2. CONCEITO
A porção do sistema nervoso que controla as funções
viscerais do organismo.
Atua no controle da pressão arterial, a motilidade e a
secreção gastrintestinais , o esvaziamento da bexiga,
a sudorese, a temperatura corporal;
A porção central SNA localiza-se: Hipotálamo, no
tronco cerebral e na medula espinhal.
3. CONCEITO
Do ponto de vista funcional, pode-se dividir o Sistema
Nervoso em SN Somático e SN Visceral.
O SN Somático é também denominado SN da vida
de relação ou seja, que relaciona o organismo com o
meio.
Parte aferente SN somático = periferia para centro.
Parte eferente SN somático = centro para periferia.
4. CONCEITO
SN Visceral, ou sistema da vida vegetativa relaciona-se
com a inervação das estruturas viscerais.
Importante para a integração das atividades viscerais para
o controle da manutenção interna (homeostase).
Parte aferente = das vísceras para os centros superiores.
Parte eferente = dos centros para estruturas viscerais,
terminando em glândulas, músculo liso ou músculo
cardíaco.
5. CONCEITO
Por definição, denomina-se sistema nervoso
autônomo apenas o componente eferente do
sistema nervoso visceral.
Por sua vez o sistema nervoso visceral divide-se em:
Sistema nervoso simpático;
Sistema nervoso parassimpático.
6. DIVISÃO DO SISTEMA VISCERAL
SN VISCERAL
AFERENTE
EFERENTE
SN AUTÔNOMO
Simpático
Parassimpático
7. SN VISCERAL AFERENTE
Conduzem impulsos nervosos originados em
receptores situados nas vísceras (visceroceptores).
Os impulsos nervosos aferentes viscerais, antes de
penetrarem no SN central, passam por gânglios
sensitivos.
No caso dos impulsos que penetram pelos nervos
espinhais estes gânglios são os gânglios espinhais,
não havendo pois gânglios diferentes para fibras
viscerais e somáticas.
8. Ao contrário das fibras que se originam em receptores
somáticos, grande parte das fibras viscerais conduz
impulsos que não se tornam conscientes.
Exemplo:
Informação sobre a pressão arterial e o teor de CO2 do
sangue, sem que nós possamos percebê-los.
9. Contudo muitos impulsos tornam-se conscientes
manifestando-se sob a forma de sensações de sede,
fome, plenitude gástrica ou em condições patológicas,
dor.
A sensibilidade visceral difere da somática
principalmente por ser mais difusa, não permitindo
uma localização mais precisa.
Por outro lado, estímulos que determinam dor
somática são diferentes dos que determinam dor
visceral. A secção da pele é dolorosa mas a de uma
víscera não é.
10. A distensão de uma víscera, como uma alça
intestinal é muito dolorosa, o que não acontece
com a pele.
Considerando-se que a dor é um sinal de alarme,
estímulo adequado para provocar dor em uma
região é aquele que mais usualmente é capaz de
lesar esta região.
11. DIFERENÇAS ENTRE SN SOMÁTICO EFERENTE E
SN VISCERAL EFERENTE (AUTÔNOMO)
Impulsos que seguem pelo SN somático eferente
terminam em músculo estriado esquelético, enquanto
os que seguem pelo SN autônomo terminam em
músculo estriado cardíaco, músculo liso ou glândula.
Assim, o SN somático é VOLUNTÁRIO enquanto os
SN autônomo e INVOLUNTÁRIO.
12. Do ponto de vista anatômico uma diferença muito
importante diz respeito ao número de neurônios que
ligam o Sistema nervoso central ao órgão efetuador:
SN somático = 1 neurônio (neurônio motor somático)
SN visceral = 2 neurônios (1 deles tem seu corpo
dentro do SNC e o outro no sistema nervoso
periférico).
13. Corpos de neurônios fora do sistema nervoso
central tendem-se a se agrupar formando
dilatações denominadas gânglios.
Assim, os nerônios do SN autônomo cujos corpos
dos neurônios estão localizados fora do sistema
nervoso central localizam-se em gânglios e são
denominados neurônios pós-ganglionares.
Os que tem seu corpo localizados dentro do SNC
são denominados neurônios pré-ganglionares.
14.
15. Vale lembrar que nos SN somático eferente as
fibras terminam em placa motora o que não existe
nos SN autônomo.
16. ORGANIZAÇÃO GERAL DO SISTEMA NERVOSO
AUTÔNOMO
Neurônios pre e pós-ganglionares são elementos
fundamentais na organização da parte periférica do
SN autônomo.
Os corpos dos neurônios pré-ganglionares
localizam-se na medula ou no tronco encefálico.
No tronco encefálico eles se agrupam formando os
núcleos de alguns nervos cranianos como o nervo
vago.
17. Na medula eles ocorrem do 1º ao 12º segmentos
torácicos (T1 até T12), nos dois primeiros
segmentos lombares (L1 e L2), e nos segmentos
S2, S3 e S4 da medula sacral.
Na porção tóraco-lombar (T1 a T12), os neurônios
pré-ganglionares se agrupam formando uma
coluna muito evidente denominada coluna lateral,
situadas entre as colunas anterior e posterior da
medula.
18.
19. O axônio do neurônio pré-ganglionar, constitui a
chamada fibra pré-ganglionar, assim denominada por
estar situada antes de um gânglio, onde termina
fazendo sinapse com o neurônio pós-ganglionar.
20. As fibras pós-ganglionares terminam nas vísceras em
contato com glândulas, músculo liso ou músculo
cardíaco.
Convém lembrar que existem áreas no telencéfalo e
no diencéfalo que regulam as funções viscerais,
sendo as mais importantes o hipotálamo e o chamado
sistema límbico.*
*Estas áreas estão relacionadas também com certos tipos de comportamento,
especialmente com o comportamento emocional
21. Impulsos gerados nessas áreas superiores são levados
por fibras especiais que terminam fazendo sinapse com
os neurônios pré-ganglionares do tronco encefálico e da
medula espinhal.
22. Por esse mecanismo, o SN central influencia o
funcionamento das vísceras.
A existências destas conexões entre as áreas
cerebrais relacionadas com o comportamento
emocional e os neurônios pré-ganglionares do SN
autônomo ajuda a entender as alterações do
funcionamento visceral que geralmente
acompanham os graves distúrbios emocionais.
23. DIFERENÇAS ENTRE O SN SIMPÁTICO E
PARASSIMPÁTICO
O sistema nervoso autônomo divide-se em:
Sistema nervoso simpático;
Sistema nervoso parassimpático.
Esses dois sistemas diferem nos critérios
anatômicos, farmacológicos e fisiológicos.
24. DIFERENÇAS ANATÔMICAS
a) posição dos neurônios pré-ganglionares:
SN simpático os neurônios pré-ganglionares
localizam-se na medula torácica e lombar (entre T1 e
L2). Diz-se pois, que o SN simpático é tóraco-lombar.
No SN parassimpático eles se localizam no tronco
encefálico (dentro do crânio) e na medula sacral (S2,
S3 e S4). Diz-se pois, que o SN parassimpático é
crânio-sacral.
25. b) posição dos neurônios pós-ganglionares:
No simpático, os neurônios pós-ganglionares
localizam-se longe das vísceras e próximo a coluna
vertebral.
No parassimpático, os neurônio pós-ganglionares
localizam-se próximo ou dentro das vísceras.
26. c) tamanho das fibras pré e pós-ganglionares:
Em consequencia da posição dos gânglios, o
tamanho das fibras pré e pós-ganglionares são
diferentes nos dois sistemas.
No simpático a fibra pré é curta e a pós longa.
No parassimpático a fibra pré é longa e a pós é
curta.
27.
28. DIFERENÇAS FARMACOLÓGICAS
Dizem respeito a ação de drogas;
Sabemos que a ação da fibra nervosa sobre o órgão
efetuador (músculo ou glândula) se faz por meio da
liberação de um mediador químico, dos quais os mais
importantes são a acetilcolina e a noradrenalina.
As fibras que liberam acetilcolina são chamadas de
colinérgicas e as que liberam noradrenalina de
adrenérgicas.
29. Os sistemas simpático e parassimpático diferem no
que se refere à disposição das fibras adrenérgicas
e colinérgicas:
As fibras pré-ganglionares tanto no simpático como
parassimpáticas e as fibras pós-ganglionares
parassimpáticas são colinérgicas.
Contudo, a grande maioria das fibras pós-
ganglionares do simpático é adrenérgica.
31. DIFERENÇAS FISIOLÓGICAS
De modo geral, o sistema nervoso simpático tem
ação antagônica ao parassimpático em um
determinado órgão.
Estão afirmação não é válida em todo os órgãos.
Nas glândulas salivares os dois sistemas aumentama
secreção salivar.
Melhor seria dizer que os dois sistemas agem de
forma sinérgica ou seja em harmonia.
32. Uma das diferenças fisiológicas entre o simpático e
o parassimpático é que este tem ações sempre
localizadas a um órgão ou setor do organismo,
enquanto as ações do simpático tendem a ser
difusas, atingindo vários órgãos.
A base anatômica desta diferença reside no fato de
que os gânglios do parassimpático estando
próximo das vísceras faz com que o território de
distribuição das fibras pós-ganglionares seja
necessariamente restrito.
No simpático, os gânglios estão longe das vísceras
e uma fibra pré faz contato com um grande número
de fibras pós-ganglionares e que se distribuem a
territórios consideravelmente maiores.
33. Temos assim uma reação de alarma que ocorrem
em certas manifestações emocionais e situações
de emergência (síndrome de Cannon), em que o
indivíduo deve estar preparado para fugir ou lutar.