1. COTIDIANO, RELIGIÃO E EDUCAÇÃO NA BAIXA IDADE
Profª Isabel Aguiar
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2. Corresponde ao período entre
os séculos XII e meados do
século XV. Nesse momento
histórico ocorreram inúmeras
transformações no
feudalismo, como o renasci
mento do mundo urbano e o
reaquecimento das atividades
comerciais; o fim do trabalho
servil; o surgimento da
burguesia; a centralização
política nas mãos dos
monarcas; e as crises da
Igreja Católica.
BAIXA IDADE
MÉDIA
Toda a trama histórica levou o sistema feudal ao seu limite
produzindo uma grave crise que desembocou na transição para o capitalismo.
3. A passagem do século X ao XI foi um
momento de mudanças na Europa feudal.
Com o fim das invasões bárbaras (vikings
e magiares), o mundo medieval conheceu
um período de paz, segurança e
desenvolvimento.
O primeiro dado importante refletindo esse
novo momento foi o aumento da
população. O crescimento demográfico foi
ocasionado pelo fim das guerras contra os
bárbaros e pelo recuo das epidemias,
gerando uma queda da mortalidade.
Além disso, ocorreu uma suavização do
clima, proporcionando mais terras férteis e
colheitas abundantes.
4. ANO POPULAÇÃO
1050 46 milhões
1150 50 milhões
1200 61 milhões
1300 73 milhões
Veja na tabela abaixo como a população da Europa
ocidental foi crescendo significativamente no período:
5. Renascimento urbano
As cidades começaram a crescer durante a Idade Média a
partir do desenvolvimento agrícola, que garantia o
abastecimento, e das atividades de troca do excedente.
O revigoramento do comércio transformou as villas, as
cidades portuárias e as antigas regiões das feiras
comerciais, que se tornaram permanentes.
Várias cidades desenvolveram-se junto dos castelos e
mosteiros fortificados, em razão da proteção
proporcionada por seus muros.
!Provavelmente surge daí a denominação burgo para as
cidades, pois essa palavra significa fortaleza e castelo
(do latim burgo).
8. Os que habitavam os burgos, exercendo atividades comerciais e
manufatureiras, constituíram um novo segmento social no sistema
feudal, conhecido como burguesia.
burgueses
9. A burguesia fede
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia (...)
A burguesia não tem charme nem é discreta
Com suas perucas de cabelos de boneca
A burguesia quer ser sócia do Country
A burguesia quer ir a New York fazer compras (...)
Pobre de mim que vim do seio da burguesia
Sou rico mas não sou mesquinho
Eu também cheiro mal
Eu também cheiro mal (...)
Os guardanapos estão sempre limpos
As empregadas, uniformizadas
São caboclos querendo ser ingleses
São caboclos querendo ser ingleses (...)
A burguesia não repara na dor
Da vendedora de chicletes
A burguesia só olha pra si
A burguesia só olha pra si
A burguesia é a direita, é a guerra (...)
Letra: Cazuza
10. A monetarização da economia
O crescimento urbano e comercial proporcional a afluência e o câmbio (troca)
de moedas, que readquiriram função importante nas atividades comerciais.
Nessa nova situação, destacou-se o mercador que lidava especificamente com
as moedas: o cambista ou banqueiro.
Por meio da cobrança de taxas, esses mercadores cambiavam todo tipo de
moeda, faziam empréstimos e emitiam títulos de valores, ou seja,
certificados que garantiam a um comerciante a propriedade de determinada
quantia de moedas, que ficavam sob guarda e proteção do banqueiro.
Banqueiros
11. Os interesses econômicos, junto com o ideal religioso da defesa dos lugares
santos conquistados pelos muçulmanos, permitiram aos estados do Ocidente a
realização de um dos maiores empreendimentos da cristandade medieval:
as cruzadas.
Isso serviu para ampliar os limites do poder europeu, instituir o comércio
mediterrâneo e aliviar a pressão muçulmana sobre o império bizantino. No fim do
século XI, o papa Urbano II autorizou a primeira cruzada, cujo resultado foi a
conquista de Jerusalém pelos cristãos.
Durante os séculos XII e XIII realizaram-se novas cruzadas e fundaram-se diversos
reinos cristãos no Oriente Médio, mas todos eles acabaram por cair em poder dos
turcos otomanos.
Todos esses empreendimentos, imbuídos de forte espírito religioso,
causaram o aparecimento das ordens de cavalaria.
21. ESCOLAS - EDUCAÇÃO
Escolas Paroquiais (ou Presbitérias).
Limitavam-se à formação de eclesiásticos, sendo o ensino ministrado por qualquer
sacerdote encarregado de uma paróquia, que recebia em sua própria casa os jovens
rapazes. À medida que a nova religião se desenvolve, passa-se das casas privadas
às primeiras igrejas nas quais o altar substitui a tribuna. O ensino reduz-se aos
salmos, às lições das Escrituras, seguindo uma educação estritamente cristã.
MODELO DE AULA MEDIEVAL
22. Escolas Monásticas
Visavam, inicialmente, apenas a formação de futuros monges. Funcionando de
início apenas em regime de internato, estas escolas abrem mais tarde escolas
externas com o propósito da formação de leigos cultos (filhos dos Reis e os
servidores também). O programa de ensino, de início, muito elementar -
aprender a ler, escrever, conhecer a bíblia (se possível de cor), canto e um
pouco de aritmética - vai-se enriquecendo de forma a incluir o ensino do latim,
gramática, retórica e dialética.
Escolas Episcopais
Funcionavam numa dependência da habitação do bispo. Estas escolas
visavam, em especial, a formação do clero secular (parte do clero que tinha
contacto direto com a comunidade) e também de leigos instruídos que assim
eram preparados para defender a doutrina da Igreja na vida civil.
23. ESCOLAS CATEDRAIS
Se, até ao século XI, a vida intelectual era praticamente monopólio da
Igreja, a partir do século XII, inaugura-se uma nova fase.
À margem da sociedade feudal, emerge um novo grupo social, a
burguesia, urbana, mercantil e manufatureira, dedicada às finanças,
acumulando riquezas, poder e importância cultural.
É com o seu apoio que se vai operar a renovação da idéia de escola, a
sua abertura para além das paredes dos mosteiros e abadias rurais.
O ensino literalmente deixa o campo e instala-se definitivamente nas
cidades com as Escolas Catedrais (escolas urbanas), saídas das
antigas escolas episcopais (que alargaram o âmbito dos seus
estudos), tomaram a dianteira em relação às escolas dos mosteiros.
24. Ao lado desta instrução e educação ministrada aos jovens da nobreza por
eclesiásticos, a Idade Média oferece-lhes ainda uma educação militar e
cortesã, educação à qual, desde cedo, a Igreja procurou também imprimir
uma orientação religiosa e doutrinal.
25. ALGO DO QUE ESTUDAMOS DA IDADE MÉDIA PODE ESTAR
PRESENTE OU TEM SEMELHANÇA COM A ATUALIDADE...
O QUE DIFERENCIA É A MANEIRA COMO VEMOS AS COISAS OU
INTERPRETAMOS A REALIDADE....
Imagens: google-gifs de historia