2. CÓLERA
O Brasil era uma área indene para cólera. A epidemia
que atingiu o País, apartir de 1991, faz parte da
progressão da sétima pandemia iniciada em 1961,
com um foco epidêmico na Indonésia, que se
espalhou por países da Ásia.
Atualmente o comportamento da cólera sugere um
padrão endêmico, definido pela ocorrência regular de
casos e flutuações cíclicas de maior ou menor
gravidade, na dependência de condições locais que
favoreçam a circulação do Vibrio cholerae.
3. AGENTE ETIOLÓGICO
Podem ocasionar patologias extra-
intestinais, diarréias com desidratação
severa.
4. MODO DE TRANSMISSÃO
Reservatório: o reservatório é o homem. Após 1970,
vários estudos têm sugerido a possibilidade de existirem
reservatórios ambientais, como plantas aquáticas e frutos
do mar. Nos Estados Unidos, Itália e Austrália, alguns
surtos isolados foram relacionados ao consumo de frutos
do mar crus ou mal cozidos, sugerindo a existência de
reservatórios ambientais.
A transmissão ocorre, principalmente, através da ingestão
de água contaminada por fezes e/ou vômitos de doente
ou portador. Os alimentos e utensílios podem ser
contaminados pela água, pelo manuseio ou por moscas. A
elevada ocorrência de assintomáticos em relação aos
doentes torna importante seu papel na cadeia de
transmissão da doença.
5. PREVENÇÃO
As principais medidas de controle da cólera
compreendem:
Oferta de água de boa qualidade e em quantidade
suficiente;
Destino e tratamento adequado dos dejetos;
Destino adequado do lixo;
Educação em saúde;
Controle de portos, aeroportos e rodoviárias;
Higiene dos alimentos;
Disposição e manejo adequado de cadáveres.
Vacinação: Não é indicada como medida preventiva
porque as vacinas disponíveis apresentam baixa eficácia
(menor de 50%) e curta duração da imunidade (em torno
de 3 meses).
6. DENGUE
O Dengue é uma doença febril aguda, de
etiologia viral e de evolução benígna na
forma clássica, e grave quando se apresenta
na forma hemorrágica.
O dengue é hoje o mais importante problema
de saúde pública no mundo, especialmente
nos países tropicais, onde as condições do
meio ambiente favorecem o desenvolvimento
e a proliferação do Aedes aegypti , principal
mosquito vetor.
7. TRANSMISSÃO
Vetores Hospedeiros: os vetores são
mosquitos do gênero Aedes. Nas Américas, o
vírus do Dengue persiste na natureza
mediante o ciclo de transmissão homem -
Aedes aegypti - homem.
A transmissão se faz pela picada dos
mosquitos Aedes aegypti , no ciclo homem -
Aedes aegypti - homem. Após um repasto de
sangue infectado, o mosquito está apto a
transmitir o vírus, depois de 8 a 12 dias de
incubação extrínseca.
9. DOENÇA DE CHAGAS
A Doença de Chagas era, primitivamente, afetava
exclusivamente animais silvestres. O homem, ao invadir
estes ecótopos naturais, possibilitou que os triatomíneos se
instalassem em seus domicílios, transformando a
tripanosossomíase americana em uma antropozoonose. É
uma parasitose exclusiva do continente americano.
No Brasil, o risco da transmissão correspondia a 36% do
território do país, atingindo mais de 2.450 municípios, que
se estendiam do Maranhão ao Rio Grande do Sul,
incluindo grande parte das regiões Nordeste, Sudeste, Sul e
Centro-Oeste.
10. AGENTE ETIOLÓGICO
Agente Etiológico: é o Trypanosoma cruzi,
protozoário flagelado família Trypanosomatidae.
12. TRANSMISSÃO
Reservatórios: Além do homem, mamíferos
domésticos e silvestres têm sido naturalmente.
Transmissão: a transmissão natural ou primária da
Doença de Chagas é a vetorial, que se dá através das
fezes dos triatomíneos, também conhecidos como
“barbeiros” ou chupões”. Esses, ao picar os
vertebrados, em geral defecam após o repasto
eliminando formas infectantes de trypomastigotas
metacíclicos presentes em suas fezes e que penetram
pelo orifício da picada ou por solução de
continuidade deixada pelo ato de coçar.
13. DESCRIÇÃO
Dentre essas formas, destacam-se por sua
importância epidemiológica as formas agudas
(indício de transmissão ativa), indeterminadas (mais
frequentes), cardíacas e digestiva (gravidade
clínica).
Estima-se que as formas agudas aparentes se
manifestam em 3% dos casos em área endêmica; as
formas indeterminadas em 50%; as formas cardíacas
em 30%; e as digestivas em 7 a 8%.
14. PREVENÇÃO
Melhoria ou Substituição de Habitações: a transmissão
vetorial pode ser controlada através da melhoria ou substituição
de habitações de má qualidade que propiciam a domiciliação e
permanência dos triatomíneos no habitat humano (casas de pau
a pique, de sopapo, de adobe sem reboco, etc), por casas de
paredes rebocadas, sem frestas, que dificultem a colonização
dos vetores. Priorizase a melhoria de habitações onde se
encontram espécies nativas, presentes, em alta densidade.
Vigilância Entomológica: a vigilância entomológica é de
fundamental importância para se obter o controle da transmissão
vetorial da Doença de Chagas e deve ser contínua, permanente,
com mobilização comunitária em toda a área endêmica e
naquelas regiões onde espécies secundárias ensaiam um
processo de domiciliação.
15. FEBRE AMARELA
A Febre Amarela (FA) é uma doença infecciosa aguda, febril, de
natureza viral, encontrada em países da África e Américas Central
e do Sul. Caracteriza-se clinicamente por manifestações de
insuficiência hepática e renal, que pode levar à morte, em cerca de
uma semana.
16. FEBRE AMARELA
Reservatório: O homem é o único reservatório hospedeiro vertebrado
com importância epidemiológica. Na Febre Amarela Silvestre (FAS), os
primatas não humanos são os principais reservatórios e hospedeiros
vertebrados do vírus amarílico, sendo o homem um hospedeiro acidental.
Agente Etiológico: o agente causal da Febre Amarela é o vírus
amarílico.
Vetores: o Aedes albopictus se introduziu no Brasil, em 1986, através
do estado do Rio de Janeiro, provavelmente importado dos Estados
Unidos, tendo rapidamente se expandido para os estados do Espírito
Santo, Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Possui este mosquito a
capacidade de combinar os ciclos silvestre e urbano da FA, no continente
americano. Sem dúvida, ainda não se comprovou qualquer participação
desta espécie na transmissão da doença.