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MICROECONOMIA


A Produção e os Mercados




                josecruz.consultoria@gmail.com   |   2012
Teoria da
Produção

MICROECONOMIA
Trade-offs - Eficiência e Equidade


As pessoas enfrentam trade-offs.
“Nada é de graça”. A tomada de decisões exige escolher um objectivo em
detrimento de outro.


O trade-off clássico “Armas / Manteiga”: Quanto mais gastamos em defesa nacional
(armas) menos poderemos gastar em bens de consumo (manteiga), tal como vimos no
1º semestre, em Macroeconomia.


Outro trade-off que a sociedade enfrenta é entre Eficiência e Equidade.
Eficiência significa que se está a obter o máximo que se pode dos recursos escassos.
Equidade significa que os benefícios resultantes estão a ser distribuídos com justiça
entre os membros da Sociedade.
Por outras palavras: a Eficiência refere-se ao tamanho do “bolo” económico; a
Equidade à maneira como o “bolo” é dividido. Muitas das vezes, na formulação das
políticas governamentais, esses dois objectivos entram em conflito.



     MICROECONOMIA                              Teoria da Produção
“Armadilhas” vulgares na tomada de decisões


Como as pessoas enfrentam trade-offs, a tomada de decisões exige comparar os
custos e benefícios das diferentes alternativas.


Uma armadilha decorre de se ignorem os custos implícitos (os que não têm a ver
com pagamentos). Se se fizer a actividade x significa não poder fazer a actividade y.
Então, o valor de fazer y é o Custo de Oportunidade de fazer x.


O Custo de Oportunidade é o valor da melhor opção sacrificada numa decisão. É o
valor daquilo de que se abriu mão.


O Custo de Oportunidade é o conceito mais preciso e completo de custo, aqueles
que devemos usar quando tomamos as nossas próprias decisões.
Muitas pessoas tomam más decisões porque tendem a ignorar o valor dessas
oportunidades postas de lado.


     MICROECONOMIA                              Teoria da Produção
“Armadilhas” vulgares na tomada de decisões


Medir os custos e benefícios em proporção em vez de os medir em valores absolutos
é um erro.
Numa análise custo-benefício, ambos devem ser expressos em valores absolutos.
Comparar percentagens não é uma forma adequada de avaliar decisões. Há que
pensar em termos de Margem.

O princípio do custo-benefício estabelece que os conceitos relevantes para escolher
um nível de actividade são os Custos Marginais e os Benefícios Marginais. No entanto,
muitos indivíduos tomam decisões com base em valores médios, por incapacidade em
os distinguir.

O custo de uma unidade adicional chama-se Custo Marginal da actividade; o benefício
de uma unidade adicional designa-se Benefício Marginal.

A regra: devemos aumentar a actividade enquanto o seu Benefício Marginal exceder o
respectivo Custo Marginal.


     MICROECONOMIA                              Teoria da Produção
Fronteira de Possibilidades de Produção (FPP)


A FPP é um gráfico que mostra as várias combinações de dois bens que a economia
tem possibilidade de produzir com os recursos e a tecnologia disponíveis.

É a fronteira máxima que a economia pode produzir, dado que os recursos
produtivos são limitados. Mostra as alternativas de produção da sociedade,
supondo os recursos plenamente empregues.

Para produzir mais de um bem, a sociedade precisa de retirar recursos da produção
de outro bem.

A Eficiência Produtiva verifica-se quando uma economia não pode produzir mais do
que um bem sem que produza menos de um outro bem (a economia está sobre a
FPP).
“A substituição é a lei da vida numa economia de pleno emprego e a fronteira de
possibilidades de produção representa o menu de escolhas da sociedade” (Paul
Samuelson).



     MICROECONOMIA                             Teoria da Produção
Fronteira de Possibilidades de Produção (FPP)




   MICROECONOMIA                  Teoria da Produção
A Teoria da Empresa



A Teoria da Empresa trata:

      Do modo pelo qual uma firma toma decisões de produção
       minimizadoras de custos.

      Do modo pelo qual os custos de produção variam com o nível de
       produção.

      Das características da oferta de mercado.

      Dos problemas das actividades produtivas em geral.




       MICROECONOMIA                        Teoria da Produção
A Produção


Para os economistas a Produção - sendo um processo altamente estruturado,
frequentemente mecanizado, através do qual se transformam matérias-primas em
produtos finais, com destino à venda – engloba actividades que normalmente não são
consideradas como tal.
É importante realçar que o conceito de Produção não se reporta apenas aos bens
físicos, mas também a serviços, como transportes, comércio, actividades financeiras,
etc.
A Produção é definida com qualquer actividade que crie utilidade, no presente ou no
futuro.

A Produção, portanto, consiste na utilização de recursos na transformação de
produtos para se tornarem mais úteis na forma, no espaço, na propriedade ou no
tempo e envolve o uso de conhecimento para aplicar energia nesse processo.

A Produção depende dos factores produtivos utilizados (“inputs”) para obter um
determinado volume de produção (“output”) e da tecnologia utilizada.


     MICROECONOMIA                             Teoria da Produção
Produto – Total, Médio e Marginal

O Produto (Físico) Total é a quantidade total realizada de um produto, em
unidades físicas.


O Produto Marginal representa a variação no Produto Total devido a uma
variação unitária no factor variável, com todos os outros factores
constantes.
O termo “marginal” significa “adicional”, pelo que resulta do aumento (ou
diminuição) do produto decorrente de uma unidade adicional do factor
variável.


O Produto Médio é definido como o Produto Total dividido pela
quantidade do Factor Variável utilizado para se atingir o nível de produção.




    MICROECONOMIA                           Teoria da Produção
Produção com um Factor Variável (Trabalho)



  Produção
                                      Observações:
 mensal por                           À esquerda de E: PMg > PM & PM crescente
 trabalhador                          À direita de E: PMg < PM & PM decrescente
                                      E: PMg = PM & PM máximo

          30
                                        Produto marginal

                                 E                         Produto médio
          20



          10


               0 1   2   3   4       5 6   7   8   9   10 Trabalho mensal

    MICROECONOMIA                              Teoria da Produção
Produção com um Factor Variável (Trabalho) - Comentários



   Quando PMg = 0, PT encontra-se no seu nível máximo.

   Quando PMg > PM, PM é crescente.

   Quando PMg < PM, PM é decrescente.

   Quando PMg = PM, PM encontra-se no seu nível máximo.



 O Óptimo da Produção diz-nos como o produtor combinará os factores a
 fim de maximizar o produto para um custo total dado ou,
 alternativamente, como o produtor combinaria os factores para minimizar
 os custos de um produto.



      MICROECONOMIA                       Teoria da Produção
Caso de estudo nº 1


Quando, no início da década de 70, o preço da gasolina sofreu um
incremento brusco, verificou-se que os táxis, que antes circulavam à
procura de passageiros, passaram a estar muito mais tempo parados nas
praças.
A circulação à procura de passageiros permite ao táxi realizar mais viagens
com passageiro do que quando está parado à espera que o procurem.
Contudo, a circulação obriga-o a gastar gasolina. Para encontrar um
passageiro o táxi tem que gastar diferentes quantidade de gasolina ao longo
do dia: relativamente pouca nas horas de maior movimento, maior
quantidade nas horas mortas.
A produtividade marginal da gasolina é variável ao longo do dia: mais
elevada na hora de ponta, mais reduzida nas horas mortas. Com o aumento
do preço da gasolina, muito dos táxis que circulavam em horas mortas
passaram a estacionar nas praças nessas horas.

                                 Economia da Empresa – 4ª edição – José Mata

    MICROECONOMIA                          Teoria da Produção
Caso de estudo nº 2

Suponha que no último minuto gasto no problema 1 do seu primeiro exame
de Economia ganhou 4 pontos adicionais, enquanto no último minuto gasto
no problema 2 ganhou 6 pontos adicionais. O número total que ganhou
nestas duas questões foi de 20 e 12 pontos, respectivamente e o tempo
total que gastou em cada uma delas foi o mesmo. Como – se é que vale a
pena – deveria redistribuir o seu tempo entre as duas questões?
A regra para a distribuição eficiente do tempo gasto em exames é a mesma
regra para a distribuição eficiente de qualquer recurso: a produtividade
marginal do recurso deve ser a mesma para cada actividade.
A partir da informação fornecida, a produtividade marginal do último
minuto gasto na questão 2 foi de 6 pontos, ou mais 2 pontos de que a
produtividade marginal do último minuto gasto na questão1.
Apesar da produtividade média do seu tempo gasto na questão 1 ter sido
superior ao da questão 2, teria obtido mais pontos se tivesse gasto menos
tempo na questão 1 e mais tempo na questão 2.

                Microeconomia e Comportamento – 6ª edição – Robert H. Frank

    MICROECONOMIA                          Teoria da Produção
Custos de
Produção

MICROECONOMIA
Introdução


Cf. referido na abordagem à Teoria da Firma, na perspectiva do economista, há que
distinguir entre custos contabilísticos (custo explícitos, que sempre envolvem um
dispêndio monetário) e custos de oportunidade (custos implícitos, estimados a partir
do que poderia ser ganho no melhor uso alternativo), medidos pela utilidade.

Os custos de oportunidade não são contabilizados no balanço das empresas. P.ex.:
   O capital que permanece parado nas disponibilidades da empresa: o custo de
    oportunidade é o que a empresa poderia estar a ganhar se aplicasse esse capital no
    mercado financeiro;
   Quando a empresa funciona em instalações próprias, deve imputar um custo de
    oportunidade correspondente ao que pagaria se tivesse de arrendar um edifício.

Os custos, tal como aparecem reflectidos nas contas da empresas, são insuficientes
para a tomada de decisão. Para o economista, as curvas de custo devem considerar,
para além dos custos contabilísticos, os custos de oportunidade (a remuneração que
o proprietário da empresa poderia obter para o seu capital e o seu tempo, se os
empregasse noutras actividades, p.ex.) reflectindo, assim, o custo económico.


       MICROECONOMIA                             Custos de Produção
Introdução
                                  Fonte: Introdução à Economia – 3ª edição – N. Gregory Mankiw

            Como os economistas                       Como os contabilistas
             vêem as Empresas                          vêem as Empresas


                 Lucro
                   Económico
                                                             Lucro
                                                                contabilístico
                  Custos
Receita            Implícitos                                                        Receita

                                  Custo
                                  de oportunidade
                                  total
                  Custos                                        Custos
                   Explícitos                                    Explícitos




          MICROECONOMIA                          Custos de Produção
Custos Fixos e Custos Variáveis


Os Custos Fixos (CF) correspondem à parcela dos custos totais que não dependem
do nível de produção (não são afectados por qualquer variação da quantidade
produzida e são suportados mesmo quando a produção está inactiva).
São os chamados “custos à cabeça”. P.ex.: a renda das instalações, as prestações dos
empréstimos no curto prazo, a iluminação, etc.


Os Custos Variáveis (CV) dependem da produção e, por isso, mudam à medida que a
quantidade produzida varia. Representam as despesas realizadas com os factores
variáveis de produção. P.ex.: os salários, os gastos na compra de matérias-primas, etc.


Esta é uma distinção importante para a decisão de quanto produzir, pois num
processo produtivo existem elementos que se podem mudar e ajustar (o número de
trabalhadores, quantidade de matéria-prima, etc.), enquanto outros são muito mais
rígidos (o número de máquinas ou a dimensão da fábrica, p.ex.).



     MICROECONOMIA                               Custos de Produção
Custo Fixo,Variável e Total


                      Curva de Custo Total
      Custo
      Total
      18.00                                             CT

      16.00
      14.00
      12.00
      10.00
       8.00                                       CV

       6.00
       4.00
       2.00                                       CF
         0      2    4     6    8     10     12        14
                                                             Qt

    MICROECONOMIA                   Custos de Produção
Custos Médios e Custo Marginal


                     Custos - Marginal e Médio

   Custos

      3.00

      2.50
                                                      CMg
      2.00

      1.50
                                                          CMe
                                                          CVM
      1.00

      0.50
                                                          CFM
             0   2   4     6     8      10    12     14     Qt

   MICROECONOMIA                     Custos de Produção
Curvas de Custos


A Curva de Custos Médios (CMe) é em forma de “U”. Na essência, isso resulta do
comportamento dos rendimentos marginais, como referido. Inicialmente, a curva
tem uma zona decrescente, que corresponde a uma fase de rendimentos marginais
crescentes. Quando a produção é muito baixa, um aumento dessa produção pode
fazer descer muito significativamente o custo atribuído a cada unidade.

Por exemplo, o custo numa siderurgia de produzir só uma chapa de ferro é
elevadíssimo, pois o alto-forno e os outros equipamentos têm todos o seu custo
afectado a essa unidade. Se forem produzidas dez chapas, o custo médio de cada uma
fica muito mais baixo, pois (embora se gaste mais matéria-prima) todo o custo do
equipamento vai ser distribuído agora por dez unidades.

Mas, a partir de certa altura, produzir mais começa a sair cada vez mais caro
(saturação, engarrafamento, etc.) e a curva cresce. Passou-se à fase dos rendimentos
marginais decrescentes, que, ao fim de certo tempo, faz subir CMe. Deste modo a
Curva dos Custos Médios apresenta um padrão geral em U. A Curva dos Custos
Marginais (CMg), fortemente ligada à dos custos médios, tem também um padrão em
U, mas mais vincado, começando a crescer antes da CM.


     MICROECONOMIA                              Custos de Produção
Custo Total Médio – no curto e longo prazo



      Custo

                                         CMg LP


                                               CMe LP




                         A




                       Escala óptima
                                                        Produção

   MICROECONOMIA                       Custos de Produção
Caso de estudo nº 1


A proprietária de uma loja de comércio cuida pessoalmente do trabalho
contabilístico. De que forma poderemos medir o custo de oportunidade desse
trabalho?

Os custos de oportunidade são calculados a partir da comparação entre o uso
corrente do recurso e seus usos alternativos. O custo de oportunidade do trabalho
contabilístico é o tempo que deixa de ser gasto noutras actividades, como a gestão
de um negócio ou a realização de actividades de lazer. O custo económico do
trabalho contabilístico é dado pelo maior valor monetário que poderia ser obtido
através de outras actividades.




     MICROECONOMIA                             Custos de Produção
Caso de estudo nº 2


Como é que o desenho de uma mosca reduz os custos de manutenção de um
aeroporto? Porque é que um fabricante de equipamento sanitário começou a
imprimir a imagem de uma mosca no centro dos urinóis de cerâmica?
A substituição do capital pelo trabalho por vezes é motivada não por uma alteração
dos factores, mas sim pela introdução de ideias novas. No caso do Aeroporto de
Schipol, em Amsterdam, para evitar os maus cheiros e a sujidade, apesar das
limpezas frequentes, a solução não foi intensificar os esforços de equipas de
manutenção, mas sim adoptar esse tipo de urinóis, com uma mosca gravada no
centro. A sua teoria assentava no facto de que a presença deste faria com que os
utilizadores fossem mais precisos na utilização das instalações. Qual foi o resultado?
Instalações extremamente limpas e uma redução de 20 por cento nos custos de
limpeza.


             Adaptado de “Microeconomia e Comportamento” – 6ª edição – Robert H. Frank




     MICROECONOMIA                               Custos de Produção
Estruturas
de Mercado

MICROECONOMIA
Os Mercados

Os Mercados possibilitam a compradores e vendedores negociar e a transaccionar,
para que possam repartir os possíveis ganhos da especialização e da troca de acordo
com as vantagens comparativas.
Os economistas vêem a Economia como um conjunto de mercados. Em cada um
deles os compradores e vendedores serão diferentes, dependendo do que estiver a
ser negociado. Há um mercado de computadores, um mercado de carros, um mercado
de batatas, um mercado de acções, etc.

Na economia de mercado as decisões são descentralizadas (cabem aos vendedores e
aos compradores); os mercados tendem a ser eficientes (os consumidores, em regra,
pagam preços por bens que reflectem aproximadamente os custos mínimos de
produção); as forças que dirigem os mercados em direcção ao equilíbrio – a tal ”mão
invisível” de que falou Adam Smith – tendem a gerar maior estabilidade que todos os
outros mecanismos.

O Sistema de Mercado, sendo o tipo de organização social de produção e distribuição
prevalecente, é um sistema social em que os preços dirigem a utilização dos recursos,
em que, por consequência, os preços são utilizados para alocar recursos.

     MICROECONOMIA                            Estruturas de Mercado
As Estruturas de Mercado
                                         Fonte: Introdução à Economia – 3ª edição – N. Gregory Mankiw



                          Número de Empresas?


                                                 Muitas
                                                 firmas

                                                               Tipo de Produtos?
     Uma            Poucas              Produtos
     empresa      empresas                                                       Produtos
                                     diferenciados
                                                                                 idênticos


 Monopólio          Oligopólio           Competição                       Competição
                                         Monopolística                      Perfeita

• Água            • Bolas de ténis        • Romances                       • Trigo
• Electricidade   • Petróleo              • Filmes                         • Leite



      MICROECONOMIA                            Estruturas de Mercado
Quadro-síntese



                                   Concorrência perfeita               Monopólio                   Oligopólio           Concorrência Monopolística


                               Muitos, de dimensão                                                                     Muitos, mas menos que em
Quanto ao nº de concorrentes                                 Uma, de grande dimensão   Poucos, de grande dimensão
                               semelhante                                                                              concorrência

                                                                                       Bens homogéneos ou
Produtos substitutos           Bens homogéneos               Inexistentes                                              Alguma diferenciação
                                                                                       diferenciados


Barreiras à entrada            Inexistentes                  Intransponíveis           Consideráveis                   Poucas


                                                                                       Depende da interacção
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Exemplo                                                      Electricidade             Petróleo, Automóveis            Computadores
                               financeiros




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Mercados
Competitivos

 MICROECONOMIA
Mercados perfeitamente competitivos


Um mercado perfeitamente competitivo possui as seguintes características:
• Existem muitos compradores e vendedores no mercado, sem influência no preço
  (cada empresa é demasiado pequena para que possa influir no mercado; o preço de
  mercado é um dado; a decisão é a da quantidade a produzir).
• Os bens oferecidos pelos vários vendedores são basicamente os mesmos.
• As empresas podem entrar e sair livremente do mercado.



Num mercado de concorrência perfeita estarão ausentes os sinais de rivalidade, uma
vez que há informação perfeita. Do lado dos vendedores não haverá motivação para a
publicidade, não haverá necessidade de pesquisa de mercado e não haverá
diferenciação, porque o produto é homogéneo. Do lado dos compradores, nenhum
precisará de procurar por um negócio melhor.


O mercado de concorrência perfeita é o melhor exemplo do funcionamento dos
chamados “ajustes de mercado”. Alguns mercados agrícolas e o próprio mercado de
acções são próximos desta estrutura.

     MICROECONOMIA                          Mercados Competitivos
Maximização do Lucro



O objectivo principal de uma empresa é a Maximização de Lucro.


Devem salientar-se dois aspectos: a clarificação do termo “lucro” (em particular a
distinção entre lucro económico e lucro contabilístico, já tratada em diversos slides) e
os comportamentos específicos que conduzem a esse objectivo, como, p.ex., a
reacção das empresas a alterações nos factores produtivos ou nos preços dos
produtos, impostos e outros factores influenciadores do contexto em que actuam.


Para maximizar o lucro a firma escolhe a quantidade de produto que iguala a receita
marginal ao custo marginal.
Esta também é a quantidade onde o preço é igual ao custo marginal.
Portanto, a curva de custo marginal de uma empresa é a sua curva de oferta. A curva
de procura de uma empresa perfeitamente competitiva é horizontal.



     MICROECONOMIA                              Mercados Competitivos
Maximização do Lucro em Mercados Competitivos


        Custos
           e        A empresa maximiza
        receita     o lucro produzindo
                    a Quantidade onde
                                                                 CMg
                    o Custo Marginal iguala
                    a Receita Marginal.
         CMg2


                                                                    CTM
P = RMg1 = RMg2                                                     P = RM = RMg
                                                              CVM



         CMg1




                0                Q1           QMAX       Q2                  Quantidade

         MICROECONOMIA                               Mercados Competitivos
Resumo das Decisões de Produção




A maximização de lucro ocorre quando a receita marginal é igual ao custo marginal.
                                  RMg = CMg = P



•   Quando RMg > CMg, então, Q deve aumentar (cada unidade adicional produzida
    aumenta o lucro).
•   Quando RMg < CMg, então Q deve diminuir (cada unidade que deixa de ser
    fabricada aumenta o lucro).
•   Quando RMg = CMg, então o lucro é máximo.




       MICROECONOMIA                          Mercados Competitivos
Decisão de suspender a actividade (a curto prazo)

A paralisação (temporária) de uma empresa refere-se à decisão de não produzir nada
durante algum período (no curto prazo), por causa da condição momentânea do
mercado.
A saída (definitiva) refere-se à decisão (de longo prazo) de abandonar o mercado.

As decisões – de curto e longo prazo – diferem porque a maioria das empresas não
se consegue libertar do custo fixo no curto prazo, mas pode consegui-lo no longo
prazo. Ou seja, uma empresa que paralisa a sua actividade temporariamente ainda tem
de suportar os custos fixos; só quando abandona o mercado se liberta dos custos
fixos e variáveis.

A empresa decide paralisar se a receita da sua produção é menor que os custos
variáveis da produção, isto é, quando RT < CV  RT/Q < CV/Q  P < CVM
Ela poderá retomar no futuro se as condições mudarem de tal modo que o preço
exceda o custo variável médio, o ponto-chave da sua condição de encerramento.

A parte da curva de custo marginal que se encontra acima da curva de custo variável
médio é a oferta da firma no curto prazo.

     MICROECONOMIA                            Mercados Competitivos
Curva de Oferta de Curto Prazo das Empresas Competitivas



      Custos
                                                Curva de oferta
                         Se P > CTM, a          de curto prazo      CMg
                         empresa vai produzir
                         com lucros.


                                                                        CTM
 Se P > CVM, a
 empresa vai continuar                                                  CVM
 a produção no curto
 prazo.



 A empresa
 paralisa
 a produção
 P < CVM
              0                                                           Qt


     MICROECONOMIA                              Mercados Competitivos
Empresa com Lucro




   Preço

                                              CMg       CTM
             Lucro = (P – CTM) x Q

      P

   CTM                                        P = RM = RMg




                                                                 Qt
      0                          Q   (Quantidade que maximiza o lucro)


   MICROECONOMIA                     Mercados Competitivos
Empresa com Prejuízo




    Preço



                                               CMg CTM



     CTM

       P                                     P = RM = RMg

            Prejuízo




                                                              Qt
       0               Q   (Quantidade que minimiza o prejuízo)

   MICROECONOMIA                Mercados Competitivos
Caso de estudo nº 2

Porque é que as empresas se mantêm em actividade quando têm lucro zero?

À primeira vista, pode parecer estranho que empresas competitivas tenham lucro zero no longo
prazo. Afinal de contas, as pessoas abrem empresas para ter lucro.
Para entender melhor a condição de lucro zero, lembre-se que o lucro é igual à receita total
menos o custo total e que esse custo inclui os custos de oportunidade da empresa. Mais
especificamente, inclui o custo de oportunidade do tempo e dinheiro que o proprietário dedica
à empresa. No equilíbrio de lucro zero, a receita da empresa precisa de compensar os
proprietários pelo tempo e dinheiro que gastam em mater a empresa.
Suponhamos que um agricultor tenha precisado investir $ 1 milhão para a abrir a sua quinta e
que esse valor pudesse, alternativamente, ter sido depositado num banco para render $ 50 mil
por ano em juros. Também para iniciar o seu negócio, ele teve de abrir mão de outro emprego
que lhe renderia $ 30 mil por ano. Então, o seu custo de oportunidade foi de $ 80 mil.
Como se viu, aquando da introdução à Teoria da Produção, os economistas e os contabilistas
medem os custos de modo diferente. Na contabilidade são reconhecidos os custos que
envolvem meios financeiros, mas não considerados os custos (implícitos) de oportunidade de
produção. Neste exemplo, o lucro económico é zero, mas o lucro contabilístico é de $ 80 mil. O
suficiente para manter no negócio.

                     Adaptado de “Introdução à Economia” – 3ª edição americana – N. Gregory Mankiw


      MICROECONOMIA                                  Mercados Competitivos
Competição vs. Monopólio



                                               Competição          Monopólio
Semelhanças
Objectivo das empresas                       Maximizar o Lucro   Maximizar o Lucro
Regra de Maximização do Lucro                   RMg = CMg           RMg = CMg
Diferenças
Nº de empresas                                    Muitas               Uma
Receita Marginal                                 RMg = P             RMg < P
Preço                                            P = CMg             P > CMg
Entrada no longo prazo                             Sim                 Não
Pode obter lucro económico no longo prazo?         Não                 Sim




        MICROECONOMIA                                 Mercados
Referências bibliográficas




•   Byrns, Ralph T. e Stone, Gerald W. (1996) - Microeconomia - Makron Books

•   Frank, Robert H. (2006) - Microeconomia e Comportamento – 6ª ed. – McGraw-Hill

•   Mankiw, N. Gregory (2006) - Introdução à Economia – 3ª ed. americana – Thomson

•   Mata, José (2007) - Economia da Empresa – 4ª ed. – Fundação Calouste Gulbenkian

•   Samuelson Nordhaus (1999) - Economia, 16ª ed. - McGraw-Hill




                                                                                      | 40 |
      MICROECONOMIA

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Microeconomia - Teoria da Produção

  • 1. MICROECONOMIA A Produção e os Mercados josecruz.consultoria@gmail.com | 2012
  • 3. Trade-offs - Eficiência e Equidade As pessoas enfrentam trade-offs. “Nada é de graça”. A tomada de decisões exige escolher um objectivo em detrimento de outro. O trade-off clássico “Armas / Manteiga”: Quanto mais gastamos em defesa nacional (armas) menos poderemos gastar em bens de consumo (manteiga), tal como vimos no 1º semestre, em Macroeconomia. Outro trade-off que a sociedade enfrenta é entre Eficiência e Equidade. Eficiência significa que se está a obter o máximo que se pode dos recursos escassos. Equidade significa que os benefícios resultantes estão a ser distribuídos com justiça entre os membros da Sociedade. Por outras palavras: a Eficiência refere-se ao tamanho do “bolo” económico; a Equidade à maneira como o “bolo” é dividido. Muitas das vezes, na formulação das políticas governamentais, esses dois objectivos entram em conflito. MICROECONOMIA Teoria da Produção
  • 4. “Armadilhas” vulgares na tomada de decisões Como as pessoas enfrentam trade-offs, a tomada de decisões exige comparar os custos e benefícios das diferentes alternativas. Uma armadilha decorre de se ignorem os custos implícitos (os que não têm a ver com pagamentos). Se se fizer a actividade x significa não poder fazer a actividade y. Então, o valor de fazer y é o Custo de Oportunidade de fazer x. O Custo de Oportunidade é o valor da melhor opção sacrificada numa decisão. É o valor daquilo de que se abriu mão. O Custo de Oportunidade é o conceito mais preciso e completo de custo, aqueles que devemos usar quando tomamos as nossas próprias decisões. Muitas pessoas tomam más decisões porque tendem a ignorar o valor dessas oportunidades postas de lado. MICROECONOMIA Teoria da Produção
  • 5. “Armadilhas” vulgares na tomada de decisões Medir os custos e benefícios em proporção em vez de os medir em valores absolutos é um erro. Numa análise custo-benefício, ambos devem ser expressos em valores absolutos. Comparar percentagens não é uma forma adequada de avaliar decisões. Há que pensar em termos de Margem. O princípio do custo-benefício estabelece que os conceitos relevantes para escolher um nível de actividade são os Custos Marginais e os Benefícios Marginais. No entanto, muitos indivíduos tomam decisões com base em valores médios, por incapacidade em os distinguir. O custo de uma unidade adicional chama-se Custo Marginal da actividade; o benefício de uma unidade adicional designa-se Benefício Marginal. A regra: devemos aumentar a actividade enquanto o seu Benefício Marginal exceder o respectivo Custo Marginal. MICROECONOMIA Teoria da Produção
  • 6. Fronteira de Possibilidades de Produção (FPP) A FPP é um gráfico que mostra as várias combinações de dois bens que a economia tem possibilidade de produzir com os recursos e a tecnologia disponíveis. É a fronteira máxima que a economia pode produzir, dado que os recursos produtivos são limitados. Mostra as alternativas de produção da sociedade, supondo os recursos plenamente empregues. Para produzir mais de um bem, a sociedade precisa de retirar recursos da produção de outro bem. A Eficiência Produtiva verifica-se quando uma economia não pode produzir mais do que um bem sem que produza menos de um outro bem (a economia está sobre a FPP). “A substituição é a lei da vida numa economia de pleno emprego e a fronteira de possibilidades de produção representa o menu de escolhas da sociedade” (Paul Samuelson). MICROECONOMIA Teoria da Produção
  • 7. Fronteira de Possibilidades de Produção (FPP) MICROECONOMIA Teoria da Produção
  • 8. A Teoria da Empresa A Teoria da Empresa trata:  Do modo pelo qual uma firma toma decisões de produção minimizadoras de custos.  Do modo pelo qual os custos de produção variam com o nível de produção.  Das características da oferta de mercado.  Dos problemas das actividades produtivas em geral. MICROECONOMIA Teoria da Produção
  • 9. A Produção Para os economistas a Produção - sendo um processo altamente estruturado, frequentemente mecanizado, através do qual se transformam matérias-primas em produtos finais, com destino à venda – engloba actividades que normalmente não são consideradas como tal. É importante realçar que o conceito de Produção não se reporta apenas aos bens físicos, mas também a serviços, como transportes, comércio, actividades financeiras, etc. A Produção é definida com qualquer actividade que crie utilidade, no presente ou no futuro. A Produção, portanto, consiste na utilização de recursos na transformação de produtos para se tornarem mais úteis na forma, no espaço, na propriedade ou no tempo e envolve o uso de conhecimento para aplicar energia nesse processo. A Produção depende dos factores produtivos utilizados (“inputs”) para obter um determinado volume de produção (“output”) e da tecnologia utilizada. MICROECONOMIA Teoria da Produção
  • 10. Produto – Total, Médio e Marginal O Produto (Físico) Total é a quantidade total realizada de um produto, em unidades físicas. O Produto Marginal representa a variação no Produto Total devido a uma variação unitária no factor variável, com todos os outros factores constantes. O termo “marginal” significa “adicional”, pelo que resulta do aumento (ou diminuição) do produto decorrente de uma unidade adicional do factor variável. O Produto Médio é definido como o Produto Total dividido pela quantidade do Factor Variável utilizado para se atingir o nível de produção. MICROECONOMIA Teoria da Produção
  • 11. Produção com um Factor Variável (Trabalho) Produção Observações: mensal por À esquerda de E: PMg > PM & PM crescente trabalhador À direita de E: PMg < PM & PM decrescente E: PMg = PM & PM máximo 30 Produto marginal E Produto médio 20 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Trabalho mensal MICROECONOMIA Teoria da Produção
  • 12. Produção com um Factor Variável (Trabalho) - Comentários  Quando PMg = 0, PT encontra-se no seu nível máximo.  Quando PMg > PM, PM é crescente.  Quando PMg < PM, PM é decrescente.  Quando PMg = PM, PM encontra-se no seu nível máximo. O Óptimo da Produção diz-nos como o produtor combinará os factores a fim de maximizar o produto para um custo total dado ou, alternativamente, como o produtor combinaria os factores para minimizar os custos de um produto. MICROECONOMIA Teoria da Produção
  • 13. Caso de estudo nº 1 Quando, no início da década de 70, o preço da gasolina sofreu um incremento brusco, verificou-se que os táxis, que antes circulavam à procura de passageiros, passaram a estar muito mais tempo parados nas praças. A circulação à procura de passageiros permite ao táxi realizar mais viagens com passageiro do que quando está parado à espera que o procurem. Contudo, a circulação obriga-o a gastar gasolina. Para encontrar um passageiro o táxi tem que gastar diferentes quantidade de gasolina ao longo do dia: relativamente pouca nas horas de maior movimento, maior quantidade nas horas mortas. A produtividade marginal da gasolina é variável ao longo do dia: mais elevada na hora de ponta, mais reduzida nas horas mortas. Com o aumento do preço da gasolina, muito dos táxis que circulavam em horas mortas passaram a estacionar nas praças nessas horas. Economia da Empresa – 4ª edição – José Mata MICROECONOMIA Teoria da Produção
  • 14. Caso de estudo nº 2 Suponha que no último minuto gasto no problema 1 do seu primeiro exame de Economia ganhou 4 pontos adicionais, enquanto no último minuto gasto no problema 2 ganhou 6 pontos adicionais. O número total que ganhou nestas duas questões foi de 20 e 12 pontos, respectivamente e o tempo total que gastou em cada uma delas foi o mesmo. Como – se é que vale a pena – deveria redistribuir o seu tempo entre as duas questões? A regra para a distribuição eficiente do tempo gasto em exames é a mesma regra para a distribuição eficiente de qualquer recurso: a produtividade marginal do recurso deve ser a mesma para cada actividade. A partir da informação fornecida, a produtividade marginal do último minuto gasto na questão 2 foi de 6 pontos, ou mais 2 pontos de que a produtividade marginal do último minuto gasto na questão1. Apesar da produtividade média do seu tempo gasto na questão 1 ter sido superior ao da questão 2, teria obtido mais pontos se tivesse gasto menos tempo na questão 1 e mais tempo na questão 2. Microeconomia e Comportamento – 6ª edição – Robert H. Frank MICROECONOMIA Teoria da Produção
  • 16. Introdução Cf. referido na abordagem à Teoria da Firma, na perspectiva do economista, há que distinguir entre custos contabilísticos (custo explícitos, que sempre envolvem um dispêndio monetário) e custos de oportunidade (custos implícitos, estimados a partir do que poderia ser ganho no melhor uso alternativo), medidos pela utilidade. Os custos de oportunidade não são contabilizados no balanço das empresas. P.ex.:  O capital que permanece parado nas disponibilidades da empresa: o custo de oportunidade é o que a empresa poderia estar a ganhar se aplicasse esse capital no mercado financeiro;  Quando a empresa funciona em instalações próprias, deve imputar um custo de oportunidade correspondente ao que pagaria se tivesse de arrendar um edifício. Os custos, tal como aparecem reflectidos nas contas da empresas, são insuficientes para a tomada de decisão. Para o economista, as curvas de custo devem considerar, para além dos custos contabilísticos, os custos de oportunidade (a remuneração que o proprietário da empresa poderia obter para o seu capital e o seu tempo, se os empregasse noutras actividades, p.ex.) reflectindo, assim, o custo económico. MICROECONOMIA Custos de Produção
  • 17. Introdução Fonte: Introdução à Economia – 3ª edição – N. Gregory Mankiw Como os economistas Como os contabilistas vêem as Empresas vêem as Empresas Lucro Económico Lucro contabilístico Custos Receita Implícitos Receita Custo de oportunidade total Custos Custos Explícitos Explícitos MICROECONOMIA Custos de Produção
  • 18. Custos Fixos e Custos Variáveis Os Custos Fixos (CF) correspondem à parcela dos custos totais que não dependem do nível de produção (não são afectados por qualquer variação da quantidade produzida e são suportados mesmo quando a produção está inactiva). São os chamados “custos à cabeça”. P.ex.: a renda das instalações, as prestações dos empréstimos no curto prazo, a iluminação, etc. Os Custos Variáveis (CV) dependem da produção e, por isso, mudam à medida que a quantidade produzida varia. Representam as despesas realizadas com os factores variáveis de produção. P.ex.: os salários, os gastos na compra de matérias-primas, etc. Esta é uma distinção importante para a decisão de quanto produzir, pois num processo produtivo existem elementos que se podem mudar e ajustar (o número de trabalhadores, quantidade de matéria-prima, etc.), enquanto outros são muito mais rígidos (o número de máquinas ou a dimensão da fábrica, p.ex.). MICROECONOMIA Custos de Produção
  • 19. Custo Fixo,Variável e Total Curva de Custo Total Custo Total 18.00 CT 16.00 14.00 12.00 10.00 8.00 CV 6.00 4.00 2.00 CF 0 2 4 6 8 10 12 14 Qt MICROECONOMIA Custos de Produção
  • 20. Custos Médios e Custo Marginal Custos - Marginal e Médio Custos 3.00 2.50 CMg 2.00 1.50 CMe CVM 1.00 0.50 CFM 0 2 4 6 8 10 12 14 Qt MICROECONOMIA Custos de Produção
  • 21. Curvas de Custos A Curva de Custos Médios (CMe) é em forma de “U”. Na essência, isso resulta do comportamento dos rendimentos marginais, como referido. Inicialmente, a curva tem uma zona decrescente, que corresponde a uma fase de rendimentos marginais crescentes. Quando a produção é muito baixa, um aumento dessa produção pode fazer descer muito significativamente o custo atribuído a cada unidade. Por exemplo, o custo numa siderurgia de produzir só uma chapa de ferro é elevadíssimo, pois o alto-forno e os outros equipamentos têm todos o seu custo afectado a essa unidade. Se forem produzidas dez chapas, o custo médio de cada uma fica muito mais baixo, pois (embora se gaste mais matéria-prima) todo o custo do equipamento vai ser distribuído agora por dez unidades. Mas, a partir de certa altura, produzir mais começa a sair cada vez mais caro (saturação, engarrafamento, etc.) e a curva cresce. Passou-se à fase dos rendimentos marginais decrescentes, que, ao fim de certo tempo, faz subir CMe. Deste modo a Curva dos Custos Médios apresenta um padrão geral em U. A Curva dos Custos Marginais (CMg), fortemente ligada à dos custos médios, tem também um padrão em U, mas mais vincado, começando a crescer antes da CM. MICROECONOMIA Custos de Produção
  • 22. Custo Total Médio – no curto e longo prazo Custo CMg LP CMe LP A Escala óptima Produção MICROECONOMIA Custos de Produção
  • 23. Caso de estudo nº 1 A proprietária de uma loja de comércio cuida pessoalmente do trabalho contabilístico. De que forma poderemos medir o custo de oportunidade desse trabalho? Os custos de oportunidade são calculados a partir da comparação entre o uso corrente do recurso e seus usos alternativos. O custo de oportunidade do trabalho contabilístico é o tempo que deixa de ser gasto noutras actividades, como a gestão de um negócio ou a realização de actividades de lazer. O custo económico do trabalho contabilístico é dado pelo maior valor monetário que poderia ser obtido através de outras actividades. MICROECONOMIA Custos de Produção
  • 24. Caso de estudo nº 2 Como é que o desenho de uma mosca reduz os custos de manutenção de um aeroporto? Porque é que um fabricante de equipamento sanitário começou a imprimir a imagem de uma mosca no centro dos urinóis de cerâmica? A substituição do capital pelo trabalho por vezes é motivada não por uma alteração dos factores, mas sim pela introdução de ideias novas. No caso do Aeroporto de Schipol, em Amsterdam, para evitar os maus cheiros e a sujidade, apesar das limpezas frequentes, a solução não foi intensificar os esforços de equipas de manutenção, mas sim adoptar esse tipo de urinóis, com uma mosca gravada no centro. A sua teoria assentava no facto de que a presença deste faria com que os utilizadores fossem mais precisos na utilização das instalações. Qual foi o resultado? Instalações extremamente limpas e uma redução de 20 por cento nos custos de limpeza. Adaptado de “Microeconomia e Comportamento” – 6ª edição – Robert H. Frank MICROECONOMIA Custos de Produção
  • 26. Os Mercados Os Mercados possibilitam a compradores e vendedores negociar e a transaccionar, para que possam repartir os possíveis ganhos da especialização e da troca de acordo com as vantagens comparativas. Os economistas vêem a Economia como um conjunto de mercados. Em cada um deles os compradores e vendedores serão diferentes, dependendo do que estiver a ser negociado. Há um mercado de computadores, um mercado de carros, um mercado de batatas, um mercado de acções, etc. Na economia de mercado as decisões são descentralizadas (cabem aos vendedores e aos compradores); os mercados tendem a ser eficientes (os consumidores, em regra, pagam preços por bens que reflectem aproximadamente os custos mínimos de produção); as forças que dirigem os mercados em direcção ao equilíbrio – a tal ”mão invisível” de que falou Adam Smith – tendem a gerar maior estabilidade que todos os outros mecanismos. O Sistema de Mercado, sendo o tipo de organização social de produção e distribuição prevalecente, é um sistema social em que os preços dirigem a utilização dos recursos, em que, por consequência, os preços são utilizados para alocar recursos. MICROECONOMIA Estruturas de Mercado
  • 27. As Estruturas de Mercado Fonte: Introdução à Economia – 3ª edição – N. Gregory Mankiw Número de Empresas? Muitas firmas Tipo de Produtos? Uma Poucas Produtos empresa empresas Produtos diferenciados idênticos Monopólio Oligopólio Competição Competição Monopolística Perfeita • Água • Bolas de ténis • Romances • Trigo • Electricidade • Petróleo • Filmes • Leite MICROECONOMIA Estruturas de Mercado
  • 28. Quadro-síntese Concorrência perfeita Monopólio Oligopólio Concorrência Monopolística Muitos, de dimensão Muitos, mas menos que em Quanto ao nº de concorrentes Uma, de grande dimensão Poucos, de grande dimensão semelhante concorrência Bens homogéneos ou Produtos substitutos Bens homogéneos Inexistentes Alguma diferenciação diferenciados Barreiras à entrada Inexistentes Intransponíveis Consideráveis Poucas Depende da interacção Poder de mercado Inexistente Considerável Depende da diferenciação estratégica Bolsa de produtos ou Publicidade e rivalidade pela Publicidade e rivalidade pela Métodos de marketing Publicidade mercados tipo leilão qualidade qualidade Alguns mercados agrícolas e Exemplo Electricidade Petróleo, Automóveis Computadores financeiros MICROECONOMIA Estruturas de Mercado
  • 30. Mercados perfeitamente competitivos Um mercado perfeitamente competitivo possui as seguintes características: • Existem muitos compradores e vendedores no mercado, sem influência no preço (cada empresa é demasiado pequena para que possa influir no mercado; o preço de mercado é um dado; a decisão é a da quantidade a produzir). • Os bens oferecidos pelos vários vendedores são basicamente os mesmos. • As empresas podem entrar e sair livremente do mercado. Num mercado de concorrência perfeita estarão ausentes os sinais de rivalidade, uma vez que há informação perfeita. Do lado dos vendedores não haverá motivação para a publicidade, não haverá necessidade de pesquisa de mercado e não haverá diferenciação, porque o produto é homogéneo. Do lado dos compradores, nenhum precisará de procurar por um negócio melhor. O mercado de concorrência perfeita é o melhor exemplo do funcionamento dos chamados “ajustes de mercado”. Alguns mercados agrícolas e o próprio mercado de acções são próximos desta estrutura. MICROECONOMIA Mercados Competitivos
  • 31. Maximização do Lucro O objectivo principal de uma empresa é a Maximização de Lucro. Devem salientar-se dois aspectos: a clarificação do termo “lucro” (em particular a distinção entre lucro económico e lucro contabilístico, já tratada em diversos slides) e os comportamentos específicos que conduzem a esse objectivo, como, p.ex., a reacção das empresas a alterações nos factores produtivos ou nos preços dos produtos, impostos e outros factores influenciadores do contexto em que actuam. Para maximizar o lucro a firma escolhe a quantidade de produto que iguala a receita marginal ao custo marginal. Esta também é a quantidade onde o preço é igual ao custo marginal. Portanto, a curva de custo marginal de uma empresa é a sua curva de oferta. A curva de procura de uma empresa perfeitamente competitiva é horizontal. MICROECONOMIA Mercados Competitivos
  • 32. Maximização do Lucro em Mercados Competitivos Custos e A empresa maximiza receita o lucro produzindo a Quantidade onde CMg o Custo Marginal iguala a Receita Marginal. CMg2 CTM P = RMg1 = RMg2 P = RM = RMg CVM CMg1 0 Q1 QMAX Q2 Quantidade MICROECONOMIA Mercados Competitivos
  • 33. Resumo das Decisões de Produção A maximização de lucro ocorre quando a receita marginal é igual ao custo marginal. RMg = CMg = P • Quando RMg > CMg, então, Q deve aumentar (cada unidade adicional produzida aumenta o lucro). • Quando RMg < CMg, então Q deve diminuir (cada unidade que deixa de ser fabricada aumenta o lucro). • Quando RMg = CMg, então o lucro é máximo. MICROECONOMIA Mercados Competitivos
  • 34. Decisão de suspender a actividade (a curto prazo) A paralisação (temporária) de uma empresa refere-se à decisão de não produzir nada durante algum período (no curto prazo), por causa da condição momentânea do mercado. A saída (definitiva) refere-se à decisão (de longo prazo) de abandonar o mercado. As decisões – de curto e longo prazo – diferem porque a maioria das empresas não se consegue libertar do custo fixo no curto prazo, mas pode consegui-lo no longo prazo. Ou seja, uma empresa que paralisa a sua actividade temporariamente ainda tem de suportar os custos fixos; só quando abandona o mercado se liberta dos custos fixos e variáveis. A empresa decide paralisar se a receita da sua produção é menor que os custos variáveis da produção, isto é, quando RT < CV  RT/Q < CV/Q  P < CVM Ela poderá retomar no futuro se as condições mudarem de tal modo que o preço exceda o custo variável médio, o ponto-chave da sua condição de encerramento. A parte da curva de custo marginal que se encontra acima da curva de custo variável médio é a oferta da firma no curto prazo. MICROECONOMIA Mercados Competitivos
  • 35. Curva de Oferta de Curto Prazo das Empresas Competitivas Custos Curva de oferta Se P > CTM, a de curto prazo CMg empresa vai produzir com lucros. CTM Se P > CVM, a empresa vai continuar CVM a produção no curto prazo. A empresa paralisa a produção P < CVM 0 Qt MICROECONOMIA Mercados Competitivos
  • 36. Empresa com Lucro Preço CMg CTM Lucro = (P – CTM) x Q P CTM P = RM = RMg Qt 0 Q (Quantidade que maximiza o lucro) MICROECONOMIA Mercados Competitivos
  • 37. Empresa com Prejuízo Preço CMg CTM CTM P P = RM = RMg Prejuízo Qt 0 Q (Quantidade que minimiza o prejuízo) MICROECONOMIA Mercados Competitivos
  • 38. Caso de estudo nº 2 Porque é que as empresas se mantêm em actividade quando têm lucro zero? À primeira vista, pode parecer estranho que empresas competitivas tenham lucro zero no longo prazo. Afinal de contas, as pessoas abrem empresas para ter lucro. Para entender melhor a condição de lucro zero, lembre-se que o lucro é igual à receita total menos o custo total e que esse custo inclui os custos de oportunidade da empresa. Mais especificamente, inclui o custo de oportunidade do tempo e dinheiro que o proprietário dedica à empresa. No equilíbrio de lucro zero, a receita da empresa precisa de compensar os proprietários pelo tempo e dinheiro que gastam em mater a empresa. Suponhamos que um agricultor tenha precisado investir $ 1 milhão para a abrir a sua quinta e que esse valor pudesse, alternativamente, ter sido depositado num banco para render $ 50 mil por ano em juros. Também para iniciar o seu negócio, ele teve de abrir mão de outro emprego que lhe renderia $ 30 mil por ano. Então, o seu custo de oportunidade foi de $ 80 mil. Como se viu, aquando da introdução à Teoria da Produção, os economistas e os contabilistas medem os custos de modo diferente. Na contabilidade são reconhecidos os custos que envolvem meios financeiros, mas não considerados os custos (implícitos) de oportunidade de produção. Neste exemplo, o lucro económico é zero, mas o lucro contabilístico é de $ 80 mil. O suficiente para manter no negócio. Adaptado de “Introdução à Economia” – 3ª edição americana – N. Gregory Mankiw MICROECONOMIA Mercados Competitivos
  • 39. Competição vs. Monopólio Competição Monopólio Semelhanças Objectivo das empresas Maximizar o Lucro Maximizar o Lucro Regra de Maximização do Lucro RMg = CMg RMg = CMg Diferenças Nº de empresas Muitas Uma Receita Marginal RMg = P RMg < P Preço P = CMg P > CMg Entrada no longo prazo Sim Não Pode obter lucro económico no longo prazo? Não Sim MICROECONOMIA Mercados
  • 40. Referências bibliográficas • Byrns, Ralph T. e Stone, Gerald W. (1996) - Microeconomia - Makron Books • Frank, Robert H. (2006) - Microeconomia e Comportamento – 6ª ed. – McGraw-Hill • Mankiw, N. Gregory (2006) - Introdução à Economia – 3ª ed. americana – Thomson • Mata, José (2007) - Economia da Empresa – 4ª ed. – Fundação Calouste Gulbenkian • Samuelson Nordhaus (1999) - Economia, 16ª ed. - McGraw-Hill | 40 | MICROECONOMIA