SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 20
SISTEMA NERVOSO VISCERAL



                     Seriviço de Neurologia e
                          Neurocirurgia
                 Dr. Carlos Frederico Rodrigues
CONCEITO

 Estruturas nervosas periféricas que se ocupam do
 comando motor para as vísceras são designadas
 Sistema Nervoso Autônomo (SNA).

 Posteriormente descobriu-se a participação do SNC
 nesse controle e a existência de fibras aferentes que
 participam do processamento de informações
 viscerais.

 Passou-se então a denominar-se Sistema Nervoso
 Visceral.
CONCEITO

 Sistema Nervoso Visceral – conjunto de estruturas
 centrais e periféricas, que se ocupam do controle do meio
 interno, em contraposição às estruturas nervosas que
 tem por função a vida de relação – Sistema nervoso
 somático.

 Sistema Nervoso: SNSomático – vias aferentes,
                    centros e vias eferentes.

                    SNVisceral – Vias aferentes, centros e
                    vias eferentes (Sistema nervoso
                    autônomo.
VIAS AFERENTES VISCERAIS

 Tem origem nos receptores: visceroceptores.


 Situam-se nas paredes das vísceras e ligam-se a
 fibras nervosas que conduzem os impulsos sensitivos
 até a medula espinhal ou ao tronco cerebral, onde
 penetram através dos nervos espinhais ou cranianos.

 Não existe diferença anatômica, portanto, entre a
 porção aferente do sistema nervoso somático e a do
 sistema nervoso visceral.
VIAS AFERENTES VISCERAIS

 Do ponto de vista funcional, podemos registrar
 alguma diferenças entre estes dois sistemas:

 A informação somática, na maioria das vezes, se
 torna consciente, as viscerais são frequentemente
 inconscientes.

 Mesmo as informações viscerais conscientes são
 difusas e mal localizadas, ao contrário da
 sensibilidade somática, que é precisa e bem
 localizada.
CENTROS NERVOSOS VISCERAIS

 As informações viscerais são processadas no SNC em
 diferentes estruturas.

 Reflexos autonômicos podem ser integrados na
 medula espinhal ou no tronco encefálico (centros
 viscerais na formação reticular e núcleo do trato
 solitário no Bulbo).

 No cérebro outras estruturas participam do controle
 visceral: o hipotálamo, áreas do sistema límbico e do
 próprio córtex cerebral.
CENTROS NERVOSOS VISCERAIS

 O destaque é o hipotálamo, uma região que se ocupa
 basicamente da regulação do meio interno e que é o
 principal centro controlador do sistema nervoso
 autônomo.

 Lembrar que a divisão entre sistema nervoso
 somático e visceral é didática. Nos diversos níveis do
 SNC encontram-se estruturas que se ocupam tanto
 da função somática quanto da função visceral.
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
               ESTRUTURA E DIVISÕES


 Porção eferente do sistema nervoso visceral envolve
 sempre dois neurônios.

 O primeiro situado na medula espinhal ou no tronco
 encefálico e o segundo situado em gânglios viscerais.

 O neurônio cujo pericário se encontra na medula
 espinhal ou no tronco encefálico e cujo axônio vai até
 o gânglio é chamado de neurônio pré-ganglionar.
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
               ESTRUTURA E DIVISÕES


 O neurônio situado no gânglio, cujo gânglio vai até a
 víscera, leva o nome de neurônio pós-ganglionar.

 Essa situação difere da porção eferente do sistema
 nervoso somático, onde o neuônio motor se ririge
 diretamente à musculatura esquelética.

 O SNA costuma ser dividido, segundo critérios
 anatômicos, químicos e fisiológicos, em duas porções
 que são o sistema nervoso simpático e o
 parassimpático.
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
               ESTRUTURA E DIVISÕES


 A primeira diferença anatômica entre simpático e
 parassimpático diz respeito à posição do neurônio
 pré-ganglionar. Os pré-ganglionares do simpático
 estão situados na medula espinhal torácica e lombar
 alta

 Os pré-ganglionares do parassimpático estão no
 tronco encefálico e no sacro.
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
               ESTRUTURA E DIVISÕES


 Os gânglios do simpático são visíveis a olho nu e se
 dispõem de cada lado da coluna vertebral em uma
 cadeia ganglionar que leva o nome de tronco
 simpático.

 Os do parassimpático são microscópicos e se situam
 na própria parede da víscera a ser inervada.

 Sendo assim, os pré-ganglionares do simpático são
 curtos e os pós longos. Os do parassimpáticos são
 longos nos pré-ganglionares e curtos no pós.
Fig 5.1
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
               ESTRUTURA E DIVISÕES


 Os neurônios pré-ganglionares tanto do simpático
 quanto do parassimpático são colinérgicos – usam a
 acetilcolina como neurotransmissor.

 Os pós-ganglionares no simpático são
 noradrenérgicos (em sua maioria) e os
 parassimpáticos colinérgicos.

 Em virtude disso, os efeitos do simpático e do
 parassimpático em uma mesma víscera são
 diferentes.
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
               ESTRUTURA E DIVISÕES


 A principal diferença fisiológica é que o simpático
 tem ação mais generalizada e predomina em
 momentos em que é importante para o organismo a
 mobilização de reservas e o gasto de energia.

 O parassimpático possui ação local e predomina em
 situações de repouso, onde ocorre restituição de
 energia.
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
               ESTRUTURA E DIVISÕES


 A ação mais generalizada do simpático se explica em
 grande parte pela sua anatomia: um único neurônio pré
 faz sinapse com vários neurônios pós. Além disso, fibras
 pré dirigem-se para a medula da glândula supra-
 renal, cujas células secretam adrenalina na corrente
 sanguínea – síndrome de emergência.

 O parassimpático atua diretamente na víscera, os
 gânglios estão na própria parede do órgão. Promove a
 salivação, liberação de suco gástrico e abertura dos
 esfíncteres, o que possibilita a utilização do alimento pelo
 ortanismo.
PRINCIPAIS AÇÕES DO SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO


ÓRGÃO                   SIMPÁTICO                  PARASSIMPÁTICO
Olho                    Midríase                   Miose
Glândulas salivares e   Pequena secreção /         Secreção abundante
lacrimais               vasoconstricção
Glândulas sudoríparas   Sudorese abundante         Sem inervação
Coração                 Taquicardia,               Bradicardia e
                        vasodilatação coronária.   vasoconstricção coronária
Brônquios               Dilatação                  Constricção
Intestinos              Diminuição da peristalse   Aumento da peristalse
Bexiga urinária         Relaxamento                Contração
Genitais masculinos     Ejaculação                 Ereção do pênis
Medula supra-renal      Agrenalina no sangue       Sem ação
Fígado                  Liberação de glicose       Pequena síntese
Músculos eretores       piloereção                 Sem inervação
O SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO

 Os neurônios pré-ganglionares situam-se na
 substância cinzenta da medula entre T1 e L2.

 A fibra pré-ganglionar sai da medula pela raiz
 anterior e chega ao tronco simpático.

 O tronco simpático é constituído por uma série de
 dilatações: gânglios paravertebrais.
O SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO

 No tronco a fibra pré estabelece contato com a pós.
 Pode ocorrer no mesmo gânglio ou em gânglios
 caudais e craniais.

 Frequentemente, a inervação visceral se faz através
 dos plexos viscerais, um emaranhado de fibras
 nervosas tanto simpáticas quanto parassimpáticas
 que terminam nas paredes viscerais.
O SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO

 Os neurônios pré-ganglionares parassimpáticos
 podem ser encontrados na medula sacral ou em
 núcleos do tronco encefálico.

 Os neurônios pré da divisão cranial dão origem a
 fibras nervosas que sairão pelos nervos cranianos
 oculomotor, facial, glossofaríngeo e vago.

 O vago irá inervar as vísceras torácicas e abdominais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

 O conhecimento da anatomia e da fisiologia do
 Snvisceral é importante não só para a compreensão
 dos processos envolvidos no controle do meio
 interno.

 Esses mecanismos, quando ativados em excesso,
 pelo estresse por exemplo, podem provocar doenças
 – IAM, úlcera péptica, asma brônquica e etc.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula 06 sistema nervoso - anatomia e fisiologia
Aula 06   sistema nervoso - anatomia e fisiologiaAula 06   sistema nervoso - anatomia e fisiologia
Aula 06 sistema nervoso - anatomia e fisiologiaHamilton Nobrega
 
Mecanismo das Sinapses
Mecanismo das SinapsesMecanismo das Sinapses
Mecanismo das SinapsesJose Carlos
 
Aula - SNA - Introdução ao Sistema Nervoso Autônomo
Aula - SNA - Introdução ao Sistema Nervoso AutônomoAula - SNA - Introdução ao Sistema Nervoso Autônomo
Aula - SNA - Introdução ao Sistema Nervoso AutônomoMauro Cunha Xavier Pinto
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 12 - hipotálamo
Medresumos 2016   neuroanatomia 12 - hipotálamoMedresumos 2016   neuroanatomia 12 - hipotálamo
Medresumos 2016 neuroanatomia 12 - hipotálamoJucie Vasconcelos
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 20 - grandes vias aferentes
Medresumos 2016   neuroanatomia 20 - grandes vias aferentesMedresumos 2016   neuroanatomia 20 - grandes vias aferentes
Medresumos 2016 neuroanatomia 20 - grandes vias aferentesJucie Vasconcelos
 
Fisiologia - Potencial de Ação no neurônio
Fisiologia - Potencial de Ação no neurônioFisiologia - Potencial de Ação no neurônio
Fisiologia - Potencial de Ação no neurônioPedro Miguel
 
Seminario de fisiologia reflexo da micção
Seminario de fisiologia reflexo da micçãoSeminario de fisiologia reflexo da micção
Seminario de fisiologia reflexo da micçãoPatrícia Oliver
 
Neurofisiologia - organização do sistema nervoso - aula 1 capítulo 1
Neurofisiologia - organização do sistema nervoso - aula 1 capítulo 1Neurofisiologia - organização do sistema nervoso - aula 1 capítulo 1
Neurofisiologia - organização do sistema nervoso - aula 1 capítulo 1Cleanto Santos Vieira
 
Sistema nervoso periférico
Sistema nervoso periféricoSistema nervoso periférico
Sistema nervoso periféricoEwerton Marinho
 
Fisiologia Humana 5 - Sistema Cardiovascular
Fisiologia Humana 5 - Sistema CardiovascularFisiologia Humana 5 - Sistema Cardiovascular
Fisiologia Humana 5 - Sistema CardiovascularHerbert Santana
 
Sistema nervoso slides
Sistema nervoso slidesSistema nervoso slides
Sistema nervoso slidesFabiano Reis
 
Fisiologia Humana 3 - Bioeletrogênese
Fisiologia Humana 3 - BioeletrogêneseFisiologia Humana 3 - Bioeletrogênese
Fisiologia Humana 3 - BioeletrogêneseHerbert Santana
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 21 - grandes vias eferentes
Medresumos 2016   neuroanatomia 21 - grandes vias eferentesMedresumos 2016   neuroanatomia 21 - grandes vias eferentes
Medresumos 2016 neuroanatomia 21 - grandes vias eferentesJucie Vasconcelos
 
Neurofisiologia - receptores sensoriais - aula 3 capítulo 3
Neurofisiologia - receptores sensoriais - aula 3 capítulo 3Neurofisiologia - receptores sensoriais - aula 3 capítulo 3
Neurofisiologia - receptores sensoriais - aula 3 capítulo 3Cleanto Santos Vieira
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 17 - formação reticular
Medresumos 2016   neuroanatomia 17 - formação reticularMedresumos 2016   neuroanatomia 17 - formação reticular
Medresumos 2016 neuroanatomia 17 - formação reticularJucie Vasconcelos
 

Mais procurados (20)

Aula 06 sistema nervoso - anatomia e fisiologia
Aula 06   sistema nervoso - anatomia e fisiologiaAula 06   sistema nervoso - anatomia e fisiologia
Aula 06 sistema nervoso - anatomia e fisiologia
 
Mecanismo das Sinapses
Mecanismo das SinapsesMecanismo das Sinapses
Mecanismo das Sinapses
 
Aula - SNA - Introdução ao Sistema Nervoso Autônomo
Aula - SNA - Introdução ao Sistema Nervoso AutônomoAula - SNA - Introdução ao Sistema Nervoso Autônomo
Aula - SNA - Introdução ao Sistema Nervoso Autônomo
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 12 - hipotálamo
Medresumos 2016   neuroanatomia 12 - hipotálamoMedresumos 2016   neuroanatomia 12 - hipotálamo
Medresumos 2016 neuroanatomia 12 - hipotálamo
 
Sensibilidade 14
Sensibilidade 14Sensibilidade 14
Sensibilidade 14
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 20 - grandes vias aferentes
Medresumos 2016   neuroanatomia 20 - grandes vias aferentesMedresumos 2016   neuroanatomia 20 - grandes vias aferentes
Medresumos 2016 neuroanatomia 20 - grandes vias aferentes
 
Anatomia do Sistema Nervoso
Anatomia do Sistema NervosoAnatomia do Sistema Nervoso
Anatomia do Sistema Nervoso
 
Fisiologia - Potencial de Ação no neurônio
Fisiologia - Potencial de Ação no neurônioFisiologia - Potencial de Ação no neurônio
Fisiologia - Potencial de Ação no neurônio
 
Sistema nervoso central
Sistema nervoso centralSistema nervoso central
Sistema nervoso central
 
Seminario de fisiologia reflexo da micção
Seminario de fisiologia reflexo da micçãoSeminario de fisiologia reflexo da micção
Seminario de fisiologia reflexo da micção
 
Tecido nervoso
Tecido nervosoTecido nervoso
Tecido nervoso
 
Neurofisiologia - organização do sistema nervoso - aula 1 capítulo 1
Neurofisiologia - organização do sistema nervoso - aula 1 capítulo 1Neurofisiologia - organização do sistema nervoso - aula 1 capítulo 1
Neurofisiologia - organização do sistema nervoso - aula 1 capítulo 1
 
Sistema nervoso periférico
Sistema nervoso periféricoSistema nervoso periférico
Sistema nervoso periférico
 
Fisiologia Humana 5 - Sistema Cardiovascular
Fisiologia Humana 5 - Sistema CardiovascularFisiologia Humana 5 - Sistema Cardiovascular
Fisiologia Humana 5 - Sistema Cardiovascular
 
Sistema nervoso slides
Sistema nervoso slidesSistema nervoso slides
Sistema nervoso slides
 
Fisiologia Humana 3 - Bioeletrogênese
Fisiologia Humana 3 - BioeletrogêneseFisiologia Humana 3 - Bioeletrogênese
Fisiologia Humana 3 - Bioeletrogênese
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 21 - grandes vias eferentes
Medresumos 2016   neuroanatomia 21 - grandes vias eferentesMedresumos 2016   neuroanatomia 21 - grandes vias eferentes
Medresumos 2016 neuroanatomia 21 - grandes vias eferentes
 
Sistema nervoso autonomo
Sistema nervoso autonomoSistema nervoso autonomo
Sistema nervoso autonomo
 
Neurofisiologia - receptores sensoriais - aula 3 capítulo 3
Neurofisiologia - receptores sensoriais - aula 3 capítulo 3Neurofisiologia - receptores sensoriais - aula 3 capítulo 3
Neurofisiologia - receptores sensoriais - aula 3 capítulo 3
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 17 - formação reticular
Medresumos 2016   neuroanatomia 17 - formação reticularMedresumos 2016   neuroanatomia 17 - formação reticular
Medresumos 2016 neuroanatomia 17 - formação reticular
 

Destaque

Sistema Visceral o autonomo
Sistema Visceral o autonomo Sistema Visceral o autonomo
Sistema Visceral o autonomo Emily AdLa
 
Sistema nervioso somatico
Sistema nervioso somaticoSistema nervioso somatico
Sistema nervioso somaticoRosa Ma Barrón
 
Fisiologia do sistema nervoso organização funcional
Fisiologia do sistema nervoso   organização funcionalFisiologia do sistema nervoso   organização funcional
Fisiologia do sistema nervoso organização funcionalRaul Tomé
 
Grandes Vias Eferentes (motoras)
Grandes Vias Eferentes (motoras)Grandes Vias Eferentes (motoras)
Grandes Vias Eferentes (motoras)Luana Guedes
 
Aula01: FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
Aula01: FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSOAula01: FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
Aula01: FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSOLeonardo Delgado
 
06 Sn Sistema Nervoso PeriféRico Tc 0809
06 Sn Sistema Nervoso PeriféRico Tc 080906 Sn Sistema Nervoso PeriféRico Tc 0809
06 Sn Sistema Nervoso PeriféRico Tc 0809Teresa Monteiro
 
SISTEMA NERVIOSO SOMATICO
SISTEMA NERVIOSO SOMATICOSISTEMA NERVIOSO SOMATICO
SISTEMA NERVIOSO SOMATICOhnnc
 
CLASE 1 - FISIOLOGIA DEL SISTEMA NERVIOSO (sensibilidad)
CLASE 1 - FISIOLOGIA  DEL SISTEMA NERVIOSO (sensibilidad)CLASE 1 - FISIOLOGIA  DEL SISTEMA NERVIOSO (sensibilidad)
CLASE 1 - FISIOLOGIA DEL SISTEMA NERVIOSO (sensibilidad)Johanna Rojas
 
Sistema nervoso
Sistema nervosoSistema nervoso
Sistema nervosoCatir
 
5. Sistema Nervoso Autônomo
5. Sistema Nervoso Autônomo5. Sistema Nervoso Autônomo
5. Sistema Nervoso AutônomoAntonio Francisco
 
Sistema Nervoso Periférico
Sistema Nervoso PeriféricoSistema Nervoso Periférico
Sistema Nervoso PeriféricoFranciscoM72
 
Sistema nervoso periferico
Sistema nervoso perifericoSistema nervoso periferico
Sistema nervoso perifericoAmanda Mazzei
 

Destaque (20)

Sistema Visceral o autonomo
Sistema Visceral o autonomo Sistema Visceral o autonomo
Sistema Visceral o autonomo
 
Sistema nervoso autônomo
Sistema nervoso autônomoSistema nervoso autônomo
Sistema nervoso autônomo
 
Sistema nervioso somatico
Sistema nervioso somaticoSistema nervioso somatico
Sistema nervioso somatico
 
Fisiologia do sistema nervoso organização funcional
Fisiologia do sistema nervoso   organização funcionalFisiologia do sistema nervoso   organização funcional
Fisiologia do sistema nervoso organização funcional
 
Grandes Vias Eferentes (motoras)
Grandes Vias Eferentes (motoras)Grandes Vias Eferentes (motoras)
Grandes Vias Eferentes (motoras)
 
Sistema nervoso autonomo
Sistema nervoso autonomoSistema nervoso autonomo
Sistema nervoso autonomo
 
Adrenergicos e colinergicos
Adrenergicos e colinergicosAdrenergicos e colinergicos
Adrenergicos e colinergicos
 
Aula01: FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
Aula01: FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSOAula01: FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
Aula01: FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
 
06 Sn Sistema Nervoso PeriféRico Tc 0809
06 Sn Sistema Nervoso PeriféRico Tc 080906 Sn Sistema Nervoso PeriféRico Tc 0809
06 Sn Sistema Nervoso PeriféRico Tc 0809
 
SISTEMA NERVIOSO SOMATICO
SISTEMA NERVIOSO SOMATICOSISTEMA NERVIOSO SOMATICO
SISTEMA NERVIOSO SOMATICO
 
CLASE 1 - FISIOLOGIA DEL SISTEMA NERVIOSO (sensibilidad)
CLASE 1 - FISIOLOGIA  DEL SISTEMA NERVIOSO (sensibilidad)CLASE 1 - FISIOLOGIA  DEL SISTEMA NERVIOSO (sensibilidad)
CLASE 1 - FISIOLOGIA DEL SISTEMA NERVIOSO (sensibilidad)
 
Sistema nervioso autonomo
Sistema nervioso autonomoSistema nervioso autonomo
Sistema nervioso autonomo
 
Autonomo
AutonomoAutonomo
Autonomo
 
Sistema nervoso
Sistema nervosoSistema nervoso
Sistema nervoso
 
5. Sistema Nervoso Autônomo
5. Sistema Nervoso Autônomo5. Sistema Nervoso Autônomo
5. Sistema Nervoso Autônomo
 
Sistema Nervoso Periférico
Sistema Nervoso PeriféricoSistema Nervoso Periférico
Sistema Nervoso Periférico
 
Sistema nervoso periferico
Sistema nervoso perifericoSistema nervoso periferico
Sistema nervoso periferico
 
Aula Anatomia
Aula AnatomiaAula Anatomia
Aula Anatomia
 
Sistema Nervoso
Sistema NervosoSistema Nervoso
Sistema Nervoso
 
SISTEMA NERVIOSO PERIFERICO
SISTEMA NERVIOSO PERIFERICOSISTEMA NERVIOSO PERIFERICO
SISTEMA NERVIOSO PERIFERICO
 

Semelhante a Sistema Nervoso Visceral - SN autônomo e controle das vísceras

Semelhante a Sistema Nervoso Visceral - SN autônomo e controle das vísceras (20)

Sistema nervoso autônomo
Sistema nervoso autônomo Sistema nervoso autônomo
Sistema nervoso autônomo
 
Filogenese do Sistema Nervoso
Filogenese do Sistema NervosoFilogenese do Sistema Nervoso
Filogenese do Sistema Nervoso
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 19 - sistema nervoso autônomo
Medresumos 2016   neuroanatomia 19 - sistema nervoso autônomoMedresumos 2016   neuroanatomia 19 - sistema nervoso autônomo
Medresumos 2016 neuroanatomia 19 - sistema nervoso autônomo
 
Introdução a Neuroanatomia e Neurofisiologia
Introdução a Neuroanatomia e NeurofisiologiaIntrodução a Neuroanatomia e Neurofisiologia
Introdução a Neuroanatomia e Neurofisiologia
 
693153
693153693153
693153
 
Sistema nervoso autônomo
Sistema nervoso autônomoSistema nervoso autônomo
Sistema nervoso autônomo
 
Sistema nervoso
Sistema nervosoSistema nervoso
Sistema nervoso
 
06 sistema nervoso central-snc
06 sistema nervoso central-snc06 sistema nervoso central-snc
06 sistema nervoso central-snc
 
Anat sist nervoso
Anat sist nervosoAnat sist nervoso
Anat sist nervoso
 
Sna enfermagem
Sna  enfermagemSna  enfermagem
Sna enfermagem
 
Sna enfermagem
Sna  enfermagemSna  enfermagem
Sna enfermagem
 
Sistema nervoso autnomo aula
Sistema nervoso autnomo aulaSistema nervoso autnomo aula
Sistema nervoso autnomo aula
 
Tecido nervoso
Tecido nervosoTecido nervoso
Tecido nervoso
 
Sistema neurohormonal
Sistema neurohormonalSistema neurohormonal
Sistema neurohormonal
 
Sistema nervoso
Sistema nervosoSistema nervoso
Sistema nervoso
 
Sistemanervoso 120618081852-phpapp01
Sistemanervoso 120618081852-phpapp01Sistemanervoso 120618081852-phpapp01
Sistemanervoso 120618081852-phpapp01
 
11 ¬ aula slides sistema nervoso
11 ¬ aula slides sistema nervoso11 ¬ aula slides sistema nervoso
11 ¬ aula slides sistema nervoso
 
Sistema nervoso
Sistema nervosoSistema nervoso
Sistema nervoso
 
Impulso Nervoso
Impulso NervosoImpulso Nervoso
Impulso Nervoso
 
Aula 20 sistema nervoso
Aula 20   sistema nervosoAula 20   sistema nervoso
Aula 20 sistema nervoso
 

Mais de Carlos Frederico Almeida Rodrigues

Traumatismo craniano – classificação e epidemiologia regional
Traumatismo craniano – classificação e epidemiologia regionalTraumatismo craniano – classificação e epidemiologia regional
Traumatismo craniano – classificação e epidemiologia regionalCarlos Frederico Almeida Rodrigues
 
Análise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica pato
Análise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica patoAnálise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica pato
Análise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica patoCarlos Frederico Almeida Rodrigues
 

Mais de Carlos Frederico Almeida Rodrigues (20)

Hemorragia periventricular
Hemorragia periventricularHemorragia periventricular
Hemorragia periventricular
 
Cefaleia na emergência
Cefaleia na emergênciaCefaleia na emergência
Cefaleia na emergência
 
Transtornos do aprendizado
Transtornos do aprendizadoTranstornos do aprendizado
Transtornos do aprendizado
 
Disrafismos e hidrocefalias
Disrafismos e hidrocefaliasDisrafismos e hidrocefalias
Disrafismos e hidrocefalias
 
Neurofisiologia
NeurofisiologiaNeurofisiologia
Neurofisiologia
 
Líquido cefalorraquidiano
Líquido cefalorraquidianoLíquido cefalorraquidiano
Líquido cefalorraquidiano
 
Diagnósticos desafiadores - COMA
Diagnósticos desafiadores - COMADiagnósticos desafiadores - COMA
Diagnósticos desafiadores - COMA
 
Neurocirurgia
NeurocirurgiaNeurocirurgia
Neurocirurgia
 
Princípios das cirurgias dos tumores supratentoriais
Princípios das cirurgias dos tumores supratentoriaisPrincípios das cirurgias dos tumores supratentoriais
Princípios das cirurgias dos tumores supratentoriais
 
Quando encaminhar para um neurologista
Quando encaminhar para um neurologistaQuando encaminhar para um neurologista
Quando encaminhar para um neurologista
 
Acidente vascular encefálico
Acidente vascular encefálicoAcidente vascular encefálico
Acidente vascular encefálico
 
Traumatismo craniano – classificação e epidemiologia regional
Traumatismo craniano – classificação e epidemiologia regionalTraumatismo craniano – classificação e epidemiologia regional
Traumatismo craniano – classificação e epidemiologia regional
 
A relação médico paciente na era da informatização (1)
A relação médico paciente na era da informatização (1)A relação médico paciente na era da informatização (1)
A relação médico paciente na era da informatização (1)
 
Ataxia e ..
Ataxia e ..Ataxia e ..
Ataxia e ..
 
Apresentação sist. límbico (1)
Apresentação sist. límbico (1)Apresentação sist. límbico (1)
Apresentação sist. límbico (1)
 
Sistema Límbico: uma abordagem neuroanatômica e funcional.
Sistema Límbico: uma abordagem neuroanatômica e funcional.Sistema Límbico: uma abordagem neuroanatômica e funcional.
Sistema Límbico: uma abordagem neuroanatômica e funcional.
 
Análise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica pato
Análise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica patoAnálise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica pato
Análise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica pato
 
Toc
TocToc
Toc
 
Uno cc febril
Uno   cc febrilUno   cc febril
Uno cc febril
 
Lesões+do..
Lesões+do..Lesões+do..
Lesões+do..
 

Sistema Nervoso Visceral - SN autônomo e controle das vísceras

  • 1. SISTEMA NERVOSO VISCERAL Seriviço de Neurologia e Neurocirurgia Dr. Carlos Frederico Rodrigues
  • 2. CONCEITO  Estruturas nervosas periféricas que se ocupam do comando motor para as vísceras são designadas Sistema Nervoso Autônomo (SNA).  Posteriormente descobriu-se a participação do SNC nesse controle e a existência de fibras aferentes que participam do processamento de informações viscerais.  Passou-se então a denominar-se Sistema Nervoso Visceral.
  • 3. CONCEITO  Sistema Nervoso Visceral – conjunto de estruturas centrais e periféricas, que se ocupam do controle do meio interno, em contraposição às estruturas nervosas que tem por função a vida de relação – Sistema nervoso somático.  Sistema Nervoso: SNSomático – vias aferentes, centros e vias eferentes. SNVisceral – Vias aferentes, centros e vias eferentes (Sistema nervoso autônomo.
  • 4. VIAS AFERENTES VISCERAIS  Tem origem nos receptores: visceroceptores.  Situam-se nas paredes das vísceras e ligam-se a fibras nervosas que conduzem os impulsos sensitivos até a medula espinhal ou ao tronco cerebral, onde penetram através dos nervos espinhais ou cranianos.  Não existe diferença anatômica, portanto, entre a porção aferente do sistema nervoso somático e a do sistema nervoso visceral.
  • 5. VIAS AFERENTES VISCERAIS  Do ponto de vista funcional, podemos registrar alguma diferenças entre estes dois sistemas:  A informação somática, na maioria das vezes, se torna consciente, as viscerais são frequentemente inconscientes.  Mesmo as informações viscerais conscientes são difusas e mal localizadas, ao contrário da sensibilidade somática, que é precisa e bem localizada.
  • 6. CENTROS NERVOSOS VISCERAIS  As informações viscerais são processadas no SNC em diferentes estruturas.  Reflexos autonômicos podem ser integrados na medula espinhal ou no tronco encefálico (centros viscerais na formação reticular e núcleo do trato solitário no Bulbo).  No cérebro outras estruturas participam do controle visceral: o hipotálamo, áreas do sistema límbico e do próprio córtex cerebral.
  • 7. CENTROS NERVOSOS VISCERAIS  O destaque é o hipotálamo, uma região que se ocupa basicamente da regulação do meio interno e que é o principal centro controlador do sistema nervoso autônomo.  Lembrar que a divisão entre sistema nervoso somático e visceral é didática. Nos diversos níveis do SNC encontram-se estruturas que se ocupam tanto da função somática quanto da função visceral.
  • 8. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO ESTRUTURA E DIVISÕES  Porção eferente do sistema nervoso visceral envolve sempre dois neurônios.  O primeiro situado na medula espinhal ou no tronco encefálico e o segundo situado em gânglios viscerais.  O neurônio cujo pericário se encontra na medula espinhal ou no tronco encefálico e cujo axônio vai até o gânglio é chamado de neurônio pré-ganglionar.
  • 9. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO ESTRUTURA E DIVISÕES  O neurônio situado no gânglio, cujo gânglio vai até a víscera, leva o nome de neurônio pós-ganglionar.  Essa situação difere da porção eferente do sistema nervoso somático, onde o neuônio motor se ririge diretamente à musculatura esquelética.  O SNA costuma ser dividido, segundo critérios anatômicos, químicos e fisiológicos, em duas porções que são o sistema nervoso simpático e o parassimpático.
  • 10. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO ESTRUTURA E DIVISÕES  A primeira diferença anatômica entre simpático e parassimpático diz respeito à posição do neurônio pré-ganglionar. Os pré-ganglionares do simpático estão situados na medula espinhal torácica e lombar alta  Os pré-ganglionares do parassimpático estão no tronco encefálico e no sacro.
  • 11. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO ESTRUTURA E DIVISÕES  Os gânglios do simpático são visíveis a olho nu e se dispõem de cada lado da coluna vertebral em uma cadeia ganglionar que leva o nome de tronco simpático.  Os do parassimpático são microscópicos e se situam na própria parede da víscera a ser inervada.  Sendo assim, os pré-ganglionares do simpático são curtos e os pós longos. Os do parassimpáticos são longos nos pré-ganglionares e curtos no pós.
  • 13. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO ESTRUTURA E DIVISÕES  Os neurônios pré-ganglionares tanto do simpático quanto do parassimpático são colinérgicos – usam a acetilcolina como neurotransmissor.  Os pós-ganglionares no simpático são noradrenérgicos (em sua maioria) e os parassimpáticos colinérgicos.  Em virtude disso, os efeitos do simpático e do parassimpático em uma mesma víscera são diferentes.
  • 14. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO ESTRUTURA E DIVISÕES  A principal diferença fisiológica é que o simpático tem ação mais generalizada e predomina em momentos em que é importante para o organismo a mobilização de reservas e o gasto de energia.  O parassimpático possui ação local e predomina em situações de repouso, onde ocorre restituição de energia.
  • 15. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO ESTRUTURA E DIVISÕES  A ação mais generalizada do simpático se explica em grande parte pela sua anatomia: um único neurônio pré faz sinapse com vários neurônios pós. Além disso, fibras pré dirigem-se para a medula da glândula supra- renal, cujas células secretam adrenalina na corrente sanguínea – síndrome de emergência.  O parassimpático atua diretamente na víscera, os gânglios estão na própria parede do órgão. Promove a salivação, liberação de suco gástrico e abertura dos esfíncteres, o que possibilita a utilização do alimento pelo ortanismo.
  • 16. PRINCIPAIS AÇÕES DO SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO ÓRGÃO SIMPÁTICO PARASSIMPÁTICO Olho Midríase Miose Glândulas salivares e Pequena secreção / Secreção abundante lacrimais vasoconstricção Glândulas sudoríparas Sudorese abundante Sem inervação Coração Taquicardia, Bradicardia e vasodilatação coronária. vasoconstricção coronária Brônquios Dilatação Constricção Intestinos Diminuição da peristalse Aumento da peristalse Bexiga urinária Relaxamento Contração Genitais masculinos Ejaculação Ereção do pênis Medula supra-renal Agrenalina no sangue Sem ação Fígado Liberação de glicose Pequena síntese Músculos eretores piloereção Sem inervação
  • 17. O SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO  Os neurônios pré-ganglionares situam-se na substância cinzenta da medula entre T1 e L2.  A fibra pré-ganglionar sai da medula pela raiz anterior e chega ao tronco simpático.  O tronco simpático é constituído por uma série de dilatações: gânglios paravertebrais.
  • 18. O SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO  No tronco a fibra pré estabelece contato com a pós. Pode ocorrer no mesmo gânglio ou em gânglios caudais e craniais.  Frequentemente, a inervação visceral se faz através dos plexos viscerais, um emaranhado de fibras nervosas tanto simpáticas quanto parassimpáticas que terminam nas paredes viscerais.
  • 19. O SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO  Os neurônios pré-ganglionares parassimpáticos podem ser encontrados na medula sacral ou em núcleos do tronco encefálico.  Os neurônios pré da divisão cranial dão origem a fibras nervosas que sairão pelos nervos cranianos oculomotor, facial, glossofaríngeo e vago.  O vago irá inervar as vísceras torácicas e abdominais.
  • 20. CONSIDERAÇÕES FINAIS  O conhecimento da anatomia e da fisiologia do Snvisceral é importante não só para a compreensão dos processos envolvidos no controle do meio interno.  Esses mecanismos, quando ativados em excesso, pelo estresse por exemplo, podem provocar doenças – IAM, úlcera péptica, asma brônquica e etc.