Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Arte, comunicação e subjetividade na era digital
1. Comunicação,
Cultura e Arte
Contemporânea
(Gonçalves, 2004 – UERJ)
Profa. Caroline Casali
UFSM/CESNORS
2. A arte nos
importa
menos pelo
que expressa
e mais pelas
marcas que
pode deixar
em nós, pela
qualidade das
experiências
subjetivas que
pode suscitar.
3. Por isso cabe pensar a
relação entre arte e
comunicação hoje:
• pelos usos diferenciados das
tecnologias de comunicação;
• pelo papel dessas
tecnologias na sociedade atual,
enquanto processos
comunicativos ou produção de
subjetividade.
4. Afinal, a condição contemporânea da
produção artística tem ligação:
• com a cultura comunicacional;
• com a evolução tecnológica;
• com a produção de modos de
existência, de subjetivação.
5. O mundo atual é
marcado por:
• incerteza;
• fragmentação; Pós-
• acumulação;
• colagem e
modernidade
justaposição de
tempos, espaços
e experiências.
6. Logo, a arte contemporânea
deixa para trás uma certa
“coerência sistêmica”
característica da
modernidade, e vai assumir um
permanente estado de
descontinuidade.
7. A noção de “arte”
surge no Renascimento
A partir da noção de indivíduo moderno
e de autoria, a pintura, por exemplo,
deixa de ser religiosa e ritual para ser
objeto estético, migrando da
arquitetura para a tela, que se torna
uma “janela” que simula o mundo real.
8. A arte moderna
constitui depois
novos modelos de
apreciação e
produção de arte.
Ela discute a
própria arte,
enquanto linguagem
expressiva,
estrutura narrativa e
modo de perceber o
mundo.
9. Metade do
século XX: a
história passa
a ser contada
“em migalhas”.
O que morre não é a arte em si, mas
sua identificação com um relato oficial e
uma experiência que produz objetos
auráticos concebidos para serem
contemplados.
10. O homem se torna
capaz de reproduzir o
real ou alterá-lo
(fotografia) e, em
seguida, de reinventá-
lo (cinema).
11. E se a realidade é
cada vez mais o
que fazemos dela,
a arte moderna
deseja justamente
se libertar das
Realismo Fantástico
amarras que a
(1967)
limitavam: do
mimetismo que
reforçava as
grandes narrativas
sobre a realidade.
12. Enquanto a arte
moderna diz respeito
ao mundo da
indústria, das
estruturas e
categorias, a arte
contemporânea se
inscreve em outra
modalidade de
experiência histórico-
cultural: ela fala da
“morte da arte”.
13. A arte, em sua condição
contemporânea, não se
interessa mais por
produzir saberes ou
sagrados.
Daí a grande liberdade
para o uso desde
objetos banais às telas
do computador como
suporte para arte,
constituindo uma vasta
rede sígnica.
14. A arte se permite
interessantes
modalidades
expressivas: arranjos
singulares com a
imagem, o texto, o
gesto e as
sonoridades, que
podem ser descolados
de seus contextos e
usos tradicionais para
criações onde são
articulados de forma
inusitada.
15. ambientes-objeto
vídeo-performances
arte e desconstrução
teatro-dança
16. Com isso, é a
própria experiência
da arte que se
modifica, bem
como nossos
parâmetros de
percepção.
17. O modelo de mundo da
civilização ocidental nos
fez crer que tudo é
transformável em
mercadoria e, portanto,
intercambiável.
ARTE COMO
MERCADORIA!
18. “A única finalidade aceitável das
atividades humanas é a produção de
uma subjetividade auto-enriquecendo de
modo contínuo sua relação com o
mundo” (Guattari).
19. Madonna do Fuso foi uma pintura de
Leonardo da Vinci, realizada a óleo, em
Florença, no ano de 1501. Foi pintado quase
no mesmo período de Mona Lisa, daí o fato
de as paisagens no fundo da composição
serem semelhantes em ambos os quadros.
O nome desta pintura realizada por
Leonardo é esse porque o Menino segura
um fuso de fiar, cuja forma, em primeira
vista, se assemelha a uma cruz. O fuso
demonstra o espírito doméstico da
Madonna, mas também remete o
observador para uma alusão da cruz,
símbolo de Jesus Cristo. Ao longo dos
tempos, vários críticos têm atribuído
diversas interpretações ao fuso, mas o mais
certo, é mesmo que represente uma cruz,
mas simplesmente, de forma simbólica.
Em segunda hipótese, está a idéia de que o
Menino brinca com o fuso com alegria, o
que seria considerado uma heresia na altura
em que foi pintada, caso este represente
Madonna dei Fusi uma cruz. A imagem de Jesus brincando
Da Vinci - 1502 com a cruz não seria aceite pela
conservadora sociedade, e menos ainda
pela Igreja e pelo Tribunal Inquisidor.