1. Fundamentos da administração
Modelo Japonês de administração
Alana Agnes
Pablo Mendes
Wellington Bruno
Professora: Heliete Campos ADMN2
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2. CONCEITO
É um modelo de gestão empresarial fortemente
embasado na participação direta dos funcionários, ou
seja, na busca do aprimoramento continuo com o
envolvimento de todos os funcionários e executivos.
Busca qualidade total e dá ênfase ao trabalho em
equipe com base no aproveitamento da potencialidade
humana, é toda uma tradição de educação de berço do
japonês, complementada por conhecimentos do
management norte-americano a partir dos Anos 50. Em
outras palavras, valores humanos
japoneses complementados por conhecimentos
técnicos em Administração norte-americanos, e
aplicados em empresas japonesas.(Maximiano 2000) .
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3. ORIGEM
A administração Japonesa nasceu no chão de fábrica,
nos setores operacionais da manufatura, com a
filosofia básica de evitar qualquer tipo de desperdício e
de promover o melhoramento continuo. Após a
Segunda Guerra Mundial o país sofreu uma
defasagem na sua economia, criando um sistema que
funcionasse de acordo com seus recursos para
desenvolvimento do país. Assim, levando a busca de
conhecimentos e tecnologias avançadas de produção
e aliados ao favorecimento da política econômica
governamental, os produtos japoneses alcançaram um
diferencial competitivo no mercado internacional.
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4. ORIGENS DO MODELO
JAPONÊS
Sistema Toyota
de Produção
Modelo Japonês de
Administração
Shewhart
Deming
Ford
Taylor e outros
da
Administração
Científica
Cultura Japonesa
orientada para o
trabalho de grupo e
a economia de
recursos
Fonte: MAXIMIANO /TGA – Fig. 8.2 – Origens do modelo japonês de administração 4
5. DESPERDÍCIOS E AGREGAÇÃO
DE VALOR
Ineficiências
Inevitáveis
Desperdícios
Atividades que Agregam Valor ao
Produto ou Serviço
• Espera.
• Transporte.
• Deslocamentos.
• Perdas inevitáveis.
•Fabricação de quantidade maior
que o necessário.
• Refugos.
• Tempo perdido em consertar
erros.
• Estoque.
Realização de operações e
atividades de transformação
estritamente ligadas ao produto
ou serviço.
Fonte: MAXIMIANO /TGA – Fig. 8.5 – Desperdícios e agregação de valor 5
6. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
JUST IN TIME – sincronização do fluxo de produção, dos
fornecedores aos clientes
KANBAN – sistema de informação visual, que aciona e
controla a produção
Fonte:Administradores.com(2013)
MUDA – busca da eliminação total de qualquer tipo de
desperdício
KAIZEN – busca do melhoramento continuo em todos os
aspectos, portanto se refletindo na produtividade e na
qualidade, sendo os círculos de controle da qualidade
apenas um dos seus aspectos.
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7. CARACTERÍSTICAS
Administração participativa
Prevalência do planejamento estratégico
Visão sistêmica
Supremacia do coletivo
Busca da qualidade total
Produtividade
Flexibilidade
Recursos humanos
Tecnologia e padronização
Manutenção
Limpeza e arrumação
Relação com fornecedores e distribuidores
Cultura organizacional
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8. FATORES CULTURAIS INFLUENTES
Trabalho em grupo
Combate ao desperdício
País pequeno
Poucos recursos naturais
Capacidade de cooperação
Espírito de economia e eficiência
Fonte: Agendor (2012)
A necessidade de cooperar e o sistema feudal
Processo decisório baseado no consenso
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9. ORG. JAPONESAS X ORG. AMERICANAS
Organizações Japonesas Organizações Americanas
Emprego vitalício Emprego a curto prazo
Avaliação e promoção lentas Avaliação e promoção rápidas
Trajetórias de carreira não
especializadas
Trajetórias de carreira especializadas
Mecanismos de controle implícitos Mecanismos de controle explícitos
Tomada de decisão coletiva Tomada de decisão individual
Responsabilidade coletiva Responsabilidade individual
Interesse holístivo Interesse segmentado
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10. RESULTADOS
Fonte: A Máquina que Mudou o Mundo - Womack, James P., Jones, Daniel T,&
Roos, Daniel – Ed. Campus, 1992. 10
11. TOYOTISMO
O Toyotismo(Ohnoísmo) teve como maior
idealizador o engenheiro Taiichi Ohno,
que tinha como elemento principal, a
flexibilização da produção. A sua
produção era visada apenas no
necessário, não havendo desperdícios
e reduzindo os estoques.
Na época da crise do petróleo, quem
aderiu esse sistema teve vantagens
significativas, por utilizar menos
matéria-prima e energia. As empresas
Toyotistas acabaram conquistando
grandes espaços no cenário mundial.
Fonte: WordInformation (2013)
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12. SISTEMA TOYOTA DE PRODUÇÃO
Fabricação com qualidade
Objetivo primordial a identificação e correção de defeitos e
eliminação de suas causas
Fazer certo da primeira vez
O trabalhador responsável pela qualidade de seu trabalho
Correção dos erros em suas causas fundamentais
Os “cinco por quês” ou 5 whys
(Por que, O Que, Onde, Quando e Quem) ou (Why, What,
Where, When, Who)
Círculos da qualidade
Estudo e proposta de solução de problemas que afetam a
qualidade e a eficiência
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13. PRINCÍPIOS
+Eliminação de desperdícios
Reduzir ao mínimo a atividade que não agrega valor ao produto
+Racionalização da força de trabalho
Líder em vez de supervisor
+ Just in time
Reduzir ao mínimo o tempo e o volume de estoques
+ Produção flexível
Produção em pequenos lotes conforme encomendas
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14. CIRCULOS DE QUALIDADE
Metodologia dos Círculos da Qualidade
Identificação dos problemas que causam prejuízos
Identificação dos problemas prioritários
Propor soluções e formas de implementá-las, para
corrigir os problemas
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15. PRINCÍPIO DO PARETO
Permite a empresa selecionar prioridades quando há um grande número de
problemas .
Causas Efeitos
Principais Causas
significativas
Muitas Causas
insignificantes
20% das
causas
80% das
causas
80% dos
efeitos
20% dos
efeitos
Fonte: MAXIMIANO (2007)
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16. DIAGRAMA DE ISHIKAWA
Tem por finalidade organizar o raciocínio e a discussão sobre as causas de
um problema prioritário de qualidade .
Fonte: Vide p. 140 (MAXIMIANO, 2007)
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17. O MODELO JAPONÊS NA
ORGANIZAÇÃO
O Sistema Japonês de Produção vem sendo
implantado em várias empresas do planeta, mas às
vezes sem grande êxito. Os fatores culturais são às
vezes a maior barreira. Pois toda a herança histórica e
filosofia são fiéis ao modelo Japonês.
A qualidade torna-se um fator determinante. Embora as
organizações estejam com dificuldades em implantar
os novos métodos, todas as organizações fizeram da
melhoria na qualidade um fator central na resposta
competitiva ao Japão e procuraram envolver seus
fornecedores neste esforço.
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18. SUCESSO DO MODELO JAPONÊS
Até meados dos anos 70 – círculos de controle da
qualidade
Anos 80 - implantação de empresas como a Toyota, Honda
e Nissan nos EUA e Europa
Funcionários envolvidos no processo decisório
Abolição dos níveis hierárquicos
Empresas ocidentais pressionadas
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20. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que o método de administração japonês tornou-se
exemplo mundial, pois a base estrutural da empresa era formada
por normas como, por exemplo, “fazer certo da primeira vez”
sem margens para erros, eliminando assim um sistema
mecanicista e sem vícios, proporcionando participação dos
funcionários nos processos decisórios, tornando-se assim um
sistema mais racional e econômico, com qualidade, eficiência e
eliminação de desperdícios, proporcionou a Toyota um
crescimento, alto lucro e satisfação para seus clientes.
Como o coletivo prevalece sobre o individual, este modelo
apresenta uma série de dificuldades de implantação em países
onde prevalece a carreira individual. Culturas onde se cultiva o
individualismo não aceitam o modelo por completo .
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21. REFERÊNCIAS
ABEPRO,Org.Disponível em:http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP1997_T5210.PDF. Acesso
em:15/11/2013
FERREIRA, A. A.; REIS, A. C. F.; PEREIRA M. I. Gestão Empresarial: de Taylor aos nossos dias. São Paulo:
Pioneira, 2001
MASIERO, G. Organização e trabalho no Japão. Revista de Administração de Empresas, São Paulo:
FGV,1994
MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Atlas, 2007.
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