2. HISTÓRICO
1816 – Balfur havia descrito sobre formações nodulares cutâneas;
1892 – Derum descreveu a síndrome “adiposidade dolorosa”;
1904 – Stokman fala em paniculose;
1908 – Wetterwald relacionou alterações ginecológicas c/ a pele
em “casca de laranja”;
1920 – Alquin e Paviot originou o termo celulite;
1929 – Lasegue descreveu a doença como afecção da hipoderme
caracterizada por edema intersticial associado ao ↑ de gordura;
1966 – Bassas Grau – Hiperpolimerização da SFA;
2000 – livro “La Celutitis”.
4. DEFINIÇÃO
“Desordem localizada que afeta o tecido dérmico e
subcutâneo com alterações vasculares e lipodistrofia
com resposta esclerosante, que resulta no inestético
aspecto macroscópico.”
(Elaine Guirro)
“Uma patologia multifatorial, que resulta na
degeneração do tecido adiposo, passando pelas fases de
alteração da matriz intersticial, estase microcirculatória e
hipertrofia dos adipócitos, com evolução para fibrose
cicatricial.”
(Leonora Medeiros)
7. ASPECTOS HISTOPATOLÓGICOS
ESTÁGIOS DE EVOLUÇÃO (Guirro, 2004)
ALTERAÇÃO ESFINCTERIANA ARTERIOLAR PRÉ-CAPILAR
Transudação e edema
pericapilar e interadipocitário
Edema dificulta trocas
metabólicas
Formação de Vacúolos
Pluricelulares dos adipósitos
q/ sofrem laceração
Formação de
micronódulos
Esclerose das
traves conjuntivas
Formação de
macronódulos
FIBRO EDEMA
GELÓIDE
8. ASPECTOS HISTOPATOLÓGICOS
ESTÁGIOS DE EVOLUÇÃO (KEDE, 2004)
ALTERAÇÕES BIOQUÍMICAS NA MATRIZ INTERSTICIAL
↑ Viscosidade da matriz
Má condução de água +
Macromoléculas
Edema local
Compressão de
pequenos vasos
Sofrimento do
adipócito
Fibrose da matriz
intersticial
FIBRO EDEMA
GELÓIDE
Micro e
Macronódulos
10. ETIOLOGIA
FATOR HORMONAL (Hiperestrogenismo)
Matriz intersticial - estimula a proliferação de
fibroblastos e altera o TURNOVER;
Adipócitos - ↑ a resposta aos receptores alfa-
adrenérgicos (antilipolíticos e estimulam a LPL);
Microcirculação - ↑ permeabilidade capilar (edema)
+ ↓ tônus vascular (lipogênese).
12. ETIOLOGIA
DIETA
↑ Açúcar e Gordura → hiperinsulinemia e
lipogênese;
Sal → retenção hídrica;
↓ Água e Fibras → estase venosa;
Álcool → lipogênese;
Café → PODE SER benéfico*.
14. ETIOLOGIA
DISTÚRBIOS CIRCULATÓRIOS
Vege e col. afirma: “ a proporção do
fluxo sanguíneo e linfático através do tecido
adiposo é inversamente proporcional a seu
incremento”.
15. CLASSIFICAÇÃO - EVOLUÇÃO
GRAU I
Não visível à inspeção.
Percebido pela
compressão do tecido
entre os dedos ou da
contração muscular
voluntária.
S/ dor.
Sempre curável.
16. CLASSIFICAÇÃO - EVOLUÇÃO
GRAU II
Depressões visíveis
mesmo sem compressão
dos tecidos;
Ao mudar de posição,
desaparece;
Pode ter dor;
Provavelmente curável.
17. CLASSIFICAÇÃO - EVOLUÇÃO
GRAU III
Observado em qualquer
posição;
Aspecto de “casca de
laranja”, “saco de nozes”;
Dor ↑;
Incurável
18. FORMAS CLÍNICAS
DURA
- Ausência de mobilidade tecidual;
- Encontrado em jovens;
- O aspecto “casca de laranja”
aparece ao beliscar a pele e
não muda de acordo com a
posição;
- Pior prognóstico.
19. FORMAS CLÍNICAS
FLÁCIDA
- Sedentários a partir da 3ª década;
- Flacidez associada;
- Aparência muda conforme
posição;
- Melhor Prognóstico.
20. FORMAS CLÍNICAS
EDEMATOSA
- Comum em mulheres jovens q/ tomam a.a.
- Associado a edema tecidual;
- Sinal “casca de laranja” é precoce;
- Consistência variável;
- + freqüente em MMII.
MISTA → associação de mais de um tipo.
21. AVALIAÇÃO DO FEG
INSPEÇÃO (Paciente em ortostase)
- Coloração tecidual;
- Telangectasias;
- Varizes;
- Equimoses;
- Estrias;
- Deformação da pele;
- Hiperceratose folicular.
22. AVALIAÇÃO DO FEG
PALPAÇÃO
A palpação deve ser feita por pinçamento,
palpação profunda, pressão deslizante ou
palpação deslizante com movimentos de
rolamento. (CIPORKIN e PASCHOAL, 1992)
- Tonicidade;
- Dor a palpação;
- Presença de nódulos;
- Aderências;
- ↑ volume e consistência do tecido subcutâneo.
23. AVALIAÇÃO DO FEG
IDENTIFICAÇÃO DO FEG - TÉTRADE
DE RICOUX
1. ↑ espessura do tecido celular subcutâneo;
2. > consistência tecidual;
3. > sensibilidade à dor;
4. ↓ da mobilidade por aderência aos planos
profundos.
31. TRATAMENTO CLÍNICO
MEIAS ELÁSTICAS
- Quando associado a
patologias venosas e
linfáticas.
MEDICAMENTOS
- Oral;
- Intradérmica (Mesoterapia);
- Tópica.
32. TRATAMENTO CIRÚRGICO
1. Lipoaspiração Superficial – com rompimento
de bandas fibrosas e liberação de gordura
projetada;
2. SUBCISÃO (Subcision) – interfere na junção
dermo-epidérmica deslocando as fibras de alto
teor fibrótico.
33. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL
- Não fazer técnica isolada;
- Mais eficaz no FEG grau 1;
- Eficaz em casos de estase sanguínea e linfática;
- Realizar no local do problema.
35. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
MASSAGEM
- Não deve ser utilizado como único recurso;
- Intermitente;
- Deve provocar analgesia / incremento da
circulação;
- Massagem vigorosa piora o quadro;
- Massagem Wetterwald
- Massagem Clássica
36. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
ENDERMOLOGIA
- EFEITO: Aspiração + Compressão + Rotação
- PRINCÍPIO: Massagem mecânico-assistida.
- Incremento na circulação linfática ? ? ?
- Incremento na circulação sanguínea;
- Eficaz no tratamento de cicatrizes e aderências;
- Produz mobilização profunda da pele e tela subcutânea;
- Melhora a maleabilidade do tecido.
39. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
ENDERMOLOGIA
CUIDADOS E CONTRA-INDICAÇÕES:
- Marca Passos Cardíacos;
- Pacientes Cardíacos;
- Não estimular sobre seios carotídeos;
- Pessoas com fragilidade capilar;
- Pessoas com sensibilidade cutânea;
- Pessoas com tumores;
- Aspirações muito potentes;
- Terapia por tempo muito prolongado;
40. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
ULTRA SOM – 3 MHz
As ondas ultra-sônicas são geradas por
transdutores, que convertem a energia elétrica em
mecânica, os quais são feitos por materiais
piezoelétricos;
• Freqüências acima de 20.000 Hz;
41. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
ULTRA SOM – 3 MHz
• Auxílio na penetração de drogas ativas (fonoforese);
• Neovascularização, provocando ↑ da circulação;
• Melhora da maleabilidade do tecido;
• ↑ da temp. - ↑ da extensibilidade das fibras colágenas;
• Promove atrito nos complexos celulares, moleculares
(micromassagem);
• Ação tixotrópica;
• APLICAÇÃO - US contínuo 3MHz, 0,3 a 1,8 W/cm2, 1 a
2 min por área correspondente ao tamanho do cabeçote;
42. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
ULTRA SOM – 3 MHz
CUIDADOS E CONTRA-INDICAÇÕES
• Processo infeccioso;
• Neoplasia;
• Útero gravídico;
• Área cardíaca, dos olhos, gônadas;
• Implante metálico;
• Áreas anestésicas.
43. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
ESTIMULAÇÃO RUSSA
• Corrente de 2.500Hz;
• Modulada a 50Hz;
• Duração Pulso (50 – 250 µseg);
• Fase (25 – 125 µseg);
• Indicação no FEG flácido: ↑ trofismo muscular e
↑ circulação sanguínea.
• Sensação agradável.
45. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
BANDAGEM FRIA
• ↓ o metabolismo tecidual;
• ↓ a circulação arterial
• Questionável ? ? ?
Segundo Lewis, há uma vasodilatação
induzida pelo frio que gera ↑ do
metabolismo.