Este documento discute o Sermão da Montanha de Jesus. Ele esclarece que Jesus não veio abolir a lei, mas sim completá-la. A lei continua válida e Jesus usou figuras de linguagem para enfatizar seu respeito pela lei e como ela apontava para Ele. O documento também discute as perspectivas de Jesus sobre a lei e ensino, e as três justiças abordadas no Sermão da Montanha.
4. Agendadeleitura
SEGUNDA — Lc 16.17
A Lei cumprida integralmente
AGENDA DE LEITURA
TERÇA — Mt 11.13; Lc 16.16
A duração da Lei
QUINTA — Rm 13.8
Quem ama, cumpriu a Lei
SÁBADO — Rm 13.5
Obedecer pela consciência
SEXTA — Rm 14.17
O que o Reino de Deus não éto
QUARTA — Rm 13.10
O cumprimento da Lei
5. Objetivos
ESCLARECER a
validade atribuída por
Jesus à Lei e a
consideração que Ele
tinha por ela;
SUBLINHAR a
perspectiva de Cristo
acerca da Lei e do
exercício do ensino;
DISTINGUIR as três
justiças que são
abordadas pelo
Mestre no Sermão do
Monte.
Objetivos
6. TextoBíblico
Mateus 5.17-20.
17 — Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir.
18 — Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que
tudo seja cumprido.
19 — Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor
no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus.
20 — Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino
dos céus.
7. Introdução
Muitos comentaristas e estudiosos da Bíblia afirmam que os quatro versículos
do texto bíblico acima são os principais do Sermão do Monte, pois revelam a
finalidade do ensinamento do Mestre. É importante observar que Jesus não
desconsidera a Lei, mas afirma que veio completá-la. Ele ainda adverte
para os perigos de se violar os mandamentos e ensiná-los de forma deturpada,
mas também fala da honra de cumpri-los e ensiná-los corretamente. Ao final
resta-nos, como discípulos dEle, o desafio de viver instruídos sob outra
perspectiva, distinta da legalista e burocrática da religião. Na verdade, o
desafio é assumir a perspectiva do Mestre que, disse Ele claramente, não veio
fazer a sua vontade, mas a do Pai que o enviou (Jo 5.30).
9. ABOLIÇÃO OU COMPLETUDE DA LEI.
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À crítica infundada dos mestres de Israel de que
Jesus desfazia da Lei, o Filho de Deus respondeu
que não veio abolir a Lei ou os Profetas, ou seja,
desfazer esses textos e seus ensinamentos, antes,
uma parte de sua missão era justamente completá-
la (v.17 cf. Rm 10.4). “Completar” aqui nada tem
com reparar, antes significa dar-lhe pleno
cumprimento.
10. A VALIDADE DA LEI.
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A afirmação do versículo 18 deve ser lida tendo em mente que o
Mestre utilizava figuras de linguagem, entre elas a hipérbole, que
consistia em exagerar na expressão de uma ideia para
demonstrar o seu valor (Mt 19.24-26). Assim, o Mestre refere-se à
passagem do céu e da Terra, bem como ao conteúdo da Lei,
mencionando o jota, isto é, o yod que é a menor letra do alfabeto
hebraico, e fala de um “til” que, no contexto do versículo, alude a
um tracinho que, para nós, seria como uma vírgula; tudo para
expressar o seu respeito pela Lei e também o quanto ela falava
dEle (Lc 24.44).