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EDUCAÇÃO FÍSICA
Tatiane Lopes Monteiro
tmonteiro@positivo.com.br
Marcos Rafael Tonietto
mtonietto@positivo.com.br
Davi Marangon
dmarangon@positivo.com.br
http://www.portalpositivo.com.br/spe/educacaofisica
0800 725 3536
Expediente 
 
 
A apostila do curso de Implantação do Material Didático Positivo 2013 da área de Educação 
Física  é  destinada  às  Escolas  Conveniadas  ao  Sistema  Positivo  de  Ensino  –  SPE.  Nela  está 
contida a apresentação da Proposta Pedagógica do SPE e dos Livros de Educação Física para a 
EI, EF1, EF2, e EM. 
Compõem a equipe de assessoria desta área: 
 
Assessora de Educação Física 
Tatiane Lopes Monteiro 
tmonteiro@positivo.com.br 
 
Marcos Rafael Tonietto 
mtonietto@positivo.com.br 
Assessoria de Educação Física 
 
Coordenador das áreas de Ed. Física e Arte 
Davi Marangon 
 dmarangon @positivo.com.br 
 
3
1. Apresentação dos livros de Educação Física e da organização dos conteúdos
Os livros de Educação Física oferecidos pela Editora Positivo apresentam duas características distintas: (1)
livros de orientações metodológicas destinados a professores (as); (2) livros integrados destinados aos alunos (as),
acompanhados de orientações metodológicas para os professores. Sendo importante pontuar que, a partir de
2013 o material atenderá todo EM e o 6º. e o 7º. anos do EF.
A seguir, são apresentadas as características desses dois tipos de materiais.
1.1. Os Livros de Orientações Metodológicas para os professores
Os materiais trazem subsídios didático-metodológicos para a organização sistemática e eficiente do
processo de ensino.
Há dois livros de orientações metodológicas organizados para os seguintes níveis de ensino:
- Educação Infantil (EI);
- Primeira fase do Ensino Fundamental (EF1).
Nesses livros há uma caracterização do segmento em que são sugeridos elementos para a prática
pedagógica. As orientações se referem ao perfil de criança e de adolescente para cada período, ao papel do
professor e da professora, à concepção de avaliação do processo de ensino e de aprendizagem, à organização e
ao desenvolvimento temático dos conteúdos com sugestões de atividades e às referências aos níveis do
planejamento do ensino.
A seguir, serão apresentados alguns detalhamentos do caráter específico de cada nível de ensino nos
livros de Educação Física destinados somente ao professor.
1.1.1. O Livro de Educação Física para a EI
A EI é a experiência escolar primeira e visa ao desenvolvimento integral e global da criança na
indissociabilidade de características éticas, sociais, intelectuais, cognitivas, afetivas e psicomotoras.
O livro propõe uma concepção de infância entendida como fase da vida com suas diferenças e
peculiaridades em relação ao adulto. A criança é considerada produtora de cultura e agente ativa, capaz e
construtora de conhecimento.
Na fase da EI são propostos questionamentos que promovam a mobilização para as aprendizagens, com
base nas relações de cada criança com ela mesma, com as outras crianças e com o mundo dos objetos e do
entorno social mais imediato.
Por meio do movimento, a criança pode conhecer e dominar o seu corpo e, por isso, também é um
facilitador do desenvolvimento como um todo. Esse desenvolvimento se dá pela apropriação da cultura infantil,
constituída de atividades lúdicas e imaginativas, jogos, brincadeiras e brinquedos que garantem motivação e
interesse das crianças.
4
O movimento associado ao cognitivo e ao afetivo é a matriz básica da aprendizagem, pois a criança
transforma em símbolo o que pode experimentar corporalmente, e seu pensamento se constrói, primeiramente,
sob a forma de ação.
Assim, em atividades como nos jogos e nas brincadeiras, que assumem formas específicas na infância, é
possível perceber que no faz de conta a criança altera o significado dos objetos, acontecimentos e ações, para
expressar seus sonhos, fantasias e assumir papéis ativos no contexto social. Brincando, realiza sonhos e desejos,
cria situações que ajudam a satisfazer alguma necessidade presente em seu interior, usando capacidades de
observação, imitação e imaginação.
Portanto, brincar é a melhor metodologia para dar à criança condições de desenvolver suas
potencialidades. Quando brinca, a criança elabora hipóteses para a resolução de problemas e toma atitudes que
vão além do comportamento habitual de sua idade, pois busca alternativas para transformar a realidade. Brincar
estimula a percepção, a motricidade, o intelecto e a interação social, podendo, assim, se conhecer melhor e
explorar suas próprias emoções.
Nessa fase, os conteúdos se manifestam por meio dos jogos, que são as atividades organizadas e
sistematizadas, com objetivos prévios e com os quais espera-se que a criança brinque, ou seja, sinta prazer em
realizar algo. São diferentes tipos de jogos, didaticamente organizados e classificados como tradicionais, de
construção, motores, rítmicos, de percepção e de faz de conta.
Nos jogos tradicionais, ressalta-se a importância da manutenção da cultura infantil e da cultura regional.
Nos jogos de construção, a ênfase está na necessidade de materialização da imaginação da criança por meio da
construção de símbolos. Nos jogos motores, procura-se estimular os movimentos de base para a criação de
esquemas motores que podem auxiliar as crianças a realizar as diferentes atividades. Nos jogos rítmicos, espera-
se atender as expectativas de manifestação dos sentimentos das crianças de forma expressiva e criativa: estímulo
da livre expressão, desenvolvimento rítmico, na inter-relação entre o corpo, o espaço e o tempo. Nos jogos de
percepção, o foco está na capacidade de interpretar as impressões que os sentidos trazem. Nos jogos de faz de
conta, a criança expressa suas fantasias com base no contexto em que vive, utilizando-se do imaginário: são as
representações de papéis que geralmente provêm do mundo social, incluindo a família e os amigos.
1.1.2. O Livro de Educação Física para o EF1
Para essa fase, o livro ressalta a necessidade de conexão entre os conteúdos escolares e o cotidiano,
tornando-os significativos na experiência dos alunos e alunas.
Uma síntese importante, presente no livro, propõe que a criança deve ser entendida como um ser
humano produtor de cultura nas relações sociais que estabelece com adultos e com outras crianças. A
personalidade da criança se forma nesse processo, que torna os seres humanos não apenas produtos da cultura,
mas também seus produtores.
Os alunos do EF1 são crianças que querem ser ouvidas e tratadas com dedicação, carinho, amizade,
paciência e respeito; por isso, a postura adotada pelo professor é de grande importância. Ele deve posicionar-se
5
de forma ativa na prática das atividades, apresentar domínio do conteúdo e da metodologia, envolver-se na
realidade dos alunos e transmitir os conteúdos com segurança e motivação.
A Educação Física utiliza o movimento como mediador de conteúdos da cultura corporal, que assumem
significado no mundo da criança. Essa abordagem possibilita aos alunos e às alunas o desenvolvimento motor,
afetivo, cognitivo e social, por meio de conteúdos como as ginásticas, as danças, os jogos em geral, além dos
esportes (pré-desportivos) e das lutas (jogos de oposição).
Acredita-se que os conteúdos da cultura corporal devem ser tratados no contexto escolar de forma lúdica.
Na atividade lúdica, a criança deve se divertir e vivenciar um grande número de experiências numa multiplicidade
de situações que possibilitem a criação.
Os conhecimentos a serem aprendidos nas aulas de Educação Física escolar são compostos por fatos,
princípios, conceitos, habilidades, atitudes, normas e valores sobre o movimento humano, considerado não como
um ato motor, mas sim, como uma ação repleta de significado. A aprendizagem desses conhecimentos de forma
lúdica deve estar vinculada à explicação da realidade social e oferecer subsídios para a compreensão dos
determinantes sócio-históricos do aluno.
A criança se comunica, se relaciona, se expressa de forma criativa e crítica nos jogos. Nos pré-desportivos,
(jogos com estrutura de regras mais flexíveis em relação ao esporte propriamente dito) com regras modificadas e
adaptadas para este nível de ensino, a criança vivencia o mundo de regras do esporte como criança. A dança
estimula significativamente a livre expressão e contribui para o desenvolvimento rítmico, além favorecer o
contato social. Na ginástica, a criança conhece seu corpo e suas possibilidades de movimento; esse tipo de
atividade cria condições para o desenvolvimento da autonomia e amplia vivências corporais. Nos jogos de
oposição, a criança lida com a contradição entre risco e segurança, vivencia o contato corporal próximo, aprende
a perder e adquire comportamentos cidadãos, com vistas ao exercício da responsabilidade e da autonomia.
1.2. Livros Integrados de Educação Física para o aluno com orientações metodológicas para o professor
1.2.1. O Livro de Educação Física para o EF2
O livro de Educação Física para esse nível salienta a necessidade de movimento dos alunos e alunas tanto
em termos de seu desenvolvimento quanto em termos de melhoria da qualidade de vida. Por isso, devemos
incentivá-los a se conhecerem e reconhecerem como agentes ativos e criativos, capazes de se apropriar das
manifestações corporais, assim como de recriá-las.
Dessa maneira, a abordagem dos conteúdos da cultura corporal é mais complexa e profunda, já que, com
o desenvolvimento do pensamento lógico e dedutivo, os alunos passam a compreender melhor as regras, atuam
com maior independência e autonomia, o que torna os jogos e brincadeiras mais desafiantes, e possibilita que os
aspectos estratégicos das atividades integrem os problemas a serem resolvidos pelo grupo.
É importante explorar os movimentos analíticos que combinam movimentos fundamentais e formas
técnicas de execução. Isso não significa que a técnica constitui o objetivo central das aulas, mas pode ser inserida
6
para ampliar o acervo motor, já que os níveis de eficiência dos movimentos permitem mais rapidez,
aperfeiçoamento e dinâmica na assimilação e no desenvolvimento das atividades.
Assim, o grau de complexidade e de dificuldade das atividades pode aumentar com desafios que levem os
alunos a buscar soluções para superar diversas experiências, como, por exemplo, receber uma bola em
deslocamento, saltar e arremessar em suspensão ou, ainda, realizar uma parada de mão seguida de um
rolamento.
Nas (os) séries/anos finais do EF2, os alunos passam a conhecer e a controlar melhor o corpo, o que
permite acompanhar seu desempenho, adequando o grau de exigência e de dificuldade de algumas tarefas.
Podem, também, pela percepção do próprio corpo, começar a compreender as relações entre a prática de
atividades corporais, o desenvolvimento das capacidades físicas e os benefícios que trazem à saúde e ao convívio
social.
Entende-se que algumas questões possuem amplas dimensões e devem ser trabalhadas durante as aulas,
tais como: as manifestações corporais das várias culturas que mostram a riqueza da diversidade e os seus
aspectos histórico-sociais; as questões de gênero que começam a aparecer com maior frequência, pois, nesta
fase, iniciam-se as alterações físicas e psicológicas da puberdade e do início da adolescência. Também nessa fase,
é comum a vergonha de expor o corpo e de mostrar desempenho.
Assim, acredita-se que o trabalho da Educação Física deva ampliar as vivências corporais por meio de
conteúdos da cultura corporal, como os jogos, os esportes, as lutas, as ginásticas, as danças, entre outros, que,
integrados ao contexto social dos alunos, assumem uma conotação significativa e auxiliam na criação da
identidade e da autonomia corporal.
1.2.1.1. Organização didática
Uma das principais contribuições do material do EF2 da Educação Física é a proposta de sistematização
dos conhecimentos privilegiados e a sua organização didática.
O material está organizado em Unidades de Trabalho que desenvolvem temáticas subdivididas em
tópicos. Para orientar as atividades pedagógicas, utilizam-se seções que possuem diferentes funções didáticas.
Primeiramente, o material apresenta a unidade de trabalho, que se caracteriza como um conjunto de
informações de um determinado conteúdo das manifestações corporais, por meio das quais se estruturam as
atividades de aprendizagens dos alunos.
Vale a pena lembrar que cada unidade de trabalho abrangerá todo o conteúdo por meio de elementos
metodológicos que são caracterizados por meio de três funções didáticas. Elas são conceituadas de:
- Mobilização – concerne ao levantamento de conhecimentos prévios dos alunos e alunas em relação à
unidade de trabalho e à preparação para uma nova sequência de aprendizagem, visando aos objetivos a serem
alcançados.
7
- Instrumentalização – momento no qual se faz o levantamento, a discussão reflexiva e a prática das
experiências, expectativas e dificuldades dos alunos e alunas durante o processo de aprendizagem.
- Aplicação – concerne à aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos pelos alunos. Favorece a
consolidação das aprendizagens pelos vínculos estabelecidos entre os saberes apreendidos e seus usos em
situações significativas.
A partir desse princípio de organização da sequência didática, o material apresenta seções que
estruturam as atividades de aprendizagens nas dimensões conceituais, procedimentais e atitudinais. As seções
são as seguintes:
Para fazer
Troca de ideias
Momento de conhecer,
experimentar, vivenciar
e contextualizar as
práticas corporais.
Momento de trabalho
individual ou coletivo,
propondo aos alunos
dinâmicas de
sistematização de
conhecimento, debates e
(re) construção de
conceitos, com base nos
saberes apresentados na
unidade temática.
8
Ampliando o olhar
Pesquisa
Momento de ampliar os
conhecimentos,
relacionando-os com as
situações do cotidiano,
como as mídias, as relações
de gêneros, o ambiente, o
lazer, o trabalho, a saúde.
Momento de resgate de conhecimentos
historicamente acumulados pela sociedade a
respeito das práticas corporais.
9
1.2.1.2. Programação anual dos materiais didáticos do EF2
Agora se vê a necessidade em pontuar quais os conteúdos programados para o ano letivo em todos os
anos do EF2: 6º. ano, 7º. ano, 8º. ano e 9º. ano.
6º. ano
1º. Volume
1. Os esportes mudam? As transformações no jogo de futebol
2. Conhecendo o
universo ginástico
A constituição das corridas no atletismo
Ginástica para todos
2º. Volume
3. As semelhanças
entre os esportes
Características de um esporte coletivo: o
handebol
Características de um esporte individual: os
saltos no atletismo
4. Por dentro do
universo lúdico 1
Os jogos pré-desportivos
Os jogos de mesa
3º. Volume
5. As diferenças entre
os esportes
Características de um esporte coletivo: o
basquetebol
Características de um esporte individual: os
arremessos e lançamentos no atletismo
6. Identificando
elementos das lutas
Do confronto às lutas: o sumô
As lutas e a cultura brasileira: a capoeira
4º. Volume
7. Esportes que podem
ser coletivos e
individuais
O tênis de mesa
O revezamento
Identificando danças regionais
10
7º. ano
1º. Volume
1. Semelhanças entre
os esportes coletivos
de invasão
Os fundamentos do basquetebol
Conhecendo o corfebol
2. Lutas orientais com
e sem contato direto
O código dos samurais
Os fundamentos do judô
Conhecendo o caratê
O kendô e a espada japonesa
2º. Volume
3. Os diferentes
esportes coletivos de
rede
Os fundamentos do voleibol
As variações do voleibol: o vôlei sentado
Vivenciando o punhobol
4. As ginásticas
esportivizadas
Ginástica artística
Ginástica rítmica
3º. Volume
5. Esportes coletivos e
suas variações
Os fundamentos do handebol
Vivenciando o tchoukball
6. A diversidade das
danças de salão
Os primeiros passos da dança de salão
As danças de salão no Brasil
4º. Volume
7. Transitando entre
um esporte coletivo
de invasão e um
esporte coletivo de
rede
Conhecendo o Futsal
Conhecendo o futvôlei
8. Por dentro do
universo lúdico 2
Os jogos de tabuleiro
Os jogos cooperativos
11
8º. ano
1º. Volume
1. Esportes individuais
de marca e precisão
O atletismo: as corridas com obstáculos e os
saltos
O boliche
2. Ampliando o
repertório das
expressões corporais
nas danças
Releituras dos ritmos musicais
2º. Volume
3. Estratégias e táticas
em esportes
coletivos de invasão
Entendendo e analisando o futebol
Elaborando táticas para o rúgbi
4. Lutas ocidentais com
e sem contato direto
A origem das lutas
A esgrima
3º. Volume
5. Estratégias e táticas
para esportes
coletivos de rede
Entendendo o voleibol
Os elementos do badmínton
Vivenciando o tênis de campo
6. Ampliando o
conhecimento sobre
o universo lúdico
Estratégias e táticas dos jogos pré-desportivos
Conhecendo outros jogos de tabuleiro
4º. Volume
7. Sistemas táticos em
esportes coletivos de
invasão
Entendendo o ataque e a defesa no
basquetebol
Elaborando táticas para o handebol
8. Ampliando as
possibilidades de
manifestações
ginásticas
Compreendendo e sentindo as capacidades
físicas
Ginástica acrobática
12
9º. ano
1º. Volume 1. Os esportes coletivos
de taco
Vivenciando o beisebol
Vivenciando o hockey
2. Diversificando e
inovando o universo
lúdico
Ressignificação dos jogos cooperativos
Jogos do mundo
2º. Volume 3. Inovação com
esportes de precisão
Vivenciando a bocha
Conhecendo alguns esportes adaptados
4. Corpo, movimento,
expressão e ritmo
Sistematizando as danças
Organizando e vivenciando um festival de
dança
3º. Volume 5. Novas possibilidades
de práticas com
esportes de precisão
O bumerangue
O tiro ao alvo
O golfe
O espirobol
6. Diversificando e
inovando o universo
ginástico
Ginástica aeróbica
Ginástica para a vida
4º. Volume 7. Criação e
sistematização de
esportes inéditos
Criando esportes coletivos de invasão
Criando esportes coletivos e individuais de
rede
Criando esportes coletivos de campo e taco
Criando esportes coletivos e individuais de
marca e precisão
8. As lutas e a
contemporaneida-
de: ressignificando
as lutas orientais e
as lutas ocidentais
As lutas e a mídia
A esportivização das lutas
13
1.2.2. Os livros de Educação Física para o aluno e a aluna do Ensino Médio
O Livro Integrado Positivo para a Educação Física para o aluno do Ensino Médio está estruturado para
atender às demandas postas pela inclusão desse componente curricular como área de conhecimento na Matriz de
Referência para o ENEM, mais especificamente, na área de Linguagem, Códigos e suas Tecnologias. Nesse
contexto, a Educação Física ganha papel central na formação dos alunos ao compreender a linguagem corporal
como relevante para a própria vida do jovem, como integradora social e formadora da sua identidade. De acordo
com a Matriz de Referência:
Diante dessa nova exigência, a concepção de Educação Física que permeia o material entende as práticas
corporais como produções culturais e procura compreendê-las como linguagens que expressam e comunicam
sentidos, significados, valores e contradições da sociedade nas quais elas se manifestam. Nesse sentido, articula,
de forma crítica e complexa, as práticas corporais aos grandes temas sociais, possibilitando ao adolescente e ao
jovem fazer reflexões e tomar decisões em relação ao uso do corpo no trabalho e no lazer, para a melhoria da
saúde e da qualidade de vida, para a participação social responsável e democrática, entre outras.
O material contempla alguns princípios orientadores da (re)contextualização pedagógica das práticas
corporais nas aulas de Educação Física. São eles:
• A diversificação das práticas corporais, definidas junto à comunidade escolar: o que se espera é que os alunos
tenham a oportunidade de vivenciar o maior número possível de práticas corporais, objetivando ampliação
de seu acervo cultural, bem como o reconhecimento e a valorização da diversidade cultural das práticas.
• A inclusão de todos na realização das tarefas postas pelas relações com os saberes das práticas corporais:
objetivando dar voz e vez para todos os alunos, sem distinções de qualquer ordem, respeitando o papel dos
jovens como produtores de cultura, com suas possibilidades de se apropriar e (re)criar as práticas corporais.
• Possibilitar a compreensão por parte dos alunos da natureza histórica, social e cultural das práticas corporais:
entendendo-as como linguagem, carregadas de valores, sentidos e significados, que possibilitam a eles maior
leitura e interação com o contexto em que estão inseridos.
Competência de área 3 - Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a
própria vida, integradora social e formadora da identidade.
H9 - Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades
cotidianas de um grupo social.
H10 - Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em função das
necessidades cinestésicas.
H11 - Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de
desempenho e as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos. (BRASIL, 2009)
14
As práticas corporais entendidas como linguagens que auxiliam os alunos na leitura da realidade, quando
alimentadas pelos procedimentos metodológicos da diversificação, do envolvimento e da inclusão de todos nas
práticas e pela possibilidade de uma compreensão mais aprofundada, se tornam passíveis de se relacionarem
com os saberes escolares da Educação Física.
1.2.3. Organização didática
Uma das principais contribuições do LIP de Educação Física é a proposta de sistematização dos
conhecimentos privilegiados e a sua organização didática.
O material está organizado em Unidades de Trabalho que desenvolvem temáticas subdivididas em
tópicos. Para orientar as atividades pedagógicas, utilizam-se seções que possuem diferentes funções didáticas.
Seções: organizam atividades e tarefas de aprendizagem, articulando as práticas corporais à tematização da
unidade de trabalho em questão. São elas:
Construção e estabelecimento
de regras comportamentais
coletivas, com base nas
problemáticas enfrentadas no
convívio das aulas.
Momento de conhecer,
experimentar, vivenciar e
contextualizar as práticas
corporais.
15
Planejamento e construção de
diferentes práticas corporais, a fim
de reconhecer categorizações e
estruturas internas dessas práticas.
Momento de relacionar
os saberes abordados
com outros
componentes
curriculares.
16
Curiosidades sobre a
temática, ampliando-a.
Utilizar recursos
audiovisuais como
didática para o trabalho
com determinados
saberes.
Simular questões
problematizadoras para
estimular a reflexão dos
alunos, tendo como
perspectiva a apreensão
do conhecimento por
meio desses exercícios
simulados.
Momento de trabalho
individual ou coletivo,
propondo aos alunos
dinâmicas de
sistematização de
conhecimento, debates
e (re)construção de
conceitos, com base
nos saberes
apresentados na
unidade temática.
17
Iniciar, retomar ou aprofundar
ações educativas que levem à
formação ética e moral de
todos os membros os quais
atuam nas instituições
escolares. Pressupõe praticas
pedagógicas focadas nos
valores sociais, na boa
convivência entre os alunos, na
informação e na formação para
os direitos humanos e na
inclusão social.
Elucidar sobre o contexto do
mercado de trabalho,
apresentando diferentes
profissões e profissionais
relacionados ao universo das
práticas corporais. Nessa seção,
além da apresentação de
dados, os alunos devem buscar,
em textos informativos,
entrevistas com profissionais,
fotos de sequências de
atividade relacionadas à
Educação Física, etc.
Momento de ampliar os
conhecimentos.
18
Os conhecimentos privilegiados nos Livros Integrados estão organizados na seguinte programação de conteúdos:
1ª. Série
1º. Volume
1. O que é esportivização das práticas corporais?
2. O que é desesportivização das práticas corporais?
3. Transitando entre esportivização e desesportivização
2º. Volume 4. O que é qualidade de vida?
5. Conhecendo e valorizando o corpo
3º. Volume
6. Brincadeiras, jogos e os jovens
7. Brinquedos, materiais alternativos e práticas corporais para o tempo livre
4º. Volume
8. Comportamentos competitivos e cooperativos nas práticas corporais
9. Esportivização e violência
2ª. Série
1º. Volume
1. As práticas corporais e os exercícios físicos em benefício da saúde
2. Corpo, saúde e nutrição
2º. Volume 3. O jovem e suas “tribos”
4. Quem dança seus males espanta.
3º. Volume
5. Processos criativos e transformação das práticas corporais: as atividades circenses
4º. Volume
6. Corpos sarados são corpos saudáveis?
3ª. Série
1º. Volume
1. Espaços urbanos para as práticas corporais das culturas juvenis
2. As práticas corporais nos tempos e espaços destinados ao lazer
3. Características das práticas corporais para o tempo do lazer
2º. Volume 4. Transformação dos jogos e dos esportes
5. Valores, atitudes e princípios humanos nas práticas corporais
3º. Volume
6. Corpo, saúde e nutrição
7. As diferentes atribuições de modelos de corpos masculinos e femininos e suas
influências nas práticas corporais
4º. Volume
8. Organizando eventos e competições esportivas: das arquibancadas à prática
2. A importância de ensinar Educação Física
A Educação Física no contexto escolar está integrada ao projeto político--pedagógico da escola. Nesse
sentido, contribui com seus conteúdos específicos para a formação integral dos alunos e alunas, visando a sua
participação crítica e democrática como cidadãos responsáveis na sociedade. Isso implica na recontextualização
dos conteúdos, procurando enfocá-los em suas relações com as práticas sociais mais amplas, possibilitando o
conhecimento dos sentidos e dos significados culturais das práticas corporais.
Essa concepção procura superar o senso comum de que a Educação Física na escola serve para “gastar
energias” acumuladas e para desenvolver exclusivamente a aptidão física dos alunos e alunas, transformando-os
em atletas de alguma modalidade esportiva. Ou ainda a perspectiva que entendia as aulas de Educação Física
19
como o momento de unicamente combater o estresse que as crianças, os jovens e os adolescentes carregam no
seu dia a dia ou durante o período escolar.
Nessa perspectiva, os saberes sobre as práticas corporais vão além do simples fazer, do domínio de
habilidades motoras; a preocupação se volta para um entendimento ampliado a respeito dos valores sociais nelas
impressos historicamente e implica em saber sobre as origens das contradições sociais que se reproduzem nas
aulas de Educação Física.
Portanto, as dimensões do aprender envolvem os saberes sobre o corpo, o domínio das habilidades
coordenativas de acordo com as necessidades grupais, respeitando-se os ritmos individuais e o domínio das
formas relacionais (que envolvem aprender atitudes de respeito mútuo, de reconhecimento e de aceitação da
diversidade).
O processo instrucional deve ajudar os alunos e alunas a construírem possíveis alternativas para os
conflitos decorrentes das relações sociais. A finalidade é propor aprendizagens significativas que possam
contribuir para o desenvolvimento de um novo olhar para a Educação Física, que abre múltiplas possibilidades de
apreensão crítica do universo da cultura corporal de movimentos por parte dos educandos.
Nessa dimensão cultural, reconhece-se o ser humano com possibilidade aberta de autorrealização com
base na cultura, ou seja, ele precisa da cultura para humanizar-se.
Contudo, nem toda cultura corporal é objeto da Educação Física escolar. O que tem sido sistematizado
historicamente são algumas formas de manifestação dessa cultura, as quais se realizam fora da esfera das
práticas laborais, embora se relacionem com elas indiretamente. Os conteúdos de ensino são organizados com
base em um campo de atividades lúdicas, as quais se relacionam diretamente com práticas corporais realizadas
no tempo livre e no espaço de lazer.
Temos, então, como conhecimento específico, diferentes expressões culturais de práticas corporais, na
forma de jogos, esportes, ginásticas, lutas e danças, entre outros, que constituem um patrimônio de atividades
construído socialmente e acumulado historicamente, e que, da mesma forma que outras dimensões culturais,
merece e precisa ser pedagogicamente tratado na escola. É, na verdade, uma dimensão imprescindível da
formação humana.
Essa dimensão cultural do movimento humano, que se traduz em diversas práticas corporais, quando é
apropriada pelos alunos e alunas, contribui para a sua socialização. Os jogos, esportes, ginásticas, lutas e danças
são práticas sociais nas quais estão impregnados valores, conceitos, procedimentos, códigos, normas e formas de
relação. Cabe à Educação Física fazer a análise crítica dessas práticas, procurando revelar os sentidos e
significados sociais nelas presentes. Com base nessa análise, procuramos construir novas possibilidades, outros
sentidos e significados superadores de desigualdades, injustiças, preconceitos e discriminações que aparecem
como fruto indesejado das relações sociais.
É nesse sentido que a Educação Física na escola pode contribuir para a construção da cidadania, ajudando
a ampliar a visão de mundo e da realidade social por meio das práticas corporais e trabalhando pedagogicamente
na construção da autonomia, da criatividade e da criticidade.
20
Quem exerce a cidadania deve ser o sujeito que vivencia e expressa as práticas corporais de uma forma
única, pois cada aluno é um ser singular. Por isso, a vivência democrática em nossas aulas deve oferecer espaço
para que cada um tenha voz e vez e seja valorizado pelo que é, e não ser diminuído e excluído se não apresentar
atributos e habilidades dos modelos sociais.
A exclusão dos “mais fracos”, dos “menos habilidosos”, “dos diferentes” sempre esteve presente como
resultado negativo de algumas práticas tradicionais da Educação Física em nossas escolas. O nosso desafio é a
superação da exclusão embasada nos princípios pedagógicos que possibilitem a inclusão de todos nas atividades
com base no trabalho cooperativo.
3. Proposta pedagógica da Educação Física
A proposta deste material é contribuir para democratizar, humanizar e diversificar a prática pedagógica
da área, buscando ampliar a visão apenas biológica desta área do conhecimento para um trabalho que incorpore
dimensões afetivas, cognitivas, motoras, sociais e culturais dos alunos.
Nesse sentido, os conteúdos se desenvolvem em dois grandes eixos que se relacionam dialeticamente: (1)
o corpo como algo a ser apreendido pela ação corporal: contribui para a formação da identidade e da
singularidade de cada indivíduo, por meio do conhecimento, do domínio e da consciência corporal; (2) o corpo
como instrumento para a apreensão do mundo: contribui para a formação social, a relação com os outros e com
os objetos, por intermédio do conhecimento e do domínio dos usos, normas e papéis sociais que carregam
sentidos e significados das práticas corporais.
Na articulação entre os eixos tem-se uma unidade dialética em que cada um deles concorre para a
realização do outro, isto é, a identidade individual se constrói no confronto do sujeito com os saberes e nas
práticas sociais com o movimento corporal humano. É na relação entre esses eixos que se dá a formação do
cidadão nas aulas de Educação Física.
A Educação Física escolar, no seu fazer metodológico, deve abordar as práticas corporais de forma crítica
e problematizadora de questões como a estética, a ética e a promoção da qualidade de vida.
O professor desta área do conhecimento deve ser entendido como elemento mediador para
operacionalizar a ação criadora e inovadora e deve promover a integração de objetivos, conteúdos e métodos
que venham proporcionar uma constante reflexão dos alunos e alunas no processo ensino-aprendizagem.
Assim sendo, deve haver a problematização, a instrumentalização e a efetiva apropriação crítica dos
conteúdos.
Portanto, a sistemática de ensino dos conhecimentos/habilidades das práticas corporais pode ser
ordenada pelas seguintes funções didático-metodológicas interligadas: mobilizar, instrumentalizar e aplicar.
1. Mobilização: é o momento em que se apresenta o tema com intenção de torná-lo significativo e para motivar o
seu estudo por parte dos alunos, identificando o que sabem a respeito deste conhecimento; é o momento em
que são elaboradas propostas e problematizações condizentes com os conhecimentos previamente
21
sistematizados pelos alunos, visando aos objetivos a serem alcançados. Caracteriza-se como momento
preparatório de uma nova sequência de aprendizagem.
2. Instrumentalização
3.
: é o momento em que se fazem o levantamento, a discussão e a prática das experiências,
expectativas e dificuldades dos alunos; é o processo em que se viabilizam e se interligam a percepção ativa, a
compreensão e a reflexão dos alunos sobre os saberes em questão, e promovem-se debates, vivências e
conexões sobre os assuntos, a fim de aumentar e/ou aprofundar o repertório de experiências e reflexões dos
alunos e alunas sobre a temática em foco.
Aplicação
Assim sendo, o que se pretende é evidenciar que as situações significativas para as aprendizagens dos
alunos não são atividades realizadas como “um fim em si mesmas”, mas, sim, articuladas a finalidades de
formação que alcançam todas as dimensões que constituem a complexidade do ser humano. Portanto, deve estar
voltada para as dimensões físicas, motoras, perceptivas, cognitivas, afetivas e sociais.
: é o momento da aplicabilidade dos conhecimentos, que reflete a culminância do processo de ensino
e de aprendizagem, que favorece a consolidação das aprendizagens pelos vínculos estabelecidos entre os saberes
apreendidos e seus usos em situações significativas é o momento em que se faz a reflexão sobre as ações que
acompanham as aprendizagens e se avalia, com os alunos, o nível de aprendizagem conseguido em função dos
objetivos estabelecidos e no sentido de nortear as decisões a serem tomadas na sequência.
As aprendizagens favorecem a formação para a cidadania, quando se realizam com a intenção de prestar
assistência e ajuda aos alunos e alunas. Isso significa que a aprendizagem possibilita a evolução, o
desenvolvimento dos alunos rumo ao sucesso. Para ser eficaz, o processo avaliativo precisa compreender a
situação do aluno, fornecer-lhe indicações esclarecedoras e ser capaz de preparar a operacionalização das
ferramentas do êxito.
4. Algumas sugestões sobre avaliação
Um dos desafios dos professores na área do ensino de Educação Física é, sem dúvida, a avaliação. Essa
questão está diretamente ligada à sua prática pedagógica, à sua concepção de educação, à sua concepção de
Educação Física, à sua percepção das dificuldades e facilidades de seus alunos, como também aos objetivos de
ensino propostos durante a abordagem de determinados conceitos em Educação Física ligados, didaticamente, à
sua prática em sala de aula.
O que é, afinal, avaliação? A avaliação é um processo que possibilita refletir criticamente sobre
dificuldades, avanços e resistências e tomar decisões sobre os caminhos a serem seguidos. Ao planejar uma ação,
definem-se meios para a sua execução que, consequentemente, trarão resultados.
Como um meio de aprendizagem e uma forma de intervenção pedagógica integrante do processo de
ensino, a avaliação produz instrumentos capazes de acompanhar o movimento de construção de conhecimento,
subsidiando tomadas de decisões e redimensionando a direção da ação.
A avaliação escolar é um processo que indica e fornece informações para a compreensão do estágio de
aprendizagem em que se encontra o aluno. Ao mesmo tempo que identifica o que ele é capaz de fazer com
22
autonomia, indica ao professor o momento e a qualidade da intervenção pedagógica. Isso significa ajudar o aluno
a avançar, atendendo às suas necessidades, e a provocá-lo para novas aprendizagens: um compromisso assumido
com o saber, no qual o erro torna-se parte do processo, um momento de síntese provisória, que revela
estratégias cognitivas utilizadas pelo aluno na busca do conhecimento. Tomada nessa dimensão, a avaliação deve
ocorrer sistematicamente durante todo o processo de ensino e aprendizagem.
Entende-se que a avaliação em Educação Física deve agir sob a ótica do fazer coletivo, analisando sempre
os objetivos, os conteúdos e as metodologias. Seus instrumentos devem ser bem elaborados – como estímulo e
desafio ao interesse dos alunos – através dos quais se possa e se deva usar uma variedade de eventos avaliativos
(SOUZA JR., 2006).
É oportuno dizer que a avaliação dos alunos não pode se restringir apenas a um tipo de instrumento
(prova escrita), pois a utilização de vários instrumentos pode enfocar o domínio de diferentes habilidades
cognitivas e detectar os pontos que são passíveis ou que necessitem de recuperação, identificando dificuldades e
lacunas, o que leva à introdução de modificações e adaptações precisas e adequadas ao processo de
aprendizagem.
A seguir há alguns exemplos de instrumentos avaliativos:
 Avaliação escrita - provas, redações, sínteses, resumos, desenhos, etc. Esses elementos tradicionais
do sistema avaliativo são importantes por desenvolverem nos alunos o exercício, na forma escrita, de
sistematização de conhecimentos.
 Discussão e/ou revisão da avaliação - apresentar os critérios utilizados na avaliação e possibilitar aos
alunos a realização de outras tentativas.
 Participação - avaliar de que forma os alunos efetivamente se posicionam como sujeitos do processo
educativo e não como “objetos”, sem voz nem ação.
 Fichas ou relatórios descritivos - algumas das atividades realizadas podem ser registradas pelos
alunos no formato de fichas, facilitando a posterior consulta dos conhecimentos trabalhados.
 Trabalhos individuais e em grupos - proporcionar, além das tarefas individuais habituais, a realização
de tarefas coletivas, visando à integração social e aos debates em grupo, ideais para a aceitação de
posicionamentos diferentes e, consequentemente, para a convivência com eles.
 Autoavaliação - não se trata somente de os alunos “se darem nota”; passa por um processo de
reflexão que analisa questões, como a cooperação, a organização e o cumprimento das tarefas.
 Rodas avaliativas - a exposição e a defesa de seus posicionamentos perante a classe devem ser
utilizadas como instrumento avaliativo.
 Portfólio - é uma interessante forma de organizar diversos trabalhos na montagem de uma pasta;
com esse material, os próprios alunos conseguem ter noção dos conhecimentos adquiridos e/ou
construídos no decorrer de determinado período.
 Questões simuladas - o material didático elaborado trará questões simuladas do Exame Nacional do
Ensino Médio (Enem), a fim de proporcionar aos alunos situações de avaliação que estes enfrentarão
em seu futuro acadêmico.
23
A avaliação deve estar vinculada à realidade do contexto escolar da sala de aula e dos referenciais acima
apresentados. Podemos apontar alguns direcionamentos:
1. O que avaliar?
A avaliação tem que incidir sobre os aspectos globais do processo de ensino e de aprendizagem. Tudo
deve ser avaliado. Devem-se considerar tanto o resultado final como o processo (atitudes, valores,
potencialidades e desempenho cognitivo do aluno).
2. Para que avaliar?
Avalia-se para compreender e explicar o processo de aprendizagem, para entender por que esse processo
se deu de determinada maneira, para identificar seus avanços e problemas e encontrar caminhos para superá-los.
3. Como avaliar?
Nenhum instrumento de avaliação pode ser descrito como prioritário ou adotado como modelo. São
várias as estratégias de ensino, e também são várias as formas de avaliar.
Observação atenta e constante é a base para uma avaliação que privilegia a aprendizagem e leva em
conta o ritmo de cada estudante. A cada etapa do processo avaliativo o professor elege alguns aspectos e
objetivos para analisar. O problema não está no modo de coletar informações, mas, sim, no sentido da avaliação,
que deve ser de um contínuo diagnóstico das situações de ensino e aprendizagem e de um instrumento a serviço
das aprendizagens. O importante é diversificar o uso de instrumentos, de acordo com as situações e os objetivos
de ensino.
4. Quando e como avaliar?
Entendida como um processo, a avaliação deve ser contínua, reveladora de toda a trajetória do aluno, e
não centrada apenas no produto. Para tal, deve- -se utilizar a maior quantidade e variedade de meios
possíveis (instrumentos diferentes).
5. Mas quem avalia?
Todos devem avaliar e ser avaliados (alunos, professores, família, comunidade, indivíduo, o grupo e o
conselho de classe).
Dessa maneira, a avaliação reflete a própria caminhada dos alunos, fazendo com que eles conheçam suas
capacidades e desenvolvam as suas potencialidades, confrontando sua aprendizagem com os objetivos
pretendidos e situando-os em relação a si mesmos e em relação aos demais membros do grupo.
6. Sugestões de atividades
Esportes Alternativos –
Séries/Anos: EF2 e EM
Objetivos:
• Conhecer modalidades pouco divulgadas e que fazem parte de grandes eventos esportivos internacionais.
• Construir o gesto esportivo das modalidades selecionadas.
24
• Reelaborar o esporte, transformando sua finalidade, sua forma e seu conteúdo de acordo com as
necessidades e dificuldades sentidas, valendo- -se do princípio de inclusão de todos (todos participam).
• Reconhecer e valorizar atitudes não discriminatórias quanto a habilidades, a sexo ou a outras, como condutas
eficientes para inclusão de todos nos esportes.
• Predisposição em cooperar com o colega ou o grupo nas situações de aprendizagem.
• Respeitar a integridade física e moral do outro.
Conteúdos:
• Origem do esporte, fundamentos, equipamentos e regras.
• Exercícios e jogos de fundamentação dos gestos e táticas específicos.
• Adaptação dos fundamentos, equipamentos, regras e espaços.
Sugestão de procedimento:
A proposta, para um conjunto de aproximadamente seis a oito aulas, é trabalhar com esportes não muito
conhecidos e que possam ser adaptados em relação aos recursos físicos e materiais da escola, para que sejam
oportunizadas experiências e aprendizagens com essas atividades.
1. Encaminhamentos Metodológicos
a. Mobilização dos alunos para as ações – Problematização
É o momento de construir com os alunos o sentido para a atividade. Para tanto, sugere-se uma conversa
inicial, discutindo os objetivos e a proposta do trabalho de forma geral. Existem esportes que tradicionalmente
são desenvolvidos nas nossas escolas e bastante conhecidos por nossos educandos. No entanto, existem muitos
outros que não fazem parte do acervo cultural dessa comunidade escolar, apesar de fazerem parte de grandes
eventos esportivos internacionais. A problematização será feita com a seguinte pergunta provocativa:
• Quantos esportes vocês conhecem?
Tomando-se por base as respostas, sugere-se aos alunos que procurem conhecer a história dos esportes e
escolham alguns pouco conhecidos para que possam ser explorados na sequência das aulas.
O próximo passo é organizar os alunos para a realização das tarefas.
• Organização dos alunos: Serão organizados grupos de trabalho com, no máximo, sete alunos. Cada grupo
ficará responsável por uma modalidade.
Seleção dos esportes
As pesquisas podem ser feitas no Portal Positivo (
: Junto com os alunos, é possível propor uma pesquisa de diferentes modalidades esportivas
pouco conhecidas ou desconhecidas e escolher algumas para serem trabalhadas nas aulas com base nos
objetivos. Como forma de levantar alguns dos esportes conhecidos por parte dos alunos, é possível utilizar o
método do Brainstorming, que estimula a expressão livre de ideias, porém deve ser estruturado com base no
tema central, que é o esporte.
www.portalpositivo.com.br), seguindo a sequência das telas:
25
@ ACESSE O CONTEÚDO MULTIMÍDIA:
@ FAÇA A PESQUISA POR PALAVRA-CHAVE.
“HISTÓRIA DO ESPORTE”:
HISTÓRIA DO ESPORTE
26
@ CLICAR NO TÓPICO “HISTÓRIA DO ESPORTE”:
 Fazer pesquisas para escolher uma modalidade esportiva.
Definição das tarefas e dos objetivos de ação para os grupos
 Apresentar informações para os outros grupos sobre o esporte escolhido (história, fundamentos, regras e
materiais).
 Propor alterações dos esportes, adaptando regras, materiais, fundamentos e espaços.
 Organizar as vivências com o esporte escolhido com ajuda do professor (equipes, tabelas de jogos ou de
competições).
b. Desenvolvimento – Realização das tarefas
É o momento de apropriação do(a) conhecimento/habilidade por parte dos alunos para aumentar e/ou
aprofundar o seu repertório de experiências e reflexões sobre a temática em foco. Também é o momento em que
ocorrem o levantamento, a discussão e a prática das experiências, as expectativas e as dificuldades dos alunos
com as possíveis reelaborações críticas e criativas dos conteúdos.
•
 Aulas de organização:
Organização das mediações
♦ Pesquisas; organização das apresentações;
♦ Organização das práticas (exercícios e jogos).
 Aulas de execução:
♦ Apresentação da sua modalidade na forma de seminário (podem usar recursos audiovisuais);
♦ Realização das práticas (exercícios e jogos);
♦ Sugestões da turma de alterações para melhorar o jogo.
27
c. Reflexão sobre as ações
Criar fichas de observação em que serão feitos os registros para análise de dificuldades, de avanços e de
futuros encaminhamentos. O professor pode dar sugestões e construir com os alunos.
2. Avaliação
A avaliação se caracteriza pela administração das informações a respeito de todos os momentos do
processo de ensino e de aprendizagem. Logo, é importante registrar o maior número de dados para que os alunos
e alunas possam ter clareza de seu desenvolvimento.
• Autoavaliação: cada um do grupo se autoavalia de acordo com critérios de participação, empenho, disposição
para realização das tarefas.
• Avaliação pelos colegas: os critérios serão elaborados juntamente com o professor e com os indicadores de
que os objetivos foram ou não alcançados.
• Avaliação do professor: com os mesmos critérios construídos com os alunos com base nos objetivos
propostos.
Referências Bibliográficas
AMARAL, Ivan Amorosino. Metodologia do ensino de ciências como produção social. Disponível em:
<http://www.fe.unicamp.br/ensino/graduacao/downloads/proesf-MetodologiaEnsinoCiencias-Ivan.pdf.> Acesso
em: 07 jun. 2008.
 Pesquisador das relações históricas na formação de professores, Ivan Amaral apresenta uma vinculação entre
a prática pedagógica do professor e a produção da metodologia de ensino, considerando condições de produção,
ideológicas, educacionais e avaliativas dos processos de aprendizagem/ensino em Ciências Naturais.
HADJI, C. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001.
 O projeto desta obra abrange, prioritariamente, os professores e todos aqueles que estão envolvidos com a
avaliação escolar para que vejam o que significa colocar a avaliação a serviço das aprendizagens e como isso pode
ser concretamente feito. O propósito do autor é refletir e compreender o que está em jogo quando se fala da
avaliação na escola, para descobrir pistas de ação concretas, visando à superação dos limites de uma avaliação
tradicional, classificatória e punitiva.
LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente.
São Paulo: Cortez, 2001.
 Este livro discute os dilemas emergentes dessas novas realidades nas escolas, identifica novas exigências
educacionais e, principalmente, procura pensar proposições assertivas sobre a escola e os professores dentro de
um projeto emancipatório de educação. Discute a avaliação sob uma perspectiva processual e integradora.
28
SANTOS, Rosemeri dos. Avaliação no ensino interdisciplinar de ciências sob a perspectiva discente. Porto Alegre:
PUCRS/Faculdade de Educação (Dissertação: Mestrado em Educação), 2006.
 São apresentadas, nesta dissertação de Mestrado, questões teóricas sobre o processo avaliativo, suas
implicações para o ensino de ciências e as interações com alunos, numa perspectiva de intervenção em pesquisa.
GOUVÊA, Sylvia Figueiredo. Os caminhos do professor na era da tecnologia. Acesso: Revista de Educação e
Informática, Ano 9, n. 13, abril. 1999.
 Revista bianual da Fundação para o Desenvolvimento da Educação - FDE -, criada para veicular os
conhecimentos em educação e informática e fomentar as discussões sobre a temática, além de possibilitar a troca
de experiências, visando ao desenvolvimento das práticas pedagógicas em conexão com as tecnologias de
informação e comunicação. Os artigos estão disponíveis em texto completo.
LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência. Rio de Janeiro: Editora 34, Nova Fronteira, 1994.
 "De que lugar julgamos a informática e os estilos de conhecimento que lhe são aparentados? Ao analisar tudo
aquilo que, em nossa forma de pensar, depende da oralidade, da escrita e da impressão, descobriremos que
apreendemos o conhecimento por simulação, típico da cultura informática, com os critérios e os reflexos mentais
ligados às tecnologias intelectuais anteriores. Colocar em perspectiva, relativizar as formas teóricas ou críticas de
pensar que perdem terreno hoje, isto talvez facilite o indispensável trabalho de luto que permitirá abrirmo-nos a
novas formas de comunicar e conhecer. A tese defendida neste livro refere-se a uma história mais fundamental
que a das ideias: a história da própria inteligência". – Pierre Lévy
LOPES JÚNIOR, José. A introdução da informática no ambiente escolar. Disponível em:
<http://www.clubedoprofessor.com.br/artigojunio.htm.> Acesso em: 10 de jul. 2008.
 Este artigo se baseia na experiência da introdução da Informática em uma escola de São Paulo. Nesse enfoque,
são trabalhadas a introdução da Informática como um processo e a importância da intervenção do coordenador
de Informática na reconstrução da prática pedagógica do professor no uso da Informática na educação.
DARIDO, Suraya Cristina; SOUZA JÚNIOR, Osmar Moreira. Para ensinar Educação Física: possibilidades de
intervenção na escola. Campinas: Papirus, 2007.
 Com essa preocupação como ponto de partida, Suraya e Osmar reuniram nesse livro uma série de exemplos
de como tratar os conteúdos de diversas formas de atividade física na escola. Assim, a obra traz leituras,
curiosidades, propostas de vivências e de questões para discussão não somente relativas às modalidades mais
tradicionais, como também a danças, ginásticas, lutas, jogos e brincadeiras, além de cuidados com a saúde, numa
perspectiva que extrapola o "fazer por fazer", contextualizando as práticas corporais.

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  • 1. EDUCAÇÃO FÍSICA Tatiane Lopes Monteiro tmonteiro@positivo.com.br Marcos Rafael Tonietto mtonietto@positivo.com.br Davi Marangon dmarangon@positivo.com.br http://www.portalpositivo.com.br/spe/educacaofisica 0800 725 3536
  • 2. Expediente      A apostila do curso de Implantação do Material Didático Positivo 2013 da área de Educação  Física  é  destinada  às  Escolas  Conveniadas  ao  Sistema  Positivo  de  Ensino  –  SPE.  Nela  está  contida a apresentação da Proposta Pedagógica do SPE e dos Livros de Educação Física para a  EI, EF1, EF2, e EM.  Compõem a equipe de assessoria desta área:    Assessora de Educação Física  Tatiane Lopes Monteiro  tmonteiro@positivo.com.br    Marcos Rafael Tonietto  mtonietto@positivo.com.br  Assessoria de Educação Física    Coordenador das áreas de Ed. Física e Arte  Davi Marangon   dmarangon @positivo.com.br   
  • 3. 3 1. Apresentação dos livros de Educação Física e da organização dos conteúdos Os livros de Educação Física oferecidos pela Editora Positivo apresentam duas características distintas: (1) livros de orientações metodológicas destinados a professores (as); (2) livros integrados destinados aos alunos (as), acompanhados de orientações metodológicas para os professores. Sendo importante pontuar que, a partir de 2013 o material atenderá todo EM e o 6º. e o 7º. anos do EF. A seguir, são apresentadas as características desses dois tipos de materiais. 1.1. Os Livros de Orientações Metodológicas para os professores Os materiais trazem subsídios didático-metodológicos para a organização sistemática e eficiente do processo de ensino. Há dois livros de orientações metodológicas organizados para os seguintes níveis de ensino: - Educação Infantil (EI); - Primeira fase do Ensino Fundamental (EF1). Nesses livros há uma caracterização do segmento em que são sugeridos elementos para a prática pedagógica. As orientações se referem ao perfil de criança e de adolescente para cada período, ao papel do professor e da professora, à concepção de avaliação do processo de ensino e de aprendizagem, à organização e ao desenvolvimento temático dos conteúdos com sugestões de atividades e às referências aos níveis do planejamento do ensino. A seguir, serão apresentados alguns detalhamentos do caráter específico de cada nível de ensino nos livros de Educação Física destinados somente ao professor. 1.1.1. O Livro de Educação Física para a EI A EI é a experiência escolar primeira e visa ao desenvolvimento integral e global da criança na indissociabilidade de características éticas, sociais, intelectuais, cognitivas, afetivas e psicomotoras. O livro propõe uma concepção de infância entendida como fase da vida com suas diferenças e peculiaridades em relação ao adulto. A criança é considerada produtora de cultura e agente ativa, capaz e construtora de conhecimento. Na fase da EI são propostos questionamentos que promovam a mobilização para as aprendizagens, com base nas relações de cada criança com ela mesma, com as outras crianças e com o mundo dos objetos e do entorno social mais imediato. Por meio do movimento, a criança pode conhecer e dominar o seu corpo e, por isso, também é um facilitador do desenvolvimento como um todo. Esse desenvolvimento se dá pela apropriação da cultura infantil, constituída de atividades lúdicas e imaginativas, jogos, brincadeiras e brinquedos que garantem motivação e interesse das crianças.
  • 4. 4 O movimento associado ao cognitivo e ao afetivo é a matriz básica da aprendizagem, pois a criança transforma em símbolo o que pode experimentar corporalmente, e seu pensamento se constrói, primeiramente, sob a forma de ação. Assim, em atividades como nos jogos e nas brincadeiras, que assumem formas específicas na infância, é possível perceber que no faz de conta a criança altera o significado dos objetos, acontecimentos e ações, para expressar seus sonhos, fantasias e assumir papéis ativos no contexto social. Brincando, realiza sonhos e desejos, cria situações que ajudam a satisfazer alguma necessidade presente em seu interior, usando capacidades de observação, imitação e imaginação. Portanto, brincar é a melhor metodologia para dar à criança condições de desenvolver suas potencialidades. Quando brinca, a criança elabora hipóteses para a resolução de problemas e toma atitudes que vão além do comportamento habitual de sua idade, pois busca alternativas para transformar a realidade. Brincar estimula a percepção, a motricidade, o intelecto e a interação social, podendo, assim, se conhecer melhor e explorar suas próprias emoções. Nessa fase, os conteúdos se manifestam por meio dos jogos, que são as atividades organizadas e sistematizadas, com objetivos prévios e com os quais espera-se que a criança brinque, ou seja, sinta prazer em realizar algo. São diferentes tipos de jogos, didaticamente organizados e classificados como tradicionais, de construção, motores, rítmicos, de percepção e de faz de conta. Nos jogos tradicionais, ressalta-se a importância da manutenção da cultura infantil e da cultura regional. Nos jogos de construção, a ênfase está na necessidade de materialização da imaginação da criança por meio da construção de símbolos. Nos jogos motores, procura-se estimular os movimentos de base para a criação de esquemas motores que podem auxiliar as crianças a realizar as diferentes atividades. Nos jogos rítmicos, espera- se atender as expectativas de manifestação dos sentimentos das crianças de forma expressiva e criativa: estímulo da livre expressão, desenvolvimento rítmico, na inter-relação entre o corpo, o espaço e o tempo. Nos jogos de percepção, o foco está na capacidade de interpretar as impressões que os sentidos trazem. Nos jogos de faz de conta, a criança expressa suas fantasias com base no contexto em que vive, utilizando-se do imaginário: são as representações de papéis que geralmente provêm do mundo social, incluindo a família e os amigos. 1.1.2. O Livro de Educação Física para o EF1 Para essa fase, o livro ressalta a necessidade de conexão entre os conteúdos escolares e o cotidiano, tornando-os significativos na experiência dos alunos e alunas. Uma síntese importante, presente no livro, propõe que a criança deve ser entendida como um ser humano produtor de cultura nas relações sociais que estabelece com adultos e com outras crianças. A personalidade da criança se forma nesse processo, que torna os seres humanos não apenas produtos da cultura, mas também seus produtores. Os alunos do EF1 são crianças que querem ser ouvidas e tratadas com dedicação, carinho, amizade, paciência e respeito; por isso, a postura adotada pelo professor é de grande importância. Ele deve posicionar-se
  • 5. 5 de forma ativa na prática das atividades, apresentar domínio do conteúdo e da metodologia, envolver-se na realidade dos alunos e transmitir os conteúdos com segurança e motivação. A Educação Física utiliza o movimento como mediador de conteúdos da cultura corporal, que assumem significado no mundo da criança. Essa abordagem possibilita aos alunos e às alunas o desenvolvimento motor, afetivo, cognitivo e social, por meio de conteúdos como as ginásticas, as danças, os jogos em geral, além dos esportes (pré-desportivos) e das lutas (jogos de oposição). Acredita-se que os conteúdos da cultura corporal devem ser tratados no contexto escolar de forma lúdica. Na atividade lúdica, a criança deve se divertir e vivenciar um grande número de experiências numa multiplicidade de situações que possibilitem a criação. Os conhecimentos a serem aprendidos nas aulas de Educação Física escolar são compostos por fatos, princípios, conceitos, habilidades, atitudes, normas e valores sobre o movimento humano, considerado não como um ato motor, mas sim, como uma ação repleta de significado. A aprendizagem desses conhecimentos de forma lúdica deve estar vinculada à explicação da realidade social e oferecer subsídios para a compreensão dos determinantes sócio-históricos do aluno. A criança se comunica, se relaciona, se expressa de forma criativa e crítica nos jogos. Nos pré-desportivos, (jogos com estrutura de regras mais flexíveis em relação ao esporte propriamente dito) com regras modificadas e adaptadas para este nível de ensino, a criança vivencia o mundo de regras do esporte como criança. A dança estimula significativamente a livre expressão e contribui para o desenvolvimento rítmico, além favorecer o contato social. Na ginástica, a criança conhece seu corpo e suas possibilidades de movimento; esse tipo de atividade cria condições para o desenvolvimento da autonomia e amplia vivências corporais. Nos jogos de oposição, a criança lida com a contradição entre risco e segurança, vivencia o contato corporal próximo, aprende a perder e adquire comportamentos cidadãos, com vistas ao exercício da responsabilidade e da autonomia. 1.2. Livros Integrados de Educação Física para o aluno com orientações metodológicas para o professor 1.2.1. O Livro de Educação Física para o EF2 O livro de Educação Física para esse nível salienta a necessidade de movimento dos alunos e alunas tanto em termos de seu desenvolvimento quanto em termos de melhoria da qualidade de vida. Por isso, devemos incentivá-los a se conhecerem e reconhecerem como agentes ativos e criativos, capazes de se apropriar das manifestações corporais, assim como de recriá-las. Dessa maneira, a abordagem dos conteúdos da cultura corporal é mais complexa e profunda, já que, com o desenvolvimento do pensamento lógico e dedutivo, os alunos passam a compreender melhor as regras, atuam com maior independência e autonomia, o que torna os jogos e brincadeiras mais desafiantes, e possibilita que os aspectos estratégicos das atividades integrem os problemas a serem resolvidos pelo grupo. É importante explorar os movimentos analíticos que combinam movimentos fundamentais e formas técnicas de execução. Isso não significa que a técnica constitui o objetivo central das aulas, mas pode ser inserida
  • 6. 6 para ampliar o acervo motor, já que os níveis de eficiência dos movimentos permitem mais rapidez, aperfeiçoamento e dinâmica na assimilação e no desenvolvimento das atividades. Assim, o grau de complexidade e de dificuldade das atividades pode aumentar com desafios que levem os alunos a buscar soluções para superar diversas experiências, como, por exemplo, receber uma bola em deslocamento, saltar e arremessar em suspensão ou, ainda, realizar uma parada de mão seguida de um rolamento. Nas (os) séries/anos finais do EF2, os alunos passam a conhecer e a controlar melhor o corpo, o que permite acompanhar seu desempenho, adequando o grau de exigência e de dificuldade de algumas tarefas. Podem, também, pela percepção do próprio corpo, começar a compreender as relações entre a prática de atividades corporais, o desenvolvimento das capacidades físicas e os benefícios que trazem à saúde e ao convívio social. Entende-se que algumas questões possuem amplas dimensões e devem ser trabalhadas durante as aulas, tais como: as manifestações corporais das várias culturas que mostram a riqueza da diversidade e os seus aspectos histórico-sociais; as questões de gênero que começam a aparecer com maior frequência, pois, nesta fase, iniciam-se as alterações físicas e psicológicas da puberdade e do início da adolescência. Também nessa fase, é comum a vergonha de expor o corpo e de mostrar desempenho. Assim, acredita-se que o trabalho da Educação Física deva ampliar as vivências corporais por meio de conteúdos da cultura corporal, como os jogos, os esportes, as lutas, as ginásticas, as danças, entre outros, que, integrados ao contexto social dos alunos, assumem uma conotação significativa e auxiliam na criação da identidade e da autonomia corporal. 1.2.1.1. Organização didática Uma das principais contribuições do material do EF2 da Educação Física é a proposta de sistematização dos conhecimentos privilegiados e a sua organização didática. O material está organizado em Unidades de Trabalho que desenvolvem temáticas subdivididas em tópicos. Para orientar as atividades pedagógicas, utilizam-se seções que possuem diferentes funções didáticas. Primeiramente, o material apresenta a unidade de trabalho, que se caracteriza como um conjunto de informações de um determinado conteúdo das manifestações corporais, por meio das quais se estruturam as atividades de aprendizagens dos alunos. Vale a pena lembrar que cada unidade de trabalho abrangerá todo o conteúdo por meio de elementos metodológicos que são caracterizados por meio de três funções didáticas. Elas são conceituadas de: - Mobilização – concerne ao levantamento de conhecimentos prévios dos alunos e alunas em relação à unidade de trabalho e à preparação para uma nova sequência de aprendizagem, visando aos objetivos a serem alcançados.
  • 7. 7 - Instrumentalização – momento no qual se faz o levantamento, a discussão reflexiva e a prática das experiências, expectativas e dificuldades dos alunos e alunas durante o processo de aprendizagem. - Aplicação – concerne à aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos pelos alunos. Favorece a consolidação das aprendizagens pelos vínculos estabelecidos entre os saberes apreendidos e seus usos em situações significativas. A partir desse princípio de organização da sequência didática, o material apresenta seções que estruturam as atividades de aprendizagens nas dimensões conceituais, procedimentais e atitudinais. As seções são as seguintes: Para fazer Troca de ideias Momento de conhecer, experimentar, vivenciar e contextualizar as práticas corporais. Momento de trabalho individual ou coletivo, propondo aos alunos dinâmicas de sistematização de conhecimento, debates e (re) construção de conceitos, com base nos saberes apresentados na unidade temática.
  • 8. 8 Ampliando o olhar Pesquisa Momento de ampliar os conhecimentos, relacionando-os com as situações do cotidiano, como as mídias, as relações de gêneros, o ambiente, o lazer, o trabalho, a saúde. Momento de resgate de conhecimentos historicamente acumulados pela sociedade a respeito das práticas corporais.
  • 9. 9 1.2.1.2. Programação anual dos materiais didáticos do EF2 Agora se vê a necessidade em pontuar quais os conteúdos programados para o ano letivo em todos os anos do EF2: 6º. ano, 7º. ano, 8º. ano e 9º. ano. 6º. ano 1º. Volume 1. Os esportes mudam? As transformações no jogo de futebol 2. Conhecendo o universo ginástico A constituição das corridas no atletismo Ginástica para todos 2º. Volume 3. As semelhanças entre os esportes Características de um esporte coletivo: o handebol Características de um esporte individual: os saltos no atletismo 4. Por dentro do universo lúdico 1 Os jogos pré-desportivos Os jogos de mesa 3º. Volume 5. As diferenças entre os esportes Características de um esporte coletivo: o basquetebol Características de um esporte individual: os arremessos e lançamentos no atletismo 6. Identificando elementos das lutas Do confronto às lutas: o sumô As lutas e a cultura brasileira: a capoeira 4º. Volume 7. Esportes que podem ser coletivos e individuais O tênis de mesa O revezamento Identificando danças regionais
  • 10. 10 7º. ano 1º. Volume 1. Semelhanças entre os esportes coletivos de invasão Os fundamentos do basquetebol Conhecendo o corfebol 2. Lutas orientais com e sem contato direto O código dos samurais Os fundamentos do judô Conhecendo o caratê O kendô e a espada japonesa 2º. Volume 3. Os diferentes esportes coletivos de rede Os fundamentos do voleibol As variações do voleibol: o vôlei sentado Vivenciando o punhobol 4. As ginásticas esportivizadas Ginástica artística Ginástica rítmica 3º. Volume 5. Esportes coletivos e suas variações Os fundamentos do handebol Vivenciando o tchoukball 6. A diversidade das danças de salão Os primeiros passos da dança de salão As danças de salão no Brasil 4º. Volume 7. Transitando entre um esporte coletivo de invasão e um esporte coletivo de rede Conhecendo o Futsal Conhecendo o futvôlei 8. Por dentro do universo lúdico 2 Os jogos de tabuleiro Os jogos cooperativos
  • 11. 11 8º. ano 1º. Volume 1. Esportes individuais de marca e precisão O atletismo: as corridas com obstáculos e os saltos O boliche 2. Ampliando o repertório das expressões corporais nas danças Releituras dos ritmos musicais 2º. Volume 3. Estratégias e táticas em esportes coletivos de invasão Entendendo e analisando o futebol Elaborando táticas para o rúgbi 4. Lutas ocidentais com e sem contato direto A origem das lutas A esgrima 3º. Volume 5. Estratégias e táticas para esportes coletivos de rede Entendendo o voleibol Os elementos do badmínton Vivenciando o tênis de campo 6. Ampliando o conhecimento sobre o universo lúdico Estratégias e táticas dos jogos pré-desportivos Conhecendo outros jogos de tabuleiro 4º. Volume 7. Sistemas táticos em esportes coletivos de invasão Entendendo o ataque e a defesa no basquetebol Elaborando táticas para o handebol 8. Ampliando as possibilidades de manifestações ginásticas Compreendendo e sentindo as capacidades físicas Ginástica acrobática
  • 12. 12 9º. ano 1º. Volume 1. Os esportes coletivos de taco Vivenciando o beisebol Vivenciando o hockey 2. Diversificando e inovando o universo lúdico Ressignificação dos jogos cooperativos Jogos do mundo 2º. Volume 3. Inovação com esportes de precisão Vivenciando a bocha Conhecendo alguns esportes adaptados 4. Corpo, movimento, expressão e ritmo Sistematizando as danças Organizando e vivenciando um festival de dança 3º. Volume 5. Novas possibilidades de práticas com esportes de precisão O bumerangue O tiro ao alvo O golfe O espirobol 6. Diversificando e inovando o universo ginástico Ginástica aeróbica Ginástica para a vida 4º. Volume 7. Criação e sistematização de esportes inéditos Criando esportes coletivos de invasão Criando esportes coletivos e individuais de rede Criando esportes coletivos de campo e taco Criando esportes coletivos e individuais de marca e precisão 8. As lutas e a contemporaneida- de: ressignificando as lutas orientais e as lutas ocidentais As lutas e a mídia A esportivização das lutas
  • 13. 13 1.2.2. Os livros de Educação Física para o aluno e a aluna do Ensino Médio O Livro Integrado Positivo para a Educação Física para o aluno do Ensino Médio está estruturado para atender às demandas postas pela inclusão desse componente curricular como área de conhecimento na Matriz de Referência para o ENEM, mais especificamente, na área de Linguagem, Códigos e suas Tecnologias. Nesse contexto, a Educação Física ganha papel central na formação dos alunos ao compreender a linguagem corporal como relevante para a própria vida do jovem, como integradora social e formadora da sua identidade. De acordo com a Matriz de Referência: Diante dessa nova exigência, a concepção de Educação Física que permeia o material entende as práticas corporais como produções culturais e procura compreendê-las como linguagens que expressam e comunicam sentidos, significados, valores e contradições da sociedade nas quais elas se manifestam. Nesse sentido, articula, de forma crítica e complexa, as práticas corporais aos grandes temas sociais, possibilitando ao adolescente e ao jovem fazer reflexões e tomar decisões em relação ao uso do corpo no trabalho e no lazer, para a melhoria da saúde e da qualidade de vida, para a participação social responsável e democrática, entre outras. O material contempla alguns princípios orientadores da (re)contextualização pedagógica das práticas corporais nas aulas de Educação Física. São eles: • A diversificação das práticas corporais, definidas junto à comunidade escolar: o que se espera é que os alunos tenham a oportunidade de vivenciar o maior número possível de práticas corporais, objetivando ampliação de seu acervo cultural, bem como o reconhecimento e a valorização da diversidade cultural das práticas. • A inclusão de todos na realização das tarefas postas pelas relações com os saberes das práticas corporais: objetivando dar voz e vez para todos os alunos, sem distinções de qualquer ordem, respeitando o papel dos jovens como produtores de cultura, com suas possibilidades de se apropriar e (re)criar as práticas corporais. • Possibilitar a compreensão por parte dos alunos da natureza histórica, social e cultural das práticas corporais: entendendo-as como linguagem, carregadas de valores, sentidos e significados, que possibilitam a eles maior leitura e interação com o contexto em que estão inseridos. Competência de área 3 - Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integradora social e formadora da identidade. H9 - Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um grupo social. H10 - Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em função das necessidades cinestésicas. H11 - Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos. (BRASIL, 2009)
  • 14. 14 As práticas corporais entendidas como linguagens que auxiliam os alunos na leitura da realidade, quando alimentadas pelos procedimentos metodológicos da diversificação, do envolvimento e da inclusão de todos nas práticas e pela possibilidade de uma compreensão mais aprofundada, se tornam passíveis de se relacionarem com os saberes escolares da Educação Física. 1.2.3. Organização didática Uma das principais contribuições do LIP de Educação Física é a proposta de sistematização dos conhecimentos privilegiados e a sua organização didática. O material está organizado em Unidades de Trabalho que desenvolvem temáticas subdivididas em tópicos. Para orientar as atividades pedagógicas, utilizam-se seções que possuem diferentes funções didáticas. Seções: organizam atividades e tarefas de aprendizagem, articulando as práticas corporais à tematização da unidade de trabalho em questão. São elas: Construção e estabelecimento de regras comportamentais coletivas, com base nas problemáticas enfrentadas no convívio das aulas. Momento de conhecer, experimentar, vivenciar e contextualizar as práticas corporais.
  • 15. 15 Planejamento e construção de diferentes práticas corporais, a fim de reconhecer categorizações e estruturas internas dessas práticas. Momento de relacionar os saberes abordados com outros componentes curriculares.
  • 16. 16 Curiosidades sobre a temática, ampliando-a. Utilizar recursos audiovisuais como didática para o trabalho com determinados saberes. Simular questões problematizadoras para estimular a reflexão dos alunos, tendo como perspectiva a apreensão do conhecimento por meio desses exercícios simulados. Momento de trabalho individual ou coletivo, propondo aos alunos dinâmicas de sistematização de conhecimento, debates e (re)construção de conceitos, com base nos saberes apresentados na unidade temática.
  • 17. 17 Iniciar, retomar ou aprofundar ações educativas que levem à formação ética e moral de todos os membros os quais atuam nas instituições escolares. Pressupõe praticas pedagógicas focadas nos valores sociais, na boa convivência entre os alunos, na informação e na formação para os direitos humanos e na inclusão social. Elucidar sobre o contexto do mercado de trabalho, apresentando diferentes profissões e profissionais relacionados ao universo das práticas corporais. Nessa seção, além da apresentação de dados, os alunos devem buscar, em textos informativos, entrevistas com profissionais, fotos de sequências de atividade relacionadas à Educação Física, etc. Momento de ampliar os conhecimentos.
  • 18. 18 Os conhecimentos privilegiados nos Livros Integrados estão organizados na seguinte programação de conteúdos: 1ª. Série 1º. Volume 1. O que é esportivização das práticas corporais? 2. O que é desesportivização das práticas corporais? 3. Transitando entre esportivização e desesportivização 2º. Volume 4. O que é qualidade de vida? 5. Conhecendo e valorizando o corpo 3º. Volume 6. Brincadeiras, jogos e os jovens 7. Brinquedos, materiais alternativos e práticas corporais para o tempo livre 4º. Volume 8. Comportamentos competitivos e cooperativos nas práticas corporais 9. Esportivização e violência 2ª. Série 1º. Volume 1. As práticas corporais e os exercícios físicos em benefício da saúde 2. Corpo, saúde e nutrição 2º. Volume 3. O jovem e suas “tribos” 4. Quem dança seus males espanta. 3º. Volume 5. Processos criativos e transformação das práticas corporais: as atividades circenses 4º. Volume 6. Corpos sarados são corpos saudáveis? 3ª. Série 1º. Volume 1. Espaços urbanos para as práticas corporais das culturas juvenis 2. As práticas corporais nos tempos e espaços destinados ao lazer 3. Características das práticas corporais para o tempo do lazer 2º. Volume 4. Transformação dos jogos e dos esportes 5. Valores, atitudes e princípios humanos nas práticas corporais 3º. Volume 6. Corpo, saúde e nutrição 7. As diferentes atribuições de modelos de corpos masculinos e femininos e suas influências nas práticas corporais 4º. Volume 8. Organizando eventos e competições esportivas: das arquibancadas à prática 2. A importância de ensinar Educação Física A Educação Física no contexto escolar está integrada ao projeto político--pedagógico da escola. Nesse sentido, contribui com seus conteúdos específicos para a formação integral dos alunos e alunas, visando a sua participação crítica e democrática como cidadãos responsáveis na sociedade. Isso implica na recontextualização dos conteúdos, procurando enfocá-los em suas relações com as práticas sociais mais amplas, possibilitando o conhecimento dos sentidos e dos significados culturais das práticas corporais. Essa concepção procura superar o senso comum de que a Educação Física na escola serve para “gastar energias” acumuladas e para desenvolver exclusivamente a aptidão física dos alunos e alunas, transformando-os em atletas de alguma modalidade esportiva. Ou ainda a perspectiva que entendia as aulas de Educação Física
  • 19. 19 como o momento de unicamente combater o estresse que as crianças, os jovens e os adolescentes carregam no seu dia a dia ou durante o período escolar. Nessa perspectiva, os saberes sobre as práticas corporais vão além do simples fazer, do domínio de habilidades motoras; a preocupação se volta para um entendimento ampliado a respeito dos valores sociais nelas impressos historicamente e implica em saber sobre as origens das contradições sociais que se reproduzem nas aulas de Educação Física. Portanto, as dimensões do aprender envolvem os saberes sobre o corpo, o domínio das habilidades coordenativas de acordo com as necessidades grupais, respeitando-se os ritmos individuais e o domínio das formas relacionais (que envolvem aprender atitudes de respeito mútuo, de reconhecimento e de aceitação da diversidade). O processo instrucional deve ajudar os alunos e alunas a construírem possíveis alternativas para os conflitos decorrentes das relações sociais. A finalidade é propor aprendizagens significativas que possam contribuir para o desenvolvimento de um novo olhar para a Educação Física, que abre múltiplas possibilidades de apreensão crítica do universo da cultura corporal de movimentos por parte dos educandos. Nessa dimensão cultural, reconhece-se o ser humano com possibilidade aberta de autorrealização com base na cultura, ou seja, ele precisa da cultura para humanizar-se. Contudo, nem toda cultura corporal é objeto da Educação Física escolar. O que tem sido sistematizado historicamente são algumas formas de manifestação dessa cultura, as quais se realizam fora da esfera das práticas laborais, embora se relacionem com elas indiretamente. Os conteúdos de ensino são organizados com base em um campo de atividades lúdicas, as quais se relacionam diretamente com práticas corporais realizadas no tempo livre e no espaço de lazer. Temos, então, como conhecimento específico, diferentes expressões culturais de práticas corporais, na forma de jogos, esportes, ginásticas, lutas e danças, entre outros, que constituem um patrimônio de atividades construído socialmente e acumulado historicamente, e que, da mesma forma que outras dimensões culturais, merece e precisa ser pedagogicamente tratado na escola. É, na verdade, uma dimensão imprescindível da formação humana. Essa dimensão cultural do movimento humano, que se traduz em diversas práticas corporais, quando é apropriada pelos alunos e alunas, contribui para a sua socialização. Os jogos, esportes, ginásticas, lutas e danças são práticas sociais nas quais estão impregnados valores, conceitos, procedimentos, códigos, normas e formas de relação. Cabe à Educação Física fazer a análise crítica dessas práticas, procurando revelar os sentidos e significados sociais nelas presentes. Com base nessa análise, procuramos construir novas possibilidades, outros sentidos e significados superadores de desigualdades, injustiças, preconceitos e discriminações que aparecem como fruto indesejado das relações sociais. É nesse sentido que a Educação Física na escola pode contribuir para a construção da cidadania, ajudando a ampliar a visão de mundo e da realidade social por meio das práticas corporais e trabalhando pedagogicamente na construção da autonomia, da criatividade e da criticidade.
  • 20. 20 Quem exerce a cidadania deve ser o sujeito que vivencia e expressa as práticas corporais de uma forma única, pois cada aluno é um ser singular. Por isso, a vivência democrática em nossas aulas deve oferecer espaço para que cada um tenha voz e vez e seja valorizado pelo que é, e não ser diminuído e excluído se não apresentar atributos e habilidades dos modelos sociais. A exclusão dos “mais fracos”, dos “menos habilidosos”, “dos diferentes” sempre esteve presente como resultado negativo de algumas práticas tradicionais da Educação Física em nossas escolas. O nosso desafio é a superação da exclusão embasada nos princípios pedagógicos que possibilitem a inclusão de todos nas atividades com base no trabalho cooperativo. 3. Proposta pedagógica da Educação Física A proposta deste material é contribuir para democratizar, humanizar e diversificar a prática pedagógica da área, buscando ampliar a visão apenas biológica desta área do conhecimento para um trabalho que incorpore dimensões afetivas, cognitivas, motoras, sociais e culturais dos alunos. Nesse sentido, os conteúdos se desenvolvem em dois grandes eixos que se relacionam dialeticamente: (1) o corpo como algo a ser apreendido pela ação corporal: contribui para a formação da identidade e da singularidade de cada indivíduo, por meio do conhecimento, do domínio e da consciência corporal; (2) o corpo como instrumento para a apreensão do mundo: contribui para a formação social, a relação com os outros e com os objetos, por intermédio do conhecimento e do domínio dos usos, normas e papéis sociais que carregam sentidos e significados das práticas corporais. Na articulação entre os eixos tem-se uma unidade dialética em que cada um deles concorre para a realização do outro, isto é, a identidade individual se constrói no confronto do sujeito com os saberes e nas práticas sociais com o movimento corporal humano. É na relação entre esses eixos que se dá a formação do cidadão nas aulas de Educação Física. A Educação Física escolar, no seu fazer metodológico, deve abordar as práticas corporais de forma crítica e problematizadora de questões como a estética, a ética e a promoção da qualidade de vida. O professor desta área do conhecimento deve ser entendido como elemento mediador para operacionalizar a ação criadora e inovadora e deve promover a integração de objetivos, conteúdos e métodos que venham proporcionar uma constante reflexão dos alunos e alunas no processo ensino-aprendizagem. Assim sendo, deve haver a problematização, a instrumentalização e a efetiva apropriação crítica dos conteúdos. Portanto, a sistemática de ensino dos conhecimentos/habilidades das práticas corporais pode ser ordenada pelas seguintes funções didático-metodológicas interligadas: mobilizar, instrumentalizar e aplicar. 1. Mobilização: é o momento em que se apresenta o tema com intenção de torná-lo significativo e para motivar o seu estudo por parte dos alunos, identificando o que sabem a respeito deste conhecimento; é o momento em que são elaboradas propostas e problematizações condizentes com os conhecimentos previamente
  • 21. 21 sistematizados pelos alunos, visando aos objetivos a serem alcançados. Caracteriza-se como momento preparatório de uma nova sequência de aprendizagem. 2. Instrumentalização 3. : é o momento em que se fazem o levantamento, a discussão e a prática das experiências, expectativas e dificuldades dos alunos; é o processo em que se viabilizam e se interligam a percepção ativa, a compreensão e a reflexão dos alunos sobre os saberes em questão, e promovem-se debates, vivências e conexões sobre os assuntos, a fim de aumentar e/ou aprofundar o repertório de experiências e reflexões dos alunos e alunas sobre a temática em foco. Aplicação Assim sendo, o que se pretende é evidenciar que as situações significativas para as aprendizagens dos alunos não são atividades realizadas como “um fim em si mesmas”, mas, sim, articuladas a finalidades de formação que alcançam todas as dimensões que constituem a complexidade do ser humano. Portanto, deve estar voltada para as dimensões físicas, motoras, perceptivas, cognitivas, afetivas e sociais. : é o momento da aplicabilidade dos conhecimentos, que reflete a culminância do processo de ensino e de aprendizagem, que favorece a consolidação das aprendizagens pelos vínculos estabelecidos entre os saberes apreendidos e seus usos em situações significativas é o momento em que se faz a reflexão sobre as ações que acompanham as aprendizagens e se avalia, com os alunos, o nível de aprendizagem conseguido em função dos objetivos estabelecidos e no sentido de nortear as decisões a serem tomadas na sequência. As aprendizagens favorecem a formação para a cidadania, quando se realizam com a intenção de prestar assistência e ajuda aos alunos e alunas. Isso significa que a aprendizagem possibilita a evolução, o desenvolvimento dos alunos rumo ao sucesso. Para ser eficaz, o processo avaliativo precisa compreender a situação do aluno, fornecer-lhe indicações esclarecedoras e ser capaz de preparar a operacionalização das ferramentas do êxito. 4. Algumas sugestões sobre avaliação Um dos desafios dos professores na área do ensino de Educação Física é, sem dúvida, a avaliação. Essa questão está diretamente ligada à sua prática pedagógica, à sua concepção de educação, à sua concepção de Educação Física, à sua percepção das dificuldades e facilidades de seus alunos, como também aos objetivos de ensino propostos durante a abordagem de determinados conceitos em Educação Física ligados, didaticamente, à sua prática em sala de aula. O que é, afinal, avaliação? A avaliação é um processo que possibilita refletir criticamente sobre dificuldades, avanços e resistências e tomar decisões sobre os caminhos a serem seguidos. Ao planejar uma ação, definem-se meios para a sua execução que, consequentemente, trarão resultados. Como um meio de aprendizagem e uma forma de intervenção pedagógica integrante do processo de ensino, a avaliação produz instrumentos capazes de acompanhar o movimento de construção de conhecimento, subsidiando tomadas de decisões e redimensionando a direção da ação. A avaliação escolar é um processo que indica e fornece informações para a compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno. Ao mesmo tempo que identifica o que ele é capaz de fazer com
  • 22. 22 autonomia, indica ao professor o momento e a qualidade da intervenção pedagógica. Isso significa ajudar o aluno a avançar, atendendo às suas necessidades, e a provocá-lo para novas aprendizagens: um compromisso assumido com o saber, no qual o erro torna-se parte do processo, um momento de síntese provisória, que revela estratégias cognitivas utilizadas pelo aluno na busca do conhecimento. Tomada nessa dimensão, a avaliação deve ocorrer sistematicamente durante todo o processo de ensino e aprendizagem. Entende-se que a avaliação em Educação Física deve agir sob a ótica do fazer coletivo, analisando sempre os objetivos, os conteúdos e as metodologias. Seus instrumentos devem ser bem elaborados – como estímulo e desafio ao interesse dos alunos – através dos quais se possa e se deva usar uma variedade de eventos avaliativos (SOUZA JR., 2006). É oportuno dizer que a avaliação dos alunos não pode se restringir apenas a um tipo de instrumento (prova escrita), pois a utilização de vários instrumentos pode enfocar o domínio de diferentes habilidades cognitivas e detectar os pontos que são passíveis ou que necessitem de recuperação, identificando dificuldades e lacunas, o que leva à introdução de modificações e adaptações precisas e adequadas ao processo de aprendizagem. A seguir há alguns exemplos de instrumentos avaliativos:  Avaliação escrita - provas, redações, sínteses, resumos, desenhos, etc. Esses elementos tradicionais do sistema avaliativo são importantes por desenvolverem nos alunos o exercício, na forma escrita, de sistematização de conhecimentos.  Discussão e/ou revisão da avaliação - apresentar os critérios utilizados na avaliação e possibilitar aos alunos a realização de outras tentativas.  Participação - avaliar de que forma os alunos efetivamente se posicionam como sujeitos do processo educativo e não como “objetos”, sem voz nem ação.  Fichas ou relatórios descritivos - algumas das atividades realizadas podem ser registradas pelos alunos no formato de fichas, facilitando a posterior consulta dos conhecimentos trabalhados.  Trabalhos individuais e em grupos - proporcionar, além das tarefas individuais habituais, a realização de tarefas coletivas, visando à integração social e aos debates em grupo, ideais para a aceitação de posicionamentos diferentes e, consequentemente, para a convivência com eles.  Autoavaliação - não se trata somente de os alunos “se darem nota”; passa por um processo de reflexão que analisa questões, como a cooperação, a organização e o cumprimento das tarefas.  Rodas avaliativas - a exposição e a defesa de seus posicionamentos perante a classe devem ser utilizadas como instrumento avaliativo.  Portfólio - é uma interessante forma de organizar diversos trabalhos na montagem de uma pasta; com esse material, os próprios alunos conseguem ter noção dos conhecimentos adquiridos e/ou construídos no decorrer de determinado período.  Questões simuladas - o material didático elaborado trará questões simuladas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a fim de proporcionar aos alunos situações de avaliação que estes enfrentarão em seu futuro acadêmico.
  • 23. 23 A avaliação deve estar vinculada à realidade do contexto escolar da sala de aula e dos referenciais acima apresentados. Podemos apontar alguns direcionamentos: 1. O que avaliar? A avaliação tem que incidir sobre os aspectos globais do processo de ensino e de aprendizagem. Tudo deve ser avaliado. Devem-se considerar tanto o resultado final como o processo (atitudes, valores, potencialidades e desempenho cognitivo do aluno). 2. Para que avaliar? Avalia-se para compreender e explicar o processo de aprendizagem, para entender por que esse processo se deu de determinada maneira, para identificar seus avanços e problemas e encontrar caminhos para superá-los. 3. Como avaliar? Nenhum instrumento de avaliação pode ser descrito como prioritário ou adotado como modelo. São várias as estratégias de ensino, e também são várias as formas de avaliar. Observação atenta e constante é a base para uma avaliação que privilegia a aprendizagem e leva em conta o ritmo de cada estudante. A cada etapa do processo avaliativo o professor elege alguns aspectos e objetivos para analisar. O problema não está no modo de coletar informações, mas, sim, no sentido da avaliação, que deve ser de um contínuo diagnóstico das situações de ensino e aprendizagem e de um instrumento a serviço das aprendizagens. O importante é diversificar o uso de instrumentos, de acordo com as situações e os objetivos de ensino. 4. Quando e como avaliar? Entendida como um processo, a avaliação deve ser contínua, reveladora de toda a trajetória do aluno, e não centrada apenas no produto. Para tal, deve- -se utilizar a maior quantidade e variedade de meios possíveis (instrumentos diferentes). 5. Mas quem avalia? Todos devem avaliar e ser avaliados (alunos, professores, família, comunidade, indivíduo, o grupo e o conselho de classe). Dessa maneira, a avaliação reflete a própria caminhada dos alunos, fazendo com que eles conheçam suas capacidades e desenvolvam as suas potencialidades, confrontando sua aprendizagem com os objetivos pretendidos e situando-os em relação a si mesmos e em relação aos demais membros do grupo. 6. Sugestões de atividades Esportes Alternativos – Séries/Anos: EF2 e EM Objetivos: • Conhecer modalidades pouco divulgadas e que fazem parte de grandes eventos esportivos internacionais. • Construir o gesto esportivo das modalidades selecionadas.
  • 24. 24 • Reelaborar o esporte, transformando sua finalidade, sua forma e seu conteúdo de acordo com as necessidades e dificuldades sentidas, valendo- -se do princípio de inclusão de todos (todos participam). • Reconhecer e valorizar atitudes não discriminatórias quanto a habilidades, a sexo ou a outras, como condutas eficientes para inclusão de todos nos esportes. • Predisposição em cooperar com o colega ou o grupo nas situações de aprendizagem. • Respeitar a integridade física e moral do outro. Conteúdos: • Origem do esporte, fundamentos, equipamentos e regras. • Exercícios e jogos de fundamentação dos gestos e táticas específicos. • Adaptação dos fundamentos, equipamentos, regras e espaços. Sugestão de procedimento: A proposta, para um conjunto de aproximadamente seis a oito aulas, é trabalhar com esportes não muito conhecidos e que possam ser adaptados em relação aos recursos físicos e materiais da escola, para que sejam oportunizadas experiências e aprendizagens com essas atividades. 1. Encaminhamentos Metodológicos a. Mobilização dos alunos para as ações – Problematização É o momento de construir com os alunos o sentido para a atividade. Para tanto, sugere-se uma conversa inicial, discutindo os objetivos e a proposta do trabalho de forma geral. Existem esportes que tradicionalmente são desenvolvidos nas nossas escolas e bastante conhecidos por nossos educandos. No entanto, existem muitos outros que não fazem parte do acervo cultural dessa comunidade escolar, apesar de fazerem parte de grandes eventos esportivos internacionais. A problematização será feita com a seguinte pergunta provocativa: • Quantos esportes vocês conhecem? Tomando-se por base as respostas, sugere-se aos alunos que procurem conhecer a história dos esportes e escolham alguns pouco conhecidos para que possam ser explorados na sequência das aulas. O próximo passo é organizar os alunos para a realização das tarefas. • Organização dos alunos: Serão organizados grupos de trabalho com, no máximo, sete alunos. Cada grupo ficará responsável por uma modalidade. Seleção dos esportes As pesquisas podem ser feitas no Portal Positivo ( : Junto com os alunos, é possível propor uma pesquisa de diferentes modalidades esportivas pouco conhecidas ou desconhecidas e escolher algumas para serem trabalhadas nas aulas com base nos objetivos. Como forma de levantar alguns dos esportes conhecidos por parte dos alunos, é possível utilizar o método do Brainstorming, que estimula a expressão livre de ideias, porém deve ser estruturado com base no tema central, que é o esporte. www.portalpositivo.com.br), seguindo a sequência das telas:
  • 25. 25 @ ACESSE O CONTEÚDO MULTIMÍDIA: @ FAÇA A PESQUISA POR PALAVRA-CHAVE. “HISTÓRIA DO ESPORTE”: HISTÓRIA DO ESPORTE
  • 26. 26 @ CLICAR NO TÓPICO “HISTÓRIA DO ESPORTE”:  Fazer pesquisas para escolher uma modalidade esportiva. Definição das tarefas e dos objetivos de ação para os grupos  Apresentar informações para os outros grupos sobre o esporte escolhido (história, fundamentos, regras e materiais).  Propor alterações dos esportes, adaptando regras, materiais, fundamentos e espaços.  Organizar as vivências com o esporte escolhido com ajuda do professor (equipes, tabelas de jogos ou de competições). b. Desenvolvimento – Realização das tarefas É o momento de apropriação do(a) conhecimento/habilidade por parte dos alunos para aumentar e/ou aprofundar o seu repertório de experiências e reflexões sobre a temática em foco. Também é o momento em que ocorrem o levantamento, a discussão e a prática das experiências, as expectativas e as dificuldades dos alunos com as possíveis reelaborações críticas e criativas dos conteúdos. •  Aulas de organização: Organização das mediações ♦ Pesquisas; organização das apresentações; ♦ Organização das práticas (exercícios e jogos).  Aulas de execução: ♦ Apresentação da sua modalidade na forma de seminário (podem usar recursos audiovisuais); ♦ Realização das práticas (exercícios e jogos); ♦ Sugestões da turma de alterações para melhorar o jogo.
  • 27. 27 c. Reflexão sobre as ações Criar fichas de observação em que serão feitos os registros para análise de dificuldades, de avanços e de futuros encaminhamentos. O professor pode dar sugestões e construir com os alunos. 2. Avaliação A avaliação se caracteriza pela administração das informações a respeito de todos os momentos do processo de ensino e de aprendizagem. Logo, é importante registrar o maior número de dados para que os alunos e alunas possam ter clareza de seu desenvolvimento. • Autoavaliação: cada um do grupo se autoavalia de acordo com critérios de participação, empenho, disposição para realização das tarefas. • Avaliação pelos colegas: os critérios serão elaborados juntamente com o professor e com os indicadores de que os objetivos foram ou não alcançados. • Avaliação do professor: com os mesmos critérios construídos com os alunos com base nos objetivos propostos. Referências Bibliográficas AMARAL, Ivan Amorosino. Metodologia do ensino de ciências como produção social. Disponível em: <http://www.fe.unicamp.br/ensino/graduacao/downloads/proesf-MetodologiaEnsinoCiencias-Ivan.pdf.> Acesso em: 07 jun. 2008.  Pesquisador das relações históricas na formação de professores, Ivan Amaral apresenta uma vinculação entre a prática pedagógica do professor e a produção da metodologia de ensino, considerando condições de produção, ideológicas, educacionais e avaliativas dos processos de aprendizagem/ensino em Ciências Naturais. HADJI, C. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001.  O projeto desta obra abrange, prioritariamente, os professores e todos aqueles que estão envolvidos com a avaliação escolar para que vejam o que significa colocar a avaliação a serviço das aprendizagens e como isso pode ser concretamente feito. O propósito do autor é refletir e compreender o que está em jogo quando se fala da avaliação na escola, para descobrir pistas de ação concretas, visando à superação dos limites de uma avaliação tradicional, classificatória e punitiva. LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente. São Paulo: Cortez, 2001.  Este livro discute os dilemas emergentes dessas novas realidades nas escolas, identifica novas exigências educacionais e, principalmente, procura pensar proposições assertivas sobre a escola e os professores dentro de um projeto emancipatório de educação. Discute a avaliação sob uma perspectiva processual e integradora.
  • 28. 28 SANTOS, Rosemeri dos. Avaliação no ensino interdisciplinar de ciências sob a perspectiva discente. Porto Alegre: PUCRS/Faculdade de Educação (Dissertação: Mestrado em Educação), 2006.  São apresentadas, nesta dissertação de Mestrado, questões teóricas sobre o processo avaliativo, suas implicações para o ensino de ciências e as interações com alunos, numa perspectiva de intervenção em pesquisa. GOUVÊA, Sylvia Figueiredo. Os caminhos do professor na era da tecnologia. Acesso: Revista de Educação e Informática, Ano 9, n. 13, abril. 1999.  Revista bianual da Fundação para o Desenvolvimento da Educação - FDE -, criada para veicular os conhecimentos em educação e informática e fomentar as discussões sobre a temática, além de possibilitar a troca de experiências, visando ao desenvolvimento das práticas pedagógicas em conexão com as tecnologias de informação e comunicação. Os artigos estão disponíveis em texto completo. LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência. Rio de Janeiro: Editora 34, Nova Fronteira, 1994.  "De que lugar julgamos a informática e os estilos de conhecimento que lhe são aparentados? Ao analisar tudo aquilo que, em nossa forma de pensar, depende da oralidade, da escrita e da impressão, descobriremos que apreendemos o conhecimento por simulação, típico da cultura informática, com os critérios e os reflexos mentais ligados às tecnologias intelectuais anteriores. Colocar em perspectiva, relativizar as formas teóricas ou críticas de pensar que perdem terreno hoje, isto talvez facilite o indispensável trabalho de luto que permitirá abrirmo-nos a novas formas de comunicar e conhecer. A tese defendida neste livro refere-se a uma história mais fundamental que a das ideias: a história da própria inteligência". – Pierre Lévy LOPES JÚNIOR, José. A introdução da informática no ambiente escolar. Disponível em: <http://www.clubedoprofessor.com.br/artigojunio.htm.> Acesso em: 10 de jul. 2008.  Este artigo se baseia na experiência da introdução da Informática em uma escola de São Paulo. Nesse enfoque, são trabalhadas a introdução da Informática como um processo e a importância da intervenção do coordenador de Informática na reconstrução da prática pedagógica do professor no uso da Informática na educação. DARIDO, Suraya Cristina; SOUZA JÚNIOR, Osmar Moreira. Para ensinar Educação Física: possibilidades de intervenção na escola. Campinas: Papirus, 2007.  Com essa preocupação como ponto de partida, Suraya e Osmar reuniram nesse livro uma série de exemplos de como tratar os conteúdos de diversas formas de atividade física na escola. Assim, a obra traz leituras, curiosidades, propostas de vivências e de questões para discussão não somente relativas às modalidades mais tradicionais, como também a danças, ginásticas, lutas, jogos e brincadeiras, além de cuidados com a saúde, numa perspectiva que extrapola o "fazer por fazer", contextualizando as práticas corporais.