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Comunicação,
 Cultura e Arte
Contemporânea
(Gonçalves, 2004 – UERJ)

    Profa. Caroline Casali
         UFSM/CESNORS
A arte nos
       importa
  menos pelo
que expressa
 e mais pelas
  marcas que
  pode deixar
 em nós, pela
 qualidade das
   experiências
subjetivas que
 pode suscitar.
Por isso cabe pensar a
relação entre arte e
comunicação hoje:

• pelos usos diferenciados das
tecnologias de comunicação;
• pelo papel dessas
tecnologias na sociedade atual,
enquanto processos
comunicativos ou produção de
subjetividade.
Afinal, a condição contemporânea da
produção artística tem ligação:

• com a cultura comunicacional;
• com a evolução tecnológica;
• com a produção de modos de
existência, de subjetivação.
O mundo atual é
marcado por:

• incerteza;
• fragmentação;          Pós-
• acumulação;
• colagem e
                  modernidade
justaposição de
tempos, espaços
e experiências.
Logo, a arte contemporânea
  deixa para trás uma certa
    “coerência sistêmica”
       característica da
modernidade, e vai assumir um
   permanente estado de
      descontinuidade.
A noção de “arte”
   surge no Renascimento


A partir da noção de indivíduo moderno
 e de autoria, a pintura, por exemplo,
 deixa de ser religiosa e ritual para ser
     objeto estético, migrando da
  arquitetura para a tela, que se torna
uma “janela” que simula o mundo real.
A arte moderna
constitui depois
novos modelos de
apreciação e
produção de arte.
Ela discute a
própria arte,
enquanto linguagem
expressiva,
estrutura narrativa e
modo de perceber o
mundo.
Metade do
   século XX: a
  história passa
  a ser contada
“em migalhas”.

O que morre não é a arte em si, mas
sua identificação com um relato oficial e
  uma experiência que produz objetos
   auráticos concebidos para serem
              contemplados.
O homem se torna
capaz de reproduzir o
real ou alterá-lo
(fotografia) e, em
seguida, de reinventá-
lo (cinema).
E se a realidade é
cada vez mais o
que fazemos dela,
a arte moderna
deseja justamente
se libertar das
                   Realismo Fantástico
amarras que a
                          (1967)
limitavam: do
mimetismo que
reforçava as
grandes narrativas
sobre a realidade.
Enquanto a arte
moderna diz respeito
ao mundo da
indústria, das
estruturas e
categorias, a arte
contemporânea se
inscreve em outra
modalidade de
experiência histórico-
cultural: ela fala da
“morte da arte”.
A arte, em sua condição
contemporânea, não se
   interessa mais por
  produzir saberes ou
             sagrados.

 Daí a grande liberdade
       para o uso desde
 objetos banais às telas
   do computador como
      suporte para arte,
constituindo uma vasta
          rede sígnica.
A arte se permite
interessantes
modalidades
expressivas: arranjos
singulares com a
imagem, o texto, o
gesto e as
sonoridades, que
podem ser descolados
de seus contextos e
usos tradicionais para
criações onde são
articulados de forma
inusitada.
ambientes-objeto
                   vídeo-performances



arte e desconstrução


                       teatro-dança
Com isso, é a
própria experiência
da arte que se
modifica, bem
como nossos
parâmetros de
percepção.
O modelo de mundo da
civilização ocidental nos
fez crer que tudo é
transformável em
mercadoria e, portanto,
intercambiável.




ARTE COMO
MERCADORIA!
“A única finalidade aceitável das
 atividades humanas é a produção de
uma subjetividade auto-enriquecendo de
  modo contínuo sua relação com o
          mundo” (Guattari).
Madonna do Fuso foi uma pintura de
                   Leonardo da Vinci, realizada a óleo, em
                   Florença, no ano de 1501. Foi pintado quase
                   no mesmo período de Mona Lisa, daí o fato
                   de as paisagens no fundo da composição
                   serem semelhantes em ambos os quadros.
                   O nome desta pintura realizada por
                   Leonardo é esse porque o Menino segura
                   um fuso de fiar, cuja forma, em primeira
                   vista, se assemelha a uma cruz. O fuso
                   demonstra o espírito doméstico da
                   Madonna, mas também remete o
                   observador para uma alusão da cruz,
                   símbolo de Jesus Cristo. Ao longo dos
                   tempos, vários críticos têm atribuído
                   diversas interpretações ao fuso, mas o mais
                   certo, é mesmo que represente uma cruz,
                   mas simplesmente, de forma simbólica.
                   Em segunda hipótese, está a idéia de que o
                   Menino brinca com o fuso com alegria, o
                   que seria considerado uma heresia na altura
                   em que foi pintada, caso este represente
Madonna dei Fusi   uma cruz. A imagem de Jesus brincando
 Da Vinci - 1502   com a cruz não seria aceite pela
                   conservadora sociedade, e menos ainda
                   pela Igreja e pelo Tribunal Inquisidor.
Black Fish
Georges Braque - 1942
Instalação Bienal de São Paulo - 20
Madonna dei Fusi
 Da Vinci - 1502




             Black Fish
        Georges Braque -1942




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Arte, comunicação e subjetividade na era digital

  • 1. Comunicação, Cultura e Arte Contemporânea (Gonçalves, 2004 – UERJ) Profa. Caroline Casali UFSM/CESNORS
  • 2. A arte nos importa menos pelo que expressa e mais pelas marcas que pode deixar em nós, pela qualidade das experiências subjetivas que pode suscitar.
  • 3. Por isso cabe pensar a relação entre arte e comunicação hoje: • pelos usos diferenciados das tecnologias de comunicação; • pelo papel dessas tecnologias na sociedade atual, enquanto processos comunicativos ou produção de subjetividade.
  • 4. Afinal, a condição contemporânea da produção artística tem ligação: • com a cultura comunicacional; • com a evolução tecnológica; • com a produção de modos de existência, de subjetivação.
  • 5. O mundo atual é marcado por: • incerteza; • fragmentação; Pós- • acumulação; • colagem e modernidade justaposição de tempos, espaços e experiências.
  • 6. Logo, a arte contemporânea deixa para trás uma certa “coerência sistêmica” característica da modernidade, e vai assumir um permanente estado de descontinuidade.
  • 7. A noção de “arte” surge no Renascimento A partir da noção de indivíduo moderno e de autoria, a pintura, por exemplo, deixa de ser religiosa e ritual para ser objeto estético, migrando da arquitetura para a tela, que se torna uma “janela” que simula o mundo real.
  • 8. A arte moderna constitui depois novos modelos de apreciação e produção de arte. Ela discute a própria arte, enquanto linguagem expressiva, estrutura narrativa e modo de perceber o mundo.
  • 9. Metade do século XX: a história passa a ser contada “em migalhas”. O que morre não é a arte em si, mas sua identificação com um relato oficial e uma experiência que produz objetos auráticos concebidos para serem contemplados.
  • 10. O homem se torna capaz de reproduzir o real ou alterá-lo (fotografia) e, em seguida, de reinventá- lo (cinema).
  • 11. E se a realidade é cada vez mais o que fazemos dela, a arte moderna deseja justamente se libertar das Realismo Fantástico amarras que a (1967) limitavam: do mimetismo que reforçava as grandes narrativas sobre a realidade.
  • 12. Enquanto a arte moderna diz respeito ao mundo da indústria, das estruturas e categorias, a arte contemporânea se inscreve em outra modalidade de experiência histórico- cultural: ela fala da “morte da arte”.
  • 13. A arte, em sua condição contemporânea, não se interessa mais por produzir saberes ou sagrados. Daí a grande liberdade para o uso desde objetos banais às telas do computador como suporte para arte, constituindo uma vasta rede sígnica.
  • 14. A arte se permite interessantes modalidades expressivas: arranjos singulares com a imagem, o texto, o gesto e as sonoridades, que podem ser descolados de seus contextos e usos tradicionais para criações onde são articulados de forma inusitada.
  • 15. ambientes-objeto vídeo-performances arte e desconstrução teatro-dança
  • 16. Com isso, é a própria experiência da arte que se modifica, bem como nossos parâmetros de percepção.
  • 17. O modelo de mundo da civilização ocidental nos fez crer que tudo é transformável em mercadoria e, portanto, intercambiável. ARTE COMO MERCADORIA!
  • 18. “A única finalidade aceitável das atividades humanas é a produção de uma subjetividade auto-enriquecendo de modo contínuo sua relação com o mundo” (Guattari).
  • 19. Madonna do Fuso foi uma pintura de Leonardo da Vinci, realizada a óleo, em Florença, no ano de 1501. Foi pintado quase no mesmo período de Mona Lisa, daí o fato de as paisagens no fundo da composição serem semelhantes em ambos os quadros. O nome desta pintura realizada por Leonardo é esse porque o Menino segura um fuso de fiar, cuja forma, em primeira vista, se assemelha a uma cruz. O fuso demonstra o espírito doméstico da Madonna, mas também remete o observador para uma alusão da cruz, símbolo de Jesus Cristo. Ao longo dos tempos, vários críticos têm atribuído diversas interpretações ao fuso, mas o mais certo, é mesmo que represente uma cruz, mas simplesmente, de forma simbólica. Em segunda hipótese, está a idéia de que o Menino brinca com o fuso com alegria, o que seria considerado uma heresia na altura em que foi pintada, caso este represente Madonna dei Fusi uma cruz. A imagem de Jesus brincando Da Vinci - 1502 com a cruz não seria aceite pela conservadora sociedade, e menos ainda pela Igreja e pelo Tribunal Inquisidor.
  • 21. Instalação Bienal de São Paulo - 20
  • 22. Madonna dei Fusi Da Vinci - 1502 Black Fish Georges Braque -1942 Instalação Bienal de São Paulo - 2007