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Fundamentos de
Sociologia
Prof. Francisco Eduardo B. Vargas
Instituto de Sociologia e Política
Universidade Federal de Pelotas
18/12/2023
Curso de Filosofia – IFISP/UFPel
1
Karl Marx e
Friedrich Engels
O Materialismo Histórico
e Dialético
18/12/2023
Disciplina: Sociologia do Trabalho -
ISP/UFPel - 2
Questões sobre o capitalismo moderno à
luz do materialismo histórico e dialético:
=> Apesar de sua elevada produtividade e
sofisticação tecnológica, em que medida é
possível afirmar que o capitalismo é,
segundo Marx, um sistema econômico
baseado em antagonismos e gerador de
desigualdades sociais, uma vez que ele se
constitui a partir dos ideais de liberdade
(liberdade econômica) e igualdade típicos da
modernidade? Em que medida estão em
xeque, no capitalismo, as relações
contratuais entre sujeitos livres e iguais
3
Questões sobre o capitalismo moderno à
luz do materialismo histórico e dialético:
=> Como Marx analisa, a partir de seu ponto
de vista materialista, a formação do
capitalismo moderno? Trata-se de analisar a
formação da “mentalidade capitalista” ou seu
caminho é distinto daquele proposto por
Weber?
(Marx está especialmente preocupado em
mostrar as bases materiais dos conflitos,
desigualdades e antagonismos da sociedade
moderna, a despeito dos valores e
ideologias libertários, igualitários e que vêem
4
O materialismo histórico e dialético
como método de investigação (I)
=> O materialismo dialético parte de uma
crítica à filosofia idealista de Hegel (com a
apropriação do método dialético) e dos neo-
hegelianos e ao materialismo vulgar e
mecanicista (materialistas franceses).
=> Na relação entre “consciência” e
“existência”, estabelece-se o primado da
existência, do conjunto de condições
materiais de existência (condições
objetivas) sobre as formas de consciência
(condições subjetivas) = PREMISSA
MATERIALISTA. 5
O materialismo histórico e dialético
como método de investigação (II)
=> Na relação entre “pensamento” ou
conhecimento (consciência) e “ação” ou “praxis”
(existência), o materialismo dialético supõe o
primado da ação, da transformação. A “ação” é
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existência do mundo.
=> A consciência, portanto, não é um simples
reflexo da existência, das condições objetivas
(materialismo vulgar), mas um momento da
ação, da prática consciente sobre o mundo
(relação dialética entre consciência e existência)
que transforma esse mundo. => Conhecimento
como momento da atividade humana sobre o
6
O materialismo histórico e dialético
como método de investigação (III)
=> O método dialético de interpretação
da realidade histórica supõe apreendê-la:
1. Em permanente mudança (em
oposição ao essencialismo)
2. Em suas contradições e antagonismos
(a luta dos contrários, a luta de
classes)
3. Em sua totalidade (tudo se relaciona,
relações recíprocas entre os
elementos constitutivos da realidade,
suas condições objetivas e subjetivas7
Trabalho e produção como
categorias centrais (I)
O “TRABALHO” e a “PRODUÇÃO” como
categorias teóricas centrais e pontos de
partida na análise histórica e não as formas
de consciência:
=> O trabalho como categoria ontológica
expressa, segundo Marx, a relação
metabólica dos seres humanos com a
natureza, tendo em vista a necessidade de
garantir a reprodução material dos
indivíduos e da sociedade em seu conjunto.
8
Trabalho e produção como categorias
centrais (II)
A PRODUÇÃO, como reprodução da vida,
é o primeiro ato histórico dos seres
humanos.
A produção e os MEIOS DE PRODUÇÃO
(instrumentos e objetos de trabalho) como
resultado da ação humana sobre a
natureza:
MODOS DE PRODUÇÃO:
=> FORÇAS PRODUTIVAS (relação com
a natureza)
=> RELAÇÕES DE PRODUÇÃO
(relações sociais, divisão social do
trabalho) 9
Trabalho e produção como categorias
centrais (III)
=> O desenvolvimento das forças produtivas
e a formação dos EXCEDENTES
ECONÔMICOS, na passagem de
ECONOMIAS DE SUBSISTÊNCIA a
ECONOMIAS DE TROCAS (mercantis),
surgem as CLASSES SOCIAIS como grupos
que ocupam diferentes posições na
apropriação dos MEIOS DE PRODUÇÃO e
dos produtos do trabalho.
=> Com a formação das classes, as
RELAÇÕES DE PRODUÇÃO tornam-se
RELAÇÕES SOCIAIS DE CLASSE, supondo10
Trabalho e produção como categorias
centrais (IV)
O MODO DE PRODUÇÃO capitalista moderno supõe o
prévio desenvolvimento das relações mercantis, o
investimento de recursos na produção, supõe uma
produção de mercadorias para a troca, visando o lucro:
=> FORÇAS PRODUTIVAS (divisão técnica do
trabalho, produção industrial, incorporação da ciência e
desenvolvimento tecnológico)
=> RELAÇÕES DE PRODUÇÃO (relações entre
empresários capitalistas e trabalhadores assalariados)
QUESTÃO: Quais são as bases do antagonismo nessa
relação social de assalariamento?)
11
A mercadoria e suas
propriedades
O capitalismo e a mercantilização
universal das relações sociais.
O valor de uso e o valor de troca das
mercadorias: os fundamentos das trocas
mercantis.
Valor de uso: a utilidade de uma
mercadoria segundo suas propriedades
intrínsecas.
Valor de troca: o valor adquirido pela
mercadoria no mercado, expressa no
seu preço.
12
Trabalho, Força de Trabalho e
Processo de Trabalho:
A teoria do valor (I)
 O trabalho como fonte de valor, como produtor
de riquezas. Toda riqueza e todo capital é
trabalho humano objetivado. O trabalho vivo
transforma-se em trabalho morto. Este último, é
trabalho acumulado, cristalizado, é trabalho
passado.
 É o trabalho vivo que é responsável pela
valorização constante do capital.
 O capital é o produto da extração do sobre-
trabalho (mais-valia) no processo de produção
capitalista. 13
Trabalho, Força de Trabalho e
Processo de Trabalho:
A teoria do valor (II)
 Segundo Marx, no capitalismo, é preciso
distinguir “trabalho” e “força de trabalho”.
 A relação salarial, de compra e venda
entre o capitalista e o trabalhador, é uma
relação de compra e venda de uma
mercadoria especial: a FORÇA DE
TRABALHO.
 No processo de trabalho, o capitalista
precisa converter essa capacidade de
trabalho em trabalho efetivo, em valores. A
força de trabalho produz mais valor que
seu próprio valor de troca no mercado de 14
Processo de Trabalho e
Processo de valorização: a
produção da mais-valia
 A jornada de trabalho é formada pelo tempo de
trabalho necessário e pelo tempo de trabalho
excedente ou sobre-trabalho:
____________________ _____
6 h 2 h
É no tempo de trabalho excedente que o trabalhador
produz a mais-valia. No tempo de trabalho necessário
ele produz o equivalente ao seu salário.
A mais-valia (ou mais-valor) é o fundamento objetivo
das relações de antagonismo e exploração entre
capital e trabalho. 15
As modalidades de extração
da mais-valia:
A mais-valia absoluta ou a extensão da
jornada de trabalho.
A mais-valia relativa ou a intensificação
da jornada de trabalho e a inovação
tecnológica e/ou organizacional
16
As fases da divisão do trabalho
no capitalismo
A subsunção formal do trabalho ao
capital e a divisão manufatureira do
trabalho (o trabalhador ainda exerce um
trabalho qualificado).
A subsunção real do trabalho ao capital
e a divisão do trabalho na fábrica e na
grande indústria (o trabalhador torna-se
apêndice das máquinas). 17
A composição orgânica do capital
 O Capital total (C) é formado por duas partes
fundamentais:
- O Capital constante (cc) e
- O Capital variável (cv);
Fórmula do capital: C = cc + cv
A crescente acumulação capitalista leva a uma
elevação da composição orgânica do capital, elevando-
se a participação da parte constante em detrimento da
parte variável. Ou seja, acumula-se o “trabalho morto” e
reduz-se o “trabalho vivo”.
18
A acumulação primitiva e a
formação do capitalismo moderno
A formação da classe operária como
um processo de expropriação dos
meios de produção de camponeses e
artesãos.
A formação dos capitalistas industriais
e a aplicação de excedentes de capital
na produção manufatureira e industrial.
Papel decisivo do Estado. 19
Uma análise em termos de
classes sociais: importância e
limites
O risco de reducionismo de uma análise em
termos de classes e a construção de outras
formas de ação e identidade (gênero, cor, etnia,
geração, nacionalidade, religião).
A importância de uma análise de classe em
sociedades capitalistas marcadas por fortes
conflitos distributivos. A importância de
incorporar, na análise, o papel do Estado nesses
conflitos distributivos.
O marxismo como um paradigma do conflito
em torno das desigualdades sociais na
produção e apropriação de recursos materiais e20

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  • 1. Fundamentos de Sociologia Prof. Francisco Eduardo B. Vargas Instituto de Sociologia e Política Universidade Federal de Pelotas 18/12/2023 Curso de Filosofia – IFISP/UFPel 1
  • 2. Karl Marx e Friedrich Engels O Materialismo Histórico e Dialético 18/12/2023 Disciplina: Sociologia do Trabalho - ISP/UFPel - 2
  • 3. Questões sobre o capitalismo moderno à luz do materialismo histórico e dialético: => Apesar de sua elevada produtividade e sofisticação tecnológica, em que medida é possível afirmar que o capitalismo é, segundo Marx, um sistema econômico baseado em antagonismos e gerador de desigualdades sociais, uma vez que ele se constitui a partir dos ideais de liberdade (liberdade econômica) e igualdade típicos da modernidade? Em que medida estão em xeque, no capitalismo, as relações contratuais entre sujeitos livres e iguais 3
  • 4. Questões sobre o capitalismo moderno à luz do materialismo histórico e dialético: => Como Marx analisa, a partir de seu ponto de vista materialista, a formação do capitalismo moderno? Trata-se de analisar a formação da “mentalidade capitalista” ou seu caminho é distinto daquele proposto por Weber? (Marx está especialmente preocupado em mostrar as bases materiais dos conflitos, desigualdades e antagonismos da sociedade moderna, a despeito dos valores e ideologias libertários, igualitários e que vêem 4
  • 5. O materialismo histórico e dialético como método de investigação (I) => O materialismo dialético parte de uma crítica à filosofia idealista de Hegel (com a apropriação do método dialético) e dos neo- hegelianos e ao materialismo vulgar e mecanicista (materialistas franceses). => Na relação entre “consciência” e “existência”, estabelece-se o primado da existência, do conjunto de condições materiais de existência (condições objetivas) sobre as formas de consciência (condições subjetivas) = PREMISSA MATERIALISTA. 5
  • 6. O materialismo histórico e dialético como método de investigação (II) => Na relação entre “pensamento” ou conhecimento (consciência) e “ação” ou “praxis” (existência), o materialismo dialético supõe o primado da ação, da transformação. A “ação” é “produto” e “produtora” das condições de existência do mundo. => A consciência, portanto, não é um simples reflexo da existência, das condições objetivas (materialismo vulgar), mas um momento da ação, da prática consciente sobre o mundo (relação dialética entre consciência e existência) que transforma esse mundo. => Conhecimento como momento da atividade humana sobre o 6
  • 7. O materialismo histórico e dialético como método de investigação (III) => O método dialético de interpretação da realidade histórica supõe apreendê-la: 1. Em permanente mudança (em oposição ao essencialismo) 2. Em suas contradições e antagonismos (a luta dos contrários, a luta de classes) 3. Em sua totalidade (tudo se relaciona, relações recíprocas entre os elementos constitutivos da realidade, suas condições objetivas e subjetivas7
  • 8. Trabalho e produção como categorias centrais (I) O “TRABALHO” e a “PRODUÇÃO” como categorias teóricas centrais e pontos de partida na análise histórica e não as formas de consciência: => O trabalho como categoria ontológica expressa, segundo Marx, a relação metabólica dos seres humanos com a natureza, tendo em vista a necessidade de garantir a reprodução material dos indivíduos e da sociedade em seu conjunto. 8
  • 9. Trabalho e produção como categorias centrais (II) A PRODUÇÃO, como reprodução da vida, é o primeiro ato histórico dos seres humanos. A produção e os MEIOS DE PRODUÇÃO (instrumentos e objetos de trabalho) como resultado da ação humana sobre a natureza: MODOS DE PRODUÇÃO: => FORÇAS PRODUTIVAS (relação com a natureza) => RELAÇÕES DE PRODUÇÃO (relações sociais, divisão social do trabalho) 9
  • 10. Trabalho e produção como categorias centrais (III) => O desenvolvimento das forças produtivas e a formação dos EXCEDENTES ECONÔMICOS, na passagem de ECONOMIAS DE SUBSISTÊNCIA a ECONOMIAS DE TROCAS (mercantis), surgem as CLASSES SOCIAIS como grupos que ocupam diferentes posições na apropriação dos MEIOS DE PRODUÇÃO e dos produtos do trabalho. => Com a formação das classes, as RELAÇÕES DE PRODUÇÃO tornam-se RELAÇÕES SOCIAIS DE CLASSE, supondo10
  • 11. Trabalho e produção como categorias centrais (IV) O MODO DE PRODUÇÃO capitalista moderno supõe o prévio desenvolvimento das relações mercantis, o investimento de recursos na produção, supõe uma produção de mercadorias para a troca, visando o lucro: => FORÇAS PRODUTIVAS (divisão técnica do trabalho, produção industrial, incorporação da ciência e desenvolvimento tecnológico) => RELAÇÕES DE PRODUÇÃO (relações entre empresários capitalistas e trabalhadores assalariados) QUESTÃO: Quais são as bases do antagonismo nessa relação social de assalariamento?) 11
  • 12. A mercadoria e suas propriedades O capitalismo e a mercantilização universal das relações sociais. O valor de uso e o valor de troca das mercadorias: os fundamentos das trocas mercantis. Valor de uso: a utilidade de uma mercadoria segundo suas propriedades intrínsecas. Valor de troca: o valor adquirido pela mercadoria no mercado, expressa no seu preço. 12
  • 13. Trabalho, Força de Trabalho e Processo de Trabalho: A teoria do valor (I)  O trabalho como fonte de valor, como produtor de riquezas. Toda riqueza e todo capital é trabalho humano objetivado. O trabalho vivo transforma-se em trabalho morto. Este último, é trabalho acumulado, cristalizado, é trabalho passado.  É o trabalho vivo que é responsável pela valorização constante do capital.  O capital é o produto da extração do sobre- trabalho (mais-valia) no processo de produção capitalista. 13
  • 14. Trabalho, Força de Trabalho e Processo de Trabalho: A teoria do valor (II)  Segundo Marx, no capitalismo, é preciso distinguir “trabalho” e “força de trabalho”.  A relação salarial, de compra e venda entre o capitalista e o trabalhador, é uma relação de compra e venda de uma mercadoria especial: a FORÇA DE TRABALHO.  No processo de trabalho, o capitalista precisa converter essa capacidade de trabalho em trabalho efetivo, em valores. A força de trabalho produz mais valor que seu próprio valor de troca no mercado de 14
  • 15. Processo de Trabalho e Processo de valorização: a produção da mais-valia  A jornada de trabalho é formada pelo tempo de trabalho necessário e pelo tempo de trabalho excedente ou sobre-trabalho: ____________________ _____ 6 h 2 h É no tempo de trabalho excedente que o trabalhador produz a mais-valia. No tempo de trabalho necessário ele produz o equivalente ao seu salário. A mais-valia (ou mais-valor) é o fundamento objetivo das relações de antagonismo e exploração entre capital e trabalho. 15
  • 16. As modalidades de extração da mais-valia: A mais-valia absoluta ou a extensão da jornada de trabalho. A mais-valia relativa ou a intensificação da jornada de trabalho e a inovação tecnológica e/ou organizacional 16
  • 17. As fases da divisão do trabalho no capitalismo A subsunção formal do trabalho ao capital e a divisão manufatureira do trabalho (o trabalhador ainda exerce um trabalho qualificado). A subsunção real do trabalho ao capital e a divisão do trabalho na fábrica e na grande indústria (o trabalhador torna-se apêndice das máquinas). 17
  • 18. A composição orgânica do capital  O Capital total (C) é formado por duas partes fundamentais: - O Capital constante (cc) e - O Capital variável (cv); Fórmula do capital: C = cc + cv A crescente acumulação capitalista leva a uma elevação da composição orgânica do capital, elevando- se a participação da parte constante em detrimento da parte variável. Ou seja, acumula-se o “trabalho morto” e reduz-se o “trabalho vivo”. 18
  • 19. A acumulação primitiva e a formação do capitalismo moderno A formação da classe operária como um processo de expropriação dos meios de produção de camponeses e artesãos. A formação dos capitalistas industriais e a aplicação de excedentes de capital na produção manufatureira e industrial. Papel decisivo do Estado. 19
  • 20. Uma análise em termos de classes sociais: importância e limites O risco de reducionismo de uma análise em termos de classes e a construção de outras formas de ação e identidade (gênero, cor, etnia, geração, nacionalidade, religião). A importância de uma análise de classe em sociedades capitalistas marcadas por fortes conflitos distributivos. A importância de incorporar, na análise, o papel do Estado nesses conflitos distributivos. O marxismo como um paradigma do conflito em torno das desigualdades sociais na produção e apropriação de recursos materiais e20