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EPIDEMIOLOGIA: AVANÇOS DA ÁREA
DA SAÚDE Prof.ª Tânia Mascarenhas
Aula-3
CÓLERA
 O Brasil era uma área indene para cólera. A epidemia
que atingiu o País, apartir de 1991, faz parte da
progressão da sétima pandemia iniciada em 1961,
com um foco epidêmico na Indonésia, que se
espalhou por países da Ásia.
 Atualmente o comportamento da cólera sugere um
padrão endêmico, definido pela ocorrência regular de
casos e flutuações cíclicas de maior ou menor
gravidade, na dependência de condições locais que
favoreçam a circulação do Vibrio cholerae.
AGENTE ETIOLÓGICO
 Podem ocasionar patologias extra-
intestinais, diarréias com desidratação
severa.
MODO DE TRANSMISSÃO
 Reservatório: o reservatório é o homem. Após 1970,
vários estudos têm sugerido a possibilidade de existirem
reservatórios ambientais, como plantas aquáticas e frutos
do mar. Nos Estados Unidos, Itália e Austrália, alguns
surtos isolados foram relacionados ao consumo de frutos
do mar crus ou mal cozidos, sugerindo a existência de
reservatórios ambientais.
 A transmissão ocorre, principalmente, através da ingestão
de água contaminada por fezes e/ou vômitos de doente
ou portador. Os alimentos e utensílios podem ser
contaminados pela água, pelo manuseio ou por moscas. A
elevada ocorrência de assintomáticos em relação aos
doentes torna importante seu papel na cadeia de
transmissão da doença.
PREVENÇÃO
 As principais medidas de controle da cólera
compreendem:
 Oferta de água de boa qualidade e em quantidade
suficiente;
 Destino e tratamento adequado dos dejetos;
 Destino adequado do lixo;
 Educação em saúde;
 Controle de portos, aeroportos e rodoviárias;
 Higiene dos alimentos;
 Disposição e manejo adequado de cadáveres.
 Vacinação: Não é indicada como medida preventiva
porque as vacinas disponíveis apresentam baixa eficácia
(menor de 50%) e curta duração da imunidade (em torno
de 3 meses).
DENGUE
 O Dengue é uma doença febril aguda, de
etiologia viral e de evolução benígna na
forma clássica, e grave quando se apresenta
na forma hemorrágica.
 O dengue é hoje o mais importante problema
de saúde pública no mundo, especialmente
nos países tropicais, onde as condições do
meio ambiente favorecem o desenvolvimento
e a proliferação do Aedes aegypti , principal
mosquito vetor.
TRANSMISSÃO
 Vetores Hospedeiros: os vetores são
mosquitos do gênero Aedes. Nas Américas, o
vírus do Dengue persiste na natureza
mediante o ciclo de transmissão homem -
Aedes aegypti - homem.
 A transmissão se faz pela picada dos
mosquitos Aedes aegypti , no ciclo homem -
Aedes aegypti - homem. Após um repasto de
sangue infectado, o mosquito está apto a
transmitir o vírus, depois de 8 a 12 dias de
incubação extrínseca.
PREVENÇÃO
DOENÇA DE CHAGAS
 A Doença de Chagas era, primitivamente, afetava
exclusivamente animais silvestres. O homem, ao invadir
estes ecótopos naturais, possibilitou que os triatomíneos se
instalassem em seus domicílios, transformando a
tripanosossomíase americana em uma antropozoonose. É
uma parasitose exclusiva do continente americano.

 No Brasil, o risco da transmissão correspondia a 36% do
território do país, atingindo mais de 2.450 municípios, que
se estendiam do Maranhão ao Rio Grande do Sul,
incluindo grande parte das regiões Nordeste, Sudeste, Sul e
Centro-Oeste.
AGENTE ETIOLÓGICO
 Agente Etiológico: é o Trypanosoma cruzi,
protozoário flagelado família Trypanosomatidae.
TRANSMISSÃO
TRANSMISSÃO
 Reservatórios: Além do homem, mamíferos
domésticos e silvestres têm sido naturalmente.
 Transmissão: a transmissão natural ou primária da
Doença de Chagas é a vetorial, que se dá através das
fezes dos triatomíneos, também conhecidos como
“barbeiros” ou chupões”. Esses, ao picar os
vertebrados, em geral defecam após o repasto
eliminando formas infectantes de trypomastigotas
metacíclicos presentes em suas fezes e que penetram
pelo orifício da picada ou por solução de
continuidade deixada pelo ato de coçar.
DESCRIÇÃO
 Dentre essas formas, destacam-se por sua
importância epidemiológica as formas agudas
(indício de transmissão ativa), indeterminadas (mais
frequentes), cardíacas e digestiva (gravidade
clínica).
 Estima-se que as formas agudas aparentes se
manifestam em 3% dos casos em área endêmica; as
formas indeterminadas em 50%; as formas cardíacas
em 30%; e as digestivas em 7 a 8%.
PREVENÇÃO
 Melhoria ou Substituição de Habitações: a transmissão
vetorial pode ser controlada através da melhoria ou substituição
de habitações de má qualidade que propiciam a domiciliação e
permanência dos triatomíneos no habitat humano (casas de pau
a pique, de sopapo, de adobe sem reboco, etc), por casas de
paredes rebocadas, sem frestas, que dificultem a colonização
dos vetores. Priorizase a melhoria de habitações onde se
encontram espécies nativas, presentes, em alta densidade.
 Vigilância Entomológica: a vigilância entomológica é de
fundamental importância para se obter o controle da transmissão
vetorial da Doença de Chagas e deve ser contínua, permanente,
com mobilização comunitária em toda a área endêmica e
naquelas regiões onde espécies secundárias ensaiam um
processo de domiciliação.
FEBRE AMARELA
 A Febre Amarela (FA) é uma doença infecciosa aguda, febril, de
natureza viral, encontrada em países da África e Américas Central
e do Sul. Caracteriza-se clinicamente por manifestações de
insuficiência hepática e renal, que pode levar à morte, em cerca de
uma semana.
FEBRE AMARELA
 Reservatório: O homem é o único reservatório hospedeiro vertebrado
com importância epidemiológica. Na Febre Amarela Silvestre (FAS), os
primatas não humanos são os principais reservatórios e hospedeiros
vertebrados do vírus amarílico, sendo o homem um hospedeiro acidental.
 Agente Etiológico: o agente causal da Febre Amarela é o vírus
amarílico.
 Vetores: o Aedes albopictus se introduziu no Brasil, em 1986, através
do estado do Rio de Janeiro, provavelmente importado dos Estados
Unidos, tendo rapidamente se expandido para os estados do Espírito
Santo, Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Possui este mosquito a
capacidade de combinar os ciclos silvestre e urbano da FA, no continente
americano. Sem dúvida, ainda não se comprovou qualquer participação
desta espécie na transmissão da doença.
FIM

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Epidemiologia

  • 1. EPIDEMIOLOGIA: AVANÇOS DA ÁREA DA SAÚDE Prof.ª Tânia Mascarenhas Aula-3
  • 2. CÓLERA  O Brasil era uma área indene para cólera. A epidemia que atingiu o País, apartir de 1991, faz parte da progressão da sétima pandemia iniciada em 1961, com um foco epidêmico na Indonésia, que se espalhou por países da Ásia.  Atualmente o comportamento da cólera sugere um padrão endêmico, definido pela ocorrência regular de casos e flutuações cíclicas de maior ou menor gravidade, na dependência de condições locais que favoreçam a circulação do Vibrio cholerae.
  • 3. AGENTE ETIOLÓGICO  Podem ocasionar patologias extra- intestinais, diarréias com desidratação severa.
  • 4. MODO DE TRANSMISSÃO  Reservatório: o reservatório é o homem. Após 1970, vários estudos têm sugerido a possibilidade de existirem reservatórios ambientais, como plantas aquáticas e frutos do mar. Nos Estados Unidos, Itália e Austrália, alguns surtos isolados foram relacionados ao consumo de frutos do mar crus ou mal cozidos, sugerindo a existência de reservatórios ambientais.  A transmissão ocorre, principalmente, através da ingestão de água contaminada por fezes e/ou vômitos de doente ou portador. Os alimentos e utensílios podem ser contaminados pela água, pelo manuseio ou por moscas. A elevada ocorrência de assintomáticos em relação aos doentes torna importante seu papel na cadeia de transmissão da doença.
  • 5. PREVENÇÃO  As principais medidas de controle da cólera compreendem:  Oferta de água de boa qualidade e em quantidade suficiente;  Destino e tratamento adequado dos dejetos;  Destino adequado do lixo;  Educação em saúde;  Controle de portos, aeroportos e rodoviárias;  Higiene dos alimentos;  Disposição e manejo adequado de cadáveres.  Vacinação: Não é indicada como medida preventiva porque as vacinas disponíveis apresentam baixa eficácia (menor de 50%) e curta duração da imunidade (em torno de 3 meses).
  • 6. DENGUE  O Dengue é uma doença febril aguda, de etiologia viral e de evolução benígna na forma clássica, e grave quando se apresenta na forma hemorrágica.  O dengue é hoje o mais importante problema de saúde pública no mundo, especialmente nos países tropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti , principal mosquito vetor.
  • 7. TRANSMISSÃO  Vetores Hospedeiros: os vetores são mosquitos do gênero Aedes. Nas Américas, o vírus do Dengue persiste na natureza mediante o ciclo de transmissão homem - Aedes aegypti - homem.  A transmissão se faz pela picada dos mosquitos Aedes aegypti , no ciclo homem - Aedes aegypti - homem. Após um repasto de sangue infectado, o mosquito está apto a transmitir o vírus, depois de 8 a 12 dias de incubação extrínseca.
  • 9. DOENÇA DE CHAGAS  A Doença de Chagas era, primitivamente, afetava exclusivamente animais silvestres. O homem, ao invadir estes ecótopos naturais, possibilitou que os triatomíneos se instalassem em seus domicílios, transformando a tripanosossomíase americana em uma antropozoonose. É uma parasitose exclusiva do continente americano.   No Brasil, o risco da transmissão correspondia a 36% do território do país, atingindo mais de 2.450 municípios, que se estendiam do Maranhão ao Rio Grande do Sul, incluindo grande parte das regiões Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
  • 10. AGENTE ETIOLÓGICO  Agente Etiológico: é o Trypanosoma cruzi, protozoário flagelado família Trypanosomatidae.
  • 12. TRANSMISSÃO  Reservatórios: Além do homem, mamíferos domésticos e silvestres têm sido naturalmente.  Transmissão: a transmissão natural ou primária da Doença de Chagas é a vetorial, que se dá através das fezes dos triatomíneos, também conhecidos como “barbeiros” ou chupões”. Esses, ao picar os vertebrados, em geral defecam após o repasto eliminando formas infectantes de trypomastigotas metacíclicos presentes em suas fezes e que penetram pelo orifício da picada ou por solução de continuidade deixada pelo ato de coçar.
  • 13. DESCRIÇÃO  Dentre essas formas, destacam-se por sua importância epidemiológica as formas agudas (indício de transmissão ativa), indeterminadas (mais frequentes), cardíacas e digestiva (gravidade clínica).  Estima-se que as formas agudas aparentes se manifestam em 3% dos casos em área endêmica; as formas indeterminadas em 50%; as formas cardíacas em 30%; e as digestivas em 7 a 8%.
  • 14. PREVENÇÃO  Melhoria ou Substituição de Habitações: a transmissão vetorial pode ser controlada através da melhoria ou substituição de habitações de má qualidade que propiciam a domiciliação e permanência dos triatomíneos no habitat humano (casas de pau a pique, de sopapo, de adobe sem reboco, etc), por casas de paredes rebocadas, sem frestas, que dificultem a colonização dos vetores. Priorizase a melhoria de habitações onde se encontram espécies nativas, presentes, em alta densidade.  Vigilância Entomológica: a vigilância entomológica é de fundamental importância para se obter o controle da transmissão vetorial da Doença de Chagas e deve ser contínua, permanente, com mobilização comunitária em toda a área endêmica e naquelas regiões onde espécies secundárias ensaiam um processo de domiciliação.
  • 15. FEBRE AMARELA  A Febre Amarela (FA) é uma doença infecciosa aguda, febril, de natureza viral, encontrada em países da África e Américas Central e do Sul. Caracteriza-se clinicamente por manifestações de insuficiência hepática e renal, que pode levar à morte, em cerca de uma semana.
  • 16. FEBRE AMARELA  Reservatório: O homem é o único reservatório hospedeiro vertebrado com importância epidemiológica. Na Febre Amarela Silvestre (FAS), os primatas não humanos são os principais reservatórios e hospedeiros vertebrados do vírus amarílico, sendo o homem um hospedeiro acidental.  Agente Etiológico: o agente causal da Febre Amarela é o vírus amarílico.  Vetores: o Aedes albopictus se introduziu no Brasil, em 1986, através do estado do Rio de Janeiro, provavelmente importado dos Estados Unidos, tendo rapidamente se expandido para os estados do Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Possui este mosquito a capacidade de combinar os ciclos silvestre e urbano da FA, no continente americano. Sem dúvida, ainda não se comprovou qualquer participação desta espécie na transmissão da doença.
  • 17. FIM