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SITUAÇÕES DESAFIADORAS
   FERIDAS COMPLEXAS

 LESÕES CUTÂNEAS NA
     HANSENÍASE

         MÔNICA ANTAR GAMBA

        Profª adjunta EPE-UNIFESP
•     Hanseníase é uma das maiores
    preocupações da Saúde Pública;
•   Doença dermato neurológica, infecto
    contagiosa de baixa virulência e alta
    patogenicidade;
•   Formas clínicas: Paucibacilar
    Indeterminada e Tuberculóide
•   Multibacilar: Dimorfa e Virchowiana
•   Condições sócio-econômicas X hábitos
    pessoais
Magnitude

• Aumento da proporção entre menores
  de 14 anos (75 casos novos em SP) e
  2063 casos em indivíduos com 15
  anos ou mais; coeficiente de detecção
  geral de 5,21 e 2855
• Presença de incapacidades físicas
  moderadas/graves em 9% dos casos
  no momento do diagnóstico;
• Altas taxas de recidivas (Ferreira e
  cols 2010)
Estigma          Exclusão
  Hanseníase
                                      Social




Complicações
   Neuro-        Deformidades
dermatológicas


                                Incapacidades
                                    Físicas
INDETERMINADA      TUBERCULÓIDE

                           Placas
                     eritematosas, bem
                     delineadas; hipo ou
                       anestésica; com
                      comprometimento
                          de nervos.



 Áreas hipo ou
  anestésica;
 hipocrônicas ou
  avermelhadas
DIMORFA
                   Eritema infiltrado e
                      de bordas mal
                  definidas; tubérculos   VIRCHOWIANA
                        e nódulos;
                  madarose; lesões de
     Lesões          mucosas; com
                       alteração de
  eritematosas        sensibilidade
 planas com o
  centro claro,
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com alteração
       de
sensibilidade.
        É
 transmissível.
RISCO DE ULCERAÇÃO OCULAR
Lesão do nervo ulnar
  hiperflexão dos 4‫ ﻆ‬e 5
       pododáctilos
Nervo mediano dificuldade
 na oponência do polegar
Skin ulcers in leprosy: clinical and epidemiological characteristics of
patients* Fernanda Guzzo Gomes 1 Marco Andrey Cipriani Frade2;
Norma Tiraboshi Foss 3


A hanseníase é uma doença de evolução crônica cuja lesão nervosa determina alterações
sensitivas e motoras, levando à instalação de deformidades assim como as úlceras
cutâneas.
OBJETIVO: Perfil epidemiológico dos hansenianos ulcerados e não ulcerados atendidos no
Hospital das Clínicas de Ribeirão.
MÉTODO- Estudo transversal de 79 hansenianos atendidos em 2003 e 2004 junto ao
Arquivo Médico, separando-os em Grupo 1 (ulcerados) e Grupo 2 (não ulcerados),
caracterizando-os clínico-epidemiologicamente.
RESULTADOS: 69,6% eram do sexo masculino, 91,1% brancos e baciloscopia
positiva em 62%. Destes, 25 (32%) pacientes apresentaram ulcerações (Grupo 1)
localizadas nos membros inferiores em 68% dos casos, classificados como grau II de
incapacidade (72%), diferente em relação ao grupo 2 (p<0,01). Na classificação espectral da
hanseníase, comparando os pares de grupos observaram-se diferenças entre tuberculóide e
virchowiano (p<0,01), dimorfo e dimorfo-virchowiano (p<0,05), e este com virchowiano
(p<0,01). Na operacional, 80% dos ulcerados eram multibacilares enquanto 12%
paucibacilares (p<0,05).
As ulcerações dos hansenianos parecem estar relacionadas ao grau II de incapacidade e à
positividade da baciloscopia, características detectadas por ambas as classificações
(espectral e operacional).
ÚLCERAS EM HANSENÍASE
Dois ou mais mecanismos associados
Manifestação externa da doença,
lesões bolhosa, úlceras ou cicatrizes,
polineuropatia em luva e bota,
calosidades, ulcerações plantares ,
queimaduras, ou seja toda a gênese de
feridas.
FISIOPATOLOGIA DA ÚLCERA POR
            HANSEN
 ÚLCERAS ESPECÍFICAS:          ÚLCERAS NEUROTRÓFICAS
       Tróficas
• De natureza e evolução       • Mais comum na Forma
  crônica                        Virchoviana, ena
• Necrose de epiderme,           presenças das
  com exsudato                   neuropatias na forma
  transepitelial                 tuberculóide;
• Necrose de epiderme por      • Parasitazação do derma,
  injúria física, química ou     vasos e nervos
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  endógenas e isquemia;
  GALAN 2009)
TIPOS DE ÚLCERAS
        AGUDAS                CRÔNICAS
. Com predomínio de   • Com predomínio de fibrose
   exsudato             e proliferação vascular
… um pouco mais de fisiopatologia
• Intenso parasitismo do endotélio leva a alteração
  sanguínea e linfática ( Fenômeno de Lúcio)

                                     Denervaçao
                                      autômica

         Alteração                  Estase
       vasomotora                                    Destruição
                                                  células de Schaw
   Isquemia                 Hipoxemia



                     Pele seca, insensível, sem
                               pêlos
Como atuar?
Prevenção de Incapacidades
• Incapacidade é um termo que abrange
  deficiência, limitação e restrição.
• Pode indicar que o diagnóstico ou
  tratamento foi tardio e/ou inadequado;
• Prevenção:
 *hidratação e lubrificação da pele;
 *exercícios fisioterápicos;
 *uso de férulas;
 *adaptação de instrumentos da vida diária;
AVALIAR
ORTETIZAR
PREVENINDO DEFORMIDADES


FÉRULAS: :
Removendo atrito
Desbridamento de Calosidades:
          podiatria
CICATRIZAÇÃO
    Manual de Condutas para Úlceras
     Neurotróficas e Traumáticas*
• PQT
• Lesões trombóticas e ulceradas ( observadas no
  fenômeno de Lúcio) melhoram com PQT
• Reações de hipersensibilidade humoral ou celular,
  pioram as lesões; surto reacional e geram geradas
  pela morte dos bacilos e defesa do organismo
  (Brasil 2007; Gallan 2009)
           » * Brasil, DND, 2002, 2007
TRATAMENTO

• NECROSE CASEOSA
• VASCULITE
• OSTEOMIELITE
• CLÍNICO: CORTICOESTERÓIDE,
  ANTIBIÓTICO TERAPIA
• CIRÚRGICO: DESBRIDAMENTO
Tratamento
• Gesso de contato        • Avaliação
  total                     transdisciplinar
• Desbridamento da        • Integração social
  hiperqueratose          • Adaptação de objetos
• Hidrogéis, AGE para       da vida diária
  hidratação ou preparo   • Higiene, identidade,
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      Sr. P. de S.
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             Sra. N.
HOMENAGEANDO SILVANA MARGARIDA
                     BENEVIDES FERREIRA


As medidas adicionais de vigilância epidemiológica para este grupo
    de indivíduos com maior chance de reincidência da doença deve
    incluir:



•   melhoria das condições de vida, por meio da implementação de
    políticas públicas e maior responsabilidade do Estado e sociedade
    na organização de serviços, para alcance de melhores resultados
    do controle da hanseníase no Estado de Mato Grosso.
A sociedade impõe a rejeição, leva à perda da
  confiança em si e reforça o caráter simbólico da
representação social segundo a qual os sujeitos são
considerados incapazes e prejudiciais à interação na
  comunidade. Fortalece-se o imaginário social da
doença e do "irrecuperável", no intuito de manter a
               eficácia do simbólico
   Bacurau (Morhan): o amor é a maior drágea
 Grata à Deus e á vcs por sta oportunidade…
            antar.gamba@unifesp.br
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Hanseníase 2012 ivcbed final - 21/09/2012

  • 1. SITUAÇÕES DESAFIADORAS FERIDAS COMPLEXAS LESÕES CUTÂNEAS NA HANSENÍASE MÔNICA ANTAR GAMBA Profª adjunta EPE-UNIFESP
  • 2. Hanseníase é uma das maiores preocupações da Saúde Pública; • Doença dermato neurológica, infecto contagiosa de baixa virulência e alta patogenicidade; • Formas clínicas: Paucibacilar Indeterminada e Tuberculóide • Multibacilar: Dimorfa e Virchowiana • Condições sócio-econômicas X hábitos pessoais
  • 3. Magnitude • Aumento da proporção entre menores de 14 anos (75 casos novos em SP) e 2063 casos em indivíduos com 15 anos ou mais; coeficiente de detecção geral de 5,21 e 2855 • Presença de incapacidades físicas moderadas/graves em 9% dos casos no momento do diagnóstico; • Altas taxas de recidivas (Ferreira e cols 2010)
  • 4. Estigma Exclusão Hanseníase Social Complicações Neuro- Deformidades dermatológicas Incapacidades Físicas
  • 5.
  • 6. INDETERMINADA TUBERCULÓIDE Placas eritematosas, bem delineadas; hipo ou anestésica; com comprometimento de nervos. Áreas hipo ou anestésica; hipocrônicas ou avermelhadas
  • 7. DIMORFA Eritema infiltrado e de bordas mal definidas; tubérculos VIRCHOWIANA e nódulos; madarose; lesões de Lesões mucosas; com alteração de eritematosas sensibilidade planas com o centro claro, de tonalidade ferruginosa ou pardacenta; com alteração de sensibilidade. É transmissível.
  • 8.
  • 10.
  • 11. Lesão do nervo ulnar hiperflexão dos 4‫ ﻆ‬e 5 pododáctilos Nervo mediano dificuldade na oponência do polegar
  • 12. Skin ulcers in leprosy: clinical and epidemiological characteristics of patients* Fernanda Guzzo Gomes 1 Marco Andrey Cipriani Frade2; Norma Tiraboshi Foss 3 A hanseníase é uma doença de evolução crônica cuja lesão nervosa determina alterações sensitivas e motoras, levando à instalação de deformidades assim como as úlceras cutâneas. OBJETIVO: Perfil epidemiológico dos hansenianos ulcerados e não ulcerados atendidos no Hospital das Clínicas de Ribeirão. MÉTODO- Estudo transversal de 79 hansenianos atendidos em 2003 e 2004 junto ao Arquivo Médico, separando-os em Grupo 1 (ulcerados) e Grupo 2 (não ulcerados), caracterizando-os clínico-epidemiologicamente. RESULTADOS: 69,6% eram do sexo masculino, 91,1% brancos e baciloscopia positiva em 62%. Destes, 25 (32%) pacientes apresentaram ulcerações (Grupo 1) localizadas nos membros inferiores em 68% dos casos, classificados como grau II de incapacidade (72%), diferente em relação ao grupo 2 (p<0,01). Na classificação espectral da hanseníase, comparando os pares de grupos observaram-se diferenças entre tuberculóide e virchowiano (p<0,01), dimorfo e dimorfo-virchowiano (p<0,05), e este com virchowiano (p<0,01). Na operacional, 80% dos ulcerados eram multibacilares enquanto 12% paucibacilares (p<0,05). As ulcerações dos hansenianos parecem estar relacionadas ao grau II de incapacidade e à positividade da baciloscopia, características detectadas por ambas as classificações (espectral e operacional).
  • 13. ÚLCERAS EM HANSENÍASE Dois ou mais mecanismos associados
  • 14. Manifestação externa da doença, lesões bolhosa, úlceras ou cicatrizes, polineuropatia em luva e bota, calosidades, ulcerações plantares , queimaduras, ou seja toda a gênese de feridas.
  • 15. FISIOPATOLOGIA DA ÚLCERA POR HANSEN ÚLCERAS ESPECÍFICAS: ÚLCERAS NEUROTRÓFICAS Tróficas • De natureza e evolução • Mais comum na Forma crônica Virchoviana, ena • Necrose de epiderme, presenças das com exsudato neuropatias na forma transepitelial tuberculóide; • Necrose de epiderme por • Parasitazação do derma, injúria física, química ou vasos e nervos biológica( temperatura, álcalis, ácidos, toxinas endógenas e isquemia; GALAN 2009)
  • 16. TIPOS DE ÚLCERAS AGUDAS CRÔNICAS . Com predomínio de • Com predomínio de fibrose exsudato e proliferação vascular
  • 17. … um pouco mais de fisiopatologia • Intenso parasitismo do endotélio leva a alteração sanguínea e linfática ( Fenômeno de Lúcio) Denervaçao autômica Alteração Estase vasomotora Destruição células de Schaw Isquemia Hipoxemia Pele seca, insensível, sem pêlos
  • 18. Como atuar? Prevenção de Incapacidades • Incapacidade é um termo que abrange deficiência, limitação e restrição. • Pode indicar que o diagnóstico ou tratamento foi tardio e/ou inadequado; • Prevenção: *hidratação e lubrificação da pele; *exercícios fisioterápicos; *uso de férulas; *adaptação de instrumentos da vida diária;
  • 22. Removendo atrito Desbridamento de Calosidades: podiatria
  • 23. CICATRIZAÇÃO Manual de Condutas para Úlceras Neurotróficas e Traumáticas* • PQT • Lesões trombóticas e ulceradas ( observadas no fenômeno de Lúcio) melhoram com PQT • Reações de hipersensibilidade humoral ou celular, pioram as lesões; surto reacional e geram geradas pela morte dos bacilos e defesa do organismo (Brasil 2007; Gallan 2009) » * Brasil, DND, 2002, 2007
  • 24. TRATAMENTO • NECROSE CASEOSA • VASCULITE • OSTEOMIELITE • CLÍNICO: CORTICOESTERÓIDE, ANTIBIÓTICO TERAPIA • CIRÚRGICO: DESBRIDAMENTO
  • 25. Tratamento • Gesso de contato • Avaliação total transdisciplinar • Desbridamento da • Integração social hiperqueratose • Adaptação de objetos • Hidrogéis, AGE para da vida diária hidratação ou preparo • Higiene, identidade, de enxerto; autoestima
  • 26. RESULTADOS Sr. P. de S.
  • 27. RESULTADOS Sra. Neusa
  • 29. RESULTADOS Sra. N.
  • 30. HOMENAGEANDO SILVANA MARGARIDA BENEVIDES FERREIRA As medidas adicionais de vigilância epidemiológica para este grupo de indivíduos com maior chance de reincidência da doença deve incluir: • melhoria das condições de vida, por meio da implementação de políticas públicas e maior responsabilidade do Estado e sociedade na organização de serviços, para alcance de melhores resultados do controle da hanseníase no Estado de Mato Grosso.
  • 31.
  • 32. A sociedade impõe a rejeição, leva à perda da confiança em si e reforça o caráter simbólico da representação social segundo a qual os sujeitos são considerados incapazes e prejudiciais à interação na comunidade. Fortalece-se o imaginário social da doença e do "irrecuperável", no intuito de manter a eficácia do simbólico Bacurau (Morhan): o amor é a maior drágea Grata à Deus e á vcs por sta oportunidade… antar.gamba@unifesp.br .