2. Verificar os tipos de pesquisa e as formas de coleta,
análise e interpretação de dados.
OBJETIVO DESSE MATERIAL
3.
4. A pesquisa científica consiste em um estudo planejado,
um processo metódico de investigação, recorrendo a
procedimentos científicos para encontrar respostas para
um problema.
Pesquisa científica é um conjunto de procedimentos
sistemáticos, baseados no raciocínio lógico, que tem por
objetivo encontrar soluções para os problemas
propostos mediante o emprego de métodos científicos.
É um processo formal e sistemático de desenvolvimento
do método científico (GIL, 1999).
O QUE É PESQUISA?
5. O projeto de pesquisa deve, fundamentalmente,
responder as seguintes perguntas (Rudio, 1986):
O que pesquisar?
Por que pesquisar?
Como pesquisar?
Quando pesquisar?
Com que recursos?
ETAPAS DA PESQUISA
6.
7. CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS
Conforme Gil (1999), as pesquisas podem ser classificadas quanto:
à natureza da pesquisa (básica ou aplicada);
à abordagem do problema (qualitativa ou quantitativa, ou ambas
combinadas);
à realização dos objetivos (descritiva, exploratória ou
explicativa);
aos procedimentos técnicos (bibliográfica, documental,
levantamento, estudo de caso, participante, pesquisa ação,
experimental e ex-post-facto).
8. QUANTO A NATUREZA DA PESQUISA
Pesquisa Básica
Gera conhecimentos novos, úteis para o avanço da ciência,
sem aplicação prática prevista, ou seja, é satisfação do
desejo de adquirir conhecimentos, sem que haja uma
aplicação prática prevista.
Pesquisa Aplicada
Os conhecimentos adquiridos são utilizados para aplicação
prática voltados para a solução de problemas concretos da
vida moderna.
9. QUANTO A ABORDAGEM DO PROBLEMA
Pesquisa Quantitativa
Traduz em números, opiniões e informações para classificá-
los e organizá-los. Utiliza métodos estatísticos.
Pesquisa Qualitativa
Considera a existência de uma relação dinâmica entre
mundo real e sujeito. É descritiva. O processo é foco
principal.
10. Pesquisa Exploratória: visa proporcionar maior
familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explicito
ou a construir hipóteses. Pesquisas bibliográficas e estudos
de caso.
Pesquisa Descritiva: Fatos são observados, registrados,
analisados, classificados e interpretados, sem interferência
do pesquisador – Uso de técnicas padronizadas de coleta
de dados (questionário e observação sistemática).
Pesquisa Explicativa: explica o porquê das coisas,
visando identificar os fatores que determinam ou contribuem
para a ocorrência dos fenômenos. Assume a forma de
Pesquisa experimental.
QUANTO A REALIZAÇÃO DOS OBJETIVOS
11. QUANTO AOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS
Pesquisa Bibliográfica: é desenvolvida com base em
material já elaborado, constituído principalmente de livros e
artigos científicos.
Pesquisa Documental: a partir de material não
analisado.
Pesquisa Experimental: determina um objeto de estudo
selecionando as variáveis que seriam capazes de
influenciá-lo. Identifica os fatores que determinam ou que
contribuem para a ocorrência dos fenômenos.
12. Estudo de caso: consiste num estudo profundo e exaustivo de
um objeto específico, de modo a permitir o seu conhecimento de
forma detalhada.
Estudo de campo: é a pesquisa realizada no ambiente natural.
Envolve a observação direta do fenômeno estudado em seu
próprio ambiente.
Pesquisa-ação: busca a resolução de um problema coletivo.
Concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou
com a resolução de um problema coletivo. Pesquisadores e
participantes estão envolvidos de modo cooperativo ou
participativo (THIOLLENT, 1986, p.14).
13. Pesquisa Participante: interação entre pesquisadores e
membros da situação investigadas.
Pesquisa Ex-Post-Facto: quando o “experimento” se realiza
depois dos fatos. O pesquisador não tem controle sobre as
variáveis (GIL, 1999). É um tipo de pesquisa experimental,
diferindo apenas pelo fato do fenômeno ocorrer naturalmente
sem que o investigador tenha controle sobre ele, ou seja,
nesse caso, o pesquisador passa a ser um mero observador
do acontecimento. Por exemplo: a verificação do processo de
erosão sofrido por uma rocha por influência do choque
proveniente das ondas do mar (BOENTE; BRAGA, 2004). Esta
pesquisa é geralmente utilizada nas ciências naturais.
14.
15. TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS
• Observação
• Entrevista
• Questionário
INSTRUMENTOS NA PESQUISA QUALITATIVA
16.
17. É uma técnica de coleta de dados para
conseguir informações e utiliza os sentidos na
obtenção de determinados aspectos da
realidade.
Não consiste apenas em ver e ouvir, mas
também em examinar fatos ou ferramentas que
se deseja estudar.
A observação ajuda o pesquisador a identificar e
a obter provas a respeito de objetivos sobre os
quais os indivíduos não tem consciência, mas
que orientam seu comportamento.
OBSERVAÇÃO
18. TIPOS DE OBSERVAÇÃO
Na investigação científica são empregadas várias modalidades de
observação, que variam de acordo com as circunstâncias.
Segundo os meios utilizados:
• Observação não estrutura: é a que se realiza sem planejamento e
sem controle anteriormente elaborados, como decorrência de
fenômenos que surgem de imprevisto.
• Observação estruturada: é a que se realiza em condições
controladas para se responder a propósitos, que foram anteriormente
definidos. Requer planejamento e necessita de operações específicas
para o seu desenvolvimento.
19. Segundo a participação do observador:
Participante: consiste na participação real do pesquisador
com a comunidade ou grupo.
Em geral são apontados duas formas:
Natural - o observador pertence à mesma comunidade ou
grupo que investiga.
Artificial - o observador integra-se ao grupo com a
finalidade de obter informações.
Não participante: o observador toma contato com a
comunidade, grupo ou realidade estudada, mas sem integrar-
se a ela - permanece de fora.
20. Segundo o número de observadores:
• Individual: é a técnica de observação realizada por um
pesquisador. Nesse caso, a personalidade dele se projeta sobre
o observado, fazendo algumas inferências ou distorções, pela
limitada possibilidade de controles.
• Em equipe: é a mais aconselhável, pois o grupo pode
observar a ocorrência por vários ângulos.
21. PONTOS À SEREM CONSIDERADOS NA
OBSERVAÇÃO ESTRUTURADA
Para que observar
Por que observar Como observar
O que observar
Quem observar
22. PRINCIPAL PROBLEMA COM A TÉCNICA DA
OBSERVAÇÃO
O principal problema é que a presença do pesquisador pode
provocar alterações no comportamento dos observados, destruindo a
espontaneidade dos mesmos e produzindo resultados pouco
confiáveis.
23.
24. ENTREVISTA
É um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha
informações a respeito de determinado assunto, mediante uma
conversação de natureza profissional.
TIPOS DE ENTREVISTAS
• Estruturada: é aquela em que o entrevistador segue um roteiro
previamente estabelecido.
• Não estruturada: o entrevistado tem liberdade para desenvolver
cada situação em qualquer direção que considere adequada.
25. MEDIDAS EXIGIDAS PARA A PREPARAÇÃO
DA ENTREVISTA
• Planejamento da entrevista
• Conhecimento prévio do entrevistado
• Oportunidade da entrevista
• Condições favoráveis
• Contato com líderes
• Conhecimento prévio do campo
• Preparação específica
26.
27. QUESTIONÁRIO
É um instrumento de coleta de dados constituído por uma série
ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e
sem a presença do entrevistador.
CUIDADOS NO PROCESSO DE ELABORAÇÃO
• Conhecer o assunto
• Cuidado na seleção das questões
• Limitado em extensão e em finalidade
• Codificadas para facilitar a tabulação
• Indicação da entidade organizadora
• Acompanhado por instruções
• Boa apresentação estética
28. CONSTRUÇÃO DO QUESTIONÁRIO
Consiste em traduzir os objetivos da pesquisa em perguntas
claras e objetivas.
TIPOS DE QUESTÕES
a) Aberta: são as que permitem ao informante responder
livremente, usando linguagem própria e emitir opiniões.
Entretanto, apresenta alguns inconvenientes:
Dificulta a resposta ao próprio informante, que deverá redigi-la.
O processo de tabulação.
O tratamento estatístico e a interpretação.
A análise é difícil, complexa, cansativa e demorada.
29. b) Fechada: são aquelas em que o informante escolhe sua resposta
entre duas opções. Este tipo de pergunta, embora restrinja a
liberdade das respostas, facilita o trabalho do pesquisador e também
a tabulação, pois as respostas são mais objetivas.
c) Semi-estruturada: são perguntas fechadas mas que apresentam
uma série de possíveis respostas, abrangendo várias facetas do
mesmo assunto.
A técnica da escolha múltipla é facilmente tabulável e proporciona
uma exploração em profundidade quase tão boa quanto a de
perguntas abertas.
A combinação de respostas múltiplas com as respostas abertas
possibilita mais informações sobre o assunto, sem prejudicar a
tabulação.
TIPOS DE QUESTÕES
30.
31. DOCUMENTAÇÃO INDIRETA
Toda pesquisa implica o levantamento de dados de variadas
fontes, quaisquer que sejam os métodos ou técnicas empregados.
É a fase da pesquisa realizada com intuito de recolher
informações prévias sobre o campo de interesse.
O levantamento de dados é feito de duas maneiras:
Pesquisa documental
Pesquisa bibliográfica
32. PESQUISA DOCUMENTAL
A análise documental pode se constituir numa técnica valiosa de
abordagem de dados qualitativos, seja complementando as
informações obtidas por outras técnicas, seja desvelando aspectos
novos de um tema ou problema.
São considerados documentos, regulamentos, normas, pareceres,
cartas, memorandos, diários pessoais, autobiografias, jornais,
revistas, discursos, roteiros de programas de rádio e televisão,
estatísticas, arquivos escolares.
33. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
Abrange toda bibliografia já tornada publica em relação ao tema de
estudos, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros,
pesquisa, monografias, teses, material cartográfico, até meios de
comunicação.
34. DOCUMENTAÇÃO DIRETA
Constitui-se, em geral, no levantamento de dados no
próprio local onde os fenômenos ocorrem.
Esses dados podem ser obtidos de duas maneiras:
Pesquisa de campo
Pesquisa de laboratório
35. PESQUISA DE CAMPO
É aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou
conhecimentos acerca de um problema para o qual se procura
uma resposta, ou de uma hipótese que se queira comprovar, ou
ainda, descobrir fenômenos ou as relações entre eles.
As pesquisa de campo se dividem em três grandes grupos:
Quantitativo-descritivas;
Exploratórias;
Experimentais.
36. HISTÓRIA DE VIDA
É uma técnica de pesquisa social
utilizada pelos antropólogos, sociólogos,
psicólogos, educadores e outros
estudiosos, como fonte de informação
para seus trabalhos.
Ela tenta obter dados relativos à
“experiências intimas” de alguém que
tenha significado importante para o
conhecimento do objeto em estudo.
37. HISTÓRIA ORAL
É uma técnica para gravar não apenas lembranças do passado,
mas reflexões e opiniões daqueles cujas vidas estão ainda
comprometidas com atividades públicas.
Ela é um método de pesquisa que utiliza a técnica da entrevista
e outros procedimentos articulados entre si, no registro de
narrativas da experiência humana.
38.
39. Agora que você já definiu as formas de coletar informações e
dados para seu estudo, é necessário refletir sobre as formas de
analisar e interpretá-los.
Todas as informações importantes constatadas na pesquisa são
apresentadas em forma de:
texto ou de elementos de apoio ao texto, se for
necessário, como:
figuras, quadros, gráficos e tabelas.
Você pode apresentar um quadro compreendendo o período em
que se realizaram as atividades da pesquisa.
Para alguns dos métodos talvez seja necessário usar o Google
Planilhas, Excel ou algum software que trate dados estatísticos.
40. SUGESTÕES DE LEITURA
LUDKE, M. e ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação:
abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
FLICK, U. Uma introdução à pesquisa qualitativa. 2 Ed. Porto
Alegre: Bookman, 2004
MARCONI, M. de A. e LAKATOS, E. M. Técnicas de Pesquisa. 6
Ed. São Paulo: Atlas, 2006.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 21 Ed. São
Paulo: Cortez, 2000.
ALVES-MAZZOTTI, A. J. e GEWANDSZNAJDER, F. O método nas
ciências naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. 2
Ed. São Paulo: Pioneira, 1999.
41. RICHARDSON, R.J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3 Ed.,
São Paulo: Atlas, 2007.
RUDIO, F. V. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 32
Ed., Rio de Janeiro: Vozes, 2004.
DEMO, P. Pesquisa: princípio científico e educativo. 12 Ed., São
Paulo: Cortez, 2003.
DEMO, P. Pesquisa e informação qualitativa. Campinas: Papirus,
1ª Ed., 2001.
DEMO, P. Pesquisa participante: saber pensar e intervir. 1ª Ed.,
2005