1. FEUDALISMO
O feudalismo foi o sistema político, social e econômico que vigorou durante
a Idade Média (século V ao século XV). Originou-se após o fim do Império
Romano e as invasões bárbaras, quando, em troca de proteção, houve um
êxodo urbano, ou seja, as pessoas abandonaram as cidades e migraram para o
campo. A sociedade era dividida em estamentos, com pouca possibilidade de
ascensão social. Assim, só existia o clero, a nobreza e os servos.
O processo de concessão dessas terras obedecia a uma ordem: o rei as
concedia aos senhores, e estes, aos cavaleiros e aos servos. Nessa relação,
quem concedia as terras era chamado de suserano, e os que as recebiam, de
vassalos. O fim do feudalismo se deu quando as relações comerciais
começaram a se desenvolver, e, assim, surgiu uma nova classe social:
a burguesia. O feudalismo foi substituído pelo capitalismo.
2. Economia feudal
No feudalismo, a economia era agrária, com os servos trabalhando na terra dos
senhores em sistema rotativo, ou seja, cultivavam uma parcela dela e depois a outra. Era
também uma economia de subsistência, ou seja, voltada apenas para o sustento.
Tendo em vista que os servos precisavam pagar impostos pelo uso da terra, são
exemplos desses impostos:
Banalidades: impostos pagos para utilização de itens de infraestrutura do feudo,
como forno, celeiro, moinho etc.
Mão-morta: imposto pago em caso de morte do chefe da família para que a família
continuasse na terra.
Existiam vários outros pesados impostos, e, além disso, os servos eram obrigados a
servir militarmente em caso de guerras e a conceder pouso e hospitalidade ao seu
senhor.
3. Crise do feudalismo
Nos séculos XI e XV, o feudalismo entrou em crise. Esse foi o período da Baixa Idade
Média, o último desse sistema, antes do advento do capitalismo. Os motivos foram:
Êxodo rural: os servos passaram a ir (ou fugir) para as cidades depois de se
emanciparem comprando suas liberdades.
Peste Negra: epidemia de peste bubônica que dizimou 1/3 da população europeia a
partir do século XIV. Ocorreu devido às baixas condições de higiene, de maneira
geral, no feudalismo. A doença e as mortes fizeram com que a exploração dos servos
aumentasse, gerando revoltas e fugas.
Boom de nascimentos após a peste: fenômeno que foi incentivado para repovoar o
continente.
Crescimento demográfico e surgimento da burguesia: novo grupo constituído de
mercadores, banqueiros, artesões e donos de comércios que foi se desenvolvendo
dentro dos burgos, as cidades medievais.
4. Fortalecimento do comércio.
Questionamento do poderio da Igreja e nobreza.
Surgimento da fome e dificuldades para gerir questões como saúde e moradia: pessoas desassistidas
estavam sem casa, sem terras e sem comida, gerando também um novo grupo social de miseráveis, que
viviam às margens da sociedade e dos burgos.
Revolução Burguesa: envolveu aqueles que praticavam o comércio e passaram a desenvolver, também, as
primeiras moedas; consequentemente, almejavam um novo sistema econômico, mais dinâmico, com
possibilidade de mobilidade social para seu enriquecimento.
Formulação do absolutismo: modelo político baseado na centralização do poder e no desenvolvimento de
instituições com normas e regras bem definidas.
Formação de cidades mais desenvolvidas: processo feito a partir dos burgos e com base no comércio pujante.
Cruzadas (séculos XI e XIII): abriram caminhos para o Oriente e o aumento das movimentações mercantis
pelo mar Mediterrâneo, sendo também um dos fatores de desenvolvimento do comércio.
Surgimento do renascimento: fundamental para o fim da Idade Média, inaugurando a Idade Moderna, que
questionava, entre outras coisas, a Igreja.
Mudança das mentalidades: o que levou ao fim do feudalismo e da Idade Média.