1. 2º trimestre de 2016
Título: Eu e minha casa —
Orientações da Palavra
de Deus para a família do
Século XXI
Comentarista:
Reynaldo Odilo
Data:08deMaiode2016
O papel do marido na família
Lição 6
4. Agendadeleitura
SEGUNDA — Gn 2.19
Criado para ser líder
TERÇA — Êx 20.12
O dever dos filhos
QUARTA — 1 Pe 3.6
Sara aceita a liderança de Abraão
QUINTA — Gn 22.7-9
Isaque aceita a liderança de Abraão
SEXTA – Ef 5.23,24
A liderança do marido no lar
SÁBADO — 1 Tm 3.4,5
O obreiro aprovado
5. Objetivos
SABER que, por
decisão divina, o
marido exerce a
função de líder da
família, ressaltando a
distinção entre
submissão e
subserviência;
DISCORRER sobre a
liderança do marido
no núcleo familiar, seja
ela espiritual, sobre a
esposa ou sobre os
filhos;
APRENDER com os
exemplos bíblicos de
liderança familiar, sem
deixar de refletir sobre
as lideranças
ineficazes.
6. TextoBíblico
Efésios 5.23,24,28-30
23. porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a
cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo.
24. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também
as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido.
28. Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu
próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo.
29. Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a
alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja;
30. porque somos membros do seu corpo.
7. Introdução
O homem foi criado para liderar os seres vivos. Ele, portanto, é um líder nato. Está
escrito em Gênesis 2.19 que, após a formação de Adão, Deus trouxe todos os
animais ao homem para que ele dissesse como cada um seria chamado. Isso é
que é autoridade! Adão tornou-se, assim, o "primeiro cartório de registro" da Terra.
Que memória excepcional! O Senhor já havia idealizado a criação de uma
auxiliadora ao homem (Gn 2.18), que deveria lhe ser submissa. Após a Queda,
Deus determinou que o "desejo" de Eva seria para o seu marido e que esse a
dominaria (Gn 3.16). A vocação de liderança do homem pode ser vista em toda a
história da humanidade. Não obstante, mulheres extraordinárias têm exercido
grande liderança em muitas ocasiões. Tal observação não representa um
estereótipo sexista (usando uma expressão contemporânea), mas é apenas uma
constatação de como funciona a natureza humana.
9. Uma decisão divina
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No seio da primeira família, bem como em todas as
demais, o Senhor estabeleceu uma hierarquia. O homem é
o cabeça do casal e a esposa deve ser-lhe submissa, o
que não significa ser subserviente, que é um tipo de
subjugação, de escravidão. Submissão, nos moldes
bíblicos, é uma decisão voluntária e inteligente de
obediência, sobretudo a Deus e à sua Palavra. É renúncia
à opinião pessoal, em prol da família. Inequivocamente, o
ato de se submeter ao marido constitui-se em uma das
mais belas características das mulheres cristãs, seguindo
o modelo das santas mulheres do passado (1 Pe 3.5).
10. Benefícios
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A hierarquização estabelece a ordem. Nas
sociedades, nas famílias, nas igrejas, se não
houver hierarquia, não haverá crescimento.
Sem cadeia de autoridade viveríamos
desordenadamente e o caos se
estabeleceria. Dessa forma, o caos culmina
quando pessoas se rebelam contra a ordem
hierárquica estabelecida por Deus, em
qualquer agrupamento social.
11. Resistencia social
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Sabe-se que a sociedade pós-moderna apresenta forte resistência
a esse mandamento bíblico, talvez, como afirma Stephen Adei na
obra Seja o líder que sua família precisa, o problema seja a
discriminação histórica contra as mulheres, o que levou alguns, no
afã de corrigir essa distorção, "ao extremo de negar as diferenças
entre os sexos, e suas funções singularmente complementares". De
um jeito ou de outro, o padrão de comportamento da família cristã
deve seguir os ditames da Palavra de Deus, e não as teorias
feministas que não se sustentam ante os fatos da vida.
Observe-se, ademais, que, no gênero humano (homem e mulher),
não há relação de subordinação, mas apenas entre a esposa e seu
marido. Por isso, Sara chamava Abraão de senhor (1 Pe 3.6), mas não
há registro que ela tratasse assim os escravos ou os amigos. A
posição de submissão da esposa é abundante na Bíblia (Ef
5.22,25; Tt 2.5; 1 Pe 3.1).
12. O papel de liderança só
pode ser exercido pelo pai?
A mãe, em casos especiais,
não poderia trocar de
atribuição com o marido?
13. O padrão de Deus
estabelecido para o governo
da casa pesa sobre os ombros
do homem. Eventuais arranjos
sociais distintos, sobre a
administração da casa, trarão
enormes prejuízos.
15. LIDERANÇA ESPIRITUAL
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O marido tem o grande desafio de liderar espiritualmente sua família. Isso
definirá muitas coisas no futuro, principalmente no que diz respeito aos
filhos. Cabe ao pai, portanto, não apenas ser um líder espiritual de si
mesmo, mas conduzir sua família aos pés de Cristo. Tal responsabilidade
apresenta-se tão relevante que, caso os filhos sejam rebeldes, inviabilizará
sua ordenação ao pastorado. Paulo recomenda que só seja admitido
quem "governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição,
com toda a modéstia (porque, se alguém não sabe governar a sua própria
casa, terá cuidado da igreja de Deus?" - 1 Tm 3.4,5). Por isso, o marido deve
aprender com Jesus como ser um líder eficaz. A liderança espiritual do
marido é capaz de estabelecer uma família forte que nunca será
derrotada. A liderança espiritual de Anrão foi reconhecida pelo próprio
Deus que, ao falar com Moisés na sarça, disse: "Eu sou o Deus de teu pai
[...]" (Êx 3.6). O ensinamento recebido por Moisés lhe forneceu subsídios
para, no futuro, também "não temer" a ira do rei; porque ficou firme, como
vendo o invisível" (Hb 11.27).
16. LIDERANDO A ESPOSA
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A Bíblia diz que o marido deve exercer autoridade sobre
sua mulher, mas também deve amá-la. Assim, cabe ao
marido exercer a liderança em amor, ou seja, com
companheirismo e cumplicidade. O apóstolo Pedro, por
seu turno, acrescenta ainda mais a responsabilidade dos
maridos, ao dizer que eles devem honrar a esposa, por ser
"vaso mais fraco", para que suas orações tenham valor
para Deus (1 Pe 3.7). A ausência de cuidado do marido, em
relação à sua mulher, pode ensejar o bloqueio de suas
orações. Observa-se, dessa forma, a importância de
liderar em amor! A quem muito se dá, muito se cobrará
(Lc 12.48).
17. LIDERANDO OS FILHOS
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A Palavra de Deus diz que o pai deve exercer liderança sobre os filhos (Êx 20.12; Dt 21.18-
21; Mt 15.4; 19.19; Mc 7.10; Ef 6.2) e que eles são como flechas nas mãos do valente (Sl
127.4). Isso conduz a duas conclusões: 1) O pai precisa ser um valente para exercer a
liderança, pois deverá deixar herança para seus filhos (Pv 13.22; 2 Co 12.14) e,
principalmente, um bom nome, que é a maior herança (Pv 22.1); também deverá ser
valente para protegê-los (Lc 11.21), para suprir suas necessidades materiais (Lc 11.11; 15.17),
para cuidar nas doenças (2 Sm 13.5), bem como para interceder por eles e instruí-los no
caminho do Senhor (1 Sm 1.27; Jó 1.5;Pv 22.6; Ef 6.4). 2) Em segundo lugar, a liderança do
"valente" deve ser capaz de "lançá-los" bem mais longe do que os pais foram. Afinal de
contas, são como "flechas nas mãos do valente", que seguem adiante. Isso fala sobre o
futuro. Entretanto, é preciso que os pais não irritem os filhos (Ef 6.4; Cl 3.21), querendo que
eles realizem os projetos nos quais os pais fracassaram em realizar. Cada um deve seguir
o seu próprio caminho.
O pai deve corrigir os filhos (Pv 13.24; 22.15; 23.13,14; 29.15,17; Hb 12.9), mas sem irritá-los,
como mencionado antes. Isso significa que a liderança sobre os filhos também deve ser
exercida em amor, pois onde existe amor existem milagres. Assim, a disciplina deve ser
sentida pelo filho, isto é, ela deve ser suficiente para desestimular novos erros, mas não
pode ferir, nem física nem emocionalmente, pois isso seria uma agressão e não uma
correção (Pv 19.18).
18. Caso o pai não seja crente e a mãe
o seja, mesmo assim a liderança
deve ser exercida pelo marido?
Não seria uma exceção para a
mulher liderar?
19. Deus não faz distinção entre o
pai bom ou mau, crente ou
descrente. A liderança será
sempre dele. Essa é a regra
estabelecida na Bíblia e, por
isso, não deve ser mudada.
21. INEFICAZ
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Descumprir um propósito divino gera infelicidade, tanto para si, como para os que
estão ao seu redor. O rico descrito na história de Lázaro certamente teve uma
liderança ineficaz. Lembrou-se da vida espiritual de sua família somente após a
morte (Lc 16.27,28). Ele estava infeliz, e a família também estava. Os danos
decorrentes de uma vida familiar que não cumpre os propósitos de Deus
acarretarão consequências tanto nesta vida quanto na vindoura. Mas os exemplos
ruins não são apenas de ímpios. Veja-se a situação de Davi. Ele procurou dominar
sua família, ao invés de servi-la. Foi muito egoísta, conforme se observa no
episódio do adultério com Bate-Seba (2 Sm 11.1-27). Deu pouca importância à
influência negativa do seu sobrinho Jonadabe, que era um rapaz maligno, sobre
seu filho primogênito Amnom (2 Sm 13.3), o qual planejou o estupro de Tamar.
Depois disso, ele ainda continuou com livre trânsito na casa do rei (2 Sm 13.35).
Davi, em regra, não tinha tempo para falar com seus filhos e os sofrimentos deles
não eram percebidos pelo pai ausente (2 Sm 14.24, 33). Quando morreu, Davi
deixou um legado de mágoas e sangue (1 Rs 2.6,8). Tanto é assim que Salomão
ainda matou um irmão (1 Rs 2.24,25). O lar de Davi, um homem segundo o coração
de Deus, ficou aos pedaços por causa de sua liderança ineficaz.
22. EFICAZ
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A Bíblia não conta a história deles. Podem ter sido trucidados por
Nabucodonosor, ficado em Jerusalém como escravos ou morrido de doenças.
Não importa. Os pais de Daniel, Misael, Azarias e Ananias, os jovens que serviram
ao rei de Babilônia, são pais heróis. Eles conseguiram impregnar na mente desses
moços a fidelidade ao Senhor desde muito cedo. Ao que tudo indica, os jovens
foram transportados para Babilônia com idade inferior a vinte anos, mas
demonstraram grande maturidade espiritual. Não se contaminaram com o
pecado e, por isso, foram grandemente abençoados. Outro caso igualmente
notável aconteceu com certo homem chamado Jonadabe, o qual ensinou a seus
filhos como deveriam viver (Jr 35.1-10) e eles o obedeceram regiamente. Deus
ficou tão impressionado com a fidelidade dos recabitas, que anunciou: "Nunca
faltará varão a Jonadabe, filho de Recabe, que assista perante a minha face todos
os dias" (Jr 35.19). Que coisa extraordinária! Deus destinou um final feliz a um
grupo de nômades, por causa da liderança eficaz exercida por um homem
séculos antes.
23. A liderança ineficaz do
marido no lar produz
sempre danos
irreversíveis? Há
exceção?
24. Para Deus não existe ponto
final. O maior caos de todos,
Ele pode transformar em
harmonia; porém, em regra, os
danos da má liderança são
irreversíveis.
25. Liderar o lar não é uma tarefa fácil, mas se reveste
de importância capital. É a partir de uma liderança
eficaz que Deus agirá nos membros da família,
transformando-os em cidadãos de bem,
equilibrados, cumpridores de seus deveres. Caso
contrário, os filhos serão rebeldes e se comportarão
reprovadamente. Está escrito: "A vara e a
repreensão dão sabedoria, mas o rapaz entregue a
si mesmo envergonha a sua mãe" (Pv 29.15).
CONCLUSÃO
26. Horadarevisão
1. Qual o primeiro mandamento com promessa?
1. A liderança do pai na família é uma opção ou obrigação? Justifique.
É um dever, pois foi Deus quem determinou.
2. Segundo a lição, como pode ser definida a submissão da esposa?
Renúncia à opinião pessoal, em prol da família.
3. Qual movimento social defende a igualdade total das funções familiares
do pai e da mãe?
O feminismo radical.
4. Cite dois exemplos de liderança masculina eficaz.
O rico da história de Lázaro e o rei Davi.
5. Segundo a Bíblia (Pv 29.15), o que acontece ao filho entregue a si
mesmo?
Envergonha a sua mãe.