Trabalho realizado pelo aluno Pedro Martins do 11º G da Escola Secundária de Odivelas para a disciplina de História da Cultura e das Artes no ano lectivo de 2008-2009.
2. Nasceu em Ardning (Áustria) em 1938 .
O seu pai era comerciante e um apaixonado pela
pintura e poesia, propiciando desde cedo o contacto
de Brus com o mundo da arte e da literatura.
∞ Refúgio do ambiente extremamente
castrador e autoritário em que vivia.
∞ Comportamento respondido posteriormente
com algumas de suas acções mais violentas.
3. Em 1957, inicia o curso de arte gráfica publicitária na
Escola de Arte Industrial de Graz, finalizando-o como
o melhor aluno.
Admitido diretamente na Academia de Artes Aplicadas
de Viena.
Em 1961, Brus mostra pela primeira vez os seus
trabalhos ao público, numa exposição que realizará em
parceria com Schiling.
Brus centra-se cada vez mais no seu próprio corpo e na
sua motricidade na hora de pintar ao mesmo tempo
que procura ampliar a pintura ao espaço que o rodeia.
4. A partir de então, a sua
obra encaminha-se para
uma maior contundência
do seu corpo como único
meio de arte, libertando-se
completamente da
tela, adquirindo um
aspecto ritualístico e de
carácter social, como nas
obras Auto-mutilação e
Auto-pintura.
5. Uma característica a ser
destacada nas obras é a
introdução de objectos como
machados, tesouras, facas, ga
rfos e lâminas de barbear que
Brus agrupa sobre si mesmo e
no seu entorno. Esses objetos
são colocados como
contraponto á
vulnerabilidade do próprio
corpo e indicam o
encaminhamento para a
violência.
6. Günter Brus chegou ao ponto de realizar o Weiner
Spaziergang (Passeio Vienense, 1965) que será a sua
primeira acção pública que se caracteriza pelo passeio
polémico no centro de Viena todo pintado de branco e
aparentemente partido em duas metades por uma
linha negra, como uma «pintura viva».
Esté é o seu primeiro conflicto com o poder, já que foi
detido e multado por um polícia que observava.
http://www.youtube.com/watch?v=EtSj1lMott8
7. A fase das «acções totais» serão determinantes para as
suas acções denominadas «Análise corporal», nas
quais abandonará qualquer tipo de material
pictórico, centrando-se diretamente no seu corpo, nas
suas funções e secreções.
Período de autoflagelações para obter o material
necessário para a sua arte.
8. Na fase das Análises corporais, uma acção merece especial
destaque.
Kunst und Revolution (Arte e Revolução) promovido pela
Associação de alunos socialistas austríacos em 1968, acto no qual
participaram também Otto Mühl, Peter Weibel, Oswald Wiener e
o Direct Art Group.
Para um público de aproximadamente quatrocentas pessoas, Brus
tirou a roupa, cortou-se com uma lâmina de barbear, bebeu a sua
própria urina, provocou o vómito colocando o dedo na
garganta, defecou e se esfregou nos seus excrementos
e, finalmente, masturbou-se ao som do hino nacional austríaco.
Esse acto tornou-se um grande escândalo para a sociedade
austríaca e teve como consequência a detenção dos seus
participantes por dois meses de prisão preventiva.
Sob uma condenação de seis meses de prisão e a alcunha de “o
austríaco mais odiado”, Brus foge com a sua família para
Berlim, aí permanecendo até 1976, quando Anni consegue pagar a
multa.
9. Com o fim da sua fase accionista em 1970, Brus
considerava que tinha esgotado todas as possibilidades
estéticas relacionadas ao próprio corpo e, na intenção
de dar ao seu pensamento e ás suas sensações a
possibilidade de expressão através de meios
convencionais, passa a dedicar-se intensamente ao
desenho e á escrita, mantendo, porém, a mesma
temática do obsceno, da dor, da crueldade, das
violações dos tabus e da crítica ao poder, através de
uma expressão gráfica agressiva e provocadora e ao
mesmo tempo hiperrealista e fantástica.
10. Pedro Martins
11ºG
Nº21
Escola Secundária de Odivelas
Professor Carlos
História da Cultura e das Artes