3. Alveolite
Introdução
É uma inflamação no alveólo.
• Podem surgir no pós-operatório de extrações dentárias;
• Possui ocorrência em cerda de 1% - 4% dos casos de exodontia;
• Pode ser considerada como consequência de uma inflamação anterior;
• Há duas classificções:
• Alveolite
seca
• Alveolite
úmida
4. Alveolite
Classificação das alveolites
SECA PURULENTA/UMIDA
• Manobra cirúrgica difícil;
• Fratura de osso alveolar;
• Ausência de ponto
cirúrgico;
• Ausência de coágulo;
• Displicência do paciente no
pós-operatório;
• Presença de coágulo;
• Posterior à alveolite seca;*
• Infecção por objetos
contaminados;
• As alveolites são classificadas de acordo com a causa aparente e por suas
características físicas
9. 1. Anestesia local, pela técnica de bloqueio de nervos alveolares, seguida de
infiltração no fundo de saco gengival (fórnix).
2. Remoção de depósitos grosseiros de cálculos e placas dentárias das
áreas envolvidas, respeitando a tolerância do paciente.
3. Irrigar abundantemente o local com solução fisiológica estéril seguida de
clorexidina 0,12%.
4. Prescrever bochechos com 15 mL com clorexidina 0,12%, não diluída, a
cada 12 h, por uma semana.
5. Não utilizar sutura de qualquer tipo.
6. Para alívio da dor, prescrever dipirona (500 mg a 1g) com intervalos de 4
h, por 24h. Em caso de persistência da dor prescreve um AINE.
7. Agendar consulta para reavaliação.
8. Acompanhar evolução do quadro.
9. Na persistência ou agravamento dos sintomas, instruir tratamento com
antibioóicos.
Alveolite
Tratamento
PROTOCOLO DE TRATAMENTO
11. • Nesses casos refratários pode-se aplicar uma pasta
medicamentosa no interior do alvéolo.
Composição da pasta:
Alveolite
Tratamento
Metronidazol
10%
Lidocaína
2%
Essência de
menta
Lanolina
12. Isolar e secar o
campo
Preencher a
cavidade
Realizar pressão
Alveolite
Procedimento de aplicação
15. • É um processo inflamatório de caráter agudo ou crônico, que
se desenvolve nos tecidos gengivais que recobrem as coroas
dos dentes em erupção ou parcialmente erupcionados;
• Decorrente do desenvolvimento de colônias bacterianas;
• Com o acúmulo das bactérias no espaço entre a gengiva e o
elemento dentário, o tecido torna-se edemaciado e com
sintomatologia dolorosa.
Pericoronarite
Pericoronarite
16. • O tecido pode ficar tão edemaciado que provoca contato
oclusal.
Pericoronarite
Pericoronarite
TRAUMA
17. • Seu principal sintoma é a dor;
• Podendo atingir:
• Os tecidos apresentam-se com uma coloração vermelha
intensa, devido a hiperemia do local.
Pericoronarite
Pericoronarite
Assoalho da
boca
Ouvido Garganta
18. • Ocorre com maior frequência na erupção dos terceiros
molares mandibulares.
Retenção da placa dentária e restos de alimentos sobre o
capuz;
Traumatismo dos terceiros molares devido à mastigação.
Pericoronarite
Pericoronarite
19. • O extravasamento de plasma sanguíneo, quando em excesso,
gera edema que pode espalhar-se para a região do ângulo da
mandíbula.
• Pode-se observar a presença de pus, após sondagem
periodontal.
• Manifestações locais e sistêmicas:
Linfadenite; Febre;
Dificuldade de deglutição; Mal-estar geral.
Pericoronarite
Pericoronarite
Limitação da
abertura da boca
20. 1. Anestesia local, pela técnica de bloqueio regional dos nervos
alveolar inferior e lingual, seguida de infiltração do fundo do
saco gengival para anestesia do nervo bucal.
Bupivacaína 0,5% com epinefrina 1:200.000.
2. Remover os depósitos grosseiros de cálculo e placa dentária,
por meio de cuidadosa instrumentação das áreas envolvidas,
supra e subgengival, limitando-a de acordo com a tolerância
do paciente.
Pericoronarite
Protocolo de tratamento
21. 3. Irrigar abundantemente o local com solução fisiológica estéril
e, em seguida, com solução de digluconato de clorexidina
0,12%.
4. Orientar o paciente com relação a higiene oral, salientando a
importância do combate à placa.
Prescrever bochechos com 15ml de digluconato de
clorexidina 0,12%, não diluída, a cada 12h, durante uma
semana.
Pericoronarite
Protocolo de tratamento
22. 5. Prescrever dipirona (500mg a 1g)com intervalos de 4h, pelo
período de 24h.
Se a dor persistir, prescrever um AINE (p. ex., nimesulida
100mg, a cada 12 h).
6. Agendar consulta para reavaliação do quadro clínico, após
um período de 24-48 h.
7. Acompanhar a evolução do quadro, até a alta do paciente.
Na persistência ou agravos dos sintomas, instituir o
tratamento complementar com antibióticos.
Pericoronarite
Protocolo de tratamento
23. • Os pacientes só procuram pelo tratamento quando o processo
infeccioso encontra-se bastante evoluído.
Presença de sinais de disseminação local e manifestações
sistêmicas.
Pericoronarite
Uso de antibióticos
Limitação da
abertura da
boca
Dor
espontânea
Edema
Linfadenite Febre
24. Regime preconizado para adultos:
Pericoronarite
Uso de antibióticos
Amoxicilina 500 mg a cada 8 h
Metronidazol 250 mg a cada 8 h
25. Alérgicos à penicilinas ou com intolerância ao metronidazol:
ou
Pericoronarite
Uso de antibióticos
Claritromicina 500 mg a cada 12 h
Clindamicina 300 mg a cada 8 h
26. Duração do tratamento:
• Prescrever inicialmente por um período de três dias;
• Antes de completar 72 h de tratamento, reavaliar o quadro
clínico;
• Com base na remissão dos sintomas, manter ou não a
terapia, pelo tempo necessário;
• Em geral, a duração do tratamento dificilmente irá
ultrapassar o período de cinco dias.
Pericoronarite
Uso de antibióticos
27. • Casos avançados:
• Presença de celulite considerável;
• Disfagia;
• Anorexia;
• Mal-estar geral.
Pericoronarite
Uso de antibióticos
Encaminhar para os
cuidados de um cirurgião
bucomaxilofacial.
29. Hemorragia
Introdução
• Em cirurgias podem surgir acidentes e complicações;
• As hemorragias são as complicações de sangue mais comuns
no consultório odontológico;
• Mais prevalentes:
Extravasamento abundante e anormal de sangue.
Exodontias
múltiplas e
complicadas
31. • As hemorragias podem ser classificadas de acordo com sua
localização, origem, quanto a natureza do vasos, quanto ao
seu momento:
Hemorragia
Classificação das hemorragias
Quanto a localização:
Interna
Externa
32. • As hemorragias podem ser classificadas de acordo com sua
localização, origem, quanto a natureza do vasos, quanto ao
seu momento:
Hemorragia
Classificação das hemorragias
Quanto a origem:
Osso
Tecidos moles
circundantes
33. • As hemorragias podem ser classificadas de acordo com sua
localização, origem, quanto a natureza do vasos, quanto ao
seu momento:
Hemorragia
Classificação das hemorragias
Quanto a natureza dos
vasos:
Derivadas de artérias
Derivadas de capilares
Derivadas de veias
34. • As hemorragias podem ser classificadas de acordo com sua
localização, origem, quanto a natureza do vasos, quanto ao
seu momento:
Hemorragia
Classificação das hemorragias
Quanto ao momento:
Imediata
Mediata
Recorrente Secundária
35. • A anamnese é de suma importância para se estabelecer a
causa;
• Se relatado algum tipo de problema hematológico ou discrasia
sanguínea:
• Solicitação de exames complementares pré-operatórios.
Hemorragia
Prevenção na Odontologia
Dependendo da gravidade Atendimento em
ambiente hospital
37. • Os pacientes com transtornos de coagulação sanguínea
constituem um grupo que requer atenção e cuidados especiais
na prática odontológica;
• A hemofilia e a doença de von Willebrand são as mais comuns
das coagulopatias hereditárias;
• O médico do paciente deve ser consultado antes que qualquer
tratamento seja executado e o fator risco-benefício deve ser
avaliado.
Hemorragia
Pacientes com coagulopatias
os procedimentos cirúrgicos oferecem grande
risco de sangramento
38. • As causas das hemorragias podem estar relacionadas a fatores
predisponentes à hemorragia;
Hemorragia
Principais causas da hemorragia
Causas médicas Trans-operatórios Pós-operatório
• Enfermidades ou situações sistêmicas alteradas:
• Hipertensão;
• Ateriosclerose;
• Neoplasias;
• Hemofilia;
• Leucemia;
• Anemia perniciosa aplásicas;
• Trombocitopenia;
• Falta de vitaminas, principalmente C e K
39. • As causas das hemorragias podem estar relacionadas a fatores
predisponentes à hemorragia;
Hemorragia
Principais causas da hemorragia
Causas médicas Trans-operatórios Pós-operatório
Obs: Consumo de alguns medicamentos:
• Ácido acetil salicílico;
• Heparina
40. • As causas das hemorragias podem estar relacionadas a fatores
predisponentes à hemorragia;
• Hemorragias por defeitos cirúrgicos
• Hemorragia por traumas
Hemorragia
Principais causas da hemorragia
Causas médicas Trans-operatórios Pós-operatório
• São hemorragias que acontecem no período em que o procedimento
esta sendo realizado.
41. • As causas das hemorragias podem estar relacionadas a fatores
predisponentes à hemorragia;
Hemorragia
Principais causas da hemorragia
Causas médicas Trans-operatórios Pós-operatório
• É provocada pelo próprio paciente no período de recuperação;
• Cuspir;
• Fumar;
• Fazer sucção;
• Bochechar;
• Ingestão de alimentos quentes;
• Pressão excessiva sobre a área cirúrgica;
• Fazer esforços físicos e movimentos que
estimulem a circulação excessiva do sangue
42. • Eles são muito importantes para o dentista e o paciente
saberem o que pode modificar no corpo em casos que você
está com o sangramento excessivo.
Hemorragia
Sinais clínicos
Palidez
Pele fria
Pulso
acelerado
Fraqueza
43. 1. Manter a calma, para transmitir segurança ao paciente.
Hemorragia
Protocolo de atendimento
44. 2. Anestesiar, preferencialmente por meio de bloqueio regional,
empregando solução.
Hemorragia
Protocolo de atendimento
lidocaína 2% ou
mepivacaína 2%
com epinefrina 1:100.000
45. 3. Limpar a área por meio de irrigação
com soro fisiológico.
4. Remover a sutura quando presente.
5. Tentar localizar o ponto de sangramento ou avaliar se a
hemorragia é difusa.
Hemorragia
Protocolo de atendimento
46. 6. Comprimir, tamponando o local com auxílio de uma gaze
estéril e aguardar 5 minutos, aspirando sempre para evitar a
deglutição de sangue.
7. Avaliar a pressão arterial sanguínea, pois as medidas locais
de hemostasia podem não ser eficazes em pacientes com PA
sistólica muito elevada
Hemorragia
Protocolo de atendimento
47. 8. Conter o sangramento com medidas locais:
9. Em caso de melhora de sangramento, orientar o paciente a
“morder” uma gaze sobre o local, mantendo-o sob observação de
15mim.
Hemorragia
Protocolo de atendimento
Compressão de vasos intraósseos
Correção de laceração de tecidos
moles
Suturas oclusivas
Tamponar o alvéolo com esponja de gelatina
absorvível ou cera óssea
48. 10. Dispensar o paciente, orientando-o a manter uma gaze
comprimida sobre o local por mais 15mim;
11. Prescrever dieta líquida e fria, hiperproteica;
12. Recomendar os cuidados para evitar esforço físico,
exposição demasiada ao sol e bochechos de qualquer espécie
durante 48h.
Hemorragia
Protocolo de atendimento
Se a hemorragia for controlada
49. 13. Marcar o retorno após 5-7 dias,
para remoção de sutura;
14. Manter contato com o paciente para avaliar a evolução
do quadro.
Hemorragia
Protocolo de atendimento
Se a hemorragia for controlada
50. Hemorragia
Protocolo de atendimento
Se o sangramento persistir
1. Suspeitar de algum problema
de caráter sistêmico;
2. Encaminhar imediatamente para
avaliação médica e de um cirurgião
bucomaxilofacial, em ambiente hospitalar.
51. Hemorragia
Referências
• ANDRADE, Eduardo Dias de (Org.). Terapêutica medicamentosa em
odontologia. 3.ed. São Paulo: Artes Médicas, 2014. 238 p.
• NEVILLE, B.W. et al. Patologia Oral & Maxilofacial. 3ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2009. 972p.
• MARQUES, Rogério Vera Cruz Ferro et al. Atendimento odontológico em
pacientes com Hemofilia e Doença de von Willebrand. Arquivos em
Odontologia, v. 46, n. 3, p. 176-180, 2010.
Obrigado pela atenção!