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Influência de polimorfismos
genéticos do citocromo P450 de
pacientes com malária falciparum
na resposta terapêutica
à mefloquina
Sandra do Lago Moraes
Instituto de Medicina Tropical –
SP
Lab. de Imunologia – InCor-SP
Malária

agente etiológico:
protozoários do gênero
Plasmodium
vetor:
mosquito do
gênero Anopheles
P.falciparum
P.vivax
P.malariae
P.ovale
Febre, calafrios, sudorese, cefaléia, vômitos,
palidez cutâneo- mucosa, icterícia,
hepatomegalia, esplenomegalia
Quadro clínico
FRIO CALOR SUDORESE
Distribuição da malária
no mundo
Fonte: WHO, 2006
Mais de 300 milhões de casos novos
por ano
MALÁRIA
AIDSTB
HANSENÍAS
E
SARAMPO
Conseqüências

Malária mata um milhão de
pessoas a cada ano
3000 pessoas morrem de malária a cada
dia (uma de cada quatro mortes de
crianças na África e gestantes), 170 por
hora

Morrem por falta de
acesso aos serviços
de saúde, às drogas
e às redes
impregnadas
Dificuldades no controle da
malária
 resistência do mosquito aos inseticidas
 resistência do parasita às drogas
 mudanças sociais, políticas e econômicas
(crise energética, inflação, guerras e
instabilidades políticas)
 ausência de vacinas que confiram proteção
por longo período
1992- Declaração mundial para o controle
da malária- Conferência Ministerial em
Malária, outubro de 1992,
Amsterdã/Holanda
1998- Roll Back Malaria (Retroceder a
malaria)- campanha global
Diagnóstico precoce
e tratamento rápido
Seis princípios do Roll Back Malaria
O retardo no diagnóstico e no
tratamento é decisivo na
manutenção da transmissão e
gravidade da doença
Desenvolvimento de resistência às
drogas antimaláricas
   e se espalhou nos últimos 20-30 anos
   na eficácia de muitas drogas disponíveis
Cloroquina
≈ antimalárico confiável e disponível
≈ extremamente importante no
passado
≈ hoje é ineficaz em muitas áreas
endêmicas de malária falciparum
Outros derivados da quinolina
amodiaquina, halofantrine,
mefloquina
segunda linha de tratamento:
alternativas no caso de
resistência aos esquemas
terapêuticos de escolha ou de
artemisinina e seus derivados
(artesunato, artemeter, artemotil,
diidroartemisinina)
descobertos e desenvolvidos na China
transformaram o padrão de tratamento da
malária em várias regiões
são eficazes na diminuição da parasitemia
assexuada e não causam efeitos colaterais
altas taxas de recrudescência, que variam
com a duração do tratamento e a dose total
usada
Terapia de Combinação de
Antimaláricos (TCAM)
Recomendação atual da OMS para
conter a ameaça da resistência de P.
falciparum às monoterapias e melhorar o
tratamento
Principalmente, terapias combinadas
baseadas em artemisinina, no máximo
um dia após o início dos sintomas da
doença
uso simultâneo de duas ou mais drogas
esquizonticidas com modos de ação
independentes e portanto com alvos
bioquímicos não relacionados
baseia-se no potencial destas combinações
aumentarem a eficácia terapêutica e
também retardarem o desenvolvimento de
resistência aos componentes individuais da
combinação
Terapia de Combinação
de Antimaláricos (TCAM)
Não são TCAM
Combinações de drogas como
sulfadoxina–pirimetamina
sulfaleno–pirimetamina
proguanil-dapsona
clorproguanil-dapsona
atovaquone-proguanil
- dependem da sinergia entre os dois componentes e
têm alvos relacionados no parasita
- são considerados como produtos únicos
Terapias com drogas múltiplas que incluem um
medicamento não-antimalárico para aumentar o
efeito antimalárico de uma droga esquizonticida
sangüíneo (por ex. cloroquina e clorfeniramina).
TCAM com
artemisinina e derivados
clareamento rápido da parasitemia e resolução rápida
dos sintomas
 10 000 vezes o número de parasitos a cada ciclo
assexuado (outros antimaláricos  de 100 a 1000 vezes
a parasitemia por ciclo)
são eliminados rapidamente
Se administrados em combinação com compostos que
são rapidamente eliminados (tetraciclinas,
clindamicina), são necessários sete dias de tratamento
mas se administrados em combinação com
antimaláricos eliminados lentamente, três dias de
tratamento são suficientes
As evidências para a sua superioridade em relação às
monoterapias têm sido claramente documentadas
Ensaios clínicos de TCAM de
artemisinina
amodiaquina
atovaquone-proguanil
cloroquina
clindamicina
doxicyclina
lumefantrine
mefloquina
piperaquina
pironaridina
proguanil-dapsona
sulfadoxina–
pirimetamina
tetraciclina
ainda se conhece muito pouco sobre
essas interações
Mefloquina
arilaminoálcool (4-metanolquinolina)
quimicamente relacionado ao quinino
é administrado oralmente com potente ação
esquizonticida sangüíneo
Não é gametocida nem é ativo contra formas
hepáticas do parasita
recomendada como droga profilática para quem
viaja a áreas com risco significante de malária
falciparum resistente à cloroquina
MEFLOQUINA QUININO
F
F
F
F
F
F
N
N
N
HN
HO
HO
O
Mefloquina
ativo contra P.falciparum resistente às 4-
aminoquinolinas (cloroquina e drogas
relacionadas) e combinações de sulfa-
pirimetamina; também é ativo contra P. vivax e P.
malariae e muito provavelmente contra P. ovale. O
que reduz o risco de morbidade e mortalidade
devido a erros diagnósticos de especiação,
principalmente se o erro for em relação ao não
diagnóstico da infecção por P. falciparum
tem ação sinergística com os derivados da
artemisina, o que também justifica a sua utilização
como droga de combinação à artemisina em TCAM
Mefloquina
Tem uma meia-vida longa (14 a 28 dias) e
consequëntemente mantém concentrações sub-
terapêuticas no sangue também por mais tempo, o
que favorece o surgimento de resistência,
principalmente em áreas de alta transmissão
altamente ligada a proteínas plasmáticas (~98 %) e
é largamente distribuída pelo corpo
bem absorvida no trato gastrintestinal, mas existe
uma variação inter-individual no tempo requerido
para alcançar o pico de concentração plasmática
É metabolizada no fígado e excretada
principalmente na bile e nas fezes
Uso da mefloquina em
TCAM com artemisinina
??? Interações farmacocinéticas e metabólicas
potenciais das drogas e implicações para o uso
clínico
pouca informação sobre o metabolismo da MF
em humanos
principal metabólito circulante da MF:
carboximefloquina (concentrações >>>
composto original), parece não ter ação
antimalárica significante
Outro metabólito: hidroximefloquina
Avaliação da
resposta terapêutica
Métodos in vivo de assessoramento da eficácia
terapêutica e estudos in vitro da
suscetibilidade do parasito às drogas em
cultura, genotipagem molecular para
marcadores de resistência validados
Propriedades farmacocinéticas e
farmacodinâmicas (tolerabilidade, padrão dos
efeitos adversos, velocidade da resposta
terapêutica)
Resultados de ensaios clínicos
Custo (importante a ser considerado na política
e prática de tratamento)
Ensaios in vitro e in vivo
de avaliação da terapêutica
refletem apenas a reação do parasito ao
medicamento e não permite avaliar a
resposta imune e as condições fisiológicas e
de saúde do hospedeiro
nem sempre coincidem
Outros fatores podem influenciar na
eficácia do tratamento
qualidade do medicamento
dose e via de administração
processos farmacocinéticos
rota metabólica de biotransformação
genética do hospedeiro
resposta imune do hospedeiro
estado nutricional e de saúde do hospedeiro
Rota metabólica de
biotransformação
série de enzimas não integradas nas vias do
metabolismo energético ou intermediário do
organismo e cujos substratos são os
xenobióticos (compostos químicos que não
fazem parte da composição normal deste
organismo)
sua função é converter os xenobióticos em
moléculas mais polares, mais hidrossolúveis e,
portanto, mais facilmente excretáveis
pode gerar compostos mais ativos que o
medicamento original e outros com pouca ou
nenhuma atividade ou de mais rápida excreção
Fases da biotransformação
• fase 1: ocorrem reações de oxidação, redução
ou hidrólise que modificam os xenobióticos e os
convertem em produtos mais hidrossolúveis,
graças ao aparecimento de novos grupos
funcionais de caráter polar (hidroxila, amina,
carboxila)
• fase 2: ocorre a combinação dos metabólitos
gerados pelas reações da fase 1 com
moléculas endógenas de caráter polar para
formar produtos de conjugação que são
rapidamente excretados
Enzimas de de biotransformação
da fase 1
• capazes de transformar múltiplos
substratos e catalizar reações diferentes
• têm natureza muito diversa, ex.: enzimas
com atividade monooxigenase (Citocromo P-
450, flavina monooxigenase), diversas
oxidases (álcool desidrogenase, aldeído
desidrogenase, amino oxidases,
aromatases), epóxido hidrolase ou
esterases e amidases hepáticas e
plasmáticas
• CYP-450 é o que tem sido mais estudado- responsável
pela fase 1 do metabolismo de mais de 50% dos
xenobióticos existentes
• também chamado de sistema de oxidases microssomais
• maior parte da biotransformação de muitos
medicamentos antimaláricos ocorre no fígado com a
participação do CYP-450
• Variações na atividade de uma ou de várias das enzimas
deste complexo podem fazer com que o medicamento
não se converta à sua forma ativa ou que sua conversão
seja tão rápida que conduza à sua rápida excreção
Complexo enzimático do
Citocromo P450 (CYP-450)
Citocromo P-450 (CYP-450)
• nome dado por Ronald Estabrook, quando em
1961 observou um pico no espectro de
absorção a 450 nm em extratos de fígado na
presença de monóxido de carbono
• nos anos 60 e 70 descobriu-se sua importância
no metabolismo de esteróides e substâncias
xenobióticas
• estudos da estrutura, funções e diversidade do
P-450 foram dificultados pela sua natureza de
proteína hidrofóbica associada às membranas
Fatores que podem inibir ou induzir a
atividade do CYP-450
• polimorfismo genético
• desnutrição
• deficiência de micronutrientes
• processos infecciosos e inflamatórios
• consumo simultâneo de outros
medicamentos
Complexo enzimático CYP-450
• 114 enzimas (em diversos tecidos e órgãos,
principalmente nas membranas microssomais do
retículo endoplasmático liso do fígado)
• Muito versátil funcionalmente (cataliza vários
processos e metaboliza vários substratos)
• Principal participação em oxidações, mas também
catalizam reduções, hidratações ou hidrólise
oxidação do substrato
Polaridade
 capacidade de excreção
 solubilidade em água
Precursores se convertem
em metabólitos que podem
ou não ter uma maior
atividade farmacológica
As enzimas do CYP-450 -hemoproteínas
compostas de quatro elementos
• um grupo protéico heme do tipo da
ferroprotoporfirina IX, no qual o átomo de
ferro se encontra no estado férrico (Fe3+);
• uma cadeia polipeptídica codificada por
apenas um gene, cujas variações originam as
diferenças de uma enzima para outra;
• uma enzima flavoproteína dependente de
NADH;
• o citocromo b5, relacionado com o transporte
do segundo elétron na oxidação catalizada
pelo sistema CyP-450
CYP-450
• As seqüências de aminoácidos entre os
diferentes CYP-450 são pouco semelhantes,
menos de 20% de similaridade em alguns
casos
• porção C-terminal da molécula é mais
conservada que a porção N-terminal
• regiões mais polimórficas estão nas
porções intermediárias
Nomenclatura do CYP-450
Família: enzimas com homologia estrutural
de 35 a 40% e se representa por um número
arábico, por ex., CYP1, CYP3. Existem
cerca de 270 famílias entre os seres vivos, e
destas 18 estão presentes em humanos
Subfamílias: enzimas com uma homologia
de 65 a 70%, se identificam pela adição de
uma letra maiúscula, por exemplo, CYP3A,
CYP2C. Subfamília CYP3A é a mais
abundante em humanos e desempenha
um papel importante no metabolismo de
cerca da metade dos medicamentos
A adição de um número arábico em itálico=
o gene que codifica uma enzima, (ex.,
CYP2C8, CYP2D6, CYP3A436). Cada um dos
polipeptídeos que codificam os CYP,
procede de um transcrito primário do gene
que pode, em alguns casos, ser processado
de modo alternativo, produzindo diferentes
mRNA e por conseguinte diferentes
proteínas, que podem ter diferentes
capacidades de reconhecimento e catálise
dos substratos oxidáveis.
Polimorfismos do CYP-450
• variantes alélicas de cada um dos polipeptídeos
que codificam os CYP
• variantes alélicas sã indicadas com asterisco
depois do número e um outro número posterior
para identificar a variante, CYP2C9*1
• Alguns CYP têm variantes alélicas mais abundantes
dependendo das populações e etnias e estes são
considerados em estudos de farmacogenética
• Dados dos polimorfismos do CYP-450 são
importantes para interpretar o efeito de diferentes
transformações metabólicas e são a base da
farmacogenômica, toxicogenômica, genômica de
câncer, genômica de desenvolvimento, etc.
Enzimas do Citocromo P-450 envolvidas no
metabolismo das principias drogas
antimaláricas
Droga Citocromo P-450
Amodiaquina CYP2C8
Artesunato CYP2A6
Cloroquina CYP2C8, CYP3A4, CYP2D6
Halofantrina CYP3A4
Mefloquina CYP3A4
Primaquina CYP1A2 e CYP2D6
Proguanil CYP2C19 e CYP2A4
Quinino CYP3A4, CYP1A2
envolvimento da subfamília CYP450 3A na
biotransformação da mefloquina
• Aumento do metabolismo da MF em microssomas
hepáticos de ratos pré-tratados com dexametasona
e também em hepatócitos humanos e ratos após
tratamento prévio com indutores de CYP450 3A.
• a biotransformação da mefloquina em hepatócitos
humanos induzidos com rifampicina foi inibida de
modo dependente da concentração pelo
cetoconazol, um inibidor específico bem
estabelecido de CYP450 3A
• forte correlação entre a atividade da eritromicina-
N-demetilase (mediada pelo CYP450 3A) e o
metabolismo da mefloquina em microssomas
humanos (eritromicina é um potente inibidor de
CYP3A)
Como muitos outros xenobióticos são
metabolizados pela subfamília CYP3A, o
envolvimento desta na biotransformação da
MF possibilita numerosas interações droga-
droga, o que pode ter conseqüências
importantes in vivo especialmente no que
diz respeito à escolha de drogas a serem
usadas em combinação na TCAM
Fatores que podem afetar a atividade do
CYP-450
•Variação genética das enzimas do CYP-450
•Própria doença
•Demora em procurar tratamento
•Administração em doses subótimas do
medicamento (ou seja pela quantidade de
medicamento ou pelo tempo de tratamento)
•Deficiências da absorção ou da ligação do
princípio ativo às proteínas plasmáticas
•Conversão insuficiente da forma ativa
•Excreção excessiva do composto
•Alterações metabólicas
Fatores
do
hospedei
ro
Fatores que podem afetar a atividade do
CYP-450
•Baixa qualidade dos fármacos
•Propriedades físico-químicas
•Interação com outros
Fatores do
medicamento
•Espécie
•Metabolismo
•Resistência ao medicamento
•Mutações genéticas
Fatores do
parasito
•interações entre o fármaco e os
alimentos
•Grau de imunidade antimalárica do
paciente
•Estado de saúde geral e nutricional
Fatores da relação
hospedeiro-
medicamento-
parasito
Variações genéticas no citocromo P-450
• Variações genéticas na atividade de enzimas e
transportadores responsáveis pela absorção,
distribuição, metabolismo e excreção de
drogas são a base de muitos exemplos de
diferenças interindividuais na resposta à
drogas.
• Metabolismo e “clearance” muito rápidos
tornam uma droga ineficaz enquanto
metabolismo lento pode levar a níveis
excessivos e potencial acúmulo,
freqüentemente associados com efeitos
adversos e toxicidade
O CyP-450 apresenta uma grande
variedade genética
foram descritas variantes nos genes:
CYP1A1, CYP1A2, CYP1B1, CYP2A6,
CYP2A13, CYP2B6, CYP2C8, CYP2C9,
CYP2C19, CYP2D6, CYP2E1, CYP3A4 e
CYP3A5, etc.
Família CYP3
• tem uma única subfamília em humanos, a CYP3A,
que contém quatro membros, CYP3A4, CYP3A5,
CYP3A7 e CYP3A43
• é uma das mais importantes na biotransformação
dos medicamentos
• Todos os genes se encontram no cromossoma 7
• O CYP3A4 e o CYP3A5, são os citocromos
mais abundantemente expressos no fígado e em
todo o trato gastrintestinal
Objetivo #1.Investigar a prevalência de
polimorfismos do CYP-450 em pacientes com
malária falciparum em tratamento com MF e
internados em hospital
• PCR-RFLP (Polymerase chain reaction-
restriction fragment lenght polymorphism)
• Detecção de polimorfismos nas enzimas do
CYP-450, CYP3A4, CYP3A5, CYP2C9,
CYP2C19, CYP2D6, CYP2E1
Objetivo #2.Determinar o tempo de
clareamento da parasitemia e do DNA de
P.falciparum no sangue de cada paciente
• Amostras de sangue foram colhidas nos
tempos 0, 48h, 7,14,21,28,35 e 42 dias de cada
paciente com malária falciparum em
tratamento com MF e mantidos internados em
hospital
• gota espessa (tempo de clareamento da
parasitemia- TCP)
• Nested-PCR para determinação qualitativa do
tempo de clareamento do DNA (TCD) de
P.falciparum.
• Real Time PCR para quantificação do DNA de
P.falciparum
Objetivo #3.Analisar a associação dos
polimorfismos do CYP-450 com a resposta
terapêutica à MF
• Os resultados da ocorrência de
polimorfismos do CYP-450 serão analisados
em função do TCP, TCD e tempo de
clareamento da febre (TCF) (dados
disponíveis de todos pacientes) e níveis
plasmáticos da MF (dados disponíveis
apenas de alguns pacientes).
• Os pacientes serão divididos em bons e
maus respondedores à MF
desenho da pesquisa
Indivíduos da pesquisa
critérios para inclusão dos pacientes:
▫ indivíduos com infecção por P.falciparum
diagnosticada por gota espessa, com menos que
100.000 parasitas/mm3
▫ sexo masculino
▫ idade entre 18 e 60 anos
▫ não uso de drogas antimaláricas nos 7 dias
precedentes à internação
▫ nenhuma evidência de complicações clínicas, tais
como envolvimento renal ou cerebral
▫ consentimento pós-informado
métodos
• Extração do DNA genômico com
Fenol/Clorofórmio
• “Semi-Nested” PCR para a
detecção de plasmódios (Kimura
et al.,1997)
• Real time-PCR para
quantificação do DNA
Genotipagem dos polimorfismos
Genotipagem dos polimorfismos
Condições da PCR otimizada para os genes do
Citocromo P450 (CYP450) estudados
Molécula DNA
genômico
µL
Primers [
]* pmol
MgCl2
[ ]* mM
dNTP
[ ]* mM
Tampão Taq
polimerase
[ ]* U
H2
O
qsp µL
CYP2C19*4 3 20 1,5 2,5 1x 2 16
CYP2C19*5 3 20 1,5 2,5 1x 2 16
CYP2C19*6 3 20 1,5 2,5 1x 2 16
CYP2C19*7 3 20 1,5 2,5 1x 2 16
CYP2C19*8 3 20 1,5 2,5 1x 2 16
CYP3A1*B 3 10 1,5 10 1x 2 14
Paciente DO 12h 48h 7d 14d 21d 28d 34d 35d 42d 44d
4MEF
9MEF
14MEF
15MEF
17MEF
18MEF
19MEF
20MEF
26MEF
27MEF
29MEF
31MEF
46MEF
48MEF
52MEF
53MEF
62MEF
67MEF
78MEF
80MEF
85MEF
87MEF
90MEF
91MEF
92MEF
93MEF
95MEF
107MEF
5MEF
6MEF
7MEF
8MEF
10MEF
11MEF
13MEF
16MEF
22MEF
23MEF
24MEF
25MEF
30MEF
33MEF
35MEF
36MEF
37MEF
38MEF
42MEF
43MEF
44MEF
45MEF
47MEF
49MEF
54MEF
55MEF
56MEF
58MEF
59MEF
60MEF
61MEF
64MEF
65MEF
66MEF
68MEF
69MEF
70MEF
71MEF
72MEF
73MEF
75MEF
76MEF
77MEF
79MEF
86MEF
88MEF
89MEF
94MEF
96MEF
97MEF
98MEF
99MEF
100MEF
101MEF
102MEF
103MEF
104MEF
105MEF
108MEF
não testada PCR- PCR+
Resultados preliminares
Polimorfismos do CYP3A
CYP3A*1B -392
(n=90)
CYP3A*1B +268
(n=90)
Genótipo A/A
A/G
G/G
61 (0,68)
22 (0,24)
7 (0,08)
31 (0,34)
40 (0,44)
19 (0,2)
Alelo A
G
144 (0,8)
36 (0,2)
102 (0,6)
78 (0,4)
Polimorfismos CYP3A*1B -392 e tempo de
clareamento da parasitemia
por P. falciparum
Polimorfismo
CYP3A*1B -392
TCP Estatística
≤ 48h
(n=63)
> 48h
(n=27)
χ2 P OR [95%
CI]
Genótipo A/A
A/G
G/G
48 (0,76)
11 (0,17)
4 (0,06)
13
(0,5
)
11
(0,4
)
3 (0,1)
6,8
a
0,00
5
3.4
[1,3-8,9]
Alelo A
G
107 (0,85)
19 (0,15)
37
(0,7
)
17
(0,3
)
6,3
a
0,00
6
8.1
[1-6,5]
a A/A vs A/G+G/G
OR: odds ratio; CI: intervalo de confiança
Polimorfismo
CYP3A*1B -392
TCD - snPCR
≤ 7d
(n=16
> 7 d
(n=71)
p OR
[95%
CI]
Genótipo A/A
A/G
G/G
15 (0,94)
1 (0,06)
0
44 (0,62)
20 (0,28)
7 (0,10)
0,032 8,1
[1-65]
Alelo A
G
31 (0,97)
1 (0,03)
108
(0,76)
34 (0,24)
0,004 9,7
[1,3-74]
Polimorfismos CYP3A*1B -392 e
tempo de clareamento do DNA de P.
falciparum
Faculdade de Medicina
da USP
• Rui Rafael Durlacher
• Crispim Cerutti Jr.
• Filomena
Walter Reed Institute
• Lorin Pang
IMT
•Fabiana M. S. Leoratti
•Thaís
•Lilian de Farias
INCOR
•Rajendranath Ramasawn
•Jorge Kalil

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Influência de polimorfismos genéticos do citocromo P450 de pacientes com malária falciparum na resposta terapêutica à mefloquina

  • 1. Influência de polimorfismos genéticos do citocromo P450 de pacientes com malária falciparum na resposta terapêutica à mefloquina Sandra do Lago Moraes Instituto de Medicina Tropical – SP Lab. de Imunologia – InCor-SP
  • 2. Malária  agente etiológico: protozoários do gênero Plasmodium vetor: mosquito do gênero Anopheles P.falciparum P.vivax P.malariae P.ovale
  • 3. Febre, calafrios, sudorese, cefaléia, vômitos, palidez cutâneo- mucosa, icterícia, hepatomegalia, esplenomegalia Quadro clínico FRIO CALOR SUDORESE
  • 4. Distribuição da malária no mundo Fonte: WHO, 2006
  • 5. Mais de 300 milhões de casos novos por ano MALÁRIA AIDSTB HANSENÍAS E SARAMPO
  • 6. Conseqüências  Malária mata um milhão de pessoas a cada ano 3000 pessoas morrem de malária a cada dia (uma de cada quatro mortes de crianças na África e gestantes), 170 por hora  Morrem por falta de acesso aos serviços de saúde, às drogas e às redes impregnadas
  • 7. Dificuldades no controle da malária  resistência do mosquito aos inseticidas  resistência do parasita às drogas  mudanças sociais, políticas e econômicas (crise energética, inflação, guerras e instabilidades políticas)  ausência de vacinas que confiram proteção por longo período
  • 8. 1992- Declaração mundial para o controle da malária- Conferência Ministerial em Malária, outubro de 1992, Amsterdã/Holanda 1998- Roll Back Malaria (Retroceder a malaria)- campanha global Diagnóstico precoce e tratamento rápido
  • 9. Seis princípios do Roll Back Malaria
  • 10. O retardo no diagnóstico e no tratamento é decisivo na manutenção da transmissão e gravidade da doença
  • 11. Desenvolvimento de resistência às drogas antimaláricas    e se espalhou nos últimos 20-30 anos    na eficácia de muitas drogas disponíveis Cloroquina ≈ antimalárico confiável e disponível ≈ extremamente importante no passado ≈ hoje é ineficaz em muitas áreas endêmicas de malária falciparum
  • 12. Outros derivados da quinolina amodiaquina, halofantrine, mefloquina segunda linha de tratamento: alternativas no caso de resistência aos esquemas terapêuticos de escolha ou de
  • 13. artemisinina e seus derivados (artesunato, artemeter, artemotil, diidroartemisinina) descobertos e desenvolvidos na China transformaram o padrão de tratamento da malária em várias regiões são eficazes na diminuição da parasitemia assexuada e não causam efeitos colaterais altas taxas de recrudescência, que variam com a duração do tratamento e a dose total usada
  • 14. Terapia de Combinação de Antimaláricos (TCAM) Recomendação atual da OMS para conter a ameaça da resistência de P. falciparum às monoterapias e melhorar o tratamento Principalmente, terapias combinadas baseadas em artemisinina, no máximo um dia após o início dos sintomas da doença
  • 15. uso simultâneo de duas ou mais drogas esquizonticidas com modos de ação independentes e portanto com alvos bioquímicos não relacionados baseia-se no potencial destas combinações aumentarem a eficácia terapêutica e também retardarem o desenvolvimento de resistência aos componentes individuais da combinação Terapia de Combinação de Antimaláricos (TCAM)
  • 16. Não são TCAM Combinações de drogas como sulfadoxina–pirimetamina sulfaleno–pirimetamina proguanil-dapsona clorproguanil-dapsona atovaquone-proguanil - dependem da sinergia entre os dois componentes e têm alvos relacionados no parasita - são considerados como produtos únicos Terapias com drogas múltiplas que incluem um medicamento não-antimalárico para aumentar o efeito antimalárico de uma droga esquizonticida sangüíneo (por ex. cloroquina e clorfeniramina).
  • 17. TCAM com artemisinina e derivados clareamento rápido da parasitemia e resolução rápida dos sintomas  10 000 vezes o número de parasitos a cada ciclo assexuado (outros antimaláricos  de 100 a 1000 vezes a parasitemia por ciclo) são eliminados rapidamente Se administrados em combinação com compostos que são rapidamente eliminados (tetraciclinas, clindamicina), são necessários sete dias de tratamento mas se administrados em combinação com antimaláricos eliminados lentamente, três dias de tratamento são suficientes As evidências para a sua superioridade em relação às monoterapias têm sido claramente documentadas
  • 18. Ensaios clínicos de TCAM de artemisinina amodiaquina atovaquone-proguanil cloroquina clindamicina doxicyclina lumefantrine mefloquina piperaquina pironaridina proguanil-dapsona sulfadoxina– pirimetamina tetraciclina ainda se conhece muito pouco sobre essas interações
  • 19. Mefloquina arilaminoálcool (4-metanolquinolina) quimicamente relacionado ao quinino é administrado oralmente com potente ação esquizonticida sangüíneo Não é gametocida nem é ativo contra formas hepáticas do parasita recomendada como droga profilática para quem viaja a áreas com risco significante de malária falciparum resistente à cloroquina MEFLOQUINA QUININO F F F F F F N N N HN HO HO O
  • 20. Mefloquina ativo contra P.falciparum resistente às 4- aminoquinolinas (cloroquina e drogas relacionadas) e combinações de sulfa- pirimetamina; também é ativo contra P. vivax e P. malariae e muito provavelmente contra P. ovale. O que reduz o risco de morbidade e mortalidade devido a erros diagnósticos de especiação, principalmente se o erro for em relação ao não diagnóstico da infecção por P. falciparum tem ação sinergística com os derivados da artemisina, o que também justifica a sua utilização como droga de combinação à artemisina em TCAM
  • 21. Mefloquina Tem uma meia-vida longa (14 a 28 dias) e consequëntemente mantém concentrações sub- terapêuticas no sangue também por mais tempo, o que favorece o surgimento de resistência, principalmente em áreas de alta transmissão altamente ligada a proteínas plasmáticas (~98 %) e é largamente distribuída pelo corpo bem absorvida no trato gastrintestinal, mas existe uma variação inter-individual no tempo requerido para alcançar o pico de concentração plasmática É metabolizada no fígado e excretada principalmente na bile e nas fezes
  • 22. Uso da mefloquina em TCAM com artemisinina ??? Interações farmacocinéticas e metabólicas potenciais das drogas e implicações para o uso clínico pouca informação sobre o metabolismo da MF em humanos principal metabólito circulante da MF: carboximefloquina (concentrações >>> composto original), parece não ter ação antimalárica significante Outro metabólito: hidroximefloquina
  • 23. Avaliação da resposta terapêutica Métodos in vivo de assessoramento da eficácia terapêutica e estudos in vitro da suscetibilidade do parasito às drogas em cultura, genotipagem molecular para marcadores de resistência validados Propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas (tolerabilidade, padrão dos efeitos adversos, velocidade da resposta terapêutica) Resultados de ensaios clínicos Custo (importante a ser considerado na política e prática de tratamento)
  • 24. Ensaios in vitro e in vivo de avaliação da terapêutica refletem apenas a reação do parasito ao medicamento e não permite avaliar a resposta imune e as condições fisiológicas e de saúde do hospedeiro nem sempre coincidem
  • 25. Outros fatores podem influenciar na eficácia do tratamento qualidade do medicamento dose e via de administração processos farmacocinéticos rota metabólica de biotransformação genética do hospedeiro resposta imune do hospedeiro estado nutricional e de saúde do hospedeiro
  • 26. Rota metabólica de biotransformação série de enzimas não integradas nas vias do metabolismo energético ou intermediário do organismo e cujos substratos são os xenobióticos (compostos químicos que não fazem parte da composição normal deste organismo) sua função é converter os xenobióticos em moléculas mais polares, mais hidrossolúveis e, portanto, mais facilmente excretáveis pode gerar compostos mais ativos que o medicamento original e outros com pouca ou nenhuma atividade ou de mais rápida excreção
  • 27. Fases da biotransformação • fase 1: ocorrem reações de oxidação, redução ou hidrólise que modificam os xenobióticos e os convertem em produtos mais hidrossolúveis, graças ao aparecimento de novos grupos funcionais de caráter polar (hidroxila, amina, carboxila) • fase 2: ocorre a combinação dos metabólitos gerados pelas reações da fase 1 com moléculas endógenas de caráter polar para formar produtos de conjugação que são rapidamente excretados
  • 28. Enzimas de de biotransformação da fase 1 • capazes de transformar múltiplos substratos e catalizar reações diferentes • têm natureza muito diversa, ex.: enzimas com atividade monooxigenase (Citocromo P- 450, flavina monooxigenase), diversas oxidases (álcool desidrogenase, aldeído desidrogenase, amino oxidases, aromatases), epóxido hidrolase ou esterases e amidases hepáticas e plasmáticas
  • 29. • CYP-450 é o que tem sido mais estudado- responsável pela fase 1 do metabolismo de mais de 50% dos xenobióticos existentes • também chamado de sistema de oxidases microssomais • maior parte da biotransformação de muitos medicamentos antimaláricos ocorre no fígado com a participação do CYP-450 • Variações na atividade de uma ou de várias das enzimas deste complexo podem fazer com que o medicamento não se converta à sua forma ativa ou que sua conversão seja tão rápida que conduza à sua rápida excreção Complexo enzimático do Citocromo P450 (CYP-450)
  • 30. Citocromo P-450 (CYP-450) • nome dado por Ronald Estabrook, quando em 1961 observou um pico no espectro de absorção a 450 nm em extratos de fígado na presença de monóxido de carbono • nos anos 60 e 70 descobriu-se sua importância no metabolismo de esteróides e substâncias xenobióticas • estudos da estrutura, funções e diversidade do P-450 foram dificultados pela sua natureza de proteína hidrofóbica associada às membranas
  • 31. Fatores que podem inibir ou induzir a atividade do CYP-450 • polimorfismo genético • desnutrição • deficiência de micronutrientes • processos infecciosos e inflamatórios • consumo simultâneo de outros medicamentos
  • 32. Complexo enzimático CYP-450 • 114 enzimas (em diversos tecidos e órgãos, principalmente nas membranas microssomais do retículo endoplasmático liso do fígado) • Muito versátil funcionalmente (cataliza vários processos e metaboliza vários substratos) • Principal participação em oxidações, mas também catalizam reduções, hidratações ou hidrólise oxidação do substrato Polaridade  capacidade de excreção  solubilidade em água Precursores se convertem em metabólitos que podem ou não ter uma maior atividade farmacológica
  • 33. As enzimas do CYP-450 -hemoproteínas compostas de quatro elementos • um grupo protéico heme do tipo da ferroprotoporfirina IX, no qual o átomo de ferro se encontra no estado férrico (Fe3+); • uma cadeia polipeptídica codificada por apenas um gene, cujas variações originam as diferenças de uma enzima para outra; • uma enzima flavoproteína dependente de NADH; • o citocromo b5, relacionado com o transporte do segundo elétron na oxidação catalizada pelo sistema CyP-450
  • 34. CYP-450 • As seqüências de aminoácidos entre os diferentes CYP-450 são pouco semelhantes, menos de 20% de similaridade em alguns casos • porção C-terminal da molécula é mais conservada que a porção N-terminal • regiões mais polimórficas estão nas porções intermediárias
  • 35. Nomenclatura do CYP-450 Família: enzimas com homologia estrutural de 35 a 40% e se representa por um número arábico, por ex., CYP1, CYP3. Existem cerca de 270 famílias entre os seres vivos, e destas 18 estão presentes em humanos Subfamílias: enzimas com uma homologia de 65 a 70%, se identificam pela adição de uma letra maiúscula, por exemplo, CYP3A, CYP2C. Subfamília CYP3A é a mais abundante em humanos e desempenha um papel importante no metabolismo de cerca da metade dos medicamentos A adição de um número arábico em itálico= o gene que codifica uma enzima, (ex., CYP2C8, CYP2D6, CYP3A436). Cada um dos polipeptídeos que codificam os CYP, procede de um transcrito primário do gene que pode, em alguns casos, ser processado de modo alternativo, produzindo diferentes mRNA e por conseguinte diferentes proteínas, que podem ter diferentes capacidades de reconhecimento e catálise dos substratos oxidáveis.
  • 36. Polimorfismos do CYP-450 • variantes alélicas de cada um dos polipeptídeos que codificam os CYP • variantes alélicas sã indicadas com asterisco depois do número e um outro número posterior para identificar a variante, CYP2C9*1 • Alguns CYP têm variantes alélicas mais abundantes dependendo das populações e etnias e estes são considerados em estudos de farmacogenética • Dados dos polimorfismos do CYP-450 são importantes para interpretar o efeito de diferentes transformações metabólicas e são a base da farmacogenômica, toxicogenômica, genômica de câncer, genômica de desenvolvimento, etc.
  • 37. Enzimas do Citocromo P-450 envolvidas no metabolismo das principias drogas antimaláricas Droga Citocromo P-450 Amodiaquina CYP2C8 Artesunato CYP2A6 Cloroquina CYP2C8, CYP3A4, CYP2D6 Halofantrina CYP3A4 Mefloquina CYP3A4 Primaquina CYP1A2 e CYP2D6 Proguanil CYP2C19 e CYP2A4 Quinino CYP3A4, CYP1A2
  • 38. envolvimento da subfamília CYP450 3A na biotransformação da mefloquina • Aumento do metabolismo da MF em microssomas hepáticos de ratos pré-tratados com dexametasona e também em hepatócitos humanos e ratos após tratamento prévio com indutores de CYP450 3A. • a biotransformação da mefloquina em hepatócitos humanos induzidos com rifampicina foi inibida de modo dependente da concentração pelo cetoconazol, um inibidor específico bem estabelecido de CYP450 3A • forte correlação entre a atividade da eritromicina- N-demetilase (mediada pelo CYP450 3A) e o metabolismo da mefloquina em microssomas humanos (eritromicina é um potente inibidor de CYP3A)
  • 39. Como muitos outros xenobióticos são metabolizados pela subfamília CYP3A, o envolvimento desta na biotransformação da MF possibilita numerosas interações droga- droga, o que pode ter conseqüências importantes in vivo especialmente no que diz respeito à escolha de drogas a serem usadas em combinação na TCAM
  • 40. Fatores que podem afetar a atividade do CYP-450 •Variação genética das enzimas do CYP-450 •Própria doença •Demora em procurar tratamento •Administração em doses subótimas do medicamento (ou seja pela quantidade de medicamento ou pelo tempo de tratamento) •Deficiências da absorção ou da ligação do princípio ativo às proteínas plasmáticas •Conversão insuficiente da forma ativa •Excreção excessiva do composto •Alterações metabólicas Fatores do hospedei ro
  • 41. Fatores que podem afetar a atividade do CYP-450 •Baixa qualidade dos fármacos •Propriedades físico-químicas •Interação com outros Fatores do medicamento •Espécie •Metabolismo •Resistência ao medicamento •Mutações genéticas Fatores do parasito •interações entre o fármaco e os alimentos •Grau de imunidade antimalárica do paciente •Estado de saúde geral e nutricional Fatores da relação hospedeiro- medicamento- parasito
  • 42. Variações genéticas no citocromo P-450 • Variações genéticas na atividade de enzimas e transportadores responsáveis pela absorção, distribuição, metabolismo e excreção de drogas são a base de muitos exemplos de diferenças interindividuais na resposta à drogas. • Metabolismo e “clearance” muito rápidos tornam uma droga ineficaz enquanto metabolismo lento pode levar a níveis excessivos e potencial acúmulo, freqüentemente associados com efeitos adversos e toxicidade
  • 43. O CyP-450 apresenta uma grande variedade genética foram descritas variantes nos genes: CYP1A1, CYP1A2, CYP1B1, CYP2A6, CYP2A13, CYP2B6, CYP2C8, CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6, CYP2E1, CYP3A4 e CYP3A5, etc.
  • 44. Família CYP3 • tem uma única subfamília em humanos, a CYP3A, que contém quatro membros, CYP3A4, CYP3A5, CYP3A7 e CYP3A43 • é uma das mais importantes na biotransformação dos medicamentos • Todos os genes se encontram no cromossoma 7 • O CYP3A4 e o CYP3A5, são os citocromos mais abundantemente expressos no fígado e em todo o trato gastrintestinal
  • 45. Objetivo #1.Investigar a prevalência de polimorfismos do CYP-450 em pacientes com malária falciparum em tratamento com MF e internados em hospital • PCR-RFLP (Polymerase chain reaction- restriction fragment lenght polymorphism) • Detecção de polimorfismos nas enzimas do CYP-450, CYP3A4, CYP3A5, CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6, CYP2E1
  • 46. Objetivo #2.Determinar o tempo de clareamento da parasitemia e do DNA de P.falciparum no sangue de cada paciente • Amostras de sangue foram colhidas nos tempos 0, 48h, 7,14,21,28,35 e 42 dias de cada paciente com malária falciparum em tratamento com MF e mantidos internados em hospital • gota espessa (tempo de clareamento da parasitemia- TCP) • Nested-PCR para determinação qualitativa do tempo de clareamento do DNA (TCD) de P.falciparum. • Real Time PCR para quantificação do DNA de P.falciparum
  • 47. Objetivo #3.Analisar a associação dos polimorfismos do CYP-450 com a resposta terapêutica à MF • Os resultados da ocorrência de polimorfismos do CYP-450 serão analisados em função do TCP, TCD e tempo de clareamento da febre (TCF) (dados disponíveis de todos pacientes) e níveis plasmáticos da MF (dados disponíveis apenas de alguns pacientes). • Os pacientes serão divididos em bons e maus respondedores à MF
  • 49. Indivíduos da pesquisa critérios para inclusão dos pacientes: ▫ indivíduos com infecção por P.falciparum diagnosticada por gota espessa, com menos que 100.000 parasitas/mm3 ▫ sexo masculino ▫ idade entre 18 e 60 anos ▫ não uso de drogas antimaláricas nos 7 dias precedentes à internação ▫ nenhuma evidência de complicações clínicas, tais como envolvimento renal ou cerebral ▫ consentimento pós-informado
  • 50. métodos • Extração do DNA genômico com Fenol/Clorofórmio • “Semi-Nested” PCR para a detecção de plasmódios (Kimura et al.,1997) • Real time-PCR para quantificação do DNA
  • 53. Condições da PCR otimizada para os genes do Citocromo P450 (CYP450) estudados Molécula DNA genômico µL Primers [ ]* pmol MgCl2 [ ]* mM dNTP [ ]* mM Tampão Taq polimerase [ ]* U H2 O qsp µL CYP2C19*4 3 20 1,5 2,5 1x 2 16 CYP2C19*5 3 20 1,5 2,5 1x 2 16 CYP2C19*6 3 20 1,5 2,5 1x 2 16 CYP2C19*7 3 20 1,5 2,5 1x 2 16 CYP2C19*8 3 20 1,5 2,5 1x 2 16 CYP3A1*B 3 10 1,5 10 1x 2 14
  • 54. Paciente DO 12h 48h 7d 14d 21d 28d 34d 35d 42d 44d 4MEF 9MEF 14MEF 15MEF 17MEF 18MEF 19MEF 20MEF 26MEF 27MEF 29MEF 31MEF 46MEF 48MEF 52MEF 53MEF 62MEF 67MEF 78MEF 80MEF 85MEF 87MEF 90MEF 91MEF 92MEF 93MEF 95MEF 107MEF 5MEF 6MEF 7MEF 8MEF 10MEF 11MEF 13MEF 16MEF 22MEF 23MEF 24MEF 25MEF 30MEF 33MEF 35MEF 36MEF 37MEF 38MEF 42MEF 43MEF 44MEF 45MEF 47MEF 49MEF 54MEF 55MEF 56MEF 58MEF 59MEF 60MEF 61MEF 64MEF 65MEF 66MEF 68MEF 69MEF 70MEF 71MEF 72MEF 73MEF 75MEF 76MEF 77MEF 79MEF 86MEF 88MEF 89MEF 94MEF 96MEF 97MEF 98MEF 99MEF 100MEF 101MEF 102MEF 103MEF 104MEF 105MEF 108MEF não testada PCR- PCR+
  • 55. Resultados preliminares Polimorfismos do CYP3A CYP3A*1B -392 (n=90) CYP3A*1B +268 (n=90) Genótipo A/A A/G G/G 61 (0,68) 22 (0,24) 7 (0,08) 31 (0,34) 40 (0,44) 19 (0,2) Alelo A G 144 (0,8) 36 (0,2) 102 (0,6) 78 (0,4)
  • 56. Polimorfismos CYP3A*1B -392 e tempo de clareamento da parasitemia por P. falciparum Polimorfismo CYP3A*1B -392 TCP Estatística ≤ 48h (n=63) > 48h (n=27) χ2 P OR [95% CI] Genótipo A/A A/G G/G 48 (0,76) 11 (0,17) 4 (0,06) 13 (0,5 ) 11 (0,4 ) 3 (0,1) 6,8 a 0,00 5 3.4 [1,3-8,9] Alelo A G 107 (0,85) 19 (0,15) 37 (0,7 ) 17 (0,3 ) 6,3 a 0,00 6 8.1 [1-6,5] a A/A vs A/G+G/G OR: odds ratio; CI: intervalo de confiança
  • 57. Polimorfismo CYP3A*1B -392 TCD - snPCR ≤ 7d (n=16 > 7 d (n=71) p OR [95% CI] Genótipo A/A A/G G/G 15 (0,94) 1 (0,06) 0 44 (0,62) 20 (0,28) 7 (0,10) 0,032 8,1 [1-65] Alelo A G 31 (0,97) 1 (0,03) 108 (0,76) 34 (0,24) 0,004 9,7 [1,3-74] Polimorfismos CYP3A*1B -392 e tempo de clareamento do DNA de P. falciparum
  • 58. Faculdade de Medicina da USP • Rui Rafael Durlacher • Crispim Cerutti Jr. • Filomena Walter Reed Institute • Lorin Pang IMT •Fabiana M. S. Leoratti •Thaís •Lilian de Farias INCOR •Rajendranath Ramasawn •Jorge Kalil