4. AGENDA DE LEITURA
SEXTA — Dt 24.14-22
A justiça de Deus
QUARTA — Dt 10.17-19
O Criador não faz acepção de pessoas
SEGUNDA — Is 58.2-12
O verdadeiro jejum
TERÇA — Ef 2.10
Criados para o bem
QUINTA — Tg 4.17
O pecado de omissão
SÁBADO — Tg 2.14-17
A fé sem obras é morta
5. Objetivos
INVESTIGAR a
atualidade do primeiro
ato de justiça;
DIFERENÇAR a prática
da oração sincera do
exercício mecânico da
oração;
ESTIMAR a prática
consciente do jejum.
objetivo
s
6. TextoBíblico
Mateus 6.1-8,16-18.
1 — Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto
de vosso Pai, que está nos céus.
2 — Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas
ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
3 — Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita,
4 — para que a tua esmola seja dada ocultamente, e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.
5 — E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das
ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
6 — Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu
Pai, que vê o que está oculto, te recompensará.
7 — E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos.
8 — Não vos assemelheis, pois, a eles, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário antes de vós lho pedirdes.
16 — E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas, porque desfiguram o rosto, para que aos
homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
17 — Porém tu, quando jejuares, unge a cabeça e lava o rosto,
18 — para não pareceres aos homens que jejuas, mas sim a teu Pai, que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto,
te recompensará.
7. Introdução
Os chamados “atos básicos de justiça do judaísmo” — esmola, oração e jejum
— eram os pilares principais da religião oficial de Israel. Apesar de serem atos
prezados pelos judeus, assim como contrapôs a justiça dos escribas (Mt 5.20),
mostrando que a do Reino vai muito além (Mt 5.21-48), o Mestre procede da
mesma maneira em relação à justiça dos fariseus (Mt 6.1-8,16-18). Jesus
demonstra que mesmo tais atos não são piedosos em si mesmos, antes o que
determina a sinceridade e a pureza deles é a atitude do coração, a intenção
desprovida de qualquer outro interesse a não ser ajudar as pessoas como forma
de gratidão a Deus, bem como orar e jejuar visando o estreitamento da relação
com o Pai, pois Ele contempla o coração e não apenas o exterior (1Sm 16.7 cf.
Lc 18.9-14).
9. OS DEVERES DE ISRAEL PARA COM OS POBRES.
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Por também ter sido estrangeiro e peregrino em “terra
estranha”, esperava-se do povo de Israel sensibilidade e
solidariedade com as pessoas menos favorecidas, bem
como em relação ao órfão, à viúva e ao estrangeiro (Dt
10.17-19; 24.14-22). Ciente da obstinação e dureza do
coração humano, Deus, através de Moisés, ordena que
em caso de sobra em uma colheita, não se deve
“rebuscar”, isto é, repassar a mesma área do campo para
ver se não ficou nada ainda a ser colhido ou recolhido,
pois tal sobra era uma provisão divina a essas pessoas (Dt
24.19-22).
10. A ATUALIDADE DA PRÁTICA DE AUXILIAR OS POBRES
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A despeito de a prática de auxiliar os pobres estar
sendo observada nos dias de Jesus (Mt 26.6-9), e
até no tempo da igreja do primeiro século (Gl 2.10),
o Mestre sabia que mesmo as ações virtuosas
podem ser praticadas com motivações escusas. Por
isso, Ele não contesta o ato de justiça de ajudar,
mas chama a atenção para os motivos que, para
além das aparências, podem não ser tão nobres (v.1
cf. Mt 19.21,22; Jo 12.4-6).
11. A ATITUDE DE QUEM AJUDA
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Não é de censura a instrução de Jesus acerca do auxílio aos menos
favorecidos, ou seja, os pobres devem ser ajudados e assistidos em suas
necessidades por aqueles que possuem mais condições (Mt 25.31-46; At
20.35). A observação do Mestre diz respeito não unicamente à motivação,
mas também quanto à discrição com que se deve fazer o bem, ou dar
esmolas às pessoas necessitadas. O Mestre utiliza expressivas figuras de
linguagem ao falar de “tocar trombetas” (motivação de fazer publicidade) e
também de “a mão esquerda não saber o que faz a direita” (falta de discrição)
(vv.2,3). Em outras palavras, se a finalidade é ajudar e não se
autopromover com a necessidade e o problema alheio, então deve-se
agir discreta e sigilosamente, pois do contrário já se terá recebido a
recompensa aqui mesmo, nada devendo esperar do Pai celestial em seu
tribunal de galardão (vv.2,4 cf. 1Co 3.12-15).
12. Você acredita que, observando o
texto de Gálatas 2.10, e depois de
estudar esse tópico, a igreja tem
alguma responsabilidade em
relação aos pobres?
13. O que fica claro foi que
Jesus não aboliu a boa
prática de auxiliar os
menos favorecidos, mas
advertiu acerca do cuidado
de se fazer publicidade com
a situação miserável das
pessoas.
Ponto importante!
15. ORAR COM DISCRIÇÃO.
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De forma semelhante, o Mestre trata da oração (v.5). Como
alguém que orava muito (Lc 6.12,13; 11.1; Mt 14.23; 26.36-46;
Lc 22.44), Jesus não desaconselha a prática da oração, antes
a afirma (Mt 26.41; Lc 18.1). Contudo, o Mestre dá instruções
muito claras acerca do cuidado com a discrição no momento
de se falar com Deus (v.5). Ele refere-se ao perigo de querer
mostrar-se piedoso, e não da posição física ou mesmo do ato
de orar em público em algum momento (Mt 11.25,26; Lc
18.10-14). Quem quer mostrar-se piedoso a fim de obter
aplausos e admiração pública nada deve esperar da parte de
Deus em termos de galardão.
16. ORAR SECRETAMENTE
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A oração sigilosa é a prática recomendada pelo Mestre
(v.6). A quem utilizava tal expediente para destacar-se, a
observação do Senhor soava como afronta. Os fariseus
costumavam agir dessa maneira e, certamente, ficaram
aborrecidos e desapontados por causa da orientação de
Jesus (Mt 23.14). No entanto, como ilustra a história de
Agar e Ismael, Deus não apenas ouve orações secretas e
até mesmo o choro, mas os atende (Gn 21.14-21)
17. O PERIGO DE A ORAÇÃO DEGENERAR-SE EM VÃS REPETIÇÕES
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A advertência do Senhor não se restringe a não orar como os
hipócritas (os fariseus), mas para se cuidar com o perigo de a
prática da oração não degenerar-se em artifícios, ou seja, adotar
a forma pagã de orar como aqueles que não têm conhecimento
de Deus. Estes achavam que usando mantras (fórmulas
repetitivas para se pronunciar), obteriam o favor divino (v.7). Na
verdade, como Criador, o Pai já sabe tudo o que o ser humano
necessita (v.8 cf. vv.26-34). É curioso o fato de Jesus advertir para
o perigo de que a prática hipócrita pode acabar levando à prática
pagã, degenerando completamente a oração.
18. Depois de aprender com essas
orientações do Senhor, como devemos
proceder ao orar?
19. O perigo de se orar com
motivações mesquinhas, de
acordo com o que ensina
Jesus, é acabar levando as
pessoas ao paganismo de
achar que desenvolvendo
mantras, suas orações se
tornarão eficazes e,
consequentemente,
atendidas.
Ponto importante!
21. A PRÁTICA DO JEJUM NO ANTIGO TESTAMENTO
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Considerando o volume de texto, são poucas as
referências a respeito do jejum no AntigoTestamento. A
recomendação na Lei, por exemplo, era que se fizesse
uma vez ao ano na chamada Festa da Expiação (Lv 16.29-
34). Outras referências à prática do jejum no Antigo
Testamento têm uma relação direta com a crença e a
devoção pessoais (2Sm 12.16-23; 2Cr 20.3; Ed 8.21; Ne
9.1; Et 4.3; Jl 2.12; Jn 3.5, etc.).
22. O JEJUM NO NOVO TESTAMENTO
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Jesus falou acerca do jejum unido à oração com
finalidades bem definidas (Mt 17.21). Já os fariseus
jejuavam, ritualística e religiosamente, duas vezes na
semana (Lc 18.12). A fim de que não restassem dúvidas
de que eles estavam jejuando, os fariseus adotavam
outros procedimentos que caracterizavam a prática e,
assim, garantiam a si próprios que as pessoas
reconheceriam que eles estavam jejuando (v.16 cf. Mt
11.21; Lc 10.13).
23. O VERDADEIRO JEJUM
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O Mestre diz que, tal como a prática de dar
esmolas e orar, o jejum deve ser discreto e ter
motivações nobres, pois do contrário a pessoa já
recebia sua recompensa (v.16). Assim, o ensino de
Jesus objetiva a discrição ao jejuar, pois se tal ato
visa agradar a Deus, não há necessidade alguma de
que isso transpareça a outros (vv.17,18). Ademais, é
sempre oportuno lembrar-se do jejum requerido
por Deus em Isaías 58.2-12.
25. A não ser por questões
puramente espirituais,
a forma de jejum mais
aconselhável é a de
praticar a justiça social
exposta em Isaías 58.2-
12.
Ponto importante!
26. Ao utilizar, nas três recomendações dos atos de
justiça, a expressão “hipócritas”, o Mestre faz alusão
aos fariseus, cujo qualificativo depreciador, tornou-
se sinônimo deles (vv.2,5,16 cf. Mt 15.1,7;
16.1,3,6,12; 22.15-18 etc.). A advertência era que as
pessoas não se tornassem, tal como aqueles
religiosos, hipócritas, isto é, fingidos. Tal advertência
continua atualíssima para os dias atuais.
CONCLUSÃO
27. Horadarevisão
1. Quais são os três “atos de justiça do judaísmo”?
Esmola, oração e jejum.
2. Jesus aboliu a prática de dar esmolas?
Não, pois os pobres devem ser ajudados e assistidos em suas necessidades por aqueles que possuem mais condições
(Mt 25.31-46; At 20.35).
3. O Mestre disse algo a respeito da posição em que se deve orar ou proibiu se orar em público?
Não, Ele apenas orientou acerca do perigo de querer mostrar-se piedoso (Mt 11.25,26; Lc 18.10-14).
4. De acordo com o que Jesus ensinou, como se deve agir ao ajudar, orar ou jejuar?
Tudo deve ser discreto e ter motivações nobres, pois do contrário a pessoa já recebia sua recompensa.
5. Fale a respeito do jejum de Isaías 58.2-12.
Resposta pessoal.