O documento discute a importância dos líderes religiosos serem uma bênção e não uma maldição para o povo. Os sacerdotes corrompidos trouxeram maldição ao invés de bênção, negligenciando a Palavra de Deus. Um verdadeiro líder mantém um relacionamento com Deus, prega a doutrina corretamente de forma estudiosa, e se preocupa em ganhar almas para Cristo.
2. O profeta acaba de exortar o povo (01:14), agora dirige suas
palavras aos sacerdotes (02:01) para reprová-los por tanta
desobediência e descrença. É muito importante que todos saibam
desta verdade: a liderança nunca é neutra, é uma benção ou uma
maldição. O desvio do povo começa nos púlpitos. Primeiro os
sacerdotes se corromperam desprezando o nome de Deus, depois
o povo começou a trazer animais cegos, coxos e doentes para o
sacrifício. Quando os líderes não honram a Deus o povo se desvia.
Onde falta palavra o povo perece. Onde falta santidade o povo se
entrega ao pecado. Oséias já havia alertado para este perigo: Meu
povo foi destruído por falta de conhecimento. "Uma vez que vocês
rejeitaram o conhecimento, eu também os rejeito como meus
sacerdotes...” – 04:06.
3. O profeta destaca três fatos nos quatro primeiros versículos do
capítulo dois:
01) Ele fala sobre a natureza da maldição sobre as bênçãos. A
maldição recai sobre os próprios sacerdotes (Vs.02). Deus não diz
“enviarei maldição em vez de benção” mas, afirma “...amaldiçoarei
as vossas bênçãos”. Quando os sacerdotes levantavam as mãos
para abençoar o povo, em vez de receber bênçãos o povo recebia
maldição. Deus é capaz de tornar bênção em maldição e maldição
em bênção. Quando Deus transforma bênção em maldição a dor é
terrível. Um pastor, líder ou ministro nunca é uma pessoa neutra.
Ou é benção ou é maldição. Ou é um instrumento de vida ou de
morte! Charles Spurgeon dizia: o maior instrumento de Satanás
dentro da Igreja é um ministro infiel.
4. 02) O profeta fala sobre a razão da maldição sobre as bênçãos. As
próprias bênçãos eram amaldiçoadas porque os sacerdotes
negligenciaram a Palavra de Deus. Deus está enviando uma
sentença irrecorrível, porque os pregadores se tornaram relaxados
e não pregavam mais a Palavra de Deus, pelo contrário, ensinavam
muitas coisas, menos o “pão dos céus”. Hoje em dia há Igrejas cujos
pastores são desencorajados de estudar, porque julgam isto ser
obra da carne. Estes acham que podem abrir a Bíblia ao acaso
durante o culto e o que vier aos olhos em primeiro lugar pregar
para o povo ouvir. Depois dizem: "Foi o Senhor quem enviou a
mensagem". Essa atitude irresponsável e perniciosa tem produzido
uma geração de crentes analfabetos da Bíblia e facilmente
manipuláveis. Ao invés de apascentar o rebanho estes pastores
tiram proveito da ignorância do povo. O ministro do Evangelho
nunca é uma pessoa neutra. Ou é benção ou maldição. O desvio do
povo começa nos púlpitos.
5. 3) O profeta fala sobre a implicação da maldição sobre as bênçãos.
A primeira delas é uma descendência reprovada (vs.03). Filhos,
netos, bisnetos e tataranetos seriam pessoas reprovadas diante de
Deus (Deut. 05:09). Em segundo lugar: a liderança seria desonrada:
“atirarei excrementos em vossos rostos...”. A liderança cairia em
ridicularização pública. Como eles trouxeram o pior para Deus,
agora receberiam o pior de Deus. Como eles afrontaram ao Deus
Vivo, agora seriam envergonhados publicamente. Assim todos eles
seriam destruídos e retirados do meio do povo. A terceira
implicação: Para Deus os sacrifícios que ofereciam eram tão
desprezíveis que deveriam acabar no depósito de esterco da
cidade, longe da presença de Deus. A cada ano cresce o número de
pastores divorciados por motivos fúteis, outros que afundam por
causa do sexo, poder, dinheiro e corrupção.
6. 4) A implicação que as vezes pode ser muito tarde (vs. 04). Muitos
líderes e ministros do Evangelho desonram a Deus todos os dias,
mas um dia serão descobertos e expostos publicamente. Depois
disso serão desprezados por Deus como “inimigos de Deus”. Hoje
vemos claramente muitos pastores e ministros assim: são doentes
emocionalmente, não possuem a convicção do chamado de Deus,
outros entram no ministério por motivos equivocados, há outros
que fazem do ministério motivo para obter lucro, vantagens
políticas, outros são totalmente perdidos doutrinariamente e
ensinam doutrinas de homens e até de demônios – Marcos 07:07 e
I Tim. 04:01.
7. A benção de ser um ministro verdadeiro
Cap. 02:05-07.
8. Malaquias destaca quatro marcas de um verdadeiro ministro do
Evangelho
01) Este mantém um profundo relacionamento com Deus (05,06).
Andar com Deus é mais importante que trabalhar para Deus! O
Senhor da Obra é mais importante que a Obra. Jesus chamou os 12
apóstolos para estar com ele e não apenas para ensiná-los a pregar
as boas novas. Eles deveriam fazer exatamente o que o Mestre fez.
Deus está mais interessados em quem nós somos do que no que
nós fazemos. Precisamos andar mais com Deus! Só o temor a Deus
pode nos livrar da sedução do pecado. Só o temor a Deus pode nos
livrar de temer aos homens. Aquele que treme diante do nome do
Senhor não tem medo de açoites, perseguições, pressões e nem
mesmo da morte. Eis um belo segredo: ande com Deus!
9. 2) Um verdadeiro ministro é incorruptível na doutrina (6). A
verdadeira instrução está em seus lábios. Há uma profunda
conexão entre o que ele prega com a Palavra, entre o que ele
prega e o que vive. Um pastor que sonega a verdade ao povo é um
falso profeta. Um ministro que desvia a Palavra do povo não
oferece “pão” mas sim “palha”, não é a voz de Deus, mas das
trevas. A heresia é muito mais doce aos ouvidos do que a verdade.
Contudo o verdadeiro ministro está mais interessado em ser fiel
do que ser bem sucedido. A verdade é mais importante que o
sucesso, fidelidade é mais importante que popularidade. Importa
mais agradar a Deus do que aos homens. A Glória de Deus é
melhor que aplausos humanos.
10. 3) Um verdadeiro ministro é estudioso e proclamador da Palavra
de Deus (07). Há muitos pastores preguiçosos que não estudam a
Palavra de Deus. Alimentam o povo com as sobras das ideias
humanas, sem apresentar-lhes as riquezas e o banquete espiritual
que estão na Palavra de Deus. Outros perdem a alegria em
proclamar a Palavra e fazem a obra do Senhor relaxadamente. É
preciso urgentemente resgatar o entusiasmo pela pregação da
Palavra! Somos chamados a ser mensageiros de Deus, por isso
precisamos voltar a pregação fiel das Escrituras!
11. 4) Um verdadeiro ministro está preocupado em ganhar almas (06).
Ele é um semeador do Evangelho. Aproveita todas as
oportunidades para pregar e testemunhar. Ele crê no poder que há
no Evangelho de Cristo, na eficácia da redenção e na virtude do
Espírito. Ele muitas vezes prega com lágrimas na total dependência
do poder que vem do alto. Ele tem pressa em ensinar a ministrar a
Palavra, tem um coração ardente, olhos abertos e amor pelas
pessoas. Ou a Igreja evangeliza ou ela morre. O verdadeiro
ministro tem preocupação com as vidas, com a Evangelização do
mundo, com a pregação do Evangelho de Cristo.