou, destroem o órgão do qual origina-se.
CARACTERÍSTICA DA CÉLULA
NEOPLÁSICA
A causa da transformação neoplásica é uma modificação do genoma
celular, sendo classificada como uma célula MUTANTE.
Sendo mutante, ela vai apresentar divisão independente dos controles
ambientais, apresenta morfologia e FUNÇÕES diferentes da célula-mãe.
Quanto mais intensa, mais grave a alteração do genoma, tanto será
maior a alteração de diferenciação, e portanto mais anômalas serão a
morfologia e as funções da célula neoplásica.
Graças a estas alterações e diferenciações, é que o
patologista pode diagnosticar as neoplasias.
Carcinogênese
Processo pelo qual células normais são transformadas
em células cancerosas
• Agente Iniciador (carcinógeno) – agente químico,
biológico ou físico capaz de modificar de forma
permanente, direta e irreversível a estrutura do DNA.
• Agente Promotor (co-carcinógeno) – altera a expressão
da informação genética da célula – efeitos temporários
e reversíveis.
CARCINOGÊNESE
Tecido alterado
Tumor
ESTÁGIOS de evolução da célula até chegar ao tumor
3
1 2 3
Multiplicação acelerada
Célula cancerosa
Invadem tecido vizinho
Desprendem-se
Metástase
Estágios 1 e 2
1 2
Agentes iniciadores
Iniciação
A célula sofre ação dos agentes
cancerígenos iniciadores, que alteram a
estrutura do DNA
Promoção
A célula alterada continua a sofrer ação de
agentes que estimulam a sua multiplicação
(agentes promotores) e transforma-se em
células malignas ou cancerosas
Agentes
promotores
Estágio 3
3 Progressão
Estágio de progressão
Multiplicação
descontrolada das
células alteradas
Acúmulo de
células
cancerosas
Tumor
Carcinogênese
• Carcinógeno completo – tem propriedades
para iniciar e promover, sendo capaz de
induzir câncer sozinho – radiação.
• Agente Reversor – inibe os efeitos dos
agentes promotores pelo estímulo de vias
metabólicas na célula que destroem
carcinógenos ou alteram sua potência – ex.
fármacos, enzimas e vitaminas.
CARCINOGÊNESE
Carcinogênese
• Oncogene – gene que evolui para controlar o
crescimento e a reparação tecidual.
• Progressão – transformação de um tumor de um
estado pré-neoplásico, ou de baixo grau de
malignidade, em um tumor de crescimento rápido
e virulento, caracterizada por alterações na taxa de
crescimento, potencial invasivo, freqüência de
metástases, traços morfológicos e respostas à
terapia.
CARCINOGÊNESE
Carcinogênese
• Heterogeneidade – diferenças individuais entre
células contidas em um tumor (composição
genética, taxa de crescimento e suscetibilidade a
terapia antineoplásica).
• Transformação – processo de várias etapas,
mediante o qual as células tornam-se
progressivamente menos diferenciadas após a
exposição a um agente iniciador.
CARCINOGÊNESE
DESENVOLVIMENTO DE UM CÂNCER
Como surge o câncer?
Célula normal
44
Célula cancerosa
Núcleo
Citoplasma
Carcinogênese
Agente cancerígeno
CÉLULAS
NEOPLÁSICAS
45
Estágios 1 e 2
1 2Iniciação
A célula sofre alteração no seu DNA,
espontaneamente ou por ação de
agentes cancerígenos iniciadores.
Promoção
A célula alterada continua a sofrer ação de
agentes que estimulam a sua multiplicação
(agentes promotores) e transforma-se em
células malignas ou cancerosas
Agentes
promotores
Agentes iniciadores
Estágio 3
3 Progressão
Estágio de progressão
Multiplicação descontrolada
das células alteradas
Acúmulo de
células
cancerosas
Tumor
NEOPLASMAS BENIGNOS E
MALIGNOS
A CLASSIFICAÇÃO DE MALIGNO OU
BENIGNO, SE BASEIA NOS EFEITOS
QUE ELES TÊM SOBRE O
ORGANISMO DO HOSPEDEIRO
Biologia do crescimento
Tumoral:
NEOPLASMAS BENIGNOS E
MALIGNOS
A DIFERENCIAÇÃO refere à extensão com que as células
neoplásicas lembram células normais comparáveis tanto
morfologicamente como funcionalmente.
A falta de diferenciação é denominada de ANAPLASIA
TUMORES BEM DIFERENCIADOS SÃO FORMADOS POR CÉLULAS
QUE LEMBRAM AS CÉLULAS NORMAIS MADURASDO TECIDO
DE ORIGEM DO NEOPLASMA
TUMORES POUCO DIFERENCIADOS OU INDIFERENCIADOS
APRESENTAM CÉLULAS NÃO ESPECIALIZADAS, COM ASPECTO
PRIMITIVO
DIFERENCIAÇÃO E ANAPLASIA
TUMORES BENÍGNOS e BEM DIFERENCIADOS evolui a partir da maturação
ou especialização de células indiferenciadas à medida que proliferam.
TUMOR MALÍGNO e INDIFERENCIADO deriva da proliferação sem
maturação completa das células transformadas.
a falta de diferenciação, ou anaplasia, é marcada por um número de
alterações morfológicas:
PLEOMORFISMO: variação de tamanho e forma das células e dos núcleos;
MITOSES: grande número de mitoses, refletindo em maior atividade
proliferativa;
PERDA DA POLARIDADE: crescimento anárquico e desorganizado.
DISPLASIA
DISPLASIA: CRESCIMENTO DESORDENADO
Encontrada principalmente no epitélio, caracterizada por alterações de
perda da uniformidade das células individuais, perda da sua orientação
arquitetural e pleomorfismo (capacidade de apresentar diversas formas na
mesma espécie).
As alterações displásicas quando envolvem toda a espessura do epitélio, mas
a lesão permanece confinada ao tecido normal, são consideradas de um
neoplasma pré-invasivo, ou carcinoma in situ.
do momento em que as células tumorais se movem além
dos limites normais,o tumor é chamado de invasivo.
UMA DISPLASIA NÃO EVOLUI OBRIGATÓRIAMENTE
PARA UM CÂNCER
DISPLASIAS E A FUNÇÃO DA CÉLULA
“QUANTO MELHOR FOR A DIFERENCIAÇÃO DA CÉLULA TRANSFORMADA,
MAIS COMPLETAMENTE ELA IRÁ RETER AS CAPACIDADES FUNCIONAIS
ENCONTRADAS NAS SUAS EQUIVALENTES NORMAIS”
Neoplasmas benígnos e os carcinomas bem diferenciados elaboram com
freqüência as características de sua origem. Funções semelhantes,
podendo servir de marcador diagnóstico.
Células indifernciadas altamente anaplásicas perdem sua semelhança com
as células normais de que derivam. Surgem funções novas e inesperadas
incapacidade para reconhecimento por marcadores
correspondentes a sua origem.
FISIOPATOLOGIA DO PROCESSO
MALIGNO
Processo patológico onde uma célula ANORMAL é
transformada por mutação genética do DNA celular
Essa célula anormal se replica (clone) começando a se
proliferar de maneira anormal, ignorando os sinais
REGULADORES de crescimento no ambiente que circunda a
célula.
As células adquirem características invasivas, e as alterações
têm lugar nos tecidos circunvizinhos.
As células infiltram esses tecidos e ganham acesso aos vasos
linfáticos e sangüíneos, que as transportam até outras áreas
do corpo. Esse fenômeno é chamado de METÁSTASE (câncer
disseminado para outras partes do corpo).
INVASÃO LOCAL TUMORAL
NEOPLASIA
EPITELIAL - TUMORATRAVESSAR
MEMBRANA
BASALNão há caminhos pré-
estabelecidos
Tecidos em malhas,
matriz gelatinosa
resistente,
proteoglicanos e
proteínas
CEL.
TUMORAL
Síntese e
liberação de
enzimas líticas
que degradam
as fibras e
modificam a
matriz celular
da Membrana
Basal
SECRETA
ENZIMA
S
DEGRADA
MEMBRANA BASAL
E TECIDO
CONJUNTIVO
CAI NO TECIDO
INTERSTICIAL
DEGRADA FIBRAS E
FLUIDIFICAÇÃO DO
INTERSTÍCIO
INVASÃO
COMPLETA
METÁSTASES
“AS METÁSTASES CARACTERIZAM DE MODO INEQUÍVOCO
UM TUMOR MALÍGNO PORQUE TUMORES BENÍGNOS NÃO
METASTAZIAM”
VIAS DE DISSEMINAÇÃO
IMPLANTE DAS CAVIDADES E SUPERFÍCIES CORPORAIS:
pode ocorrer sempre quando um neoplasia maligna penetrar
“num campo aberto” natural. Na maioria das vezes ocorre na
cavidade peritonial, podendo ocorrer em qualquer outra
cavidade – pleural, pericárdica, subaracnóidea.
tal implante é especialmente
característico de carcinomas que
surgem nos ovários, podendo afetar
toda a cavidade peritonial.
METÁSTASES
VIAS DE
DISSEMINAÇÃO
DISSEMINAÇÃO LINFÁTICA:
o transporte através dos linfáticos é
a via mais comum para a
disseminação inicial dos carcinomas.
Os vasos linfáticos que margeiam os
carcinomas são suficientes para
disseminação tumoral.
METÁSTASES
VIAS DE DISSEMINAÇÃO
DISSEMINAÇÃO HEMATOGÊNICA:
ocorre uma invasão tumoral na
rede venosa, pois as artérias
possuem parede mais espessa,
onde juntamente com as células
sangüíneas seguem o fluxo venoso,
sendo levado para todos os órgãos
METÁSTASES
VIAS DE DISSEMINAÇÃO
ANGIOGÊNESE:
as células malígnas também possuem a capacidade
de induzir o crescimento de novos capilares a partir
do tecido hospedeiro, a fim de satisfazer as
necessidades de nutrientes e oxigênio. Esse
processo é referido como angiogênese.
através dessa rede de vascular que os
êmbolos tumorais podem penetrar na circulação
sistêmica e fazer trajetos até sítios distantes.
PROCESSO DE METÁSTASE
CELULAR
ETIOLOGIA DAS CÉLULAS
CANCERÍGENASVÍRUS E BACTÉRIAS
acredita-se que os vírus se incorporem na estrutura genética das
células, alterando, assim, as futuras gerações da população celular – talvez
levando a um câncer.
a bactéria Helicobacter pylori foi associada a uma maior incidência
de malignidade gástrica, talvez secundária a inflamação e à lesão das
células gástricas.
AGENTES FÍSICOS
exposição excessiva aos raios ultravioleta do sol, principalmente por
parte das pessoas de pele clara, com olhos azuis ou verdes, aumenta o
risco de câncer na pele.
exposição à radiação ionizante pode ocorrer com procedimentos
diagnósticos repetidos ou com a radioterapia usada para tratar a doença.
ETIOLOGIA DAS CÉLULAS
CANCERÍGENAS
AGENTES QUÍMICOS
acredita-se que aproximadamente 75% de todos os cânceres estão
relacionados com o ambiente. A fumaça do cigarro, creditada como sendo
o mais letal carcinógeno químico isolado, contribui para, pelo menos, 30%
das mortes por câncer (Heath & Fontham, 2001).
o tabagismo está fortemente associado as cânceres de
pulmão, cabeça e pescoço, esôfago, pâncreas, colo uterino e bexiga.
Podendo atuar de maneira sinérgica com o álcool, abesto, urânio e vírus,
para promover o desenvolvimento do câncer.
Muitas substâncias químicas perigosas produzem seus efeitos tóxicos ao
alterarem a estrutura do DNA em sítios corporais distantes do local de
exposição à substância química.
ETIOLOGIA DAS CÉLULAS
CANCERÍGENAS
FATORES GENÉTICOS E FAMILIARES
quase todo câncer possui uma base familiar. Isso pode ser gerado
pela genética, ambientes compartilhados, fatores culturais ou estilo de
vida, ou apenas ao acaso.
aproximadamente 5 a 10% dos cânceres de fase adulta e da infância
demonstram uma predisposição familiar.
AGENTES HORMONAIS
o crescimento tumoral pode ser promovido por distúrbios no
equilíbrio hormonal, quer pela própria produção (endógena) ou
administração (exógena).
acredita-se que os cânceres de mama, próstata e útero dependem
dos níveis hormonais endógenos para o crescimento. Os contraceptivos
orais e as reposições de estrogênios prolongada estão associados à
incidência aumentada de cânceres hepátocelular, endometrial e mama.
ETIOLOGIA DAS CÉLULAS
CANCERÍGENAS
FATORES ALIMENTARES
acredita-se que os fatores alimentares estão associados com 35%
de todos os cânceres ambientais (Heath & Fontham, 2001). As substâncias
da dieta podem ser pró-ativas (protetoras), carcinogênicas ou co-
carcinogênicas.
o risco aumenta com a ingestão de carcinógenos ou co-
carcinógenos por longo período ou ausência crônica da ingestão de
substâncias pró-ativas na dieta.
as substâncias da dieta associadas a maior risco de câncer incluem
gorduras, álcool, carnes defumadas ou curadas com sal, alimentos
contendo nitratos e alta ingesta calórica na dieta.
as substâncias alimentares que parecem reduzir o risco de câncer
englobam os alimentos ricos em fibras, vegetais crus (repolho, brócolis,
couve-flor), carotenóides (cenouras, tomates, espinafre, pêras)
PAPEL DO SISTEMA IMUNE
Nos seres humanos, as células malignas são
capazes de desenvolver-se em base regular. No
entanto, algumas evidências indicam que o sistema
imune pode detectar o desenvolvimento das
células malignas e destruí-las, antes que o
crescimento celular se torne descontrolado.
Quando o sist. Imune falha em identificar e conter o
crescimento das células malignas, desenvolve-se o
câncer clínico.
PAPEL DO SISTEMA IMUNE
SIST.
IMUNE RECONHECE
ANTÍGENOS
(tumor-
associado)
ESTIMULA LIBERAÇÃO DE
MACRÓFAGOS E LINFÓCITOS
T
LINFÓCITOS T
SÃO
TÓXICOS PARA
O TUMOR
PROLIFERAM-SE
E SÃO
LIBERADOS
NA CORRENTE
SANGÜÍNEA
NATURAL
KILLER
(cel. de
defesa)
Destroe
m cél.
Tumorai
sLINFOCI
NAS E
ENZIMAS
DESTRUI
ÇÃO DO
TUMOR
V
PAPEL DO SISTEMA IMUNE
TUMORES NÃO
PRODUZEM
ANTÍGENOS
TUMORES
MODIFICA
M-SE TUMORES NÃO
PRODUZEM
ANTÍGENOS
TUMORES
COMBINAM-SE
COM OS
ANTICORPOS
RESPOSTA
IMUNE
NÃO
ALTERADACONTATO DO
TUMOR COM A
CÉLULA
NORMAL
INCÍCIO DE
TUMOR
OU
NO
DESENVOLVIMENT
O
DETECÇÃO E PREVENÇÃO DO CÂNCER
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
os enfermeiros devem adquirir conhecimento e habilidades
necessárias para educar a comunidade sobre o risco de câncer. Outra
maneira envolve adotar mudanças na dieta e as diversas alterações no
estilo de vida que os estudos epidemiológicos e laboratoriais
evidenciaram influenciar o risco de câncer.
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
a compreensão oriunda do papel da genética no desenvolvimento
da célula cancerosa contribuiu para a prevenção e triagem.
inúmeros fatores como raça, influências culturais, nível de
educação, rendimentos e idade, influenciam à respeito sobre o câncer.
De modo similar, os enfermeiros em todos os ambientes podem
desenvolver programas que identificam os riscos para pacientes e famílias
e que incorporam o ensino e o aconselhamento.
ESTAGIAMENTO E GRADAÇÃO DO TUMOR
Uma avaliação diagnóstica completa inclui identificar o estágio e o grau
do tumor. Isso é realizado antes que o tratamento comece a fornecer os
dados basais para avaliar os resultados basais para avaliar os resultados
da terapia e para manter uma conduta sistemática e consistente para o
diagnóstico e tratamento contínuos.
ESTAGIAMENTO
determina o tamanho do tumor e a existências de metástases.
GRADAÇÃO
refere-se a classificação das células tumorais. Os sistemas de gradação
procuram definir o tipo de tecido a partir do qual o tumor se originou e o
grau em que as células tumorais retêm as características funcionais e
histológicas do tecido de origem.
CLASSIFICAÇÃO DOS TUMORES
O TUMOR RECEBE UM VALOR NUMÉRICO QUE VARIA DE I A
IV
Os tumores de GRAU I, também conhecidos como
tumores bem diferenciados , assemelham-se muito ao
tecido de origem quanto à estrutura e função.
Os tumores de GRAU IV, não se assemelham muito
ao tecido de origem quanto à estrutura e função e são
descritos como mal diferenciados ou indiferenciados.
EXAMES DE IMAGEM USADOS
PARA
DETECTAR O CÂNCEREXAME DESCRIÇÃO USOS DIAGNÓSTICOS
MARCADOR TUMORAL Análise de subst.
Encontradas no sangue
Cânceres de mama,
próstata, testículo, pulmão
e cólon.
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Campos magnéticos e sinais
de radiofreqüência
Cânceres neurológico,
pélvico, esquelético,
abdominal e torácico
TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA
Feixes estreitos de raios X Cânceres neurológico,
pélvico, esquelético,
abdominal e torácico
FLUOROSCOPIA Raios X que identificam os
contrastes nas densidades
de tecidos
Cânceres esqueléticos,
pulmonares e
gastrintestinais.
ULTRA-SONOGRAFIA Ondas sonoras de alta
freqüência que fazem eco
nos tecidos
Cânceres abdominais e
pélvicos.
EXAMES DE IMAGEM USADOS
PARA
DETECTAR O CÂNCEREXAME DESCRIÇÃO USOS DIAGNÓSTICOS
ENDOSCOPIA Visualização direta de uma
cavidade corporal ou
passagem endoscópio
Cânceres brônquico e
gastrintestinal
IMAGEM POR MEDICINA
NUCLEAR
Injeção intravenosa ou
ingestão de subst. Com
radioisótopos
Cânceres ósseo, hepático,
renal, esplênico, cerebral e
tireóideo.
TOMOGRAFIA COM
EMISSÃO DE PÓSITRONS
(PET)
Imagens computadorizadas
transversais da
concentração de
radioisótopos
Cânceres de pulmão, cólon,
pancreático, mama,
esôfago; linfomas Hodgkin
e não-Hodigkin e
melanoma
RADIOIMUNOCONJUGADO
S
Anticorpos monoclonais
são marcados com um
radioisótopo e injetados no
paciente - agregação
Cânceres colorretal,
mamário, ovariano, cabeça
e pescoço; linfoma e
melanoma
Marcadores Tumorais
Os chamados marcadores tumorais (MT) são substâncias
utilizadas como indicadores de malignidade. Na maioria dos
casos, são produtos normais do metabolismo celular que
apresentam aumento de produção devido à transformação
maligna.
Classificação dos Marcadores Tumorais
– Classificação pela resposta:
Marcador tumoral celular: antígenos localizados na membrana celular
tais como marcadores para leucemia, como hormônios e receptores
de fatores de crescimento.
Marcadores humorais: substâncias que são sintetizadas pelo tecido
tumoral ou substâncias formadas pelo organismo em reação ao
tumor.
Marcadores genéticos: representados por seqüências de genes e
proteínas por ele codificadas que são super-expressos em situações
de desenvolvimento tumoral. Tem demonstrado enorme potencial
diagnóstico, especialmente com o advento da técnica da reação em
cadeia da polimerase (PCR).
Classificação pelo produto das
células tumorais
1. Enzimas
2. Hormônios
3. Antígenos Oncofetais
4. Marcadores de superfície celular
5. Produtos de oncogenes e transformações genéticas
TRATAMENTO
CIRURGI
A
CIRURGIA COMO
TRATAMENTO
PRIMÁRIO
CIRURGIA
PROFILÁTICA
CIRURGIA
PALIATIVA
CIRURGIA
RECONSTRUTORA
O enfermeiro deve estar atento após a cirurgia
realizada aos sinais e sintomas pós-operatórios,
nível de consciência, desequilíbrio
hidroelétrolítico, dor, cuidados com drenos,
curativos e orientação à respeito a sua
recuperação.
TRATAMENTO
INTERROMPE O CRESCIMETO CELULAR
CONTROLA A DOENÇA MALIGNA
QUANDO O UM TUMOR NÃO PODE SER
REMOVIDO POR MEIOS
CIRÚRGICOS
CONTROLE DE METÁSTASE LOCAL
CONTROLE PROFILÁTICO –
INFILTRAÇÃO LEUCÊMICA DO
CÉREBRO OU DA MEDULA
ESPINAL
RADIOTE
RAPIA
A radioterapia provoca a ruptura do tecido tissular
A ruptura tissular mais perigosa é a alteração da
molécula do DNA
CLIVAGEM FILAMENTOS DA HÉLICE DO DNA MORTE
CELULAR
BRAQUITER
APIA
(implante
cutâneo)
RADIOTERAPIA
QUIMIOTERAPIA
A QUIMIOTERAPIA é usada
principalmente para tratar a
doença sistêmica em lugar de
lesões que são localizadas e
adequadas para a cirurgia e
radioterapia
MORTE CELULAR
QUIMIOTERAP
IA
AGENTE
TUMORAL
MORTE
CELULAR
20 – 99%
ERRADICAÇ
ÃO 100%
QUASE
IMPOSSÍVE
L
CÉLULAS
EM
PROLIFER
AÇÃO
ATIVACÉLULAS
EM NÃO-
DIVISÃO
MENOS
SENSÍ
VEIS
MAIS
SENSÍVEIS
POTENCIAL
MENTE
PERIGOSAS
QUIMIOTERAPIA
CICLO CELULAR
SÍNTES
E DE
DNA
SÍNTESE
DE RNA E
PROTEÍNA
DIVISÃO
CELULAR
2
1
QUIMIOTERAPIA
QUIMIOTERAPIA
OS AGENTES QUIMIOTERÁPICOS PODEM SER ESPECÍFICOS PARA CADA FASE DO
CICLO CELULAR.
OS AGENTES QUE ATUAM INDEPENDENTE DAS FASES DO CICLO SÃO
DENOMINADOS DE AGENTES INESPECÍFICOS.
ESTIMULAM A MORTE DA CÉLULA TUMORAL DURANTE A TERAPIA
QUIMIOTERÁPICA AO CRIAR LESÃO CELULARES
A TERAPIA FARMACOLÓGICA É COMBINADA COM DIFERENTES TOXICIDADES E
COM AÇÕES SINÉRGICAS
USAR A TERAPIA COMBINADA DE DIFERENTES AGENTES EVITA O
DESENVOLVIMENTO DOS MECANISMOS DE RESISTÊNCIA AO
MEDICAMENTO
TOXICIDADE DOS SISTEMAS
POR QUIMIOTERAPIASISTEMA GASTRINTESTINAL
náuseas e vômitos são os sintomas mais comuns da quimioterapia e podem
persistir por até 24h.
pode ocorrer estomatite, inapetência, anorexia, mucosite, diarréia.
SISTEMA HEMATOPOIÉTICO
pode ocorrer mielossupressão (depressão da função da medula óssea),
resultando em diminuição de células sangüíneas.
aumento do risco de infecção e sangramento.
SISTEMA RENAL
lesão renal pelos efeitos diuréticos durante a excreção e o acúmulo dos
produtos terminais depois da lise celular.
conteúdo intracelular é liberado na corrente sangüínea, resultando
em níveis excessivos de potássio, fosfato e níveis diminuídos de cálcio.
TOXICIDADE DOS SISTEMAS
POR QUIMIOTERAPIASISTEMA CARDIOPULMONAR
os antibióticos antitumorais são conhecidos por causar
toxicidades cardíacas irreversíveis, como insuficiência cardíaca,
diminuição da fração de ejeção.
toxicidade pulmonar onde fibrose pulmonar a longo
prazo.
SISTEMA REPRODUTOR
função testicular e ovariana pode ser afetada causando
possível esterilidade.
as células reprodutoras podem ser lesadas durante o
tratamento, resultando em anormalidades cromossomiais.
SISTEMA NEUROLÓGICO
neuropatias periféricas, perda dos reflexos tendinosos
profundos e o íleo paralítico podem ocorrer. São efeitos
colaterais reversíveis logo após o término do tratamento.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
COM A QUIMIOTERAPIA
USAR UM GABINETE DE SEGURANÇA PARA A PREPARAÇÃO
DE TODOS OS AGENTES QUIMIOTERÁPICOS;
USAR LUVAS CIRÚRGICAS QUANDO MANUSEIA OS
AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E A EXCREÇÃO DOS PACIENTES
QUE RECEBERAM O TRATAMENTO;
USAR AVENTAIS DESCARTÁVEIS E DE MANGA LONGA PARA
O PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DO FÁRMACO;
DESCARTAR TODO O EQUIPAMENTO UTILIZADO NA
PREPARAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DA QUIMIOTERAPIA;
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
COM A QUIMIOTERAPIA
ATENTAR para o risco de
extravasamento de agentes
VESICANTES,onde poderá causar
LESÃO e NECROSE tissular para
tendões, nervos e vasos
sangüíneos subjacentes.
O pH de muitos medicamentos
antineoplásicos é responsável pela
FARMACOTERAPIA PALIATIVA
Regra nº 1 - Acreditar no paciente - Os pacientes com dor crônica
relacionada ao câncer percebem que sua dor é intensificada quando há
alguma sobrecarga social (dor da separação, dependência financeira,
incerteza do futuro) e espiritual (falta de sentido da vida e da morte,
religiosidade, sentimentos de culpa).
Regra nº 2 - O Analgésico é apenas parte do tratamento - Deve-se lembrar
que existem certos tipos de dor que não são tratáveis com analgésicos.
Regra nº 3 - A prescrição do analgésico deve ser contínua -prescrição do
analgésico deve estar baseada na meia-vida da droga. Esquemas de
prescrição de medicamentos "só quando necessário" devem ser
abolidos.
FARMACOTERAPIA PALIATIVA
Regra nº 4 - As doses devem ser individualizadas - Essa regra
permite o uso de escalas para avaliar a dor.
Regra nº 5 - Preferir a via oral para a administração de
analgésicos - Segue-se uma regra de preferência: via oral,
via sublingual, via retal, via transdérmica, via subcutânea,
via intramuscular e via venosa.
Regra nº 6 - A escala analgésica da O.M.S. - A intensidade da
dor é classificada por uma escala não visual de 0 a 10. São
analisados 3 patamares: 0 a 5, 5 a 7, mais de 7.
Dependendo do estágio de dor reportada, são inseridas
associações de medicamentos, tais como analgésicos,
opióides fracos e fortes.
FARMACOTERAPIA PALIATIVA
Regra nº 7 - Combinar analgésicos racionalmente - Objetivando
potencializar o efeito analgésico, associações de drogas podem ser
adotadas, tomando-se a cautela de usar drogas com ações
farmacológicas diferentes.
Regra nº 8 - Não permita que o seu paciente sofra dores - Não poupe
drogas analgésicas, evitando assim o sofrimento desnecessário do
paciente.
Regra nº 9 - Nem toda dor é responsiva a analgésicos.
Regra nº 10 - Não esquecer das medidas adjuvantes - Tais medidas
baseiam-se no combate a possíveis efeitos adversos dos analgésicos.
Os medicamentos mais
utilizados no tratamento da
dor e seus efeitos colateraisAnalgésicos não opiáceos: podem ser observados desconforto
gastrointestinal, alteração da hemostasia e coagulação os quais podem
ser minimizados, com a administração do medicamento com leite ou
durante as refeições.
Analgésicos opiáceos: os efeitos colaterais mais comuns são náuseas,
vômitos, constipação intestinal, sonolência, prurido, depressão
respiratória e confusão mental. Diante desses sintomas o enfermeiro
elabora o plano de cuidados relacionado a cada ocorrência.
Medicamentos adjuvantes: os antidepressivos podem causar sensação de
boca seca, constipação intestinal, retenção urinária e confusão mental.
Os neurolépticos podem levar à hipotensão, visão enevoada,
taquicardia, retenção urinária e efeitos extrapiramidais.
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  • 2. I. Introdução: . Imunologia – estudo do sistema imunológico. . Reconhecer e reagir contra antígenos (moléculas estranhas). H1N1 HIV – MEV: 360.000 x
  • 3. II. Mecanismos de defesa não específicos: . 1ª Linha – Pele Mucosas: . vias respiratórias – muco . gástrica – HCl . vaginal – meio ácido . 2ª Linha – Células: . Neutrófilos . Macrófagosfagócitos Macrófago lançando pseudópode para fagocitar uma bactéria. . Eosinófilos: ataque a vermes.
  • 5. SISTEMA LINFÁTICO • Sistema paralelo ao circulatório, constituído por uma vasta rede de vasos semelhantes às veias (vasos linfáticos), que se distribuem por todo o corpo. • Função: o Sistema Linfático tem duas diferentes funções, limpeza eFunção: o Sistema Linfático tem duas diferentes funções, limpeza e defesa.defesa. • Funções: » fazer retornar à corrente sanguínea substâncias vitais, na maioria proteínas que escapam dos capilares (recolhem o líquido tissular que não retornou aos capilares sanguíneos, filtrando-o e reconduzindo-o à circulação sanguínea.)
  • 6. SISTEMA LINFÁTICO Absorção de lípidos e vitaminas lipossolúveis no tubo digestivo Intervenção na defesa do organismo. (atua na defesa produzindo linfócitos, aprisionando agentes agressores e produzindo anticorpos. Compõe o Sistema Linfático na defesa: a linfa (como meio de transporte), os Ganglios, os linfócitos, as tonsilas (faríngeas, palatinas e sublingual), o timo, o baço e o apêndice) OBSERVAÇÃO: Linfócitos T – maturam-se no timo. Linfócitos B – saem da medula já maduros.
  • 7. SISTEMA LINFÁTICO • Órgãos linfáticos: amígdalas (tonsilas), adenóides, baço, linfonodos ( nódulos linfáticos) e timo (tecido conjuntivo reticular linfóide: rico em linfócitos). • Amígdalas (tonsilas palatinas): produzem linfócitos. • Timo: órgão linfático mais desenvolvido no período prénatal, involui desde o nascimento até a puberdade.
  • 8. Linfocorpos nodos ou nódulos linfáticos: órgãos linfáticos mais numerosos do organismo, cuja função é a de filtrar a linfa e eliminar estranhos que ela possa conter, como vírus e bactérias. Nele ocorrem linfócitos, macrófagos e plasmócitos. A proliferação dessas células provocada pela presença de bactérias ou substâncias/organismos estranhos determina o aumento do tamanho dos gânglios, que se tornam dolorosos.
  • 9. Baço: órgão linfático, excluído da circulação linfática, interposto na circulação sanguínea e cuja drenagem venosa passa, obrigatoriamente, pelo fígado. Possui grande quantidade de macrófagos que, através da fagocitose, destroem micróbios, restos de tecido, substâncias estranhas, células do sangue em circulação já desgastadas como eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Dessa forma, o baço “limpa” o sangue, funcionando como um filtro desse fluído tão essencial. O baço também tem participação na resposta imune, reagindo a agentes infecciosos. Inclusive, é considerado por alguns cientistas, um grande nódulo linfático.
  • 10. SISTEMA LINFÁTICO • Anticorpos • Facilitam a destruição dos agentes nocivos. São formados por proteínas como globulina. Constituem o resultado final da proliferação de linfócitos “B”. (Existem linfócitos “B” que actuam mais eficazmente nas infecções agudas e o “T” que são eficientes nas crónicas.).
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14. Sistema Linfático: Linfonodos eSistema Linfático: Linfonodos e vasos linfáticosvasos linfáticos
  • 15.
  • 18. Sistema Linfático: BaçoSistema Linfático: Baço
  • 19. Sistema Linfático: TonsilasSistema Linfático: Tonsilas
  • 21. 21
  • 22. Sistema LinfáticoSistema Linfático CAPILAR LINFÁTICOCAPILAR LINFÁTICO
  • 23. Histologia dos vasos linfáticosHistologia dos vasos linfáticos LINFA (Latin: Linpha) Linfa intersticial Linfa circulante Vasos linfáticos Tecidos Vasos sangüíneos
  • 24. Sistema Linfático • Relação entre Sistema Linfático e Sistema Cardiovascular
  • 25. Sistema Linfático • Fluxo da linfa -Como nas veias, os vasos linfáticos também não contam com uma bomba propulsora (coração) capaz de gerar um fluxo consistente. -Por isso, o fluxo da linfa é lento e depende da movimentação do corpo. -O refluxo é impedido pela presença de válvulas, como nas veias.
  • 26. Sistema Linfático • Problemas associados à má circulação linfática -Imobilidade prolongada produz edemas (inchaços), principalmente nas pernas. -Nos casos de filariose (ou elefantíase), doença causada pela presença de vermes que bloqueiam os capilares linfáticos, também acometem severamente as estruturas afetadas pelo acúmulo de líquido em certas regiões do corpo.
  • 27. Here comes your footer  Page 27
  • 28. DESAFIOS ONCOLOGIA • DIMINUIR A INCIDÊNCIA • DIMINUIR A MORTALIDADE • MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA – OFERECER TRATAMENTO INTEGRAL DE FORMA OPORTUNA – GARANTIR O ACESSO E A QUALIDADE – Integrar assistência a ensino e pesquisa e participação social – Recursos Humanos Especializados
  • 29. • A palavra “câncer” é um termo amplo que abrange cerca de 200 doenças que partilham duas características comuns: • Um crescimento descontrolado; • Capacidade de invadir e lesar tecidos normais localmente ou à distância.
  • 30. CâncerCâncer Hipócrates, por volta do ano 400 a.C  Câncer: As veias que irradiam a partir de alguns tumores de mama assemelham-se com as pernas de um caranguejo.  Ele deu à moléstia o nome de karkinoma (carcinoma), palavra grega que também significa caranguejo, e a mesma associação chegou ao latim.
  • 31. Estimativas 2014 BRASIL Mais de 500mil casos novos/ano A maioria no NE ainda descoberto em estágio avançado (III/IV)
  • 32. DEFINIÇÃO DE NEOPLASIA “NEOPLASIA É UMA MASSA ANORMAL DE TECIDO CUJO CRESCIMENTO EXCEDE E NÃO ESTÁ COORDENADO AO CRESCIMENTO DOS TECIDOS NORMAIS E QUE PERSISTE MESMO CESSADA A CAUSA QUE A PROVOCOU.” (patologista inglês Rupert Willis) CARACTERÍSTICA DA CÉLULA NEOPLÁSICA Em conseqüência desse crescimento desordenado e autônomo é um progressivo acúmulo de células neoplásicas. Acumulo sendo percebido como uma massa mais ou menos volumosa designada de TUMOR. As células tumorais, a medida que crescem, produzem massas que deformam, comprimem ou, destroem o órgão do qual origina-se.
  • 33. CARACTERÍSTICA DA CÉLULA NEOPLÁSICA A causa da transformação neoplásica é uma modificação do genoma celular, sendo classificada como uma célula MUTANTE. Sendo mutante, ela vai apresentar divisão independente dos controles ambientais, apresenta morfologia e FUNÇÕES diferentes da célula-mãe. Quanto mais intensa, mais grave a alteração do genoma, tanto será maior a alteração de diferenciação, e portanto mais anômalas serão a morfologia e as funções da célula neoplásica. Graças a estas alterações e diferenciações, é que o patologista pode diagnosticar as neoplasias.
  • 34. Carcinogênese Processo pelo qual células normais são transformadas em células cancerosas • Agente Iniciador (carcinógeno) – agente químico, biológico ou físico capaz de modificar de forma permanente, direta e irreversível a estrutura do DNA. • Agente Promotor (co-carcinógeno) – altera a expressão da informação genética da célula – efeitos temporários e reversíveis. CARCINOGÊNESE
  • 35. Tecido alterado Tumor ESTÁGIOS de evolução da célula até chegar ao tumor 3 1 2 3 Multiplicação acelerada Célula cancerosa Invadem tecido vizinho Desprendem-se Metástase
  • 36. Estágios 1 e 2 1 2 Agentes iniciadores Iniciação A célula sofre ação dos agentes cancerígenos iniciadores, que alteram a estrutura do DNA Promoção A célula alterada continua a sofrer ação de agentes que estimulam a sua multiplicação (agentes promotores) e transforma-se em células malignas ou cancerosas Agentes promotores
  • 37. Estágio 3 3 Progressão Estágio de progressão Multiplicação descontrolada das células alteradas Acúmulo de células cancerosas Tumor
  • 38.
  • 39. Carcinogênese • Carcinógeno completo – tem propriedades para iniciar e promover, sendo capaz de induzir câncer sozinho – radiação. • Agente Reversor – inibe os efeitos dos agentes promotores pelo estímulo de vias metabólicas na célula que destroem carcinógenos ou alteram sua potência – ex. fármacos, enzimas e vitaminas. CARCINOGÊNESE
  • 40.
  • 41. Carcinogênese • Oncogene – gene que evolui para controlar o crescimento e a reparação tecidual. • Progressão – transformação de um tumor de um estado pré-neoplásico, ou de baixo grau de malignidade, em um tumor de crescimento rápido e virulento, caracterizada por alterações na taxa de crescimento, potencial invasivo, freqüência de metástases, traços morfológicos e respostas à terapia. CARCINOGÊNESE
  • 42. Carcinogênese • Heterogeneidade – diferenças individuais entre células contidas em um tumor (composição genética, taxa de crescimento e suscetibilidade a terapia antineoplásica). • Transformação – processo de várias etapas, mediante o qual as células tornam-se progressivamente menos diferenciadas após a exposição a um agente iniciador. CARCINOGÊNESE
  • 44. Como surge o câncer? Célula normal 44 Célula cancerosa Núcleo Citoplasma Carcinogênese Agente cancerígeno CÉLULAS NEOPLÁSICAS
  • 45. 45 Estágios 1 e 2 1 2Iniciação A célula sofre alteração no seu DNA, espontaneamente ou por ação de agentes cancerígenos iniciadores. Promoção A célula alterada continua a sofrer ação de agentes que estimulam a sua multiplicação (agentes promotores) e transforma-se em células malignas ou cancerosas Agentes promotores Agentes iniciadores
  • 46. Estágio 3 3 Progressão Estágio de progressão Multiplicação descontrolada das células alteradas Acúmulo de células cancerosas Tumor
  • 47. NEOPLASMAS BENIGNOS E MALIGNOS A CLASSIFICAÇÃO DE MALIGNO OU BENIGNO, SE BASEIA NOS EFEITOS QUE ELES TÊM SOBRE O ORGANISMO DO HOSPEDEIRO
  • 48. Biologia do crescimento Tumoral: NEOPLASMAS BENIGNOS E MALIGNOS A DIFERENCIAÇÃO refere à extensão com que as células neoplásicas lembram células normais comparáveis tanto morfologicamente como funcionalmente. A falta de diferenciação é denominada de ANAPLASIA TUMORES BEM DIFERENCIADOS SÃO FORMADOS POR CÉLULAS QUE LEMBRAM AS CÉLULAS NORMAIS MADURASDO TECIDO DE ORIGEM DO NEOPLASMA TUMORES POUCO DIFERENCIADOS OU INDIFERENCIADOS APRESENTAM CÉLULAS NÃO ESPECIALIZADAS, COM ASPECTO PRIMITIVO
  • 49. DIFERENCIAÇÃO E ANAPLASIA TUMORES BENÍGNOS e BEM DIFERENCIADOS evolui a partir da maturação ou especialização de células indiferenciadas à medida que proliferam. TUMOR MALÍGNO e INDIFERENCIADO deriva da proliferação sem maturação completa das células transformadas. a falta de diferenciação, ou anaplasia, é marcada por um número de alterações morfológicas: PLEOMORFISMO: variação de tamanho e forma das células e dos núcleos; MITOSES: grande número de mitoses, refletindo em maior atividade proliferativa; PERDA DA POLARIDADE: crescimento anárquico e desorganizado.
  • 50. DISPLASIA DISPLASIA: CRESCIMENTO DESORDENADO Encontrada principalmente no epitélio, caracterizada por alterações de perda da uniformidade das células individuais, perda da sua orientação arquitetural e pleomorfismo (capacidade de apresentar diversas formas na mesma espécie). As alterações displásicas quando envolvem toda a espessura do epitélio, mas a lesão permanece confinada ao tecido normal, são consideradas de um neoplasma pré-invasivo, ou carcinoma in situ. do momento em que as células tumorais se movem além dos limites normais,o tumor é chamado de invasivo. UMA DISPLASIA NÃO EVOLUI OBRIGATÓRIAMENTE PARA UM CÂNCER
  • 51. DISPLASIAS E A FUNÇÃO DA CÉLULA “QUANTO MELHOR FOR A DIFERENCIAÇÃO DA CÉLULA TRANSFORMADA, MAIS COMPLETAMENTE ELA IRÁ RETER AS CAPACIDADES FUNCIONAIS ENCONTRADAS NAS SUAS EQUIVALENTES NORMAIS” Neoplasmas benígnos e os carcinomas bem diferenciados elaboram com freqüência as características de sua origem. Funções semelhantes, podendo servir de marcador diagnóstico. Células indifernciadas altamente anaplásicas perdem sua semelhança com as células normais de que derivam. Surgem funções novas e inesperadas incapacidade para reconhecimento por marcadores correspondentes a sua origem.
  • 52. FISIOPATOLOGIA DO PROCESSO MALIGNO Processo patológico onde uma célula ANORMAL é transformada por mutação genética do DNA celular Essa célula anormal se replica (clone) começando a se proliferar de maneira anormal, ignorando os sinais REGULADORES de crescimento no ambiente que circunda a célula. As células adquirem características invasivas, e as alterações têm lugar nos tecidos circunvizinhos. As células infiltram esses tecidos e ganham acesso aos vasos linfáticos e sangüíneos, que as transportam até outras áreas do corpo. Esse fenômeno é chamado de METÁSTASE (câncer disseminado para outras partes do corpo).
  • 53. INVASÃO LOCAL TUMORAL NEOPLASIA EPITELIAL - TUMORATRAVESSAR MEMBRANA BASALNão há caminhos pré- estabelecidos Tecidos em malhas, matriz gelatinosa resistente, proteoglicanos e proteínas CEL. TUMORAL Síntese e liberação de enzimas líticas que degradam as fibras e modificam a matriz celular da Membrana Basal SECRETA ENZIMA S DEGRADA MEMBRANA BASAL E TECIDO CONJUNTIVO CAI NO TECIDO INTERSTICIAL DEGRADA FIBRAS E FLUIDIFICAÇÃO DO INTERSTÍCIO INVASÃO COMPLETA
  • 54. METÁSTASES “AS METÁSTASES CARACTERIZAM DE MODO INEQUÍVOCO UM TUMOR MALÍGNO PORQUE TUMORES BENÍGNOS NÃO METASTAZIAM” VIAS DE DISSEMINAÇÃO IMPLANTE DAS CAVIDADES E SUPERFÍCIES CORPORAIS: pode ocorrer sempre quando um neoplasia maligna penetrar “num campo aberto” natural. Na maioria das vezes ocorre na cavidade peritonial, podendo ocorrer em qualquer outra cavidade – pleural, pericárdica, subaracnóidea. tal implante é especialmente característico de carcinomas que surgem nos ovários, podendo afetar toda a cavidade peritonial.
  • 55. METÁSTASES VIAS DE DISSEMINAÇÃO DISSEMINAÇÃO LINFÁTICA: o transporte através dos linfáticos é a via mais comum para a disseminação inicial dos carcinomas. Os vasos linfáticos que margeiam os carcinomas são suficientes para disseminação tumoral.
  • 56. METÁSTASES VIAS DE DISSEMINAÇÃO DISSEMINAÇÃO HEMATOGÊNICA: ocorre uma invasão tumoral na rede venosa, pois as artérias possuem parede mais espessa, onde juntamente com as células sangüíneas seguem o fluxo venoso, sendo levado para todos os órgãos
  • 57. METÁSTASES VIAS DE DISSEMINAÇÃO ANGIOGÊNESE: as células malígnas também possuem a capacidade de induzir o crescimento de novos capilares a partir do tecido hospedeiro, a fim de satisfazer as necessidades de nutrientes e oxigênio. Esse processo é referido como angiogênese. através dessa rede de vascular que os êmbolos tumorais podem penetrar na circulação sistêmica e fazer trajetos até sítios distantes.
  • 59. ETIOLOGIA DAS CÉLULAS CANCERÍGENASVÍRUS E BACTÉRIAS acredita-se que os vírus se incorporem na estrutura genética das células, alterando, assim, as futuras gerações da população celular – talvez levando a um câncer. a bactéria Helicobacter pylori foi associada a uma maior incidência de malignidade gástrica, talvez secundária a inflamação e à lesão das células gástricas. AGENTES FÍSICOS exposição excessiva aos raios ultravioleta do sol, principalmente por parte das pessoas de pele clara, com olhos azuis ou verdes, aumenta o risco de câncer na pele. exposição à radiação ionizante pode ocorrer com procedimentos diagnósticos repetidos ou com a radioterapia usada para tratar a doença.
  • 60. ETIOLOGIA DAS CÉLULAS CANCERÍGENAS AGENTES QUÍMICOS acredita-se que aproximadamente 75% de todos os cânceres estão relacionados com o ambiente. A fumaça do cigarro, creditada como sendo o mais letal carcinógeno químico isolado, contribui para, pelo menos, 30% das mortes por câncer (Heath & Fontham, 2001). o tabagismo está fortemente associado as cânceres de pulmão, cabeça e pescoço, esôfago, pâncreas, colo uterino e bexiga. Podendo atuar de maneira sinérgica com o álcool, abesto, urânio e vírus, para promover o desenvolvimento do câncer. Muitas substâncias químicas perigosas produzem seus efeitos tóxicos ao alterarem a estrutura do DNA em sítios corporais distantes do local de exposição à substância química.
  • 61. ETIOLOGIA DAS CÉLULAS CANCERÍGENAS FATORES GENÉTICOS E FAMILIARES quase todo câncer possui uma base familiar. Isso pode ser gerado pela genética, ambientes compartilhados, fatores culturais ou estilo de vida, ou apenas ao acaso. aproximadamente 5 a 10% dos cânceres de fase adulta e da infância demonstram uma predisposição familiar. AGENTES HORMONAIS o crescimento tumoral pode ser promovido por distúrbios no equilíbrio hormonal, quer pela própria produção (endógena) ou administração (exógena). acredita-se que os cânceres de mama, próstata e útero dependem dos níveis hormonais endógenos para o crescimento. Os contraceptivos orais e as reposições de estrogênios prolongada estão associados à incidência aumentada de cânceres hepátocelular, endometrial e mama.
  • 62. ETIOLOGIA DAS CÉLULAS CANCERÍGENAS FATORES ALIMENTARES acredita-se que os fatores alimentares estão associados com 35% de todos os cânceres ambientais (Heath & Fontham, 2001). As substâncias da dieta podem ser pró-ativas (protetoras), carcinogênicas ou co- carcinogênicas. o risco aumenta com a ingestão de carcinógenos ou co- carcinógenos por longo período ou ausência crônica da ingestão de substâncias pró-ativas na dieta. as substâncias da dieta associadas a maior risco de câncer incluem gorduras, álcool, carnes defumadas ou curadas com sal, alimentos contendo nitratos e alta ingesta calórica na dieta. as substâncias alimentares que parecem reduzir o risco de câncer englobam os alimentos ricos em fibras, vegetais crus (repolho, brócolis, couve-flor), carotenóides (cenouras, tomates, espinafre, pêras)
  • 63. PAPEL DO SISTEMA IMUNE Nos seres humanos, as células malignas são capazes de desenvolver-se em base regular. No entanto, algumas evidências indicam que o sistema imune pode detectar o desenvolvimento das células malignas e destruí-las, antes que o crescimento celular se torne descontrolado. Quando o sist. Imune falha em identificar e conter o crescimento das células malignas, desenvolve-se o câncer clínico.
  • 64. PAPEL DO SISTEMA IMUNE SIST. IMUNE RECONHECE ANTÍGENOS (tumor- associado) ESTIMULA LIBERAÇÃO DE MACRÓFAGOS E LINFÓCITOS T LINFÓCITOS T SÃO TÓXICOS PARA O TUMOR PROLIFERAM-SE E SÃO LIBERADOS NA CORRENTE SANGÜÍNEA NATURAL KILLER (cel. de defesa) Destroe m cél. Tumorai sLINFOCI NAS E ENZIMAS DESTRUI ÇÃO DO TUMOR V
  • 65. PAPEL DO SISTEMA IMUNE TUMORES NÃO PRODUZEM ANTÍGENOS TUMORES MODIFICA M-SE TUMORES NÃO PRODUZEM ANTÍGENOS TUMORES COMBINAM-SE COM OS ANTICORPOS RESPOSTA IMUNE NÃO ALTERADACONTATO DO TUMOR COM A CÉLULA NORMAL INCÍCIO DE TUMOR OU NO DESENVOLVIMENT O
  • 66. DETECÇÃO E PREVENÇÃO DO CÂNCER PREVENÇÃO PRIMÁRIA os enfermeiros devem adquirir conhecimento e habilidades necessárias para educar a comunidade sobre o risco de câncer. Outra maneira envolve adotar mudanças na dieta e as diversas alterações no estilo de vida que os estudos epidemiológicos e laboratoriais evidenciaram influenciar o risco de câncer. PREVENÇÃO SECUNDÁRIA a compreensão oriunda do papel da genética no desenvolvimento da célula cancerosa contribuiu para a prevenção e triagem. inúmeros fatores como raça, influências culturais, nível de educação, rendimentos e idade, influenciam à respeito sobre o câncer. De modo similar, os enfermeiros em todos os ambientes podem desenvolver programas que identificam os riscos para pacientes e famílias e que incorporam o ensino e o aconselhamento.
  • 67. ESTAGIAMENTO E GRADAÇÃO DO TUMOR Uma avaliação diagnóstica completa inclui identificar o estágio e o grau do tumor. Isso é realizado antes que o tratamento comece a fornecer os dados basais para avaliar os resultados basais para avaliar os resultados da terapia e para manter uma conduta sistemática e consistente para o diagnóstico e tratamento contínuos. ESTAGIAMENTO determina o tamanho do tumor e a existências de metástases. GRADAÇÃO refere-se a classificação das células tumorais. Os sistemas de gradação procuram definir o tipo de tecido a partir do qual o tumor se originou e o grau em que as células tumorais retêm as características funcionais e histológicas do tecido de origem.
  • 68. CLASSIFICAÇÃO DOS TUMORES O TUMOR RECEBE UM VALOR NUMÉRICO QUE VARIA DE I A IV Os tumores de GRAU I, também conhecidos como tumores bem diferenciados , assemelham-se muito ao tecido de origem quanto à estrutura e função. Os tumores de GRAU IV, não se assemelham muito ao tecido de origem quanto à estrutura e função e são descritos como mal diferenciados ou indiferenciados.
  • 69. EXAMES DE IMAGEM USADOS PARA DETECTAR O CÂNCEREXAME DESCRIÇÃO USOS DIAGNÓSTICOS MARCADOR TUMORAL Análise de subst. Encontradas no sangue Cânceres de mama, próstata, testículo, pulmão e cólon. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Campos magnéticos e sinais de radiofreqüência Cânceres neurológico, pélvico, esquelético, abdominal e torácico TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Feixes estreitos de raios X Cânceres neurológico, pélvico, esquelético, abdominal e torácico FLUOROSCOPIA Raios X que identificam os contrastes nas densidades de tecidos Cânceres esqueléticos, pulmonares e gastrintestinais. ULTRA-SONOGRAFIA Ondas sonoras de alta freqüência que fazem eco nos tecidos Cânceres abdominais e pélvicos.
  • 70. EXAMES DE IMAGEM USADOS PARA DETECTAR O CÂNCEREXAME DESCRIÇÃO USOS DIAGNÓSTICOS ENDOSCOPIA Visualização direta de uma cavidade corporal ou passagem endoscópio Cânceres brônquico e gastrintestinal IMAGEM POR MEDICINA NUCLEAR Injeção intravenosa ou ingestão de subst. Com radioisótopos Cânceres ósseo, hepático, renal, esplênico, cerebral e tireóideo. TOMOGRAFIA COM EMISSÃO DE PÓSITRONS (PET) Imagens computadorizadas transversais da concentração de radioisótopos Cânceres de pulmão, cólon, pancreático, mama, esôfago; linfomas Hodgkin e não-Hodigkin e melanoma RADIOIMUNOCONJUGADO S Anticorpos monoclonais são marcados com um radioisótopo e injetados no paciente - agregação Cânceres colorretal, mamário, ovariano, cabeça e pescoço; linfoma e melanoma
  • 71. Marcadores Tumorais Os chamados marcadores tumorais (MT) são substâncias utilizadas como indicadores de malignidade. Na maioria dos casos, são produtos normais do metabolismo celular que apresentam aumento de produção devido à transformação maligna.
  • 72. Classificação dos Marcadores Tumorais – Classificação pela resposta: Marcador tumoral celular: antígenos localizados na membrana celular tais como marcadores para leucemia, como hormônios e receptores de fatores de crescimento. Marcadores humorais: substâncias que são sintetizadas pelo tecido tumoral ou substâncias formadas pelo organismo em reação ao tumor. Marcadores genéticos: representados por seqüências de genes e proteínas por ele codificadas que são super-expressos em situações de desenvolvimento tumoral. Tem demonstrado enorme potencial diagnóstico, especialmente com o advento da técnica da reação em cadeia da polimerase (PCR).
  • 73. Classificação pelo produto das células tumorais 1. Enzimas 2. Hormônios 3. Antígenos Oncofetais 4. Marcadores de superfície celular 5. Produtos de oncogenes e transformações genéticas
  • 74. TRATAMENTO CIRURGI A CIRURGIA COMO TRATAMENTO PRIMÁRIO CIRURGIA PROFILÁTICA CIRURGIA PALIATIVA CIRURGIA RECONSTRUTORA O enfermeiro deve estar atento após a cirurgia realizada aos sinais e sintomas pós-operatórios, nível de consciência, desequilíbrio hidroelétrolítico, dor, cuidados com drenos, curativos e orientação à respeito a sua recuperação.
  • 75. TRATAMENTO INTERROMPE O CRESCIMETO CELULAR CONTROLA A DOENÇA MALIGNA QUANDO O UM TUMOR NÃO PODE SER REMOVIDO POR MEIOS CIRÚRGICOS CONTROLE DE METÁSTASE LOCAL CONTROLE PROFILÁTICO – INFILTRAÇÃO LEUCÊMICA DO CÉREBRO OU DA MEDULA ESPINAL RADIOTE RAPIA A radioterapia provoca a ruptura do tecido tissular A ruptura tissular mais perigosa é a alteração da molécula do DNA CLIVAGEM FILAMENTOS DA HÉLICE DO DNA MORTE CELULAR BRAQUITER APIA (implante cutâneo)
  • 77. QUIMIOTERAPIA A QUIMIOTERAPIA é usada principalmente para tratar a doença sistêmica em lugar de lesões que são localizadas e adequadas para a cirurgia e radioterapia MORTE CELULAR QUIMIOTERAP IA AGENTE TUMORAL MORTE CELULAR 20 – 99% ERRADICAÇ ÃO 100% QUASE IMPOSSÍVE L CÉLULAS EM PROLIFER AÇÃO ATIVACÉLULAS EM NÃO- DIVISÃO MENOS SENSÍ VEIS MAIS SENSÍVEIS POTENCIAL MENTE PERIGOSAS
  • 78. QUIMIOTERAPIA CICLO CELULAR SÍNTES E DE DNA SÍNTESE DE RNA E PROTEÍNA DIVISÃO CELULAR 2 1
  • 80. QUIMIOTERAPIA OS AGENTES QUIMIOTERÁPICOS PODEM SER ESPECÍFICOS PARA CADA FASE DO CICLO CELULAR. OS AGENTES QUE ATUAM INDEPENDENTE DAS FASES DO CICLO SÃO DENOMINADOS DE AGENTES INESPECÍFICOS. ESTIMULAM A MORTE DA CÉLULA TUMORAL DURANTE A TERAPIA QUIMIOTERÁPICA AO CRIAR LESÃO CELULARES A TERAPIA FARMACOLÓGICA É COMBINADA COM DIFERENTES TOXICIDADES E COM AÇÕES SINÉRGICAS USAR A TERAPIA COMBINADA DE DIFERENTES AGENTES EVITA O DESENVOLVIMENTO DOS MECANISMOS DE RESISTÊNCIA AO MEDICAMENTO
  • 81. TOXICIDADE DOS SISTEMAS POR QUIMIOTERAPIASISTEMA GASTRINTESTINAL náuseas e vômitos são os sintomas mais comuns da quimioterapia e podem persistir por até 24h. pode ocorrer estomatite, inapetência, anorexia, mucosite, diarréia. SISTEMA HEMATOPOIÉTICO pode ocorrer mielossupressão (depressão da função da medula óssea), resultando em diminuição de células sangüíneas. aumento do risco de infecção e sangramento. SISTEMA RENAL lesão renal pelos efeitos diuréticos durante a excreção e o acúmulo dos produtos terminais depois da lise celular. conteúdo intracelular é liberado na corrente sangüínea, resultando em níveis excessivos de potássio, fosfato e níveis diminuídos de cálcio.
  • 82. TOXICIDADE DOS SISTEMAS POR QUIMIOTERAPIASISTEMA CARDIOPULMONAR os antibióticos antitumorais são conhecidos por causar toxicidades cardíacas irreversíveis, como insuficiência cardíaca, diminuição da fração de ejeção. toxicidade pulmonar onde fibrose pulmonar a longo prazo. SISTEMA REPRODUTOR função testicular e ovariana pode ser afetada causando possível esterilidade. as células reprodutoras podem ser lesadas durante o tratamento, resultando em anormalidades cromossomiais. SISTEMA NEUROLÓGICO neuropatias periféricas, perda dos reflexos tendinosos profundos e o íleo paralítico podem ocorrer. São efeitos colaterais reversíveis logo após o término do tratamento.
  • 83. CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM A QUIMIOTERAPIA USAR UM GABINETE DE SEGURANÇA PARA A PREPARAÇÃO DE TODOS OS AGENTES QUIMIOTERÁPICOS; USAR LUVAS CIRÚRGICAS QUANDO MANUSEIA OS AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E A EXCREÇÃO DOS PACIENTES QUE RECEBERAM O TRATAMENTO; USAR AVENTAIS DESCARTÁVEIS E DE MANGA LONGA PARA O PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DO FÁRMACO; DESCARTAR TODO O EQUIPAMENTO UTILIZADO NA PREPARAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DA QUIMIOTERAPIA;
  • 84. CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM A QUIMIOTERAPIA ATENTAR para o risco de extravasamento de agentes VESICANTES,onde poderá causar LESÃO e NECROSE tissular para tendões, nervos e vasos sangüíneos subjacentes. O pH de muitos medicamentos antineoplásicos é responsável pela
  • 85. FARMACOTERAPIA PALIATIVA Regra nº 1 - Acreditar no paciente - Os pacientes com dor crônica relacionada ao câncer percebem que sua dor é intensificada quando há alguma sobrecarga social (dor da separação, dependência financeira, incerteza do futuro) e espiritual (falta de sentido da vida e da morte, religiosidade, sentimentos de culpa). Regra nº 2 - O Analgésico é apenas parte do tratamento - Deve-se lembrar que existem certos tipos de dor que não são tratáveis com analgésicos. Regra nº 3 - A prescrição do analgésico deve ser contínua -prescrição do analgésico deve estar baseada na meia-vida da droga. Esquemas de prescrição de medicamentos "só quando necessário" devem ser abolidos.
  • 86. FARMACOTERAPIA PALIATIVA Regra nº 4 - As doses devem ser individualizadas - Essa regra permite o uso de escalas para avaliar a dor. Regra nº 5 - Preferir a via oral para a administração de analgésicos - Segue-se uma regra de preferência: via oral, via sublingual, via retal, via transdérmica, via subcutânea, via intramuscular e via venosa. Regra nº 6 - A escala analgésica da O.M.S. - A intensidade da dor é classificada por uma escala não visual de 0 a 10. São analisados 3 patamares: 0 a 5, 5 a 7, mais de 7. Dependendo do estágio de dor reportada, são inseridas associações de medicamentos, tais como analgésicos, opióides fracos e fortes.
  • 87. FARMACOTERAPIA PALIATIVA Regra nº 7 - Combinar analgésicos racionalmente - Objetivando potencializar o efeito analgésico, associações de drogas podem ser adotadas, tomando-se a cautela de usar drogas com ações farmacológicas diferentes. Regra nº 8 - Não permita que o seu paciente sofra dores - Não poupe drogas analgésicas, evitando assim o sofrimento desnecessário do paciente. Regra nº 9 - Nem toda dor é responsiva a analgésicos. Regra nº 10 - Não esquecer das medidas adjuvantes - Tais medidas baseiam-se no combate a possíveis efeitos adversos dos analgésicos.
  • 88. Os medicamentos mais utilizados no tratamento da dor e seus efeitos colateraisAnalgésicos não opiáceos: podem ser observados desconforto gastrointestinal, alteração da hemostasia e coagulação os quais podem ser minimizados, com a administração do medicamento com leite ou durante as refeições. Analgésicos opiáceos: os efeitos colaterais mais comuns são náuseas, vômitos, constipação intestinal, sonolência, prurido, depressão respiratória e confusão mental. Diante desses sintomas o enfermeiro elabora o plano de cuidados relacionado a cada ocorrência. Medicamentos adjuvantes: os antidepressivos podem causar sensação de boca seca, constipação intestinal, retenção urinária e confusão mental. Os neurolépticos podem levar à hipotensão, visão enevoada, taquicardia, retenção urinária e efeitos extrapiramidais.

Notas do Editor

  1. Colo uterino