MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
Lbj lição 6 O sustento da igreja
1. 1º trimestre de 2017 lição 6 05 de Fevereiro de 2017
O sustento da igreja
Título: A Igreja de Jesus
Cristo — Sua origem,
doutrina, ordenanças e
destino eterno
Comentarista:
Alexandre Coelho
4. AGENDA DE LEITURA
SEXTA — Pv 3.9
Honrando a Deus
QUARTA — 2Co 9.6
Ofertar proporcionalmente
SEGUNDA — 2Co 8.1-5
Ofertar de boa vontade
TERÇA — 2Co 9.7
Ofertar com alegria
QUINTA — Lc 21.1-4
Ofertar com liberalidade
SÁBADO — Êx 22.29
Entregando as primícias ao Senhor
5. Objetivos
ENSINAR que a
contribuição
financeira na igreja é
uma questão de fé e
consciência da
responsabilidade de
manutenção da igreja
local;
APRESENTAR a função
do dízimo no Antigo e
no Novo Testamento;
EXPLICAR que as
ofertas são fruto da
generosidade e devem
ser entregues levando
em conta a gratidão
por bênçãos
recebidas.
objetivo
s
6. TextoBíblico
2 Coríntios 9.6-14.
6 — E digo isto: Que o que semeia pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em abundância também
ceifará.
7 — Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que
dá com alegria.
8 — E Deus é poderoso para tornar abundante em vós toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda
suficiência, superabundeis em toda boa obra,
9 — conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre.
10 — Ora, aquele que dá a semente ao que semeia e pão para comer também multiplicará a vossa sementeira e
aumentará os frutos da vossa justiça;
11 — para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se deem graças a Deus.
12 — Porque a administração desse serviço não só supre as necessidades dos santos, mas também redunda em muitas
graças, que se dão a Deus,
13 — visto como, na prova desta administração, glorificam a Deus pela submissão que confessais quanto ao evangelho
de Cristo, e pela liberalidade de vossos dons para com eles e para com todos,
14 — e pela sua oração por vós, tendo de vós saudades, por causa da excelente graça de Deus que em vós há.
7. Introdução
Dinheiro é um assunto espiritual. Saber lidar com ele exige sabedoria, e não
são poucos os filhos de Deus que têm dificuldades na área financeira.
Contribuição financeira na igreja , seja dízimo, seja ofertas, sempre traz
questionamentos, ainda mais em nossos dias, quando vemos algumas igrejas
fazendo apelos, quase que extorsivos, para que as pessoas entreguem tudo o
que têm a fim de serem abençoadas por Deus. O que a Bíblia diz sobre o
assunto? É o que veremos nesta lição. Lembre-se de que dinheiro e finanças
são assuntos espirituais, pois mostram a quem realmente servimos: se a Deus,
ou a Mamom.
9. Gratidão a Deus e generosidade para com sua casa.
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A primeira motivação deve ser a gratidão a Deus.
Tudo o que temos veio dEle, e dEle são todas as
coisas. O Salmista d“do Senhor é a Terra, e toda a
sua plenitude” (Sl 24.1), isse que reconhecendo que
todas as coisas pertencem ao Senhor. Da mesma
forma que cremos que Ele é generoso para
conosco, suprindo nossas necessidades, devemos
ser gratos demonstrando a mesma generosidade
para com sua casa.
10. Uma questão de fé.
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Qualquer contribuição feita à obra do Senhor deve ser vista como
parte da adoração cristã, do culto a Deus e da demonstração
pública de fé.
De acordo com o apóstolo Paulo, devemos contribuir com alegria,
de forma proporcional ao que recebemos, e não criticando o ato
de apresentar ao altar nossas contribuições. Se não temos fé para
trazer nossos dízimos e ofertas, é melhor não trazê-los, pois o que
não fazemos por fé não deve ser feito (Rm 14.23). Por fé,
queremos dizer que nos referimos à convicção, ou seja,
entregamos ofertas e dízimos porque entendemos que Deus se
agrada de atos de generosidade de seu povo para com sua obra, e
isso deve nos motivar a sempre ter um coração disposto a
contribuir.
11. Consciência da nossa responsabilidade na manutenção da igreja local.
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A igreja evangélica não recebe subsídios dos governos. A responsabilidade do sustento e
manutenção do santuário é dos santos que nela congregam. E a igreja local, como instituição,
tem despesas que precisam ser cobertas pelos dízimos e ofertas do povo de Deus. Isso torna
a igreja isenta de alianças com pessoas ou grupos que não possuem o temor a Deus.
Além disso, como membros da Igreja de Cristo, representada pela igreja local, usufruímos do
espaço do templo, das salas de escola dominical, da iluminação e da eletricidade que são
utilizadas, dos móveis que utilizamos quando nos sentamos para assistir ao culto com
comodidade. Todas essas coisas têm um custo, e precisam ser adquiridas com recursos
financeiros trazidos para a igreja. O dinheiro que Deus destinou à essa manutenção está no
bolso dos filhos de Deus, justamente para essa finalidade.
Uma das verdades mais claras nas Escrituras é a lei natural da semeadura e da colheita. Essa
lei nos ensina que a semeadura é opcional, ou seja, eu semeio se quiser. Não sou obrigado a
plantar grãos na terra e esperar que com o tempo aquele grão se transforme em uma planta
que virá a produzir outros grãos. Mas essa mesma lei deixa claro que se eu semear, colherei,
e isso é obrigatório. Quem semeia colhe (Gl 6.7): “E digo isto: Que o que semeia pouco
também ceifará; e o que semeia em abundância em abundância também ceifará” (2Co 9.6).
15. No Antigo Testamento.
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A palavra hebraica asar significa dizimar, e essa palavra vem de outra, que significa dez. Os dízimos
faziam parte da cultura do povo de Deus. Antes de haver a lei de Moisés, Abraão deu o dízimo (Gn
14.20), e Jacó se comprometeu com Deus a fazer o mesmo (Gn 28.22). Quando o povo de Israel chegou
à Terra Prometida, já sabia sobre o compromisso das ofertas e dízimos para a manutenção da obra de
Deus e dos sacerdotes e levitas. O dízimo representava literalmente um décimo da colheita e dos
animais, apurados no período de um ano (Lv 27.30-33). Esses dízimos eram entregues para sustento
dos sacerdotes e levitas, que não receberam de Deus terras para plantar ou criar seu gado. Na prática,
além de um ato de obediência a Deus, era uma forma de equilibrar as relações entre as tribos, pois se
por um lado a tribo de Levi deveria conduzir a adoração e o culto a Deus, por outro lado, as demais
tribos deveriam zelar pelo sustento daqueles seus irmãos que haviam sido escolhidos por Deus para
funções sacerdotais.
Ainda no Antigo Testamento, que faz parte da Palavra de Deus tanto quanto o Novo Testamento, vemos
que Deus repreende seu povo por ser infiel nos dízimos. A Casa de Deus estava em situação precária,
pois os israelitas haviam desprezado a manutenção do santuário. Então o Altíssimo diz que os dízimos
deveriam ser trazidos ao santuário para que houvesse mantimento na Casa de Deus, e essa ordem não
foi revogada. E Deus ainda diz: “[...] e depois fazei prova de mim, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não
vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior
abastança” (Ml 3.10). Deus manda os israelitas fazerem prova dEle se Ele não abrisse as janelas dos
céus e recompensasse os fiéis.
16. No Novo Testamento.
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O Novo Testamento menciona o dízimo entre os judeus
como uma realidade daqueles dias. Jesus fala do dízimo
dos fariseus e os critica, não por darem o dízimo, mas por
acharem que por cumprirem suas obrigações financeiras,
que davam a décima parte do que tinham, mas não
exerciam a justiça e a misericórdia (Mt 23.23). Jesus não
condena o dízimo, e sim a atitude daqueles homens de
manifestar uma fé formal até em seus recursos
financeiros, mas esquecer-se de serem pessoas mais
humanas e praticarem uma vida que agradasse a Deus,
visto que o Senhor não é comprado por dinheiro.
17. Deus ama ao que dá com alegria.
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É curioso saber que Deus observa o sentimento com que nos
dirigimos ao seu altar para entregar nossos dízimos. Ele não
apenas observa como também ama quem contribui com
sentimento de prazer por estar participando das coisas de Deus na
esfera financeira. Isso deve nos fazer pensar sobre a forma com
que contribuímos para a Casa do Senhor. Nossos dízimos devem
ser entregues por fé, não por acharmos que estamos fazendo uma
troca com Deus. “Alguns há que espalham, e ainda se lhes
acrescenta mais; e outros, que retêm mais do que é justo, mas é
para a sua perda. A alma generosa engordará, e o que regar
também será regado” (Pv 11.24,25).
18. Deus se importa com
o valor da oferta ou
com o sentimento do
coração ao entregá-
la?
Pense
19. O prazer em contribuir,
denominado alegria,
deve ser um sentimento
constante para os que
contribuem com seus
dízimos.
Ponto importante!
21. As ofertas.
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Se por um lado a tradição bíblica apresenta os
dízimos como sendo representado pela décima
parte daquilo que se tinha recebido do Senhor, por
outro lado permitia que os israelitas manifestassem
sua generosidade com outros valores não limitados
pelos dízimos. Aqui entravam as ofertas. Elas não
tinham um valor estipulado, como os dízimos, mas
era igualmente fruto da generosidade, e deveriam
ser entregues levando em conta a gratidão por
bênçãos recebidas
22. Ofertas e sobras e bênçãos a receber.
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A oferta que trazemos a Deus não deve ser aquilo que temos
sobrando. Jesus, ao contemplar certa vez a oferta de uma mulher
pobre, declarou aos seus discípulos que ela havia trazido ao
Templo a maior oferta de todos os que ali estavam, pois dera o
que tinha, e não o que estava sobrando, como os demais (Lc 21.1-
4).
Há grupos que motivam seus fiéis a contribuírem financeiramente
para receberem determinadas bênçãos, condicionando a recepção
dessas bênçãos à entrega de determinados valores de ofertas.
Entendemos que isso não deve ser feito, pois a oferta não é um
meio de negociar bênçãos com Deus. As ofertas devem
demonstrar nossa gratidão pelo que já recebemos, e não uma
tentativa de pressionar Deus a nos abençoar.
23. Uma recomendação paulina.
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Um ocorrido na Igreja em Corinto nos dá orientações sobre o
recolhimento de ofertas. Para que houvesse organização quando
fossem recolhidas ofertas para os santos em Jerusalém, Paulo
orientou que os crentes guardassem suas ofertas para serem
entregues no primeiro dia da semana, e que contribuíssem
conforme sua prosperidade, proporcionalmente (1Co 16.2).
Contribuir conforme a sua prosperidade nos traz a ideia de
contribuir, conforme já recebemos do próprio Deus. Se uma
pessoa, com a graça de Deus, consegue obter recursos de acordo
com a sua profissão, e esses recursos são acrescidos
constantemente, suas contribuições devem seguir o mesmo
patamar. Um servo de Deus não recebe bênçãos de Deus apenas
para si mesmo, mas para poder auxiliar seus irmãos e à igreja
local, onde congrega.
25. O prazer em contribuir,
denominado alegria,
deve ser um sentimento
constante para os que
contribuem com seus
dízimos.
Ponto importante!
26. O ato de contribuir com dízimos e ofertas
não é apenas uma demonstração de fé e
de respeito para com a manutenção da
igreja à que pertencemos, mas acima de
tudo, um ato de obediência a Deus e de
generosidade para com as coisas
sagradas.
CONCLUSÃO
27. Horadarevisão
1. O que deve mover a nossa contribuição?
A gratidão a Deus, a adoração e a consciência da responsabilidade com o sustento e a manutenção da
igreja.
2. Quem é o responsável pela manutenção da igreja local?
Os santos que nela congregam.
3. Qual o significado da palavra dizimar?
A palavra hebraica “asar” significa dizimar, e essa palavra vem de outra, que significa dez.
4. No Antigo Testamento os dízimos tinham qual finalidade?
Era para o sustento dos sacerdotes e levitas, que não receberam de Deus terras para plantar ou criar seu
gado.
5. Jesus condenou o dízimo?
Jesus não condena o dízimo, e sim a atitude dos fariseus que manifestavam uma fé formal com seus
recursos financeiros, mas se esqueciam de serem pessoas mais humanas e praticarem uma vida que
agradasse a Deus, visto que o Senhor não é comprado por dinheiro.