SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 53
1
““Fifteen Effective Play Therapy Techniques”Fifteen Effective Play Therapy Techniques”
15 Técnicas Efectivas em Ludoterapia15 Técnicas Efectivas em Ludoterapia
Métodos e Técnicas Terapêuticas II
Instituto Superior da Maia, 2007
2
 Muitas técnicas têm sido desenvolvidas nos últimos anos para
implementar o poder terapêutico do jogo.
 Neste trabalho vamos apresentar 15 técnicas fáceis de aplicar,
efectivas, divertidas e de baixo custo.
 Para cada técnica vamos referir o racional teórico, materiais
necessários, aplicação e guia de implementação passo a passo.
 Técnicas indicadas para crianças entre os 4 e os 12 anos,
constituídas por diversas abordagens do jogo e usadas em diversas
problemáticas (ansiedade, depressão, hiperactividade,...).
IntroduçãoIntrodução
3
 Razão da eficácia da Ludoterapia em crianças:
• não possuem ainda pensamento abstracto;
• não possuem ainda capacidade linguística para articular
adequadamente emoções, pensamentos e comportamentos;
• os brinquedos são as suas palavras e jogar é o seu discurso.
IntroduçãoIntrodução
 Definição:
Processo interpessoal em que um terapeuta credenciado usa
sistematicamente o poder terapêutico do jogo para ajudar os seus
clientes a resolver as suas dificuldades psicológicas actuais e preveni-
las no futuro.
4
 As técnicas a apresentar têm como objectivo auxiliar as
crianças a:
• tomar consciência e expressar os seus sentimentos;
• lidar com a raiva;
• aumentar o auto-controlo;
• reduzir o medo, ansiedade e depressão;
• aumentar a auto-eficácia;
• promover capacidade de resolução de problemas.
IntroduçãoIntrodução
5
 Racional Teórico:Racional Teórico:
• Crianças têm dificuldade em expressar os seus sentimentos
quando questionadas.
•Quando em jogo, as defesas são reduzidas e estas falam mais
sobre os sentimentos.
• Esta técnica permite que a criança comunique os seus
sentimentos de forma agradável e descontraída.
 MaterialMaterial
- Folhas de papel 10 x 15 cm - 1 marcador
- 1 caixa com fichas de poker
Jogo das Palavras do SentimentoJogo das Palavras do Sentimento
6
 Descrição:Descrição:
• Terapeuta senta-se ao nível da criança, diz-lhe o nome do jogo e
como se joga e escreve em cada folha os nomes de vários
sentimentos, desenhando uma cara que os represente.
•Depois vai contar uma história sua, com sentimentos positivos e
negativos.
•Ao longo da história vai colocando fichas de poker em cada
sentimento que vai surgindo na história (vários em simultâneo).
• O nº de fichas em cada sentimento varia, mostrando à criança
que podemos ter mais do que 1 sentimento ao mesmo tempo e
diferentes “quantidades” de cada sentimento.
Jogo das Palavras do SentimentoJogo das Palavras do Sentimento
7
• Depois o terapeuta conta uma nova história e a criança deve
colocar ao longo da mesma, as fichas correspondentes a cada
sentimento que sentiria na situação narrada.
• A terceira história é contada pela criança e será o terapeuta a
colocar as fichas nos sentimentos.
• Este processo repete-se até que seja possível a discussão das
principais questões ligadas ao problema existente.
 Aplicações:Aplicações:
• Crianças com problemas de comportamento, défice de atenção,
hiperactividade e problemas de ansiedade.
• Interessante para trabalhar e discutir com as crianças questões
que são para elas demasiado difíceis de expor.
Jogo das Palavras do SentimentoJogo das Palavras do Sentimento
8
Colorir a VidaColorir a Vida
 Racional Teórico:Racional Teórico:
• Crianças sem capacidade de compreender e discutir estados
psicológicos que afectam o indivíduo;
• Importante a criança desenvolver competências para lidar com
sucesso com estes estados, especialmente crianças que precisam de:
- desenvolver a noção de vários estados;
- capacidade de relacioná-los entre si e a estes com o ambiente;
- expressá-los verbalmente.
 MaterialMaterial
- Lápis de cor (ou outro material para colorir)
- Papel branco
9
Colorir a VidaColorir a Vida
 Descrição:Descrição:
• O terapeuta pede à criança para criar pares com cores e
sentimentos. Deve fazer corresponder uma cor a um sentimento (p.e.
vermelho–raiva e amarelo-alegria).
• Em seguida, dá-se papel branco à criança e pede-se que o desenhe
com as formas que quiser, pintando cada forma com a cor
correspondente a cada sentimento, sendo que cada forma e cor
representam um sentimento que ela sentiu durante a sua vida.
• Depois, terapeuta e criança, discutem o desenho centrando-se em
cada evento da vida e a cor que lhe foi dado.
10
Colorir a VidaColorir a Vida
• Se em grupo será saudável as crianças discutirem entre si os seus
desenhos.
 Aplicações:Aplicações:
• crianças entre os 6 e os 12 anos;
• com capacidade de distinguir e nomear as diferentes cores e os
diferentes estados psicológicos;
• pode ser aplicada individualmente ou em grupo;
• deve ser aplicada em diferentes momentos da terapia para
permitir verificar se existe evolução;
• pode reportar especificamente a um episódio da vida ou
acontecimento (não à vida toda).
11
MikadoMikado dos Sentimentosdos Sentimentos
 Racional Teórico:Racional Teórico:
• Foi criado para, num contexto de jogo e diversão, promover:
- a expressão de sentimentos por parte das crianças;
- a ligação entre estados psicológicos e eventos ambientais.
• A criança deverá estar familiarizada com a metodologia de
emparelhamento entre cores e sentimentos. Pode usar-se a técnica
anterior “Colorir a vida” para esta introdução.
MaterialMaterial
- Um jogo Mikado, disponível no mercado.
12
MikadoMikado dos Sentimentosdos Sentimentos
 Descrição:Descrição:
• O terapeuta introduz a metodologia de emparelhamento entre cores e
sentimentos e explica as regras do jogo Mikado.
• Às regras é acrescentada uma nova: cada vez que um jogador tira um
pauzinho de uma cor tem de contar um episódio de vida em que tenha
tido o sentimento associado aquela cor. (O terapeuta não deve contar
episódios pessoais mas inventar episódios ligados ao tema que
pretende trabalhar com a criança).
• São permitidos passes para que a criança sinta controlo sobre o jogo.
• O terapeuta pode interpretar as cores que a criança escolhe, as que
evita, os estados que narra e o seu comportamento durante o jogo.
13
MikadoMikado dos Sentimentosdos Sentimentos
 Aplicações:Aplicações:
• crianças entre os 6 e os 12 anos;
• com capacidade verbal adequada e concentração, assim como
conhecimento da metodologia de emparelhamento entre cores e
sentimentos;
• pode ser aplicada individualmente ou em pequeno grupo;
• Especialmente eficaz com crianças competitivas (o desejo de
ganhar vai levá-las a pegar em pauzinhos de sentimentos/cores que
normalmente evitariam).
14
Balões de RaivaBalões de Raiva
 Racional Teórico:Racional Teórico:
• Técnica agradável e eficaz que dá às crianças uma imagem visual
da raiva e o seu impacto a nível ambiental;
• Permite à criança ver como a raiva cresce dentro delas e se não for
libertada devagar e seguramente, pode explodir e magoar os outros
e elas próprias.
 MaterialMaterial
- Balões, quaisquer dos disponíveis no mercado.
15
 Descrição:Descrição:
• A criança enche um balão e o terapeuta ajuda a atá-lo;
• O terapeuta explica que o balão representa o corpo e o ar dentro do
balão representa a raiva. Em seguida, diz à criança para pisar o balão
até que este expluda e toda a raiva (ar) saia;
• O terapeuta explica então que se o balão fosse uma pessoa, a
explosão do balão seria como um acto agressivo (e.g. bater numa
pessoa ou num objecto).
• Seguidamente a criança enche outro balão, mas em vez de amarrá-lo
vai apertar o término do balão. O terapeuta diz à criança para
calmamente libertar algum ar e depois apertar novamente o término do
balão (a criança vai adorar o barulho que o ar faz quando sai
lentamente)
Balões de RaivaBalões de Raiva
16
• No fim da actividade, o terapeuta volta a explicar que o balão
representa a raiva e ao falar acerca do que nos faz ficar revoltados
encontrando alternativas apropriadas para libertar a raiva, esta sai
devagar e seguramente.
•O terapeuta lembra à criança que se ela permitir que a raiva cresça
dentro dela pode explodir e possivelmente danificar a criança ou outra
pessoa.
Balões de RaivaBalões de Raiva
 AplicaçõesAplicações
• pode ser aplicada individualmente ou em grupo;
• eficaz para crianças agressivas com dificuldade em controlar a sua
raiva;
•crianças retraídas que internalizam a raiva em vez de expressá-la.
17
O Jogo LoucoO Jogo Louco
 Racional Teórico:Racional Teórico:
• O Jogo Louco foi desenvolvido para mostrar às crianças que a
raiva é um sentimento comum, aceitável, permitindo às crianças
expressar verbalmente e cinestésicamente a sua raiva.
 MaterialMaterial
- cartão
- blocos de madeira ou plástico.
18
 Descrição:Descrição:
• O terapeuta divide os blocos uniformemente entre ele próprio e a
criança. Cada pessoa colocará um bloco em cima do anterior quando
for a sua vez. Eles vão alternando a vez expressando algo que os faça
ficar zangados ou algo que não lhes pareceu justo.
• Todas as expressões são aceites, desde engraçadas a sérias. O
terapeuta começa por realçar situações razoavelmente benignas que a
criança tem e progride para situações específicas de interesse
terapêutico.
• Após todos os blocos estarem empilhados, é pedido à criança para
pensar numa coisa que o/a faça ficar realmente irritado/a, para fazer
uma “cara zangada” (mad face) e para deitar abaixo os blocos.
O Jogo LoucoO Jogo Louco
19
 AplicaçõesAplicações
• pode ser aplicada individualmente ou em grupo;
• pode ser ligeiramente alterada para expressar outros sentimentos
além da raiva, tal como a tristeza ou a ansiedade.
• o terapeuta pode escrever separadamente cada declaração de
raiva num post-it e mandar a criança colar o post-it correspondente a
cada bloco, fornecendo deste modo ao terapeuta um registo do que
foi dito durante a sessão.
O Jogo LoucoO Jogo Louco
20
Contra - RelógioContra - Relógio
 Racional Teórico:Racional Teórico:
• Técnica desenvolvida para aumentar o auto-controlo das crianças
e o controlo dos seus impulsos;
• O objectivo é a criança resistir à distracção, focar-se e manter-se
focada por um período específico de tempo, na tarefa;
• Sempre que a criança completar com sucesso uma tarefa receberá
fichas de poker, que poderá usar para trocar por um prémio.
• Se a criança for bem sucedida na totalidade das tarefas terá
desenvolvido o seu próprio sentido de competência e de realização.
 MaterialMaterial
- relógio de cozinha - material de desenho
- fichas de poker - blocos
- livros de fácil leitura
21
 Descrição:Descrição:
• O terapeuta introduz a actividade à criança, pergunta-lhe se
compreendeu e dá “a partida”;
• O terapeuta permanece quieto nos primeiros minutos e depois cria
algumas distracções (o objectivo da actividade é manter a criança na
tarefa independentemente do que esteja a acontecer dentro ou fora do
quarto);
• A criança deverá estar muito motivada para ganhar as 50 fichas e
trocar pelo prémio. O terapeuta deverá aumentar o tempo em 5 minutos
de cada vez que o prémio de 50 fichas é alcançado.
Contra - RelógioContra - Relógio
22
 AplicaçõesAplicações
• pode ser usada individualmente ou num grupo pequeno.
• útil para qualquer criança que tenha problemas de controlo de
impulsos (e.g. crianças com hiperactividade e défice de atenção).
• A maioria das crianças é capaz de permanecer na actividade
durante toda a sessão.
Contra - RelógioContra - Relógio
23
Noticiário
 Racional Teórico:
- É mais fácil para as crianças exteriorizarem os seus problemas do que
falar sobre eles. Além disso, elas são mais capazes de resolverem os
seus problemas quando conseguem distanciar-se deles.
- O Noticiário Televisivo (do original “Broadcast News”) é uma técnica
agradável que permite às crianças desenvolver a habilidade verbal e a
resolução de problemas.
 Material
– Câmara de vídeo (opcional)
– Telefone
– Papel
– Uma mesa e cadeiras
24
 Descrição:
• O terapeuta introduz o Noticiário como um programa de televisão que
tem como protagonistas o terapeuta e o “especialista” (a criança);
• O terapeuta divulga um conjunto de notícias; a criança pode incluir
novas notícias desde que estas sigam o tema do programa;
• O terapeuta introduz a primeira história e reforça que a criança é o
especialista para aquele dia;
• Depois da introdução da primeira história o terapeuta refere que está
alguém ao telefone com uma questão para o “especialista”. O terapeuta
muda a sua voz personificando quem está ao telefone;
Noticiário
25
A criança responde a todas as questões como “especialista” resolvendo
assim os seus próprios problemas. Se a criança não for capaz de
responder à primeira chamada o terapeuta pode direccionar a criança para
um fantoche ou qualquer outra fonte de consolação.
 Aplicações
• O Noticiário é uma técnica verbalizada e extremamente útil para
crianças com 6 anos e idade e mais velhos;
• As crianças que são muito extrovertidas irão ver isto como uma
actividade fácil, enquanto que as crianças introvertidas ou ansiosas
terão algumas dificuldades.
• Os fantoches podem ser usados se o terapeuta achar que a criança
precisa de se distanciar dos seus problemas.
Noticiário
26
O Jogo de Câmara-lenta
 Racional Teórico:
• O Jogo de Câmara-Lenta, (do original “The Slow Motion Game”) foi
desenvolvido para permitir às crianças desenvolverem o seu auto-
controlo sobre os seus movimentos através num contexto de grupo
divertido.
 Material
- cronómetros para todas as crianças
- cartões
- dados
- fichas de poker
- papel
- Marcadores e/ou materiais para colorir
27
O Jogo de Câmara-lenta
 Descrição:
• O terapeuta começa por introduzir o conceito de auto-controlo,
discutindo o quanto é difícil ter-se auto-controlo sobre os movimentos
quando nos movemos rápido. Posteriormente, pede às crianças que
ilustrem como é que as coisas se parecem quando se movem rápido.
• Quando estiver claro que as crianças entenderam o conceito de auto-
controlo, dá-se-lhes um cronómetro a cada uma, dispôem-se à volta da
mesa e coloca-se no centro os cartões, criados pelo terapeuta, com
várias cenas que as crianças deverão representar em câmara-lenta, por
exemplo, jogar futebol, saltar à corda, fazer um teste de matemática.
28
O Jogo de Câmara-lenta
• Atiram o dado, e começa a jogar aquela que tiver o número mais alto,
escolhe um dos cartões e vai para a frente da sala com o terapeuta que
lhes explica o que é que a criança vai fazer em câmara-lenta. Todas as
outras crianças, em simultâneo e em voz alta, contam até três e
começam a cronometrar, vão informando a criança, que está a
representar em câmara-lenta, do tempo decorrido, de dez em dez
segundos, findo 1 minuto, as crianças gritam: “stop” e tendo concluído a
sua tarefa com sucesso, a criança ganha uma ficha de poker. A criança
seguinte (segue-se no sentido horário) escolhe um cartão e o jogo
começa de novo, até todas terem jogado.
29
O Jogo de Câmara-lenta
• Finda a 1ª volta, começa tudo de novo mas desta vez a prova dura 2
minutos.
• No fim da 2ª volta cada criança deverá ter ganho 2 fichas de poker e
uma pequena recompensa. O terapeuta poderá também dar a cada
criança um certificado em “ Graduado em camâra-lenta”
 AplicaçõesAplicações:
• O jogo de câmara-lenta, é bem sucedido com qualquer grupo de
crianças que tenham dificuldade em manter o auto-controlo. Os jogos
de mesa podem também ser usados na promoção do auto-controlo das
crianças.
30
Treino de relaxamento com bolas de
sabão
 Racional TeóricoRacional Teórico:
• Fazer bolas de sabão, é uma técnica simples e eficaz de relaxamento
que ensina as crianças a controlarem a sua respiração e ajudando-as a
tomarem consciência da ligação mente-corpo. Esta técnica é divertida,
barata e não constitui qualquer ameaça na interacção como terapeuta.
 MaterialMaterial
• Materiais para fazer bolas de sabão (podem ser comprados ou
improvisados).
31
Treino de relaxamento com bolas de
sabão
 Descrição:
• O terapeuta deverá encher a sala de bolas de sabão, algumas crianças
precipitar-se-ão a rebenta-las à medida que elas vão caindo.
• Após alguns minutos de diversão, pede-se às crianças que faça apenas
um grande bola, para tal, o terapeuta ensina as crianças a inspirar
profundamente, como se mantivessem o ar no estômago para depois
muito lentamente expirarem fazendo assim uma grande bola de sabão.
32
Treino de relaxamento com bolas de
sabão
O terapeuta explica que quando ficamos ansiosos ou irritados, o cérebro
precisa de mais ar e por isso força os pulmões a ventilar mais rápido,
contudo se se respirar profundamente, o cérebro diz ao coração para
abrandar e os pulmões trabalham melhor. Assim, se fizermos bolas de
sabão grandes, quando estamos ansiosos, nervosos ou irritados, podemos
impedir a adopção de comportamentos agressivos.
 AplicaçõesAplicações::
• Esta técnica é especialmente usada para reduzir a ansiedade, a
irritabilidade ou na tensão nas crianças.
• Pode ser usada individualmente ou em grupo.
33
Caixa das Preocupações
 Racional Teórico:
• A caixa das preocupações é um método efectivo para ajudar as
crianças a identificarem e a partilharem os seus preocupações com um
adulto e/ou com outras crianças.
 Material:
• Uma caixa ou lata que possa fechar e abrir de novo.
• Papel e marcadores
• Cola e tesouras
34
Caixa das Preocupações
 Descrição:
• Corta-se uma tira de papel suficientemente larga para forrar a caixa ou
lata depois pede-se à criança que desenhe ou escreva “coisas
assustadoras” nessa tira de papel, e depois de a colorir, cola-se à volta
da caixa e faz-se uma ranhura na parte de cima da lata.
• A criança é instruída no sentidos de escrever ou desenhar as suas
preocupações noutros pedacinhos de papel e coloca-los na caixa. Se a
actividade estiver a ser conduzida em grupo, pode se quiser, partilhar
essas preocupações com as outras criança e com o terapeuta.
35
Caixa das Preocupações
 Aplicações:
• A caixa das Preocupações podem ser aplicada individualmente ou em
grupo.
• Podem ser também usadas as versões “A caixa das chatices” ou “A caixa
das tristezas”
• Uma variação desta técnica, é “O saco do lixo”, propõe-se à criança que
decore dois sacos do lixo, um para a escola e um para casa, neles ela
colocará três pedacinhos de papel em cada saco, cada um com um
problema diferente.
Na sessão seguinte, tira um papel à sorte e trabalha essa problemática,
sendo levada a criar as suas próprias soluções, caso estas não ocorram, o
terapeuta deverá intervir com sugestões e ser mais directivo, no entanto,
deverá manter o jogo na 3a pessoa para a criança manter o distanciamento
necessário do problema, para a sua melhor resolução.
36
Uma boneca como se fosse um cliente
 Racional TeóricoRacional Teórico:
• As bonecas têm um papel muito importante nas sessões terapêuticas,
porque permitem que crianças mais fechadas, menos participativas,
consigam projectar na boneca as suas problemáticas, mantendo assim
a distancia necessária quer do terapeuta, quer da própria situação,
sentindo-se assim segura.
• Usando uma boneca como se fosse um cliente, o terapeuta consegue
remover o foco de atenção da criança, eliminando as suas resistências
e permitindo que esta se mantenha um nível confortável e seguro
emocionalmente.
 MaterialMaterial: Bonecas ou fantoches
37
Uma boneca como se fosse um cliente
 DescriçãoDescrição::
• O terapeuta, assim que reconhece que a criança está assustada,
deverá mostrar-lhe a boneca de imediato e projectar na boneca a
situação que a criança está a viver naquele momento, dando assim o
papel de cliente à boneca.
• Posteriormente, deverá ajudar à criança a conformar a boneca, tendo
presente três metas:
1. Responder de forma empática aos sentimentos da criança.
2. Promover, incentivar a participação na terapia.
3. Iniciar uma relação positiva e benéfica com a criança.
• A boneca torna-se muitas vezes um objecto de segurança durante todo
o processo terapêutico.
38
Uma boneca como se fosse um cliente
 AplicaçõesAplicações:
• Esta técnica é particularmente efectiva para qualquer criança entre os 4
e os 8 anos ansiosa, ou resistente nas fases iniciais da terapia.
• Uma variante desta técnica, poderá ser, apresentar a boneca com o
meu problema que se quer trabalhar na criança e pedir a sua ajuda na
sua resolução.
39
Monstros DivertidosMonstros Divertidos
 Racional Teórico:Racional Teórico:
• Para as crianças é mais confortável expressar os seus medos através do
desenho do que verbalizá-los;
• O desenho permite que, gradualmente, a criança enfrente os seus medos
de uma forma mais agradável e não tão assustadora;
• Experienciar passo-a-passo o objecto de medo, facilita o aumento de
sentimentos de confiança e controlo;
 Material:Material:
– Papel
– Material para colorir (e.g: lápis de cor, marcadores, guaches)
40
Monstros DivertidosMonstros Divertidos
 Descrição:Descrição:
• Pedir para desenhar algo que a faça sentir feliz ou segura;
• Conversar sobre o que desenhou;
• Fazer outro desenho, mas com algo que a assusta um bocadinho;
• Pedir para alterar o desenho, de maneira a que se torne menos assustador;
• O terapeuta deverá elaborar uma hierarquia dos medos da criança
41
Monstros DivertidosMonstros Divertidos
 Aplicações:Aplicações:
• Técnica apropriada para crianças na pré-primária e idade escolar;
• Para além de ajudar a criança a enfrentar os seus medos mais comuns, é
principalmente indicada em crianças com perturbações de ansiedade;
• Técnica similar:
- Desenha os teus pesadelos – redução do medo pelo simples facto de
desenhar o pesadelo, pois isso dá à criança uma sensação de controlo e
superioridade sobre ele.
42
Pesos e BalõesPesos e Balões
 Racional Teórico:Racional Teórico:
Um dos desafios na terapia, é tornar constructos abstractos, em algo mais
compreensível, concreto e com sentido para a criança;
Esta é uma técnica fácil e eficaz para ensinar às crianças os pressupostos
teóricos do modelo cognitivo-comportamental sobre a depressão.
 Material:Material:
- Balões (+/- 12) - papel e lápis
- alguns pesos (ex: pedras, blocos)
43
Pesos e BalõesPesos e Balões
 Descrição:Descrição:
• Criar uma lista (em folhas separadas) de pensamentos positivos e
negativos;
• Explicar à criança como os pensamentos podem influenciar os nossos
sentimentos, e que podemos alterar a forma como nos sentimos ao
modificar os pensamentos;
• Atribuir a cada pensamento negativo, um peso. A cada pensamento
positivo, um balão;
• A criança pega em cada um dos objectos percebendo a diferença, em
termos de sensação física, do peso de cada um deles;
44
Pesos e BalõesPesos e Balões
• Pedir à criança que pegue em todos os pesos (dos pensamentos negativos)
e que, por uns momentos, caminhe com eles pela sala;
• Depois de pousar os objectos, pede-se para falar sobre a sensação de
estar sem os pesos;
• Discutir a diferença entre os diferentes pesos e explicar o quanto os
pensamentos positivos podem ser úteis.
 Aplicações:Aplicações:
• É uma técnica bastante útil em crianças deprimidas, no entanto pode ser
utiliza com qualquer criança, quando se pretende explicar a importância dos
pensamentos.
45
O Poder do AnimalO Poder do Animal
 Racional Teórico:Racional Teórico:
• Muitas das crianças em terapia, são encaminhadas por dificuldades ao
nível do relacionamento interpessoal, resolução de problemas ou baixa de
auto-estima;
• É por vezes difícil para a criança, pronunciar-se sobre os atributos que
gostaria de ter, ou sobre as competências que melhor a ajudariam a
enfrentar as suas dificuldades;
• Esta técnica proporciona, através da imaginação e de uma forma divertida,
que a criança internalize as competências e atributos que gostaria e ter.
 Material:Material:
- Figuras de diversos animais
- material de desenho (lápis de cor e papel)
46
O Poder do AnimalO Poder do Animal
 Descrição:Descrição:
• Apresentar as imagens dos diferentes animais e pedir à criança que
escolha o que mais gosta;
• Construir uma máscara com a cara do animal. Ao longo da terapia, pede-se
à criança que tente imaginar como será que o animal agiria em
determinadas situações ou resolveria um problema;
• Ao recorrer ao animal, o terapeuta estará a ajudar a criança a aprofundar e
a internalizar, as competências e atributos que ela própria projectou no
animal.
 Aplicações:Aplicações:
• É uma técnica bastante eficaz em crianças que consigam beneficiar de uma
introjeção (≈identificação) positiva;
• Técnicas similares: o Shazam e o Super Me.
47
O Espião e o MatreiroO Espião e o Matreiro
 Racional Terapêutico:Racional Terapêutico:
• Esta técnica foi concebida de forma a transformar as interacções negativas
de uma família, em outras mais positivas;
• Os pais passarão a prestar mais atenção às qualidades dos seus filhos e a
valorizar o bom comportamento;
• As crianças acabam por perceber que conseguem mais atenção se agirem
de uma forma mais positiva, do que quando têm atitudes negativas.
 Material:Material:
- Nenhum
48
O Espião e o MatreiroO Espião e o Matreiro
 Descrição:Descrição:
• O terapeuta está primeiro com a criança e discutem sobre quais os
comportamentos mais positivos, que a criança poderá ter para surpreender
os pais. É-lhe dito que ela será o “matreiro” e os pais serão os “espiões”
que tentarão descobrir o que ela fez;
• Escolher 3 a 5 bons comportamentos (relacionados com os objectivos do
tratamento), que a criança deverá cumprir durante a semana seguinte;
• Depois chamam-se os pais e explica-se qual a função do “espião”, os pais
deverão anotar todos os bons comportamentos da criança ao longo da
semana;
• Na sessão seguinte discutem em conjunto o que aconteceu;
• Este jogo deverá ser feito por diversas vezes/sessões.
49
O Espião e o MatreiroO Espião e o Matreiro
 Aplicações:Aplicações:
• É uma técnica que não envolve gastos e tem enormes ganhos terapêuticos;
• É excelente para ser usada em famílias que experienciam interacções
negativas;
• Após algumas semanas, quando a família estiver já envolvida na técnica, o
terapeuta poderá sugerir que troquem de papéis – a criança será o “espião”
e os pais os “matreiros”
50
QuestõesQuestões
A técnica “Balões de Raiva” é eficaz em:A técnica “Balões de Raiva” é eficaz em:
a) crianças agressivasa) crianças agressivas
b) crianças hiperactivasb) crianças hiperactivas
c) a) e b) estão correctasc) a) e b) estão correctas
Na técnica “Uma boneca como se fosse um cliente” a boneca é usadaNa técnica “Uma boneca como se fosse um cliente” a boneca é usada
para:para:
a) a criança descarregar na boneca a sua fúriaa) a criança descarregar na boneca a sua fúria
b) a criança projectar na boneca as suas problemáticasb) a criança projectar na boneca as suas problemáticas
c) a) e b) estão incorrectasc) a) e b) estão incorrectas
51
QuestõesQuestões
Qual a técnica eficaz em crianças que consigam beneficiar de umaQual a técnica eficaz em crianças que consigam beneficiar de uma
introjeção positiva?introjeção positiva?
a) Técnica “O Poder do Animal”a) Técnica “O Poder do Animal”
b) Técnica “Colorir a vida”b) Técnica “Colorir a vida”
c) Técnica “O Jogo Louco”c) Técnica “O Jogo Louco”
Respostas correctas:Respostas correctas:
a)a)
b)b)
a)a)
52
BibliografiaBibliografia
 Hall, T., Kadunson, H., Schaefer, C. (2002) Fifteen Effective PlayHall, T., Kadunson, H., Schaefer, C. (2002) Fifteen Effective Play
Therapy Techniques.Therapy Techniques. Professional Psychology: Research andProfessional Psychology: Research and
Practice, 33,Practice, 33, 6, 515-522.6, 515-522.
53
RealizaçãoRealização
 Ana Paula Almeida – nº 13362, Turma DAna Paula Almeida – nº 13362, Turma D
 Diana Pacheco – nº 13711, Turma DDiana Pacheco – nº 13711, Turma D
 Dulce Rodrigues – nº 14996, Turma DDulce Rodrigues – nº 14996, Turma D
 Elisabete Cristina Costa – nº 13549, Turma DElisabete Cristina Costa – nº 13549, Turma D

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Habilidades sociais oficina apostila-pdf
Habilidades sociais oficina   apostila-pdfHabilidades sociais oficina   apostila-pdf
Habilidades sociais oficina apostila-pdfAnaí Peña
 
PSICOLOGIA ESCOLAR
PSICOLOGIA ESCOLARPSICOLOGIA ESCOLAR
PSICOLOGIA ESCOLARCassia Dias
 
Estilos parentais e práticas educativas
Estilos parentais e práticas educativasEstilos parentais e práticas educativas
Estilos parentais e práticas educativasLudmila Moura
 
Psicopatologia da Infância e Adolescência
Psicopatologia da Infância e AdolescênciaPsicopatologia da Infância e Adolescência
Psicopatologia da Infância e AdolescênciaClaudia Paola Aguilar
 
Apresentação Inteligência Emocional
Apresentação Inteligência EmocionalApresentação Inteligência Emocional
Apresentação Inteligência Emocionalanaediteaires
 
Identificando e mudando as crenças intermediárias - TCC
Identificando e mudando as crenças intermediárias - TCCIdentificando e mudando as crenças intermediárias - TCC
Identificando e mudando as crenças intermediárias - TCCSarah Karenina
 
Plano de ação setor de psicologia
Plano de ação   setor de psicologiaPlano de ação   setor de psicologia
Plano de ação setor de psicologiaJosé H B Ramos
 
Saúde Mental na Escola - Cartilha orienta professor@s e alun@s
Saúde Mental na Escola - Cartilha orienta professor@s e alun@sSaúde Mental na Escola - Cartilha orienta professor@s e alun@s
Saúde Mental na Escola - Cartilha orienta professor@s e alun@sProf. Marcus Renato de Carvalho
 
Empatia - A arte de se colocar no lugar do outro
Empatia - A arte de se colocar no lugar do outroEmpatia - A arte de se colocar no lugar do outro
Empatia - A arte de se colocar no lugar do outroVera Lessa
 
estimulação cognitiva
 estimulação cognitiva estimulação cognitiva
estimulação cognitivacristinaaziani
 
Questionamento socrático
Questionamento socráticoQuestionamento socrático
Questionamento socráticoedgardcandrade
 

Mais procurados (20)

Habilidades sociais oficina apostila-pdf
Habilidades sociais oficina   apostila-pdfHabilidades sociais oficina   apostila-pdf
Habilidades sociais oficina apostila-pdf
 
PSICOLOGIA ESCOLAR
PSICOLOGIA ESCOLARPSICOLOGIA ESCOLAR
PSICOLOGIA ESCOLAR
 
Estilos parentais e práticas educativas
Estilos parentais e práticas educativasEstilos parentais e práticas educativas
Estilos parentais e práticas educativas
 
Gerir emoções
Gerir emoçõesGerir emoções
Gerir emoções
 
Psicopatologia da Infância e Adolescência
Psicopatologia da Infância e AdolescênciaPsicopatologia da Infância e Adolescência
Psicopatologia da Infância e Adolescência
 
Apresentação Inteligência Emocional
Apresentação Inteligência EmocionalApresentação Inteligência Emocional
Apresentação Inteligência Emocional
 
Snap iv-final
Snap iv-finalSnap iv-final
Snap iv-final
 
Palestra Autismo
Palestra AutismoPalestra Autismo
Palestra Autismo
 
Palestra Inteligência Emocional
Palestra Inteligência EmocionalPalestra Inteligência Emocional
Palestra Inteligência Emocional
 
Identificando e mudando as crenças intermediárias - TCC
Identificando e mudando as crenças intermediárias - TCCIdentificando e mudando as crenças intermediárias - TCC
Identificando e mudando as crenças intermediárias - TCC
 
Plano de ação setor de psicologia
Plano de ação   setor de psicologiaPlano de ação   setor de psicologia
Plano de ação setor de psicologia
 
TCC - Terapia Cognitiva Comportamental
TCC - Terapia Cognitiva ComportamentalTCC - Terapia Cognitiva Comportamental
TCC - Terapia Cognitiva Comportamental
 
Competencias socioemocionais--nova-escola
Competencias socioemocionais--nova-escolaCompetencias socioemocionais--nova-escola
Competencias socioemocionais--nova-escola
 
Saúde Mental na Escola - Cartilha orienta professor@s e alun@s
Saúde Mental na Escola - Cartilha orienta professor@s e alun@sSaúde Mental na Escola - Cartilha orienta professor@s e alun@s
Saúde Mental na Escola - Cartilha orienta professor@s e alun@s
 
Empatia - A arte de se colocar no lugar do outro
Empatia - A arte de se colocar no lugar do outroEmpatia - A arte de se colocar no lugar do outro
Empatia - A arte de se colocar no lugar do outro
 
Apostila de-dinamicas
Apostila de-dinamicasApostila de-dinamicas
Apostila de-dinamicas
 
Como cuidar da minha saúde mental?
Como cuidar da minha saúde mental?Como cuidar da minha saúde mental?
Como cuidar da minha saúde mental?
 
Emoções
EmoçõesEmoções
Emoções
 
estimulação cognitiva
 estimulação cognitiva estimulação cognitiva
estimulação cognitiva
 
Questionamento socrático
Questionamento socráticoQuestionamento socrático
Questionamento socrático
 

Destaque

Trabalho Brinquedo Terapeutico
Trabalho Brinquedo TerapeuticoTrabalho Brinquedo Terapeutico
Trabalho Brinquedo TerapeuticoTania Jesus
 
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincarA ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincarAna Teresa
 
Terapeuta da Fala – Horário nº 26
Terapeuta da Fala – Horário nº 26Terapeuta da Fala – Horário nº 26
Terapeuta da Fala – Horário nº 26Pedro França
 
Ficha avaliativa ludo primeiros passos
Ficha avaliativa ludo primeiros passosFicha avaliativa ludo primeiros passos
Ficha avaliativa ludo primeiros passosElisangela Bonfim
 
Fichas de exercicios (1)
Fichas de exercicios (1)Fichas de exercicios (1)
Fichas de exercicios (1)Liliana Romão
 
Dislexia2
Dislexia2 Dislexia2
Dislexia2 flufy
 
Anexo caderno de intervenção
Anexo  caderno de intervençãoAnexo  caderno de intervenção
Anexo caderno de intervençãoVerinha Ramos
 
Ficha de avaliação individual do aluno
Ficha de avaliação individual do alunoFicha de avaliação individual do aluno
Ficha de avaliação individual do alunoSónia Rodrigues
 
A dislexia e as dificuldades de disléxicos
A dislexia e as dificuldades de disléxicosA dislexia e as dificuldades de disléxicos
A dislexia e as dificuldades de disléxicosSimoneHelenDrumond
 
Estratégias para trabalhar com alunos com dislexia
Estratégias para trabalhar com alunos com dislexiaEstratégias para trabalhar com alunos com dislexia
Estratégias para trabalhar com alunos com dislexiaMagda Ferreira
 

Destaque (17)

Trabalho Brinquedo Terapeutico
Trabalho Brinquedo TerapeuticoTrabalho Brinquedo Terapeutico
Trabalho Brinquedo Terapeutico
 
Brinquedo Terapêutico
Brinquedo TerapêuticoBrinquedo Terapêutico
Brinquedo Terapêutico
 
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincarA ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
 
Terapeuta da Fala – Horário nº 26
Terapeuta da Fala – Horário nº 26Terapeuta da Fala – Horário nº 26
Terapeuta da Fala – Horário nº 26
 
Ficha avaliativa ludo primeiros passos
Ficha avaliativa ludo primeiros passosFicha avaliativa ludo primeiros passos
Ficha avaliativa ludo primeiros passos
 
Dislexia
DislexiaDislexia
Dislexia
 
Fichas de exercicios (1)
Fichas de exercicios (1)Fichas de exercicios (1)
Fichas de exercicios (1)
 
Dislexia2
Dislexia2 Dislexia2
Dislexia2
 
Ana Gonçalves.Terapia da Fala
Ana Gonçalves.Terapia da FalaAna Gonçalves.Terapia da Fala
Ana Gonçalves.Terapia da Fala
 
Anexo caderno de intervenção
Anexo  caderno de intervençãoAnexo  caderno de intervenção
Anexo caderno de intervenção
 
Ficha de avaliação individual do aluno
Ficha de avaliação individual do alunoFicha de avaliação individual do aluno
Ficha de avaliação individual do aluno
 
A dislexia e as dificuldades de disléxicos
A dislexia e as dificuldades de disléxicosA dislexia e as dificuldades de disléxicos
A dislexia e as dificuldades de disléxicos
 
Brinquedo Terapêutico
Brinquedo TerapêuticoBrinquedo Terapêutico
Brinquedo Terapêutico
 
Jogos matemáticos
Jogos matemáticosJogos matemáticos
Jogos matemáticos
 
Slideshare
SlideshareSlideshare
Slideshare
 
Ludoterapia!!
Ludoterapia!!Ludoterapia!!
Ludoterapia!!
 
Estratégias para trabalhar com alunos com dislexia
Estratégias para trabalhar com alunos com dislexiaEstratégias para trabalhar com alunos com dislexia
Estratégias para trabalhar com alunos com dislexia
 

Semelhante a 15 técnicas efetivas de ludoterapia

E-book-At.-Socioemocionais-vol-1-3.pdf
E-book-At.-Socioemocionais-vol-1-3.pdfE-book-At.-Socioemocionais-vol-1-3.pdf
E-book-At.-Socioemocionais-vol-1-3.pdfMarianneMeneses1
 
Brincadeiras e jogos Típicos do Brasil
Brincadeiras e  jogos Típicos do BrasilBrincadeiras e  jogos Típicos do Brasil
Brincadeiras e jogos Típicos do Brasilmarcelosilveirazero1
 
Conceitos da Ludoterapia - Melanie Klein
Conceitos da Ludoterapia - Melanie KleinConceitos da Ludoterapia - Melanie Klein
Conceitos da Ludoterapia - Melanie Kleinssusera5670d
 
RODA A RODA DAS EMOÇÕES
RODA A RODA DAS EMOÇÕESRODA A RODA DAS EMOÇÕES
RODA A RODA DAS EMOÇÕESEliane Maciel
 
Apostila%20de%20 dinamicas%2097%20din%e2micas
Apostila%20de%20 dinamicas%2097%20din%e2micasApostila%20de%20 dinamicas%2097%20din%e2micas
Apostila%20de%20 dinamicas%2097%20din%e2micasSusana Godinho
 
Apostila de dinamicas 97 dinâmicas
Apostila de dinamicas 97 dinâmicasApostila de dinamicas 97 dinâmicas
Apostila de dinamicas 97 dinâmicasAndréia Sousa
 
fabcr22_apresentação_Captação de Recursos com emoção
fabcr22_apresentação_Captação de Recursos com emoçãofabcr22_apresentação_Captação de Recursos com emoção
fabcr22_apresentação_Captação de Recursos com emoçãoABCR
 
'No Meu Coração Pequenino'_ uma história sobre as emoções infantis.pdf
'No Meu Coração Pequenino'_ uma história sobre as emoções infantis.pdf'No Meu Coração Pequenino'_ uma história sobre as emoções infantis.pdf
'No Meu Coração Pequenino'_ uma história sobre as emoções infantis.pdfVivianeVianna9
 
Meu caderno da preocupação - Marisa Oshiro.pdf
Meu caderno da preocupação - Marisa Oshiro.pdfMeu caderno da preocupação - Marisa Oshiro.pdf
Meu caderno da preocupação - Marisa Oshiro.pdfFlavioDuccini
 
Ebook Inteligência Emocional Guia das Emoções.pdf
Ebook Inteligência Emocional Guia das Emoções.pdfEbook Inteligência Emocional Guia das Emoções.pdf
Ebook Inteligência Emocional Guia das Emoções.pdfLucianoLeite43
 
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincarA ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincarCatiaDuarte_1
 
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincarA ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincarmargarida_branco
 
Autismo_em_Dia_-_Superguia_para_brincar_em_casa_com_Autistas.pdf
Autismo_em_Dia_-_Superguia_para_brincar_em_casa_com_Autistas.pdfAutismo_em_Dia_-_Superguia_para_brincar_em_casa_com_Autistas.pdf
Autismo_em_Dia_-_Superguia_para_brincar_em_casa_com_Autistas.pdfLucyFujisawa
 
Sugestões de atividade para acolhida.docx
Sugestões de atividade para acolhida.docxSugestões de atividade para acolhida.docx
Sugestões de atividade para acolhida.docxAndresonAlquino1
 
Projeto trabalhando as emoçoes
Projeto trabalhando as emoçoesProjeto trabalhando as emoçoes
Projeto trabalhando as emoçoesDorinha Matias
 

Semelhante a 15 técnicas efetivas de ludoterapia (20)

E-book-At.-Socioemocionais-vol-1-3.pdf
E-book-At.-Socioemocionais-vol-1-3.pdfE-book-At.-Socioemocionais-vol-1-3.pdf
E-book-At.-Socioemocionais-vol-1-3.pdf
 
Anjos da guarda
Anjos da guardaAnjos da guarda
Anjos da guarda
 
Brincadeiras e jogos Típicos do Brasil
Brincadeiras e  jogos Típicos do BrasilBrincadeiras e  jogos Típicos do Brasil
Brincadeiras e jogos Típicos do Brasil
 
Conceitos da Ludoterapia - Melanie Klein
Conceitos da Ludoterapia - Melanie KleinConceitos da Ludoterapia - Melanie Klein
Conceitos da Ludoterapia - Melanie Klein
 
Dinâmicas
DinâmicasDinâmicas
Dinâmicas
 
RODA A RODA DAS EMOÇÕES
RODA A RODA DAS EMOÇÕESRODA A RODA DAS EMOÇÕES
RODA A RODA DAS EMOÇÕES
 
Apostila%20de%20 dinamicas%2097%20din%e2micas
Apostila%20de%20 dinamicas%2097%20din%e2micasApostila%20de%20 dinamicas%2097%20din%e2micas
Apostila%20de%20 dinamicas%2097%20din%e2micas
 
Apostila de dinamicas 97 dinâmicas
Apostila de dinamicas 97 dinâmicasApostila de dinamicas 97 dinâmicas
Apostila de dinamicas 97 dinâmicas
 
fabcr22_apresentação_Captação de Recursos com emoção
fabcr22_apresentação_Captação de Recursos com emoçãofabcr22_apresentação_Captação de Recursos com emoção
fabcr22_apresentação_Captação de Recursos com emoção
 
'No Meu Coração Pequenino'_ uma história sobre as emoções infantis.pdf
'No Meu Coração Pequenino'_ uma história sobre as emoções infantis.pdf'No Meu Coração Pequenino'_ uma história sobre as emoções infantis.pdf
'No Meu Coração Pequenino'_ uma história sobre as emoções infantis.pdf
 
Meu caderno da preocupação - Marisa Oshiro.pdf
Meu caderno da preocupação - Marisa Oshiro.pdfMeu caderno da preocupação - Marisa Oshiro.pdf
Meu caderno da preocupação - Marisa Oshiro.pdf
 
09_Emocoes_EI_Vivescer.pdf
09_Emocoes_EI_Vivescer.pdf09_Emocoes_EI_Vivescer.pdf
09_Emocoes_EI_Vivescer.pdf
 
Ebook Inteligência Emocional Guia das Emoções.pdf
Ebook Inteligência Emocional Guia das Emoções.pdfEbook Inteligência Emocional Guia das Emoções.pdf
Ebook Inteligência Emocional Guia das Emoções.pdf
 
Imprimir pnaic musica
Imprimir pnaic musicaImprimir pnaic musica
Imprimir pnaic musica
 
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincarA ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
 
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincarA ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
 
DinâMicas Diversas
DinâMicas DiversasDinâMicas Diversas
DinâMicas Diversas
 
Autismo_em_Dia_-_Superguia_para_brincar_em_casa_com_Autistas.pdf
Autismo_em_Dia_-_Superguia_para_brincar_em_casa_com_Autistas.pdfAutismo_em_Dia_-_Superguia_para_brincar_em_casa_com_Autistas.pdf
Autismo_em_Dia_-_Superguia_para_brincar_em_casa_com_Autistas.pdf
 
Sugestões de atividade para acolhida.docx
Sugestões de atividade para acolhida.docxSugestões de atividade para acolhida.docx
Sugestões de atividade para acolhida.docx
 
Projeto trabalhando as emoçoes
Projeto trabalhando as emoçoesProjeto trabalhando as emoçoes
Projeto trabalhando as emoçoes
 

Último

TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.ColorNet
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASArtthurPereira2
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfGustavoWallaceAlvesd
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxssuser4ba5b7
 
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfPlantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfDaianaBittencourt
 

Último (7)

TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
 
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
 
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfPlantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
 

15 técnicas efetivas de ludoterapia

  • 1. 1 ““Fifteen Effective Play Therapy Techniques”Fifteen Effective Play Therapy Techniques” 15 Técnicas Efectivas em Ludoterapia15 Técnicas Efectivas em Ludoterapia Métodos e Técnicas Terapêuticas II Instituto Superior da Maia, 2007
  • 2. 2  Muitas técnicas têm sido desenvolvidas nos últimos anos para implementar o poder terapêutico do jogo.  Neste trabalho vamos apresentar 15 técnicas fáceis de aplicar, efectivas, divertidas e de baixo custo.  Para cada técnica vamos referir o racional teórico, materiais necessários, aplicação e guia de implementação passo a passo.  Técnicas indicadas para crianças entre os 4 e os 12 anos, constituídas por diversas abordagens do jogo e usadas em diversas problemáticas (ansiedade, depressão, hiperactividade,...). IntroduçãoIntrodução
  • 3. 3  Razão da eficácia da Ludoterapia em crianças: • não possuem ainda pensamento abstracto; • não possuem ainda capacidade linguística para articular adequadamente emoções, pensamentos e comportamentos; • os brinquedos são as suas palavras e jogar é o seu discurso. IntroduçãoIntrodução  Definição: Processo interpessoal em que um terapeuta credenciado usa sistematicamente o poder terapêutico do jogo para ajudar os seus clientes a resolver as suas dificuldades psicológicas actuais e preveni- las no futuro.
  • 4. 4  As técnicas a apresentar têm como objectivo auxiliar as crianças a: • tomar consciência e expressar os seus sentimentos; • lidar com a raiva; • aumentar o auto-controlo; • reduzir o medo, ansiedade e depressão; • aumentar a auto-eficácia; • promover capacidade de resolução de problemas. IntroduçãoIntrodução
  • 5. 5  Racional Teórico:Racional Teórico: • Crianças têm dificuldade em expressar os seus sentimentos quando questionadas. •Quando em jogo, as defesas são reduzidas e estas falam mais sobre os sentimentos. • Esta técnica permite que a criança comunique os seus sentimentos de forma agradável e descontraída.  MaterialMaterial - Folhas de papel 10 x 15 cm - 1 marcador - 1 caixa com fichas de poker Jogo das Palavras do SentimentoJogo das Palavras do Sentimento
  • 6. 6  Descrição:Descrição: • Terapeuta senta-se ao nível da criança, diz-lhe o nome do jogo e como se joga e escreve em cada folha os nomes de vários sentimentos, desenhando uma cara que os represente. •Depois vai contar uma história sua, com sentimentos positivos e negativos. •Ao longo da história vai colocando fichas de poker em cada sentimento que vai surgindo na história (vários em simultâneo). • O nº de fichas em cada sentimento varia, mostrando à criança que podemos ter mais do que 1 sentimento ao mesmo tempo e diferentes “quantidades” de cada sentimento. Jogo das Palavras do SentimentoJogo das Palavras do Sentimento
  • 7. 7 • Depois o terapeuta conta uma nova história e a criança deve colocar ao longo da mesma, as fichas correspondentes a cada sentimento que sentiria na situação narrada. • A terceira história é contada pela criança e será o terapeuta a colocar as fichas nos sentimentos. • Este processo repete-se até que seja possível a discussão das principais questões ligadas ao problema existente.  Aplicações:Aplicações: • Crianças com problemas de comportamento, défice de atenção, hiperactividade e problemas de ansiedade. • Interessante para trabalhar e discutir com as crianças questões que são para elas demasiado difíceis de expor. Jogo das Palavras do SentimentoJogo das Palavras do Sentimento
  • 8. 8 Colorir a VidaColorir a Vida  Racional Teórico:Racional Teórico: • Crianças sem capacidade de compreender e discutir estados psicológicos que afectam o indivíduo; • Importante a criança desenvolver competências para lidar com sucesso com estes estados, especialmente crianças que precisam de: - desenvolver a noção de vários estados; - capacidade de relacioná-los entre si e a estes com o ambiente; - expressá-los verbalmente.  MaterialMaterial - Lápis de cor (ou outro material para colorir) - Papel branco
  • 9. 9 Colorir a VidaColorir a Vida  Descrição:Descrição: • O terapeuta pede à criança para criar pares com cores e sentimentos. Deve fazer corresponder uma cor a um sentimento (p.e. vermelho–raiva e amarelo-alegria). • Em seguida, dá-se papel branco à criança e pede-se que o desenhe com as formas que quiser, pintando cada forma com a cor correspondente a cada sentimento, sendo que cada forma e cor representam um sentimento que ela sentiu durante a sua vida. • Depois, terapeuta e criança, discutem o desenho centrando-se em cada evento da vida e a cor que lhe foi dado.
  • 10. 10 Colorir a VidaColorir a Vida • Se em grupo será saudável as crianças discutirem entre si os seus desenhos.  Aplicações:Aplicações: • crianças entre os 6 e os 12 anos; • com capacidade de distinguir e nomear as diferentes cores e os diferentes estados psicológicos; • pode ser aplicada individualmente ou em grupo; • deve ser aplicada em diferentes momentos da terapia para permitir verificar se existe evolução; • pode reportar especificamente a um episódio da vida ou acontecimento (não à vida toda).
  • 11. 11 MikadoMikado dos Sentimentosdos Sentimentos  Racional Teórico:Racional Teórico: • Foi criado para, num contexto de jogo e diversão, promover: - a expressão de sentimentos por parte das crianças; - a ligação entre estados psicológicos e eventos ambientais. • A criança deverá estar familiarizada com a metodologia de emparelhamento entre cores e sentimentos. Pode usar-se a técnica anterior “Colorir a vida” para esta introdução. MaterialMaterial - Um jogo Mikado, disponível no mercado.
  • 12. 12 MikadoMikado dos Sentimentosdos Sentimentos  Descrição:Descrição: • O terapeuta introduz a metodologia de emparelhamento entre cores e sentimentos e explica as regras do jogo Mikado. • Às regras é acrescentada uma nova: cada vez que um jogador tira um pauzinho de uma cor tem de contar um episódio de vida em que tenha tido o sentimento associado aquela cor. (O terapeuta não deve contar episódios pessoais mas inventar episódios ligados ao tema que pretende trabalhar com a criança). • São permitidos passes para que a criança sinta controlo sobre o jogo. • O terapeuta pode interpretar as cores que a criança escolhe, as que evita, os estados que narra e o seu comportamento durante o jogo.
  • 13. 13 MikadoMikado dos Sentimentosdos Sentimentos  Aplicações:Aplicações: • crianças entre os 6 e os 12 anos; • com capacidade verbal adequada e concentração, assim como conhecimento da metodologia de emparelhamento entre cores e sentimentos; • pode ser aplicada individualmente ou em pequeno grupo; • Especialmente eficaz com crianças competitivas (o desejo de ganhar vai levá-las a pegar em pauzinhos de sentimentos/cores que normalmente evitariam).
  • 14. 14 Balões de RaivaBalões de Raiva  Racional Teórico:Racional Teórico: • Técnica agradável e eficaz que dá às crianças uma imagem visual da raiva e o seu impacto a nível ambiental; • Permite à criança ver como a raiva cresce dentro delas e se não for libertada devagar e seguramente, pode explodir e magoar os outros e elas próprias.  MaterialMaterial - Balões, quaisquer dos disponíveis no mercado.
  • 15. 15  Descrição:Descrição: • A criança enche um balão e o terapeuta ajuda a atá-lo; • O terapeuta explica que o balão representa o corpo e o ar dentro do balão representa a raiva. Em seguida, diz à criança para pisar o balão até que este expluda e toda a raiva (ar) saia; • O terapeuta explica então que se o balão fosse uma pessoa, a explosão do balão seria como um acto agressivo (e.g. bater numa pessoa ou num objecto). • Seguidamente a criança enche outro balão, mas em vez de amarrá-lo vai apertar o término do balão. O terapeuta diz à criança para calmamente libertar algum ar e depois apertar novamente o término do balão (a criança vai adorar o barulho que o ar faz quando sai lentamente) Balões de RaivaBalões de Raiva
  • 16. 16 • No fim da actividade, o terapeuta volta a explicar que o balão representa a raiva e ao falar acerca do que nos faz ficar revoltados encontrando alternativas apropriadas para libertar a raiva, esta sai devagar e seguramente. •O terapeuta lembra à criança que se ela permitir que a raiva cresça dentro dela pode explodir e possivelmente danificar a criança ou outra pessoa. Balões de RaivaBalões de Raiva  AplicaçõesAplicações • pode ser aplicada individualmente ou em grupo; • eficaz para crianças agressivas com dificuldade em controlar a sua raiva; •crianças retraídas que internalizam a raiva em vez de expressá-la.
  • 17. 17 O Jogo LoucoO Jogo Louco  Racional Teórico:Racional Teórico: • O Jogo Louco foi desenvolvido para mostrar às crianças que a raiva é um sentimento comum, aceitável, permitindo às crianças expressar verbalmente e cinestésicamente a sua raiva.  MaterialMaterial - cartão - blocos de madeira ou plástico.
  • 18. 18  Descrição:Descrição: • O terapeuta divide os blocos uniformemente entre ele próprio e a criança. Cada pessoa colocará um bloco em cima do anterior quando for a sua vez. Eles vão alternando a vez expressando algo que os faça ficar zangados ou algo que não lhes pareceu justo. • Todas as expressões são aceites, desde engraçadas a sérias. O terapeuta começa por realçar situações razoavelmente benignas que a criança tem e progride para situações específicas de interesse terapêutico. • Após todos os blocos estarem empilhados, é pedido à criança para pensar numa coisa que o/a faça ficar realmente irritado/a, para fazer uma “cara zangada” (mad face) e para deitar abaixo os blocos. O Jogo LoucoO Jogo Louco
  • 19. 19  AplicaçõesAplicações • pode ser aplicada individualmente ou em grupo; • pode ser ligeiramente alterada para expressar outros sentimentos além da raiva, tal como a tristeza ou a ansiedade. • o terapeuta pode escrever separadamente cada declaração de raiva num post-it e mandar a criança colar o post-it correspondente a cada bloco, fornecendo deste modo ao terapeuta um registo do que foi dito durante a sessão. O Jogo LoucoO Jogo Louco
  • 20. 20 Contra - RelógioContra - Relógio  Racional Teórico:Racional Teórico: • Técnica desenvolvida para aumentar o auto-controlo das crianças e o controlo dos seus impulsos; • O objectivo é a criança resistir à distracção, focar-se e manter-se focada por um período específico de tempo, na tarefa; • Sempre que a criança completar com sucesso uma tarefa receberá fichas de poker, que poderá usar para trocar por um prémio. • Se a criança for bem sucedida na totalidade das tarefas terá desenvolvido o seu próprio sentido de competência e de realização.  MaterialMaterial - relógio de cozinha - material de desenho - fichas de poker - blocos - livros de fácil leitura
  • 21. 21  Descrição:Descrição: • O terapeuta introduz a actividade à criança, pergunta-lhe se compreendeu e dá “a partida”; • O terapeuta permanece quieto nos primeiros minutos e depois cria algumas distracções (o objectivo da actividade é manter a criança na tarefa independentemente do que esteja a acontecer dentro ou fora do quarto); • A criança deverá estar muito motivada para ganhar as 50 fichas e trocar pelo prémio. O terapeuta deverá aumentar o tempo em 5 minutos de cada vez que o prémio de 50 fichas é alcançado. Contra - RelógioContra - Relógio
  • 22. 22  AplicaçõesAplicações • pode ser usada individualmente ou num grupo pequeno. • útil para qualquer criança que tenha problemas de controlo de impulsos (e.g. crianças com hiperactividade e défice de atenção). • A maioria das crianças é capaz de permanecer na actividade durante toda a sessão. Contra - RelógioContra - Relógio
  • 23. 23 Noticiário  Racional Teórico: - É mais fácil para as crianças exteriorizarem os seus problemas do que falar sobre eles. Além disso, elas são mais capazes de resolverem os seus problemas quando conseguem distanciar-se deles. - O Noticiário Televisivo (do original “Broadcast News”) é uma técnica agradável que permite às crianças desenvolver a habilidade verbal e a resolução de problemas.  Material – Câmara de vídeo (opcional) – Telefone – Papel – Uma mesa e cadeiras
  • 24. 24  Descrição: • O terapeuta introduz o Noticiário como um programa de televisão que tem como protagonistas o terapeuta e o “especialista” (a criança); • O terapeuta divulga um conjunto de notícias; a criança pode incluir novas notícias desde que estas sigam o tema do programa; • O terapeuta introduz a primeira história e reforça que a criança é o especialista para aquele dia; • Depois da introdução da primeira história o terapeuta refere que está alguém ao telefone com uma questão para o “especialista”. O terapeuta muda a sua voz personificando quem está ao telefone; Noticiário
  • 25. 25 A criança responde a todas as questões como “especialista” resolvendo assim os seus próprios problemas. Se a criança não for capaz de responder à primeira chamada o terapeuta pode direccionar a criança para um fantoche ou qualquer outra fonte de consolação.  Aplicações • O Noticiário é uma técnica verbalizada e extremamente útil para crianças com 6 anos e idade e mais velhos; • As crianças que são muito extrovertidas irão ver isto como uma actividade fácil, enquanto que as crianças introvertidas ou ansiosas terão algumas dificuldades. • Os fantoches podem ser usados se o terapeuta achar que a criança precisa de se distanciar dos seus problemas. Noticiário
  • 26. 26 O Jogo de Câmara-lenta  Racional Teórico: • O Jogo de Câmara-Lenta, (do original “The Slow Motion Game”) foi desenvolvido para permitir às crianças desenvolverem o seu auto- controlo sobre os seus movimentos através num contexto de grupo divertido.  Material - cronómetros para todas as crianças - cartões - dados - fichas de poker - papel - Marcadores e/ou materiais para colorir
  • 27. 27 O Jogo de Câmara-lenta  Descrição: • O terapeuta começa por introduzir o conceito de auto-controlo, discutindo o quanto é difícil ter-se auto-controlo sobre os movimentos quando nos movemos rápido. Posteriormente, pede às crianças que ilustrem como é que as coisas se parecem quando se movem rápido. • Quando estiver claro que as crianças entenderam o conceito de auto- controlo, dá-se-lhes um cronómetro a cada uma, dispôem-se à volta da mesa e coloca-se no centro os cartões, criados pelo terapeuta, com várias cenas que as crianças deverão representar em câmara-lenta, por exemplo, jogar futebol, saltar à corda, fazer um teste de matemática.
  • 28. 28 O Jogo de Câmara-lenta • Atiram o dado, e começa a jogar aquela que tiver o número mais alto, escolhe um dos cartões e vai para a frente da sala com o terapeuta que lhes explica o que é que a criança vai fazer em câmara-lenta. Todas as outras crianças, em simultâneo e em voz alta, contam até três e começam a cronometrar, vão informando a criança, que está a representar em câmara-lenta, do tempo decorrido, de dez em dez segundos, findo 1 minuto, as crianças gritam: “stop” e tendo concluído a sua tarefa com sucesso, a criança ganha uma ficha de poker. A criança seguinte (segue-se no sentido horário) escolhe um cartão e o jogo começa de novo, até todas terem jogado.
  • 29. 29 O Jogo de Câmara-lenta • Finda a 1ª volta, começa tudo de novo mas desta vez a prova dura 2 minutos. • No fim da 2ª volta cada criança deverá ter ganho 2 fichas de poker e uma pequena recompensa. O terapeuta poderá também dar a cada criança um certificado em “ Graduado em camâra-lenta”  AplicaçõesAplicações: • O jogo de câmara-lenta, é bem sucedido com qualquer grupo de crianças que tenham dificuldade em manter o auto-controlo. Os jogos de mesa podem também ser usados na promoção do auto-controlo das crianças.
  • 30. 30 Treino de relaxamento com bolas de sabão  Racional TeóricoRacional Teórico: • Fazer bolas de sabão, é uma técnica simples e eficaz de relaxamento que ensina as crianças a controlarem a sua respiração e ajudando-as a tomarem consciência da ligação mente-corpo. Esta técnica é divertida, barata e não constitui qualquer ameaça na interacção como terapeuta.  MaterialMaterial • Materiais para fazer bolas de sabão (podem ser comprados ou improvisados).
  • 31. 31 Treino de relaxamento com bolas de sabão  Descrição: • O terapeuta deverá encher a sala de bolas de sabão, algumas crianças precipitar-se-ão a rebenta-las à medida que elas vão caindo. • Após alguns minutos de diversão, pede-se às crianças que faça apenas um grande bola, para tal, o terapeuta ensina as crianças a inspirar profundamente, como se mantivessem o ar no estômago para depois muito lentamente expirarem fazendo assim uma grande bola de sabão.
  • 32. 32 Treino de relaxamento com bolas de sabão O terapeuta explica que quando ficamos ansiosos ou irritados, o cérebro precisa de mais ar e por isso força os pulmões a ventilar mais rápido, contudo se se respirar profundamente, o cérebro diz ao coração para abrandar e os pulmões trabalham melhor. Assim, se fizermos bolas de sabão grandes, quando estamos ansiosos, nervosos ou irritados, podemos impedir a adopção de comportamentos agressivos.  AplicaçõesAplicações:: • Esta técnica é especialmente usada para reduzir a ansiedade, a irritabilidade ou na tensão nas crianças. • Pode ser usada individualmente ou em grupo.
  • 33. 33 Caixa das Preocupações  Racional Teórico: • A caixa das preocupações é um método efectivo para ajudar as crianças a identificarem e a partilharem os seus preocupações com um adulto e/ou com outras crianças.  Material: • Uma caixa ou lata que possa fechar e abrir de novo. • Papel e marcadores • Cola e tesouras
  • 34. 34 Caixa das Preocupações  Descrição: • Corta-se uma tira de papel suficientemente larga para forrar a caixa ou lata depois pede-se à criança que desenhe ou escreva “coisas assustadoras” nessa tira de papel, e depois de a colorir, cola-se à volta da caixa e faz-se uma ranhura na parte de cima da lata. • A criança é instruída no sentidos de escrever ou desenhar as suas preocupações noutros pedacinhos de papel e coloca-los na caixa. Se a actividade estiver a ser conduzida em grupo, pode se quiser, partilhar essas preocupações com as outras criança e com o terapeuta.
  • 35. 35 Caixa das Preocupações  Aplicações: • A caixa das Preocupações podem ser aplicada individualmente ou em grupo. • Podem ser também usadas as versões “A caixa das chatices” ou “A caixa das tristezas” • Uma variação desta técnica, é “O saco do lixo”, propõe-se à criança que decore dois sacos do lixo, um para a escola e um para casa, neles ela colocará três pedacinhos de papel em cada saco, cada um com um problema diferente. Na sessão seguinte, tira um papel à sorte e trabalha essa problemática, sendo levada a criar as suas próprias soluções, caso estas não ocorram, o terapeuta deverá intervir com sugestões e ser mais directivo, no entanto, deverá manter o jogo na 3a pessoa para a criança manter o distanciamento necessário do problema, para a sua melhor resolução.
  • 36. 36 Uma boneca como se fosse um cliente  Racional TeóricoRacional Teórico: • As bonecas têm um papel muito importante nas sessões terapêuticas, porque permitem que crianças mais fechadas, menos participativas, consigam projectar na boneca as suas problemáticas, mantendo assim a distancia necessária quer do terapeuta, quer da própria situação, sentindo-se assim segura. • Usando uma boneca como se fosse um cliente, o terapeuta consegue remover o foco de atenção da criança, eliminando as suas resistências e permitindo que esta se mantenha um nível confortável e seguro emocionalmente.  MaterialMaterial: Bonecas ou fantoches
  • 37. 37 Uma boneca como se fosse um cliente  DescriçãoDescrição:: • O terapeuta, assim que reconhece que a criança está assustada, deverá mostrar-lhe a boneca de imediato e projectar na boneca a situação que a criança está a viver naquele momento, dando assim o papel de cliente à boneca. • Posteriormente, deverá ajudar à criança a conformar a boneca, tendo presente três metas: 1. Responder de forma empática aos sentimentos da criança. 2. Promover, incentivar a participação na terapia. 3. Iniciar uma relação positiva e benéfica com a criança. • A boneca torna-se muitas vezes um objecto de segurança durante todo o processo terapêutico.
  • 38. 38 Uma boneca como se fosse um cliente  AplicaçõesAplicações: • Esta técnica é particularmente efectiva para qualquer criança entre os 4 e os 8 anos ansiosa, ou resistente nas fases iniciais da terapia. • Uma variante desta técnica, poderá ser, apresentar a boneca com o meu problema que se quer trabalhar na criança e pedir a sua ajuda na sua resolução.
  • 39. 39 Monstros DivertidosMonstros Divertidos  Racional Teórico:Racional Teórico: • Para as crianças é mais confortável expressar os seus medos através do desenho do que verbalizá-los; • O desenho permite que, gradualmente, a criança enfrente os seus medos de uma forma mais agradável e não tão assustadora; • Experienciar passo-a-passo o objecto de medo, facilita o aumento de sentimentos de confiança e controlo;  Material:Material: – Papel – Material para colorir (e.g: lápis de cor, marcadores, guaches)
  • 40. 40 Monstros DivertidosMonstros Divertidos  Descrição:Descrição: • Pedir para desenhar algo que a faça sentir feliz ou segura; • Conversar sobre o que desenhou; • Fazer outro desenho, mas com algo que a assusta um bocadinho; • Pedir para alterar o desenho, de maneira a que se torne menos assustador; • O terapeuta deverá elaborar uma hierarquia dos medos da criança
  • 41. 41 Monstros DivertidosMonstros Divertidos  Aplicações:Aplicações: • Técnica apropriada para crianças na pré-primária e idade escolar; • Para além de ajudar a criança a enfrentar os seus medos mais comuns, é principalmente indicada em crianças com perturbações de ansiedade; • Técnica similar: - Desenha os teus pesadelos – redução do medo pelo simples facto de desenhar o pesadelo, pois isso dá à criança uma sensação de controlo e superioridade sobre ele.
  • 42. 42 Pesos e BalõesPesos e Balões  Racional Teórico:Racional Teórico: Um dos desafios na terapia, é tornar constructos abstractos, em algo mais compreensível, concreto e com sentido para a criança; Esta é uma técnica fácil e eficaz para ensinar às crianças os pressupostos teóricos do modelo cognitivo-comportamental sobre a depressão.  Material:Material: - Balões (+/- 12) - papel e lápis - alguns pesos (ex: pedras, blocos)
  • 43. 43 Pesos e BalõesPesos e Balões  Descrição:Descrição: • Criar uma lista (em folhas separadas) de pensamentos positivos e negativos; • Explicar à criança como os pensamentos podem influenciar os nossos sentimentos, e que podemos alterar a forma como nos sentimos ao modificar os pensamentos; • Atribuir a cada pensamento negativo, um peso. A cada pensamento positivo, um balão; • A criança pega em cada um dos objectos percebendo a diferença, em termos de sensação física, do peso de cada um deles;
  • 44. 44 Pesos e BalõesPesos e Balões • Pedir à criança que pegue em todos os pesos (dos pensamentos negativos) e que, por uns momentos, caminhe com eles pela sala; • Depois de pousar os objectos, pede-se para falar sobre a sensação de estar sem os pesos; • Discutir a diferença entre os diferentes pesos e explicar o quanto os pensamentos positivos podem ser úteis.  Aplicações:Aplicações: • É uma técnica bastante útil em crianças deprimidas, no entanto pode ser utiliza com qualquer criança, quando se pretende explicar a importância dos pensamentos.
  • 45. 45 O Poder do AnimalO Poder do Animal  Racional Teórico:Racional Teórico: • Muitas das crianças em terapia, são encaminhadas por dificuldades ao nível do relacionamento interpessoal, resolução de problemas ou baixa de auto-estima; • É por vezes difícil para a criança, pronunciar-se sobre os atributos que gostaria de ter, ou sobre as competências que melhor a ajudariam a enfrentar as suas dificuldades; • Esta técnica proporciona, através da imaginação e de uma forma divertida, que a criança internalize as competências e atributos que gostaria e ter.  Material:Material: - Figuras de diversos animais - material de desenho (lápis de cor e papel)
  • 46. 46 O Poder do AnimalO Poder do Animal  Descrição:Descrição: • Apresentar as imagens dos diferentes animais e pedir à criança que escolha o que mais gosta; • Construir uma máscara com a cara do animal. Ao longo da terapia, pede-se à criança que tente imaginar como será que o animal agiria em determinadas situações ou resolveria um problema; • Ao recorrer ao animal, o terapeuta estará a ajudar a criança a aprofundar e a internalizar, as competências e atributos que ela própria projectou no animal.  Aplicações:Aplicações: • É uma técnica bastante eficaz em crianças que consigam beneficiar de uma introjeção (≈identificação) positiva; • Técnicas similares: o Shazam e o Super Me.
  • 47. 47 O Espião e o MatreiroO Espião e o Matreiro  Racional Terapêutico:Racional Terapêutico: • Esta técnica foi concebida de forma a transformar as interacções negativas de uma família, em outras mais positivas; • Os pais passarão a prestar mais atenção às qualidades dos seus filhos e a valorizar o bom comportamento; • As crianças acabam por perceber que conseguem mais atenção se agirem de uma forma mais positiva, do que quando têm atitudes negativas.  Material:Material: - Nenhum
  • 48. 48 O Espião e o MatreiroO Espião e o Matreiro  Descrição:Descrição: • O terapeuta está primeiro com a criança e discutem sobre quais os comportamentos mais positivos, que a criança poderá ter para surpreender os pais. É-lhe dito que ela será o “matreiro” e os pais serão os “espiões” que tentarão descobrir o que ela fez; • Escolher 3 a 5 bons comportamentos (relacionados com os objectivos do tratamento), que a criança deverá cumprir durante a semana seguinte; • Depois chamam-se os pais e explica-se qual a função do “espião”, os pais deverão anotar todos os bons comportamentos da criança ao longo da semana; • Na sessão seguinte discutem em conjunto o que aconteceu; • Este jogo deverá ser feito por diversas vezes/sessões.
  • 49. 49 O Espião e o MatreiroO Espião e o Matreiro  Aplicações:Aplicações: • É uma técnica que não envolve gastos e tem enormes ganhos terapêuticos; • É excelente para ser usada em famílias que experienciam interacções negativas; • Após algumas semanas, quando a família estiver já envolvida na técnica, o terapeuta poderá sugerir que troquem de papéis – a criança será o “espião” e os pais os “matreiros”
  • 50. 50 QuestõesQuestões A técnica “Balões de Raiva” é eficaz em:A técnica “Balões de Raiva” é eficaz em: a) crianças agressivasa) crianças agressivas b) crianças hiperactivasb) crianças hiperactivas c) a) e b) estão correctasc) a) e b) estão correctas Na técnica “Uma boneca como se fosse um cliente” a boneca é usadaNa técnica “Uma boneca como se fosse um cliente” a boneca é usada para:para: a) a criança descarregar na boneca a sua fúriaa) a criança descarregar na boneca a sua fúria b) a criança projectar na boneca as suas problemáticasb) a criança projectar na boneca as suas problemáticas c) a) e b) estão incorrectasc) a) e b) estão incorrectas
  • 51. 51 QuestõesQuestões Qual a técnica eficaz em crianças que consigam beneficiar de umaQual a técnica eficaz em crianças que consigam beneficiar de uma introjeção positiva?introjeção positiva? a) Técnica “O Poder do Animal”a) Técnica “O Poder do Animal” b) Técnica “Colorir a vida”b) Técnica “Colorir a vida” c) Técnica “O Jogo Louco”c) Técnica “O Jogo Louco” Respostas correctas:Respostas correctas: a)a) b)b) a)a)
  • 52. 52 BibliografiaBibliografia  Hall, T., Kadunson, H., Schaefer, C. (2002) Fifteen Effective PlayHall, T., Kadunson, H., Schaefer, C. (2002) Fifteen Effective Play Therapy Techniques.Therapy Techniques. Professional Psychology: Research andProfessional Psychology: Research and Practice, 33,Practice, 33, 6, 515-522.6, 515-522.
  • 53. 53 RealizaçãoRealização  Ana Paula Almeida – nº 13362, Turma DAna Paula Almeida – nº 13362, Turma D  Diana Pacheco – nº 13711, Turma DDiana Pacheco – nº 13711, Turma D  Dulce Rodrigues – nº 14996, Turma DDulce Rodrigues – nº 14996, Turma D  Elisabete Cristina Costa – nº 13549, Turma DElisabete Cristina Costa – nº 13549, Turma D