Riscos Ambientais
Consideram-se riscos ambientais os agentes químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e os riscos de
acidentes de trabalho.
Eles são capazes de causar danos à saúde e à integridade física do trabalhador em função de sua natureza,
concentração, intensidade, suscetibilidade e tempo de exposição.
2. INTRODUÇÃO
Os riscos estão presentes nos locais de
trabalho e em todas as demais atividades
humanas, comprometendo a segurança e a
saúde das pessoas e a produtividade da
empresa.
Podem afetar o trabalhador a curto, médio
e longo prazos, provocando acidentes com
lesões imediatas e/ou doenças chamadas
profissionais ou do trabalho, que se
equiparam a acidentes do trabalho.
3. CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS RISCOS OCUPACIONAIS EM
GRUPOS, DE ACORDO COM A SUA NATUREZA E A PADRONIZAÇÃO DAS
CORES CORRESPONDENTES.
4. AGENTES CAUSADORES
Os agentes que causam riscos à saúde dos
trabalhadores e que costumam estar
presentes nos locais de trabalho são
agrupados em cinco tipos:
agentes químicos;
agentes físicos;
agentes biológicos;
agentes ergonômicos;
agentes de acidentes (mecânicos).
5. GRUPO I – AGENTES
FÍSICOS
São considerados agentes físicos, aqueles capazes
de provocar riscos à saúde:
ruídos, vibrações, radiações ionizantes e não
ionizantes, pressões anormais,temperaturas
extremas, iluminação deficiente, umidade, etc.
6. RISCOS À SAÚDE
Ruídos provocam cansaço, irritação, dores de cabeça,
diminuição da audição (surdez temporária, surdez
definitiva e trauma acústico), aumento da pressão
arterial, problemas no aparelho digestivo,
taquicardia, perigo de infarto,
Vibrações cansaço, irritação, dores nos membros,
dores na coluna, doença do movimento, artrite,
problemas digestivos, lesões ósseas, lesões dos tecidos
moles, lesões circulatórias.
Calor ou frio extremos taquicardia aumento da
pulsação, cansaço, irritação, fadiga térmica,
prostração térmica, choque térmico, perturbação das
funções digestivas, hipertensão.
Radiações ionizantes alterações celulares, câncer,
fadiga, problemas visuais, acidentes do trabalho.
7. RISCOS À SAÚDE
Radiações não ionizantes queimaduras, lesões na pele,
nos olhos e em outros órgãos. É muito importante saber
que a presença de produtos ou agentes no local de trabalho
como por exemplo radiações infravermelho, presentes em
operações de fornos, de solda oxiacetilênica; ultravioleta,
produzida pela solda elétrica; de raios laser podem causar
ou agravar problemas visuais ( ex. catarata, queimaduras,
lesões na pele, etc.), mas isto não quer dizer que,
obrigatoriamente, existe perigo para a saúde, isso depende
da combinação de muitas condições como a natureza do
produto, a sua concentração, o tempo e a intensidade que a
pessoa fica exposta a eles, por exemplo.
Umidade doenças do aparelho respiratório, da pele e
circulatórias, e traumatismos por quedas
Pressões anormais embolia traumática pelo ar,
embriaguez das profundidades, intoxicação por oxigênio e
gás carbônico, doença descompressiva.
8. GRUPO II – AGENTES
QUÍMICOS:
São considerados agentes químicos, aqueles
capazes de provocar riscos à saúde:
poeira, fumos, névoas, vapores, gases, produtos
químicos em geral, neblina, etc. Os principais
tipos de agentes químicos que atuam sobre o
organismo humano, causando problemas de
saúde, são:
aerodispersoides (poeiras e fumos metálicos).
9. RISCOS À SAÚDE
Os gases, vapores e névoas podem provocar efeitos
irritantes, asfixiantes ou anestésicos:
Efeitos irritantes: são causados, por exemplo, por ácido
clorídrico, ácido sulfúrico, amônia, soda cáustica, cloro, que
provocam irritação das vias aéreas superiores.
Efeitos asfixiantes : gases como hidrogênio, nitrogênio,
hélio, metano, acetileno, dióxido de carbono, monóxido de
carbono e outros causam dor de cabeça, náuseas,
sonolência, convulsões, coma e até morte.
Efeitos anestésicos : a maioria dos solventes orgânicos
assim como o butano, propano, aldeídos, acetona, cloreto de
carbono, benzeno, xileno, álcoois, tolueno, tem ação
depressiva sobre o sistema nervoso central, provocando
danos aos diversos órgãos. 0 benzeno especialmente é
responsável por danos ao sistema formador do sangue.
10. RISCOS À SAÚDE
Os aerodispersóides: ficam em suspensão no ar
em ambientes de trabalho, podem ser poeiras:
minerais, vegetais, alcalinas, incômodas ou
fumos metálicos:
Poeiras minerais: provêm de diversos minerais, como sílica,
asbesto, carvão mineral, e provocam silicose quartzo), asbestose
(asbesto), pneurnoconioses (ex.: carvão mineral, minerais em geral ).
Poeiras vegetais : são produzidas pelo tratamento industrial, por
exemplo, de bagaço de cana de açúcar e de algodão, que causam
bagaçose e bissinose, respectivamente
Poeiras alcalinas: provêm em especial do calcário, causando doença
pulmonares obstrutivas crônicas, como enfisema pulmonar.
Poeiras incômodas: podem interagir com outros agentes agressivos
presentes no ambiente de trabalho, tornando os mais nocivos à saúde,
Fumos metálicos : provenientes do uso industrial de metais, como
chumbo, manganês, ferro etc., causam doença pulmonar obstrutiva
crônica, febre de fumos metálicos, intoxicações específicas, de acordo
com o metal.
11. GRUPO III – AGENTES BIOLÓGICOS
Microrganismos e animais são os agentes
biológicos que podem afetar a saúde do
trabalhador. São considerados agentes biológicos
os bacilos, bactérias, fungos, protozoários,
parasitas, vírus. Entram nesta classificação
também os escorpiões, bem como as aranhas,
insetos e ofídios peçonhentos.
12. RISCOS À SAÚDE
Pode causar as seguinte doenças: Tuberculose,
intoxicação alimentar, fungos (microrganismos
causadores infecções), brucelose, malária, febre
amarela.
As formas de prevenção para esses grupos de
agentes biológicos são: vacinação, esterilização,
higiene pessoal, uso de EPI; ventilação, controle
médico e controle de pragas.
13. GRUPO IV – AGENTES
ERGONÔMICOS
São os agentes caracterizados pela falta de
adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas do trabalhador.
Entre os agentes ergonômicos mais comuns
estão:
trabalho físico pesado;
posturas incorretas;
posições incômodas,
repetitividade;
monotonia,
ritmo excessivo;
trabalho em turnos e trabalho noturno,
jornada prolongada;
14. RISCOS À SAÚDE
Trabalho físico pesado, posturas incorretas e posições
incômodas provocam cansaço, dores musculares e
fraqueza, além de doenças como hipertensão arterial,
diabetes, úlceras, moléstias nervosas, alterações no
sono, acidentes, problemas de coluna, etc.
. Ritmo excessivo, monotonia, trabalho em turnos,
jornada prolongada, conflitos, excesso de
responsabilidade provocam desconforto, cansaço,
ansiedade, doenças no aparelho digestivo (gastrite,
úlcera), dores musculares, fraqueza, alterações no
sono e na vida social (com reflexos na saúde e no
comportamento), hipertensão arterial, taquicardia,
cardiopatias (angina, infarto), tenossinovite, diabetes,
asmas, doenças nervosas, tensão, medo, ansiedade.
15. GRUPO V – AGENTE MECÂNICOS
(ACIDENTES)
Essas deficiências podem abranger um ou mais dos seguintes
aspectos:
arranjo físico;
edificações;
sinalizações
ligações elétricas;
máquinas e equipamentos sem proteção,
equipamento de proteção contra incêndio;
ferramentas defeituosas ou inadequadas,
EPI inadequado,
armazenamento e transporte de materiais.
Iluminação deficiente - fadiga, problemas visuais, acidentes do
trabalho.
16. RISCOS À SAÚDE
Arranjo físico: quando inadequado ou deficiente, pode
causar acidentes e provoca desgaste físico excessivo nos
trabalhadores.
Máquinas sem proteção: podem provocar acidentes graves.
Instalações elétricas deficientes: trazem riscos de Curto
circuito, choque elétrico, incêndio, queimaduras, acidentes
fatais.
Matéria prima sem especificação e inadequada: acidentes,
doenças profissionais, queda da qualidade de produção.
Ferramentas defeituosas ou inadequadas: acidentes, com
repercussão principalmente nos membros superiores.
Falta de EPI ou EPI inadequado ao risco: acidentes,
doenças profissionais.
Transporte de materiais, peças, equipamentos sem as
devidas precauções: acidentes.
17. RISCOS À SAÚDE
Edificações com defeitos de construção: a exemplo de piso com
desníveis, escadas fora de ausência de saídas de emergência,
mezaninos sem proteção, passagens sem a atura necessária : quedas,
acidentes.
Falta de sinalização das saídas de emergência, da localização de
escadas e caminhos de fuga, alarmes, de incêndios: Ações
desorganizadas nas emergências, acidentes.
Armazenamento e manipulação inadequados de inflamáveis e gases,
curto circuito, sobrecargas de redes elétricas: incêndios, explosões.
Armazenamento e transporte de materiais: a obstrução de áreas traz
fiscos de acidentes, de quedas, de incêndio, de explosão etc.
Equipamento de proteção contra incêndios: quando deficiente ou
insuficiente, traz efetivos riscos de incêndios.
Sinalização deficiente : falta de uma política de prevenção de
acidentes, não identificação de equipamentos que oferecem fisco, não
delimitação de áreas, informações de segurança insuficientes etc.
comprometem a saúde ocupacional dos funcionários.
19. OBJETIVOOBJETIVO
Estabelecer osEstabelecer os
procedimentos paraprocedimentos para
identificar, elaborar eidentificar, elaborar e
aplicar Análise deaplicar Análise de
Risco.Risco.
21. ANÁLISE DE RISCOANÁLISE DE RISCO
É o levantamento técnicoÉ o levantamento técnico
detalhado dos riscosdetalhado dos riscos
potenciais de acidentespotenciais de acidentes
presentes em uma novopresentes em uma novo
projeto, mudanças deprojeto, mudanças de
estruturas, atividades geraisestruturas, atividades gerais
e específicas.e específicas.
23. O RISCO PODERÁ ESTAR RELACIONADO:O RISCO PODERÁ ESTAR RELACIONADO:
• Pessoas;Pessoas;
• Processo;Processo;
• Propriedade;Propriedade;
• Meio Ambiente;Meio Ambiente;
29. CLASSIFICAÇÃO DAS ANÁLISESCLASSIFICAÇÃO DAS ANÁLISES
DE RISCODE RISCO
• NOVOS PROJETOSNOVOS PROJETOS: avaliar os riscos que: avaliar os riscos que
novos projetos, instalações de maquinários enovos projetos, instalações de maquinários e
linhas de processos.linhas de processos.
• ATIVIDADE GENERALIZADA:ATIVIDADE GENERALIZADA: quando sequando se
tratar de análise de risco de atividades gerais etratar de análise de risco de atividades gerais e
de rotinas.de rotinas.
30. CLASSIFICAÇÃO DAS ANÁLISES DECLASSIFICAÇÃO DAS ANÁLISES DE
RISCORISCO
• POR CARGO:POR CARGO: quando se tratar de análise dequando se tratar de análise de
risco de Cargos da Operação. Ex.: Operador derisco de Cargos da Operação. Ex.: Operador de
Ponte Rolante, Forneiro, etc.Ponte Rolante, Forneiro, etc.
• POR ATIVIDADE:POR ATIVIDADE: quando se tratar de análisequando se tratar de análise
de risco de atividades de Manutenção. Ex.: Trocade risco de atividades de Manutenção. Ex.: Troca
da Talha da Tesoura volante(300 ton)da Talha da Tesoura volante(300 ton)
Manutenção Elétrica das Pontes Tenaz, etc.Manutenção Elétrica das Pontes Tenaz, etc.
31. FASES DA ANÁLISE DEFASES DA ANÁLISE DE
RISCORISCO
- LEVANTAR DADOS:LEVANTAR DADOS:
Entrevistar pessoas;Entrevistar pessoas;
Visitar o Local daVisitar o Local da
Atividade;Atividade;
Elaborar Análise de Risco;Elaborar Análise de Risco;
- RESPONSABILIDADESRESPONSABILIDADES
32. ENTREVISTAR PESSOASENTREVISTAR PESSOAS
Levantar informações sobre o cargo comLevantar informações sobre o cargo com
o(s) ocupante(s) ou da atividade com oso(s) ocupante(s) ou da atividade com os
envolvidos direta ou indiretamente com aenvolvidos direta ou indiretamente com a
mesma.mesma.
É importante para entrevista conhecer osÉ importante para entrevista conhecer os
manuais de operação e manutenção dosmanuais de operação e manutenção dos
equipamentos, plano de inspeção, padrõesequipamentos, plano de inspeção, padrões
de operação, descrições de cargo,etc.de operação, descrições de cargo,etc.
33. VISITAR O LOCAL DAVISITAR O LOCAL DA
ATIVIDADEATIVIDADE
• Acompanhar passo-a-passo a execuçãoAcompanhar passo-a-passo a execução
das atividades do cargo para levantardas atividades do cargo para levantar
os riscos potenciais de acidentesos riscos potenciais de acidentes
(análise de risco por cargo).(análise de risco por cargo).
• Visitar o local da atividade paraVisitar o local da atividade para
levantar os riscos potenciais delevantar os riscos potenciais de
acidentes (análise de risco poracidentes (análise de risco por
atividade), através de observações doatividade), através de observações do
ambiente de trabalho e de informaçõesambiente de trabalho e de informações
dos envolvidos na atividade.dos envolvidos na atividade.
34. ELABORAR ANÁLISEELABORAR ANÁLISE
• DURANTE o levantamento de dados: na
entrevista e na visita ao local da atividade; o
supervisor/responsável pela atividade, analisará
cada tarefa, identificando os riscos inerentes a
cada tarefa e propondo medidas preventivas para
cada tarefa.
• Registra estes dados no formulário de análise de
risco (anexo 1).
35. FORMULÁRIO DE ANÁLISE DEFORMULÁRIO DE ANÁLISE DE
RISCORISCO
ANÁLISE DE RISCO
Área:
1
Cargo/Atividade:
2
Resumo do Cargo/Atividade:
3
Tarefa Risco Medida Preventiva
4 5 6
OBSERVAÇÃO:
7
Ponto de ambulância mais próximo:______________ Telefones : 2323 2112
36. RESPONSABILIDADESRESPONSABILIDADES
• Relacionar as Análises de Risco:Relacionar as Análises de Risco: As Áreas deAs Áreas de
trabalho:Supervisor/Responsável pelatrabalho:Supervisor/Responsável pela
Atividade/facilitador, deverão elaborar cronograma com aAtividade/facilitador, deverão elaborar cronograma com a
relação das análises de risco a serem elaboradas comrelação das análises de risco a serem elaboradas com
prazos e responsáveis.prazos e responsáveis.
• Elaborar:Elaborar: Supervisor/Responsável pela Atividade ouSupervisor/Responsável pela Atividade ou
Segurança do TrabalhoSegurança do Trabalho
• Divulgar e Aplicar:Divulgar e Aplicar: Supervisor/Responsável pela atividadeSupervisor/Responsável pela atividade
ou Segurança do Trabalho,ou Segurança do Trabalho, Antes do Início das Atividades.Antes do Início das Atividades.
• Segurança do Trabalho:Segurança do Trabalho: Assessorar, auditor .Assessorar, auditor .
• Aprovar:Aprovar: Área de trabalho:Supervisor/Responsável pelaÁrea de trabalho:Supervisor/Responsável pela
Atividade e Segurança do Trabalho.Atividade e Segurança do Trabalho.
• Arquivar:Arquivar: Área de trabalho:Supervisor/Responsável pela
Atividade.
37. FORMAS DE APLICARFORMAS DE APLICAR
• Orientar recém admitidosOrientar recém admitidos
• TreinamentosTreinamentos
• Reunião RelâmpagoReunião Relâmpago
• Reunião Planejamento de ServiçosReunião Planejamento de Serviços
• Reunião de Segurança e SaúdeReunião de Segurança e Saúde
• Lembretes em Ordens de ServiçoLembretes em Ordens de Serviço
• Indicar EPIIndicar EPI
• Investigar de AcidenteInvestigar de Acidente
• Frentes de Serviços de ManutençãoFrentes de Serviços de Manutenção
38. CONCLUSÃOCONCLUSÃO
• Esta metodologia de análise de risco representaEsta metodologia de análise de risco representa
apenas uma orientação inicial ao trabalho deapenas uma orientação inicial ao trabalho de
análise de risco. É o alicerce de um trabalhoanálise de risco. É o alicerce de um trabalho
educacional que se consolidará na prática, naeducacional que se consolidará na prática, na
adoção do hábito prevencionista entreadoção do hábito prevencionista entre
executante, supervisor/responsável pelaexecutante, supervisor/responsável pela
atividade/facilitador, chefias, segurança doatividade/facilitador, chefias, segurança do
trabalho, de analisar os riscos potenciais detrabalho, de analisar os riscos potenciais de
acidentes e tomar medidas preventivas antes deacidentes e tomar medidas preventivas antes de
iniciar as atividades.iniciar as atividades.
• Análise de risco é um trabalho dinâmico, sendoAnálise de risco é um trabalho dinâmico, sendo
sujeito a revisões sempre que as condições desujeito a revisões sempre que as condições de
trabalho sofrerem alterações.trabalho sofrerem alterações.