O documento resume os principais conceitos do materialismo histórico de Karl Marx, incluindo mais-valia absoluta e relativa, exploração, alienação, classes sociais, modo de produção, meios de produção e força de trabalho. Ele fornece definições destes termos-chave da teoria marxista e inclui links para estudos adicionais.
4. Mais-valia ou mais valor
A teoria marxista da mais-valia pode ser compreendida da
seguinte forma: Suponhamos que um funcionário leve duas
horas para fabricar um par de calçados. Nesse período, ele
produz o suficiente para pagar todo o seu trabalho. Mas ele
permanece mais tempo na fábrica, produzindo mais de um par
de calçados e recebendo o equivalente à confecção de apenas
um. Em uma jornada de 8 horas, por exemplo, são produzidos 4
pares de calçados. O custo de cada par continua o mesmo, assim
também como o salário do proletário. Com isso, conclui-se que
ele trabalha 6 horas de graça, reduzindo o custo do produto e
aumentando os lucros do patrão.
Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfl6kAH/os-21-conceitos-marxismo#,
acesso em: 22/02/2015.
5. Mais-valia absoluta
1) Aumento no tempo da jornada de trabalho.
2) Produção de mais-valia absoluta é um modo de incrementar a
produção do excedente a ser apropriado pelo capitalista.
Consiste na intensificação do ritmo de trabalho, através de uma
série de controles impostos aos operários, que incluem da mais
severa vigilância a todos os seus atos na unidade produtiva até a
cronometragem e a determinação dos movimentos necessários à
realização das suas tarefas. O capitalista obriga o trabalhador a
trabalhar em um ritmo tal que, sem alterar a duração da jornada,
produzem mais mercadorias e mais valor.
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acesso em: 22/02/2015.
6. Mais-valia relativa
1)Aumento na intensidade de trabalho.
2)Quando esse método encontra os limites da extração da mais--
-valia absoluta: resistência da classe operária e deterioração suas
condições físicas, o segundo caminho, a extração da mais-valia
relativa, é que fez do capitalismo o modo de produção mais
dinâmico de todos os tempos, transformando continuamente
seus métodos de produção e introduzindo incessantemente
inovações tecnológicas. Pois é apenas através da mudança
técnica que o tempo de trabalho socialmente necessário de
determinados bens pode ser reduzido. Aumentos na
produtividade resultantes e novos métodos de produção, nos
quais o trabalho morto sob a forma de máquinas assume o lugar
do trabalho vivo, reduzem o valor dos bens individuais
produzidos.
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acesso em: 22/02/2015.
7. Exploração
Para Karl Marx, a exploração é um elemento inerente e chave
do capitalismo e dos mercados livres. Ela é a consequência dos
mercados competidores e os puramente competitivos. Afirma
ainda que, quanto maior a “liberdade” dos mercado, maior é a
força do capital e, por sua, vez maior será a exploração. Na visão de
Marx, a exploração “normal ” está baseada em três características:
1) A propriedade dos meios de produção por uma pequena minoria
da sociedade, os capitalistas.
2) A inabilidade dos que não tem propriedade (os trabalhadores)
para sobreviver sem vender a força de trabalho para os capitalistas,
ou seja, sem ser empregado como outros trabalhadores.
3) O Estado que usa sua força para proteger de forma parcial a
distribuição do poder e propriedade na sociedade.
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acesso em: 23/02/2015.
8. Alienação
“O conceito de alienação em Marx tem quatro
aspectos principais, que são os seguintes:
a) o homem está alienado da natureza;
b) está alienado de si mesmo (de sua própria
atividade);
c)de seu ‘ser genérico’ ( de seu ser como
membro da espécie humana);
d) o homem está alienado do homem (dos
outros homens).” Mészaros no livro Teoria da Alienação em Marx.
9. Classes sociais
A divisão da sociedade em classes é consequência
dos diferentes papéis que os grupos sociais têm no
processo de produção, seguindo a teoria de Karl Marx.
É do papel ocupado por cada classe que depende o
nível de fortuna e de rendimento, o gênero de vida e
numerosas características culturais das diferentes
classes. Classe social define-se como conjunto de
agentes sociais nas mesmas condições no processo de
produção e que têm afinidades políticas e ideológicas.
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acesso em: 23/02/2014.
10. Modo de produção
Os modos de produção são formados pelo conjunto
das forças produtivas e pelo conjunto das relações de
produção, na sua interação, num certo estádio de
desenvolvimento. Simultaneamente, designam as
condições técnicas e sociais que constituem a estrutura
dum processo historicamente determinado. Os homens
ao produzirem bens materiais criam, com isso mesmo,
um regime para a sua vida. O modo de produção é uma
forma determinada da atividade vital dos indivíduos,
um determinado modo de vida.
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acesso em: 22/02/2015.
11. Meios de produção
Segundo a teoria marxista, meios de produção são o
conjunto formado por meios de trabalho e objetos de trabalho -
ou tudo aquilo que medeia a relação entre o trabalho humano e
a natureza, no processo de transformação da própria natureza.
1) Os meios de trabalho incluem os instrumentos de produção:
instalações prediais (fábricas, armazéns, silos etc.), infraestrutura
(abastecimento de água, fornecimento de energia, transportes,
telecomunicações, etc.), máquinas, ferramentas, etc.
2) Os objetos de trabalho são os elementos sobre os quais é
aplicado o trabalho humano - recursos naturais (terra, matérias--
-primas).
Fonte: ECONOMIA NET. Introdução ao Capital de Karl Marx. Disponível em:
<www.economiabr.net>. Acessado em: Junho de 2012.
12. Força de Trabalho
Marx pontua que não é o trabalho que é comprado
pelo capitalista, mas a "força de trabalho" ou a
capacidade de trabalho do operário. Esta força de
trabalho é paga "pelo seu valor", segundo as normas da
economia capitalista. Efetivamente, o salário é o que
permite manter e reproduzir a força de trabalho, logo é
a expressão monetária do seu custo em trabalho ou da
quantidade de trabalho que a sociedade deve
consagrar à manutenção e à reprodução da força de
trabalho.
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acesso em: 23/02/2015.