O documento discute prevenção e complicações de acidentes cirúrgicos. A melhor maneira de lidar com complicações é preveni-las através de planejamento adequado e reconhecimento dos próprios limites. Complicações trans e pós-operatórias incluem lesões de tecidos moles, estruturas ósseas e dentes, hemorragia, infecções como alveolite e abscessos, que requerem tratamento específico.
2. Acidentes e complicações
A melhor maneira de lidar é a prevenção.
Planejamento é fundamental para evitar a ocorrência
de complicações.
Realize as cirurgias para as quais você está preparado.
Reconheça seus limites.
Terra, G.
3. Prevenção de acidentes e complicações
Realizar o histórico médico adequadamente.
Estar sempre em posse do exame Imaginológico
adequado.
Realizar os princípios cirúrgicos básicos
adequadamente.
Explicar corretamente ao paciente as recomendações
pós-operatórias.
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4. Complicações trans-operatórias
Lesões de tecido mole:
Resultado da manipulação incorreta
dos tecidos, do tipo e tamanho do
retalho utilizado.
Laceração do retalho (Suturar).
Perfuração tecidual pelos instrumentos
(Normalmente não sutura)
Perfuração tecidual pela broca (não
suturar).
Abrasão (não suturar).
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5. Complicações trans-operatórias
Lesões de tecido mole:
Enfisema.
Acúmulo de ar entre a
fáscias musculares.
Raro.
Pode persistir por até
dois meses, porém,
normalmente cede entre
a 2ª e a 3ª semana.
Antibioticoterapia.
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6. Complicações trans-operatórias
Lesões das estruturas
ósseas:
Fratura de tábua óssea.
Remover caso o
fragmento não estiver
aderido ao periósteo.
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9. Comunicação Buco-sinusal
Pode evoluir para uma sinusite crônica e fístula Buco-
Sinusal crônica.
Em comunicações pequenas suturar bem e
recomendar ao paciente que evite realizar pressão
negativa.
Em comunicações maiores utilizar retalho de palatino
rodado, ou ocluir a comunicação com a corpo adiposo
da face.
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10. Comunicação Buco-sinusal
Em qualquer um dos casos prescrever associação de
antibióticos.
Amoxicilina + Clavulanato de potássio + Metronidazol.
Prescrever também algum descongestionante nasal.
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11. Complicações trans-operatórias
Lesões de dentes adjacentes:
Fratura de restauração de dentes adjacentes.
Fratura de dentes adjacentes.
Luxação do dente ao lado (imobilização).
Extração do elemento errado (MUITO TIGRÃO).
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12. Complicações trans-operatórias
Lesões do dente em questão:
Fratura radicular (janela lateral – Via alveolar ou não).
Deslocamento de fragmentos radiculares para seio
maxilar (remover) ou para fossa infra-temporal e/ou
espaço sub-mandibular (proservar).
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13. Complicações trans-operatórias
Lesões do dente em questão:
Acidente mais comum e freqüente em exodontias.
Inadequada aplicação dos fórceps;
Utilização do fórceps errado;
Cáries extensas;
Curvaturas radiculares;
Excesso de força;
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14. Complicações trans-operatórias
Lesões de nervos adjacentes:
Caso ocorra perda de sensibilidade aguardar para
voltar. Normalmente entre dois meses a dois anos.
Caso tenha ocorrido a secção parcial ou completa do
nervo (Neurotmese), encaminhar ao cirurgião BMF
para a realização da ligadura do nervo.
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16. Hemorragia venosa
Tamponamento com gaze por 5 minutos.
Esponja de fibrina absorvível (GelFoam®), ou celulose
oxidada regenerada (Surgicel®) ou cera de abelha para
osso.
Sutura oclusiva em massa.
Fármacos Anti-fibrinolíticos.
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18. Fármacos Anti-fibrinolíticos
Ácido tranexâmico 250 Mg (TRANSAMIN®).
Em caso de emergência ministrar 1 ampola de 5
ml, mantendo por via oral 2 comprimidos a cada 8
horas, por dois dias.
A injeção por via endovenosa deverá ser o mais lenta
possível, cerca de 1 ml por minuto.
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19. Complicações pós-operatórias
Hemorragia pós-operatória:
Normalmente venosa.
Anestesiar e curetar, removendo todo o coágulo antigo.
Proceder com os mesmos procedimentos da
hemorragia trans-operatória.
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20. Complicações pós-operatórias
Equimose:
Sangramento entre as fascias musculares.
Comum em idosos.
Difícil de evitar, mas não há perigo.
Tendo certeza de não ser um processo infeccioso, proceder
terapia com calor.
Após, no mínimo, 48 horas.
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21. Complicações pós-operatórias
Processos infecciosos:
Alveolite seca;
Alveolite úmida;
Deiscência da ferida cirúrgica;
Abscesso odontogênico;
Abscesso cerebral;
Angina de Ludwig;
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22. Alveolite seca
Perda do coágulo, alvéolo vazio com exposição óssea.
Dor intensa a partir do terceiro ou quarto dia do P.O.
Odor e gosto desagradável.
Tratamento:
Anestesia à distância, irrigação com água fenolada
aquecida e curativo com Alveolsan® ou Alveolex®
(Eugenol e Benzocaína).
Não curetar.
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24. Alveolite úmida
Presença do coágulo em desarranjo, alvéolo com
corpos estranhos.
Dor moderada a intensa além de odor e gosto
desagradável.
Tratamento:
Anestesia à distância, curetagem, preenchimento do alvéolo
com sangue e sutura.
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25. Deiscência da ferida cirúrgica
Dor intensa a partir do terceiro ou quarto dia do P.O.
Odor e gosto desagradável.
Tratamento:
Anestesia à distância, curetagem e raspagem do osso
necrótico, abundante lavagem com soro fisiológico e sutura.
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26. Abscesso odontogênico
Muito raro hoje em dia.
Drenagem via alvéolo se
possível.
Drenagem intra ou
extra-oral.
Antibioticoterapia por 7
dias.
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27. Abscesso cerebral
Complicação mais comum por via ascendente.
Encaminhar ao serviço médico com extrema urgência.
Se demorado a tratar, grande chance de evoluir ao
óbito.
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28. Angina de Ludwig
Complicação mais comum por
via descendente.
Acometimento dos espaços
submandibulares e sublinguais
bilateralmente.
Encaminhar ao serviço médico
com extrema urgência.
Se demorado a tratar, grande
chance de evoluir ao óbito.
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29. Mediastinite descendente necrosante
Quando não tratado e o paciente não vai a óbito, a
angina de Ludwig pode evoluir para a Mediastinite
descendente necrosante.
A taxa de mortalidade da Mediastinite é de 40%.
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