2. O JOGO
O jogo serviu para divulgar princípios de moral, ética e conteúdos de história,
geografia e outros, a partir do Renascimento, o período de “compulsão lúdica”. O
Renascimento vê o jogo como conduta livre que favorece o desenvolvimento da
inteligência e facilita o estudo. Ao atender necessidades infantis, o jogo infantil
torna-se forma adequada para a aprendizagem dos conteúdos escolares.
Os jogos e brincadeiras são práticas muito antigas que assumiram uma função
educativa. Os gregos, na antiguidade, já consideravam de grande importância os
esportes em geral como elemento fundamental na construção do homem.
3. A brincadeira é para a criança um espaço de investigação e construção de
conhecimentos sobre si mesma e sobre o mundo. Brincar é uma forma de a criança
exercitar sua imaginação. A brincadeira expressa a forma como uma criança
reflete, organiza, desorganiza, constrói,destrói e reconstrói o seu mundo.
Os jogos da criança pequena são fundamentais para o seu desenvolvimento e para
a aprendizagem, pois envolvem diversão e ao mesmo tempo uma postura de
seriedade.
Os jogos auxiliam no desenvolvimento de habilidades físicas e mentais. Na cultura
competitiva e individualista que nós vivemos os jogos e brincadeiras, reflexo dessa
sociedade, enaltecem o resultado colocando a vitória como prêmio do sucesso
individual.
4. Classificação dos jogos
JOGO LIQUIDAÇÃO -> quando a criança busca superar situações desagradáveis.
É como se ela zombasse de suas próprias limitações e as enfraquecesse. Em cada
momento do seu processo de desenvolvimento, a criança utiliza-se de instrumentos
diferentes e sempre adequados às suas condições de pensamento. À medida que
ela cresce, as brincadeiras modificam-se, evoluem.
JOGOS DE EXERCÍCIO -> ou jogos funcionais, têm início aproximadamente aos
quatro meses de idade, quando a criança começa a ter uma melhor coordenação
da visão e da apreensão. Os jogos de exercício que envolve ações mentais, isto é,
o pensamento, como acontece nos jogos de combinações de palavras. EX: “Hoje é
domingo pede cachimbo...”, ou “Um, dois, feijão com arroz...”
Essas atividades lúdicas não necessitam de qualquer técnica particular, são simples
exercícios.
5. JOGOS DE MANIPULAÇÃO -> são praticados a partir do contato da criança
com diferentes materiais, movidos pelo prazer que a sensação tátil
proporciona.
JOGOS DE CONSTRUÇÂO -> acontecem quando a criança faz ordenações
sobre os objetos. São responsáveis por aquisições para o desenvolvimento
motor e intelectual da criança, tais como classificação, a seriação, o equilíbrio,
as noções de quantidade, tamanho e peso, bem como a discriminação de
formas e cores.
JOGOS SIMBÓLICOS -> também chamados de “faz-de-conta”. Por meio
deles, a criança expressa a sua capacidade de representar dramaticamente.
6. O papel do professor
O professor deve elaborar propostas de trabalho que incorporem as atividades
lúdicas;
“O que faz do jogo um jogo é a liberdade de ação física e mental da criança
nessa atividade”. (BRASIL, 1995b, p.103).
Para que um professor introduza jogos no dia-a-dia de sua classe ou planeje
atividades lúdicas, é preciso, que ele acredite que brincar é essencial na aquisição
de conhecimentos, no desenvolvimento da sociabilidade e na construção da
identidade.
7. Os grandes estudioso dizem sobre o jogo
Para Freire (2002), o jogo facilita o desenvolvimento das habilidades motoras, pois
possui uma linguagem corporal que não é estranha à criança e seu desenvolvimento
não apresenta características de monotonia ao contrario de exercícios propostos
por alguns autores que não são adequados ao universo da cultura infantil.
8. Segundo Nicolau (1994), a experiência da criança com o jogo
proporciona os seguintes aspectos:
1. O contato com a realidade de forma espontânea;
2. Resolução de situações problemáticas que enfrentamos
durante a vida;
3. O descobrimento de novas maneiras de exploração corporal;
4. A construção interior do seu mundo.
9. Finalmente Silva e Gonçalves (2010) O jogo
apresenta os seguintes aspectos:
1. Exploração e cumprimento das regras;
2. Maior envolvimento das emoções;
3. Limites de espaço e tempo;
4. Desafios envolvidos (motores, cognitivos e
sociais);
5. Espontaneidade na sua participação.
10. Considerações preliminares
Portanto é preciso, inicialmente, considerar as brincadeiras que as
crianças trazem de casa ou da rua e que organizam
independentemente do adulto, como um diagnóstico daquilo que já
conhecem tanto no diz respeito ao mundo físico ou social, bem como
do afetivo e, é necessário que a escola possibilite o espaço, o
tempo e um educador que seja o elemento mediador das interações
das crianças com os objetos de conhecimento. o professor deve usar
o jogo como um recurso pedagógico que desperta interesse e
motivação e envolva o aluno mais significativamente, para que a
aprendizagem se efetive.
11. Finalmente, concluímos que a atividade com jogo revela a importância
deste instrumento como um recurso pedagógico de ensino e de
aprendizagem, com possibilidade de aplicação em sala de aula, ficando
evidente que o jogo desperta interesse, motivação e envolvimento do
participante com a atividade, interações positivas nas relações
interpessoais.
12. REFERÊNCIAS
FARIA, Anália Rodrigues de. O desenvolvimento da criança e do adolescente segundo Piaget. Ed.
Ática, 3º edição, 1995.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 2003.
LEONTIEV, Aléxis. Os princípios psicológicos da brincadeira pré-escolar. In: VIGOTSKY, Lev; LURIA,
Alexander; LEONTIEV, Alex. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. Trad. Maria da Penha
Villalobos. São Paulo: Ícone; Editora Universidade de São Paulo, 1988.
OLIVEIRA, Zilma de Moraes. Creches: Crianças, faz-de-conta & cia. Rio de Janeiro: Vozes, 1992.
RIZZI, Leonor e HAVDT, Regina Célia. Atividades lúdicas na educação da criança. Ed. Ática, 6º edição,
Série Educação. 1997.
VYGOTSKY, Lev Semyonovitch. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
OBRIGADA PELA ATENÇÃO DE TODOS
Profª Ms Rosa Costa
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