2. CONTEÚDO
PROGRAMÁTICO
Prof. Souza
• Formular Hipóteses
Verificáveis.
• Métodos de Coleta de
Dados.
• Planejar Amostra.
• As Fases de Pesquisa e
os Aspectos
Metodológicos de
Redação do Trabalho
Científico.
• Elaboração de Projeto
de Monografia.
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3. INTRODUÇÃO
• Onde estamos?
• O que queremos?
• Como iremos alcançar esse objetivo?
Realizando três avaliações: AP1 + AP2 +AP3
AP1: Envio das Atividades
AP2: Projeto Completo
AP3: Apresentação dos Projetos de Pesquisa.
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4. AFINAL, O QUE É CIÊNCIA?
Para muitas pessoas, a palavra ciência desperta a ideia de
laboratórios, testes e pesquisas de campo, circunscrita às ciências
naturais, ou seja, àquelas que têm como objeto de estudo a
natureza em torno do homem: a física, a química, a astronomia, a
geologia, a biologia e suas descendentes, a medicina, a
odontologia, a veterinária, a oceanografia, a geologia, a geografia,
a climatologia, a meteorologia, a hidrologia etc.
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5. AFINAL, O QUE É CIÊNCIA?
É de extrema importância lembrar que:
“a ciência é um produto de todos e para todos, enquanto que a
opinião é uma expressão de pensamentos subjetivos de ambição
circunscrita, fugaz, apaixonada, tendenciosa e, na maioria da
vezes, de incomprovada demonstração”.
Ou seja, não é o conhecimento do senso comum: é o
conhecimento propositalmente buscado, testado, analisado,
organizado, sistematizado por especialistas.
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6. TÉCNICA E MÉTODO
Cada ciência tem seu modo de desenvolvimento. Assim, as
ciências naturais, como dito, geralmente, utilizam métodos
experimentais ou se utilizam de técnicas de pesquisas de campo,
resultado, às vezes, de meses e meses de observação, com
rigorosa disciplina e critérios inflexíveis de registro.
A questão do método é fundamental para a preservação do
caráter cientifico do conhecimento proposto. Se a proposição é
fruto de um conhecimento que não obedeceu a nenhum método,
não pode ser considerado como verdadeiro, como cientifico.
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7. TÉCNICA E MÉTODO
O método nada mais é do que um procedimento preestabelecido
a ser seguido, uma receita, que deve ser seguida passo a passo,
sem lugar para flexibilidade ou criatividade.
Embora a importância do método para a ciência, essa questão
está longe de ser uniforme entre os autores de metodologia.
Assim, existe uma infinidade de métodos científicos, que se
amoldam às especificidades de cada ramo do conhecimento.
Aliás, sequer há consenso do que seja método e do que seja
técnica de pesquisa.
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8. A CONSTRUÇÃO DE UM PROJETO DE PESQUISA
Durante a elaboração de seu projeto, TCC, dissertação ou tese,
você não trabalhará sozinho. Um projeto de pesquisa é
estruturado pelo pesquisador com a ajuda de seu orientador, em
uma parceria que leva a um grande aprendizado, e à qual se dá o
nome de orientação.
Orientação
-Papel do orientador
-Papel do orientando
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9. ESTRUTURA DE TRABALHOS ACADÊMICOS
Um projeto de pesquisa deve seguir um padrão em sua estrutura,
apresentando elementos pré-textuais, elementos textuais e
elementos pós-textuais, à semelhança das monografias,
dissertações e teses a que tais projetos se referem. A diferença
entre o projeto e o trabalho completo, é que no projeto não existe
a apresentação e análise dos dados. Tal estrutura dos trabalhos
acadêmicos é normatizada pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), por meio da norma NBR 14724.
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10. A METODOLOGIA DA PESQUISA
Um estudo é considerado científico quando são adotados
métodos em sua realização, mesmo que o principal achado seja
decorrente de um acaso, como foi a descoberta da penicilina; a
partir da casual contaminação de uma amostra que deveria ser
analisada houve a adoção de método para todo o estudo que
sucedeu esse acaso. Trata-se da adoção de procedimentos
padronizados e muito bem descritos, a fim de que outras pessoas
possam chegar a resultados semelhantes se seguirem os seus
passos.
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11. CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO
A caracterização do estudo é parte importante do capítulo de
metodologia, contribuindo para que os seus leitores entendam
que tipo de pesquisa está sendo (ou foi) feita, se é um estudo
puramente teórico, ou se é teórico e empírico, se tem abordagem
quantitativa ou qualitativa, se é um estudo exploratório,
descritivo, explicativo, estudo de caso ou de multicaso,
levantamento etc.
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12. PESQUISA CIENTÍFICA PURA × APLICADA
A pesquisa científica pura também é conhecida como teórica ou
básica, tendo por padrão a articulação de conceitos e a
sistematização de ideias, visando a criação de novas questões,
diferentes de tudo o que já foi produzido, para melhorar o
próprio conhecimento.
A pesquisa científica aplicada, por sua vez, normalmente faz uso
dos conhecimentos que já foram sistematizados, com o intuito de
solucionar problemas organizacionais ou do ser humano.
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13. CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO QUANTO
AOS OBJETIVOS
Além da categorização quanto à pesquisa ser pura ou aplicada, os
estudos científicos podem ser categorizados a partir dos seus
objetivos. Gil (2007) divide os estudos em três categorias, nesse
quesito:
a) pesquisa exploratória – trata-se de pesquisa desenvolvida em
área onde existe pouco conhecimento estruturado (não basta que
o autor da pesquisa tenha pouco conhecimento sobre o tema).
Explora-se a realidade em busca de maior conhecimento, a fim de
que posteriormente seja feita pesquisa descritiva.
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14. CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO QUANTO
AOS OBJETIVOS
b) pesquisa descritiva – tem a finalidade de descrever o objeto de
estudo, as suas características e os problemas relacionados,
apresentando com a máxima exatidão possível os fatos e
fenômenos;
c) pesquisa explicativa – tem foco na identificação de fatores que
determinam ou contribuem para a ocorrência de determinados
fenômenos, explicando a razão de tal ocorrência (causas e
efeitos). A contextualização em relação ao tempo e espaço
(ambiente social) é de suma importância.
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15. ABORDAGENS QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Os mais diversos estudos podem ser conduzidos com abordagens
alternativas, que são a qualitativa e a quantitativa:
a) abordagem qualitativa – esse tipo de estudo “tem o ambiente
natural como fonte direta de dados e o pesquisador como
instrumento fundamental” (GODOY, 1995, p. 62), utilizando o
enfoque indutivo na análise de dados e dando maior importância
aos significados atribuídos pelas pessoas às coisas e à vida. Não é
necessária a utilização de ferramentas estatísticas de análise de
dados, e ainda assim a pesquisa é eminentemente descritiva;
b) abordagem quantitativa – esse tipo de estudo caracteriza-se pelo
uso de ferramentas estatísticas para o tratamento dos dados,
visando medir as relações existentes entre as variáveis, que por sua
vez são previamente estabelecidas, à semelhança das hipóteses.
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16. ABORDAGENS QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Apesar de serem duas abordagens muito diferentes, elas não são
mutuamente excludentes. Por exemplo, um estudo pode iniciar
com uma abordagem qualitativa, em que se descubram as
características de uma determinada população, para que em uma
segunda etapa sejam buscadas as quantificações dessas mesmas
características.
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17. CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO
QUANTO AOS PROCEDIMENTOS
Os procedimentos adotados em uma pesquisa podem ser
utilizados como critério de diferenciação. Nesse sentido, Gil
(2007) agrupa de um lado as pesquisas que fazem uso de
materiais escritos como fontes de dados, o que é o caso das
pesquisas bibliográfica e documental, e de outro lado as
pesquisas que utilizam pessoas como fonte de dados, onde se
enquadram as pesquisas experimental e ex-post-facto, o estudo de
campo, o estudo de caso e o levantamento. Apresentam-se, a
seguir, as principais características desses tipos de pesquisa:
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18. CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO
QUANTO AOS PROCEDIMENTOS
a) Pesquisa Bibliográfica – este tipo de estudo toma como
objeto apenas livros e artigos científicos, tendo normalmente a
finalidade de buscar relações entre conceitos, características e
ideias, às vezes unindo dois ou mais temas.
b) Pesquisa Documental – neste tipo de pesquisa faz-se análise
de documentos organizacionais, governamentais ou mesmo
de um indivíduo que ainda não tenham sido trabalhados
nesse sentido.
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19. CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO
QUANTO AOS PROCEDIMENTOS
c) Pesquisa Experimental – neste tipo de pesquisa, algumas variáveis
são avaliadas quanto à influência que exercem sobre outras.
Normalmente utiliza-se um grupo de controle, que não receba a
influência da variável em questão, para avaliar as diferenças em
relação a outro grupo que receba.
d) Pesquisa ex-post-facto – diferente da pesquisa experimental, este
tipo de estudo é feito depois que o fato ocorreu, de modo que o
pesquisador não pode interferir nas variáveis.
e) Estudo De Campo – vem em contraposição à pesquisa em
laboratório, normalmente caracterizada como experimental. O que se
busca é observar os fatos como eles ocorrem no ambiente natural, sem
que se possam isolar e controlar variáveis.
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20. CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO
QUANTO AOS PROCEDIMENTOS
f) Estudo De Caso – este tipo de estudo permite observar e
compreender com profundidade a realidade de uma organização,
grupo ou indivíduo. Também pode ser feito com dois ou mais
(não muitos mais) objetos de estudo, passando a ser denominado
estudo de multicaso.
g) Levantamento – é um método em que se buscam e analisam
dados sociais, econômicos e demográficos, geralmente fazendo
uso de questionários. Pode-se fazer amostragem probabilística ou
mesmo censitária, sendo exemplo desse tipo de estudo as
pesquisas de intenção de voto às vésperas de eleições.
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21. CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO
QUANTO AOS PROCEDIMENTOS
Diversos outros procedimentos podem ser descritos, tendo sido
apresentados aqui apenas os mais comuns em TCCs de cursos de
graduação. É recomendável que você̂ recorra a outros livros de
metodologia da pesquisa, a fim de comparar estas ideias com as
que são apresentadas por outros autores, e principalmente buscar
maior aprofundamento sobre a forma de aplicar determinados
procedimentos.
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22. POPULAÇÃO E AMOSTRA
Tendo caracterizado o seu estudo, é importante que você
descreva tão detalhadamente quanto lhe for possível qual é a
população da pesquisa, ou seja, aqueles a quem se refere o
estudo.
Por exemplo, o seu estudo pode ser sobre o perfil dos
consumidores de determinado produto ou serviço na cidade de
Florianópolis e, nesse sentido, a população de seu estudo seria
igual à população de Florianópolis.
Amostra é a parcela da população que lhe fornecerá os dados.
Observe que em inúmeros estudos não se faz necessário recorrer
a todos os elementos da população para obter os dados.
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23. POPULAÇÃO E AMOSTRA
A amostragem pode ser probabilística ou não probabilística. No
primeiro caso, seguem-se as leis de probabilidade, e no segundo
caso, apesar de não serem seguidas tais leis, busca-se com o
máximo rigor obter dados que reflitam fielmente a realidade
estudada. Dentre os procedimentos probabilísticos, destacam-se
os seguintes:
a) amostragem aleatória simples – a seleção dos elementos da
amostra é feita por sorteio, em que todos os elementos da
população têm a mesma chance de serem selecionados, e para
tanto é necessário que todos os elementos da população tenham
sido identificados e numerados.
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24. POPULAÇÃO E AMOSTRA
A amostragem pode ser probabilística ou não probabilística. No
primeiro caso, seguem-se as leis de probabilidade, e no segundo
caso, apesar de não serem seguidas tais leis, busca-se com o
máximo rigor obter dados que reflitam fielmente a realidade
estudada. Dentre os procedimentos probabilísticos, destacam-se
os seguintes:
a) amostragem aleatória simples – a seleção dos elementos da
amostra é feita por sorteio, em que todos os elementos da
população têm a mesma chance de serem selecionados, e para
tanto é necessário que todos os elementos da população tenham
sido identificados e numerados.
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25. POPULAÇÃO E
AMOSTRA
b) amostragem sistemática –
também constitui um procedimento
de amostragem aleatória, em que
todos os elementos da população já́
estejam ordenados. Por exemplo,
para selecionar 400 elementos de
uma população de 4.000, bastaria
pegar 1 a cada 10 elementos. Para
garantir a aleatoriedade, seria
necessário primeiramente sortear 1
entre os primeiros 10 elementos. Por
exemplo, se sortear o de número 5,
vai selecionar o 15, o 25, o 35, e
assim por diante;Prof. Souza 25
26. POPULAÇÃO E AMOSTRA
c) amostragem estratificada – quando a população é dividida em
subconjuntos ou estratos, e todos os elementos têm características
comuns dentro de cada estrato, a amostra deve ser composta de
forma a manter as proporções existentes nos estratos da
população. Por exemplo, uma pesquisa que seja feita junto aos
estudantes de graduação presencial da UFSC deve levar em conta
a existência de seus 11 centros de ensino, sorteando alunos de
todos eles, na mesma proporção existente na população (mesmos
percentuais).
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27. POPULAÇÃO E AMOSTRA
Dentre os procedimentos de amostragem não probabilística, destacam-se os
seguintes:
a) Amostragem Intencional – é aquela em que os elementos da população
que fornecerão os dados para a pesquisa são selecionados
intencionalmente pelo pesquisador. Por exemplo, ao estudar o pro- cesso
de aquisição de novas tecnologias em uma empresa, pode ser suficiente
entrevistar o responsável direto por tais aquisições.
b) Amostragem Censitária – é aquela em que todos os elementos da
população farão parte da amostra. É utilizada, por exemplo, ao fazer um
estudo organizacional em determinada empresa que não seja
extremamente grande. O questionário, nesse caso, seria aplicado a todos
os colaboradores;
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28. POPULAÇÃO E AMOSTRA
c) Amostragem Acidental – respondentes são selecionados ao
acaso, sem a preocupação com a igualdade de chances para toda
a população. Esta situação normalmente é pouco representativa
da totalidade da população;
d) Amostragem por Voluntariado – somente voluntários
respondem, o que também não é bom para representar a
população, uma vez que a forma de pensar dos voluntários pode
ser diferente da que têm os que decidiram não responder.
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29. COLETA E ANÁLISE DE DADOS
Após descrever a população e a forma como selecionou (ou
selecionará) a amostra, procure caracterizar o seu estudo quanto
aos procedimentos que foram (ou serão) adotados na coleta de
dados, quando realizou (ou pretende realizá-la) e quais
instrumentos utilizou (ou pretende utilizar).
O mesmo deve ser feito quanto aos procedimentos adotados para
analisar os dados. Descreva o período em que realizou ou
pretende realizar a análise, as ferramentas utilizadas (planilha
eletrônica, software estatístico etc.), os procedimentos e toda
informação adicional que possa ser antecipada.
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30. ANÁLISE DE CONTEÚDO
Esta técnica tem o objetivo de compreender o que se diz sobre
determinado assunto, consistindo em uma série de
procedimentos que geram indicadores, a partir dos quais são
feitas inferências sobre as condições de produção e de recepção
das mensagens em estudo.
A análise de conteúdo pode ser utilizada em estudos
exploratórios, requer a interpretação pelo pesquisador, mesmo
que sejam utilizados programas computadorizados para o
tratamento dos conteúdos, não deve ater-se ao estudo das
frequências, pois isso poderia levar à perda daquilo que é raro ou
mesmo ausente em um discurso, e requer a cuidadosa criação de
categorias de conteúdo.
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31. ANÁLISE DE CONTEÚDO
Nesse sentido, “categorizar implica isolar elementos para, em
seguida, agrupá-los. As categorias devem ser:
(a) exaustivas, isto é, devem permitir a inclusão de praticamente
todos os elementos, embora nem sempre isso seja possível;
(b) mutuamente exclusivas, ou seja, cada elemento só poderá ser
incluído em uma única categoria;
(c) objetivas, isto é, definidas de maneira precisa, a fim de evitar
dúvidas na distribuição dos elementos;
(d) pertinentes, ou seja, adequadas ao objetivo da pesquisa”
(VERGARA, 2008, p. 18).
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32. QUAIS PROCEDIMENTOS E ABORDAGENS
UTILIZAR
Observe que os procedimentos e abordagens não são
excludentes. Por exemplo, você pode fazer um estudo ao mesmo
tempo quantitativo e qualitativo e pode caracterizá-lo ainda como
teórico e empírico, descritivo, explicativo, estudo de caso e ex-
post-facto. Várias outras combinações podem ser formadas,
devendo prevalecer o bom-senso e a adoção das melhores
práticas nessa busca pelo conhecimento.
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33. REFERÊNCIAS
Almeida, Mário de Souza Elaboração de projeto, TCC,
dissertação e tese: uma abordagem simples, prática e objetiva /
Mário de Souza Almeida – 2. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Prof. Souza 33