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Rev Bras Cir Cardiovasc 2012;27(3):488-90

Cirurgia minimamente invasiva robô assistida na
correção da comunicação interatrial
Robotic assisted minimally invasive surgery for atrial septal defect correction

Robinson Poffo1, Alex Luiz Celullare2, Renato Bastos Pope3, Alisson Parrilha Toschi3

DOI: 10.5935/1678-9741.20120083

RBCCV 44205-11414

Descritores: Comunicação interatrial. Procedimentos
cirúrgicos minimamente invasivos/métodos. Robótica.

Descriptors: Heart septal defects, atrial. Surgical
procedures, minimally invasive/methods. Robotics.

CARACTERIZAÇÃO DO PACIENTE
Paciente do sexo feminino, 24 anos e pesando 55 kg.
Apresentou-se em nosso serviço com queixas de cansaço
e palpitações. Negava qualquer tipo de doença associada
ou utilização de medicamentos. Ao exame físico,
apresentava-se eutrófica, eupneica em repouso, sem
edemas. Não apresentava alterações de ausculta pulmonar
e à ausculta cardíaca o ritmo era sinusal, apresentando
sopro sistólico em foco pulmonar com desdobramento fixo
de 2ª bulha. Pressão arterial em repouso (PA): 100/70
milímetros de mercúrio (mmHg).
A radiografia de tórax demonstrava área cardíaca normal
e aumento da trama vascular pulmonar. O ecocardiograma
revelou dimensão do átrio esquerdo (AE) normal de 2,9
centímetros (cm) e ventrículo esquerdo (VE) com diâmetro
dentro da normalidade (Diâmetro Sistólico de VE: 2,5 cm –
Diâmetro Diastólico de VE: 4,2 cm) e espessura miocárdica
normal. Demais cavidades normais. Presença de
comunicação interatrial (CIA) tipo ostium secundum, que
ao doppler demonstrava shunt com fluxo unidirecional do
AE para o direito. A fração de ejeção foi estimada em 72%
(Simpson). A pressão da artéria pulmonar foi estimada em

40 mmHg e hiperfluxo pulmonar: 1,5 centímetros/segundo
(cm/s).
O eletrocardiograma revelou ritmo sinusal, com bloqueio
completo do ramo direito.
Após discussão do caso clínico, foi indicada cirurgia
de correção da CIA. Em conversa com a paciente, após
explanação dos tipos de técnicas possíveis para abordar a
CIA e assinatura de consentimento informado, a mesma
decidiu pela abordagem minimamente invasiva robô
assistida [1].
A correção cirúrgica consistiu de atriosseptoplastia com
remendo de pericárdio bovino. O tempo de circulação
extracorpórea (CEC) foi de 63 minutos (min) e de pinçamento
aórtico, 38 min.
A paciente foi extubada na sala de cirurgia, o
sangramento pós-operatório foi de 340 mililitros (ml), tempo
de internação em UTI de 14 horas, apresentou boa evolução
pós-operatória sem intercorrências, recebendo alta
hospitalar no 2° dia de pós-operatório. Ao ecocardiograma
no dia da alta, a função ventricular se apresentava normal e
o septo interatrial íntegro, com remendo bem posicionado,
sem shunt residual.

O VÍDEO REFERENTE AO TEXTO ENCONTRA-SE NO SITE
DA REVISTA: http://www.rbccv.org.br/video/v27n3

Trabalho realizado no Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo,
SP, Brasil.

1. Mestre em Clínica Cirúrgica pela Universidade Federal do Paraná,
Coordenador do Centro de Cirurgia Cardíaca Minimamente
Invasiva e Robótica do Hospital Israelita Albert Einstein, São
Paulo, SP, Brasil.
2. Cirurgião cardiovascular do Centro de Cardíaca Minimamente
Invasiva e Robótica do Hospital Israelita Albert Einstein, São
Paulo, SP, Brasil.
3. Cirurgião cardiovascular do Hospital Israelita Albert Einstein,
São Paulo, SP, Brasil, e do Hospital Hans Dieter Schmidt, Joinville,
SC, Brasil.

488

Endereço para correspondência:
Robinson Poffo
Av. Albert Einstein, 672/701 - Bloco A-1, sala 421 – São Paulo, SP,
Brasil – CEP 05652-901
E-mail: drpoffo@einstein.br
Declaro não haver qualquer tipo de conflito de interesse.

Artigo recebido em 25 de junho de 2012
Artigo aprovado em 30 de agosto de 2012
Poffo R, et al. - Cirurgia minimamente invasiva robô assistida na
correção da comunicação interatrial

Abreviaturas, acrônimos e símbolos
AE
CIA
Circulação extracorpórea
cm
cm/s
EICD
Fr
l/min
LAA
LAM
LHC
min
ml
mmHg
PA
PTFE
VE

Átrio esquerdo
Comunicação interatrial
Circulação extracorpórea
Centímetros
Centímetros/segundo
Espaço intercostal direito
French
Litros/minuto
Linha axilar anterior
Linha axilar média
Linha hemiclavicular direita
Minutos
Mililitros
Milímetros de mercúrio
Pressão arterial
Politetrafluoretileno
Ventrículo esquerdo

DESCRIÇÃO DA TÉCNICA OPERATÓRIA
A paciente foi intubada utilizando-se sonda orotraqueal
de Robert Shaw, para ventilação pulmonar seletiva e
posicionada com o lado direito do tórax elevado em 20°,
permanecendo o braço ao longo do corpo. Pás descartáveis
para desfibrilação cardíaca externa foram colocadas na região
da escápula direita e ântero-lateral do hemitórax esquerdo.
Foi realizada passagem de termômetro nasofaríngeo e
transdutor do ecocardiograma transesofágico [2].
Feito punção venosa central através veia jugular interna
direita e colocação de cateter de duplo lúmen. A seguir,
puncionou-se a mesma veia jugular em sua porção mais
proximal e, por meio da técnica de Seldinger, introduziu-se
uma cânula arterial Bio-medicus® (Medtronic, Inc.) n° 17
French (Fr.). A punção foi guiada por ultrassom em veia jugular
interna direita e a cânula locada em região de veia cava superior.
Inicialmente foram feitas as marcações para o acesso
cirúrgico (Figura 1). Após preparo da pele, foi aplicado em
toda a área exposta campo adesivo plástico estéril
transparente (Steri Drape 3M®). Seguindo a marcação prévia
foram realizadas três incisões no sulco mamário direito: uma
(1) mais anterior de 0,8 cm para colocação de trocarte de 8
mm para o afastador de átrio direito locada entre as linhas
hemiclavicular direita (LHC) e axilar anterior (LAA), a segunda
(2) medindo 1,2 cm para a introdução do trocarte de 12 mm
para a óptica localizada 1 cm anteriormente à LAA e a terceira
incisão (3) para o trocarte de trabalho medindo 2 cm, locada
posteriormente à LAA. O trocarte para o afastador atrial
direito foi introduzido no tórax através do 5° espaço
intercostal direito (EICD) e os outros dois entraram na
cavidade torácica pelo 4° EICD. A seguir, foram realizadas
mais duas incisões de 0,8 cm para os trocartes de 8 mm para
os braços do robô, a primeira (4) no 2° EICD, próximo à LAA,

Rev Bras Cir Cardiovasc 2012;27(3):488-90

e outra (5) no 6° EICD, 2 cm posteriormente à LAA. Uma
sexta incisão (C) de 0,5 cm foi realizada ao nível da linha axilar
média para a introdução da pinça de aorta transtorácica. Foi
insuflado continuamente CO2 no campo operatório na
velocidade de 3 litros/minuto (l/min) através do trocarte para
a óptica, o qual possuía uma entrada lateral.

Fig. 1 - Marcações pré-operatórias e os locais para introdução de:
1. afastador atrial direito, 2. óptica, 3. trocarte de trabalho, 4. braço
esquerdo do robô, 5. braço direito do robô, C. pinça aórtica
transtorácica. LHC: linha hemiclavicular, LAA: linha axilar anterior

Após heparinização sistêmica, a CEC foi estabelecida por
meio de canulação dos vasos femorais, sendo incisada a
pele no sulco inguinal à direita e os vasos femorais canulados
utilizando a técnica de Seldinger sob visão direta. Para
canulação arterial, utilizou-se cânula Bio-medicus® n° 19 Fr.
(Medtronic, Inc.) e, para linha venosa, cânula multiestágio
femoral Bio-medicus® n° 21 Fr. (Medtronic, Inc). Para perfeito
posicionamento das cânulas, utilizou-se o ecocardiograma
transesofágico. Foi, então, iniciada a CEC. A drenagem
venosa foi assistida a vácuo. O paciente foi mantido a 32°C.
Primeiramente à introdução dos trocartes, o pulmão
direito foi seletivado. Posicionou-se o trocarte para a óptica
e a microcâmera foi introduzida. Inspecionou-se o hemitórax
direito e, na sequência, os demais trocartes foram
introduzidos. Foi realizada aproximação do sistema robótico
DaVinci (Intuitive Surgical, Inc., Sunnyvale, CA) e
conectado aos trocartes (Figura 2). As pinças utilizadas no
procedimento cirúrgico eram específicas para esse sistema
robótico e constaram de: porta-agulhas grande, pinça
Cadiere, pinça DeBakey, tesoura e afastador atrial dinâmico.
Sob visão da óptica, o pericárdio foi aberto 2 cm paralela e
anteriormente ao nervo frênico. Essa incisão estendeu-se
da veia cava superior à inferior. O pericárdio foi tracionado
por meio de dois pontos, os quais foram exteriorizados
através da parede torácica utilizando-se um puncionador/
gancho. Ambas as veias cavas foram dissecadas e
garroteadas com fita cardíaca.
489
Poffo R, et al. - Cirurgia minimamente invasiva robô assistida na
correção da comunicação interatrial

Fig. 2 - Aspecto externo do campo operatório: sistema robótico
DaVinci® conectado aos trocartes

Através do 2° EICD, na linha axilar média (LAM),
introduziu-se a pinça aórtica transtorácica (Chitwood clamp
- Fehling, Inc.). Utilizando-se a videotoracoscopia, a aorta
ascendente foi pinçada e puncionada com uma agulha de
metal de 30 cm (Geister, Inc.) para administração de
cardioplegia anterógrada hipotérmica (6° C) com solução
de HTK (Custodiol®). No local da punção, foi realizada
sutura em bolsa de fio de politetrafluoretileno (PTFE) (Goretex® - CV-3). A abertura do átrio direito foi realizada
paralelamente ao septo interatrial e o afastamento atrial feito
com auxílio de afastador próprio para cirurgia robótica.
Desde a abertura do átrio direito até o seu fechamento,
manteve-se a insuflação de CO2 na vazão de 3 litros/min,
com o objetivo de diminuir a possibilidade de embolia
aérea [3].
Com a introdução da óptica no átrio direito, foi
visibilizada a CIA tipo ostium secundum, com um resquício
de membrana a qual foi ressecada. Utilizando-se as medidas
adquiridas pelo ecocardiograma tridimensional,
confeccionou-se o remendo de pericárdio bovino no
tamanho compatível ao orifício. A sutura do remendo nos
bordos da CIA foi realizada de forma contínua, com fio de
PTFE (Gore-tex® - CV-4). Realizadas manobras de deaeração
de câmeras esquerdas antes de completar a sutura do
remendo de pericárdio bovino com insuflação pulmonar.
Foi realizado fechamento do átrio direito por meio de sutura
contínua em dois planos de fio de PTFE (Gore-tex® - CV4). Ambas as veias cavas foram descadarceadas. Deixouse aberta a sutura em bolsa da aorta ascendente no local da
punção para a cardioplegia, para que o ar residual da aorta
ascendente pudesse ser evacuado. Após deaeração
apropriada, checada por meio de ecocardiografia
transesofágica, a aorta foi despinçada e o paciente
reaquecido.
Depois da saída de CEC, realizou-se novo
ecocardiograma transesofágico demonstrando que o
490

Rev Bras Cir Cardiovasc 2012;27(3):488-90

remendo de pericárdio bovino encontrava-se bem locado e
ausência de shunt residual. Os vasos femorais foram
descanulados e a heparina revertida. Concomitantemente,
foi descanulada a veia jugular interna direita e obtida a
hemostasia por compressão. Após revisão de hemostasia,
o pericárdio foi fechado por meio de pontos separados de
poliéster trançado 2-0. O dreno torácico foi exteriorizado
pelo orifício do trocarte do braço direito do robô e
direcionado para dentro do saco pericárdico. O mesmo foi
mantido em aspiração negativa de 20 mmH2O.
Os acessos foram fechados por planos, inicialmente o
muscular e, a seguir, tecido celular subcutâneo com fios de
poligalactina 910 (Vicryl Plus® – Ethicon) 2-0 e 3-0. Para
sutura da pele foram utilizados pontos intradérmicos com
fio de ácido poliglicólico PGA (Monocryl ® – Ethicon) 4-0
incolor com agulha cortante. Os demais orifícios com menos
de 1 cm foram fechados através de pontos simples separados
de nylon 5-0 (Figura 3). Os curativos foram realizados com
Opsite (Smith & Nephew Plc.®).

Fig. 3 - Aspecto cirúrgico final do campo operatório

REFERÊNCIAS
1. Argenziano M, Oz MC, Kohmoto T, Morgan J, Dimitui J,
Mongero L, et al. Totally endoscopic atrial septal defect
repair with robotic assistance. Circulation. 2003;108(Supp
1):II191-4.
2. Poffo R, Pope RB, Selbach RA, Mokross CA, Fukuti F, Silva
Junior I, et al. Cirurgia cardíaca videoassistida: resultados de
um projeto pioneiro no Brasil. Rev Bras Cir Cardiovasc.
2009;24(3):318-26.
3. Poffo R, Pope RB, Toschi AP, Mokross CA. Plastia valvar
mitral minimamente invasiva videoassistida: abordagem
periareolar. Rev Bras Cir Cardiovasc. 2009;24(3):425-7.

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  • 1. MULTIMIDIA Rev Bras Cir Cardiovasc 2012;27(3):488-90 Cirurgia minimamente invasiva robô assistida na correção da comunicação interatrial Robotic assisted minimally invasive surgery for atrial septal defect correction Robinson Poffo1, Alex Luiz Celullare2, Renato Bastos Pope3, Alisson Parrilha Toschi3 DOI: 10.5935/1678-9741.20120083 RBCCV 44205-11414 Descritores: Comunicação interatrial. Procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos/métodos. Robótica. Descriptors: Heart septal defects, atrial. Surgical procedures, minimally invasive/methods. Robotics. CARACTERIZAÇÃO DO PACIENTE Paciente do sexo feminino, 24 anos e pesando 55 kg. Apresentou-se em nosso serviço com queixas de cansaço e palpitações. Negava qualquer tipo de doença associada ou utilização de medicamentos. Ao exame físico, apresentava-se eutrófica, eupneica em repouso, sem edemas. Não apresentava alterações de ausculta pulmonar e à ausculta cardíaca o ritmo era sinusal, apresentando sopro sistólico em foco pulmonar com desdobramento fixo de 2ª bulha. Pressão arterial em repouso (PA): 100/70 milímetros de mercúrio (mmHg). A radiografia de tórax demonstrava área cardíaca normal e aumento da trama vascular pulmonar. O ecocardiograma revelou dimensão do átrio esquerdo (AE) normal de 2,9 centímetros (cm) e ventrículo esquerdo (VE) com diâmetro dentro da normalidade (Diâmetro Sistólico de VE: 2,5 cm – Diâmetro Diastólico de VE: 4,2 cm) e espessura miocárdica normal. Demais cavidades normais. Presença de comunicação interatrial (CIA) tipo ostium secundum, que ao doppler demonstrava shunt com fluxo unidirecional do AE para o direito. A fração de ejeção foi estimada em 72% (Simpson). A pressão da artéria pulmonar foi estimada em 40 mmHg e hiperfluxo pulmonar: 1,5 centímetros/segundo (cm/s). O eletrocardiograma revelou ritmo sinusal, com bloqueio completo do ramo direito. Após discussão do caso clínico, foi indicada cirurgia de correção da CIA. Em conversa com a paciente, após explanação dos tipos de técnicas possíveis para abordar a CIA e assinatura de consentimento informado, a mesma decidiu pela abordagem minimamente invasiva robô assistida [1]. A correção cirúrgica consistiu de atriosseptoplastia com remendo de pericárdio bovino. O tempo de circulação extracorpórea (CEC) foi de 63 minutos (min) e de pinçamento aórtico, 38 min. A paciente foi extubada na sala de cirurgia, o sangramento pós-operatório foi de 340 mililitros (ml), tempo de internação em UTI de 14 horas, apresentou boa evolução pós-operatória sem intercorrências, recebendo alta hospitalar no 2° dia de pós-operatório. Ao ecocardiograma no dia da alta, a função ventricular se apresentava normal e o septo interatrial íntegro, com remendo bem posicionado, sem shunt residual. O VÍDEO REFERENTE AO TEXTO ENCONTRA-SE NO SITE DA REVISTA: http://www.rbccv.org.br/video/v27n3 Trabalho realizado no Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil. 1. Mestre em Clínica Cirúrgica pela Universidade Federal do Paraná, Coordenador do Centro de Cirurgia Cardíaca Minimamente Invasiva e Robótica do Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil. 2. Cirurgião cardiovascular do Centro de Cardíaca Minimamente Invasiva e Robótica do Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil. 3. Cirurgião cardiovascular do Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil, e do Hospital Hans Dieter Schmidt, Joinville, SC, Brasil. 488 Endereço para correspondência: Robinson Poffo Av. Albert Einstein, 672/701 - Bloco A-1, sala 421 – São Paulo, SP, Brasil – CEP 05652-901 E-mail: drpoffo@einstein.br Declaro não haver qualquer tipo de conflito de interesse. Artigo recebido em 25 de junho de 2012 Artigo aprovado em 30 de agosto de 2012
  • 2. Poffo R, et al. - Cirurgia minimamente invasiva robô assistida na correção da comunicação interatrial Abreviaturas, acrônimos e símbolos AE CIA Circulação extracorpórea cm cm/s EICD Fr l/min LAA LAM LHC min ml mmHg PA PTFE VE Átrio esquerdo Comunicação interatrial Circulação extracorpórea Centímetros Centímetros/segundo Espaço intercostal direito French Litros/minuto Linha axilar anterior Linha axilar média Linha hemiclavicular direita Minutos Mililitros Milímetros de mercúrio Pressão arterial Politetrafluoretileno Ventrículo esquerdo DESCRIÇÃO DA TÉCNICA OPERATÓRIA A paciente foi intubada utilizando-se sonda orotraqueal de Robert Shaw, para ventilação pulmonar seletiva e posicionada com o lado direito do tórax elevado em 20°, permanecendo o braço ao longo do corpo. Pás descartáveis para desfibrilação cardíaca externa foram colocadas na região da escápula direita e ântero-lateral do hemitórax esquerdo. Foi realizada passagem de termômetro nasofaríngeo e transdutor do ecocardiograma transesofágico [2]. Feito punção venosa central através veia jugular interna direita e colocação de cateter de duplo lúmen. A seguir, puncionou-se a mesma veia jugular em sua porção mais proximal e, por meio da técnica de Seldinger, introduziu-se uma cânula arterial Bio-medicus® (Medtronic, Inc.) n° 17 French (Fr.). A punção foi guiada por ultrassom em veia jugular interna direita e a cânula locada em região de veia cava superior. Inicialmente foram feitas as marcações para o acesso cirúrgico (Figura 1). Após preparo da pele, foi aplicado em toda a área exposta campo adesivo plástico estéril transparente (Steri Drape 3M®). Seguindo a marcação prévia foram realizadas três incisões no sulco mamário direito: uma (1) mais anterior de 0,8 cm para colocação de trocarte de 8 mm para o afastador de átrio direito locada entre as linhas hemiclavicular direita (LHC) e axilar anterior (LAA), a segunda (2) medindo 1,2 cm para a introdução do trocarte de 12 mm para a óptica localizada 1 cm anteriormente à LAA e a terceira incisão (3) para o trocarte de trabalho medindo 2 cm, locada posteriormente à LAA. O trocarte para o afastador atrial direito foi introduzido no tórax através do 5° espaço intercostal direito (EICD) e os outros dois entraram na cavidade torácica pelo 4° EICD. A seguir, foram realizadas mais duas incisões de 0,8 cm para os trocartes de 8 mm para os braços do robô, a primeira (4) no 2° EICD, próximo à LAA, Rev Bras Cir Cardiovasc 2012;27(3):488-90 e outra (5) no 6° EICD, 2 cm posteriormente à LAA. Uma sexta incisão (C) de 0,5 cm foi realizada ao nível da linha axilar média para a introdução da pinça de aorta transtorácica. Foi insuflado continuamente CO2 no campo operatório na velocidade de 3 litros/minuto (l/min) através do trocarte para a óptica, o qual possuía uma entrada lateral. Fig. 1 - Marcações pré-operatórias e os locais para introdução de: 1. afastador atrial direito, 2. óptica, 3. trocarte de trabalho, 4. braço esquerdo do robô, 5. braço direito do robô, C. pinça aórtica transtorácica. LHC: linha hemiclavicular, LAA: linha axilar anterior Após heparinização sistêmica, a CEC foi estabelecida por meio de canulação dos vasos femorais, sendo incisada a pele no sulco inguinal à direita e os vasos femorais canulados utilizando a técnica de Seldinger sob visão direta. Para canulação arterial, utilizou-se cânula Bio-medicus® n° 19 Fr. (Medtronic, Inc.) e, para linha venosa, cânula multiestágio femoral Bio-medicus® n° 21 Fr. (Medtronic, Inc). Para perfeito posicionamento das cânulas, utilizou-se o ecocardiograma transesofágico. Foi, então, iniciada a CEC. A drenagem venosa foi assistida a vácuo. O paciente foi mantido a 32°C. Primeiramente à introdução dos trocartes, o pulmão direito foi seletivado. Posicionou-se o trocarte para a óptica e a microcâmera foi introduzida. Inspecionou-se o hemitórax direito e, na sequência, os demais trocartes foram introduzidos. Foi realizada aproximação do sistema robótico DaVinci (Intuitive Surgical, Inc., Sunnyvale, CA) e conectado aos trocartes (Figura 2). As pinças utilizadas no procedimento cirúrgico eram específicas para esse sistema robótico e constaram de: porta-agulhas grande, pinça Cadiere, pinça DeBakey, tesoura e afastador atrial dinâmico. Sob visão da óptica, o pericárdio foi aberto 2 cm paralela e anteriormente ao nervo frênico. Essa incisão estendeu-se da veia cava superior à inferior. O pericárdio foi tracionado por meio de dois pontos, os quais foram exteriorizados através da parede torácica utilizando-se um puncionador/ gancho. Ambas as veias cavas foram dissecadas e garroteadas com fita cardíaca. 489
  • 3. Poffo R, et al. - Cirurgia minimamente invasiva robô assistida na correção da comunicação interatrial Fig. 2 - Aspecto externo do campo operatório: sistema robótico DaVinci® conectado aos trocartes Através do 2° EICD, na linha axilar média (LAM), introduziu-se a pinça aórtica transtorácica (Chitwood clamp - Fehling, Inc.). Utilizando-se a videotoracoscopia, a aorta ascendente foi pinçada e puncionada com uma agulha de metal de 30 cm (Geister, Inc.) para administração de cardioplegia anterógrada hipotérmica (6° C) com solução de HTK (Custodiol®). No local da punção, foi realizada sutura em bolsa de fio de politetrafluoretileno (PTFE) (Goretex® - CV-3). A abertura do átrio direito foi realizada paralelamente ao septo interatrial e o afastamento atrial feito com auxílio de afastador próprio para cirurgia robótica. Desde a abertura do átrio direito até o seu fechamento, manteve-se a insuflação de CO2 na vazão de 3 litros/min, com o objetivo de diminuir a possibilidade de embolia aérea [3]. Com a introdução da óptica no átrio direito, foi visibilizada a CIA tipo ostium secundum, com um resquício de membrana a qual foi ressecada. Utilizando-se as medidas adquiridas pelo ecocardiograma tridimensional, confeccionou-se o remendo de pericárdio bovino no tamanho compatível ao orifício. A sutura do remendo nos bordos da CIA foi realizada de forma contínua, com fio de PTFE (Gore-tex® - CV-4). Realizadas manobras de deaeração de câmeras esquerdas antes de completar a sutura do remendo de pericárdio bovino com insuflação pulmonar. Foi realizado fechamento do átrio direito por meio de sutura contínua em dois planos de fio de PTFE (Gore-tex® - CV4). Ambas as veias cavas foram descadarceadas. Deixouse aberta a sutura em bolsa da aorta ascendente no local da punção para a cardioplegia, para que o ar residual da aorta ascendente pudesse ser evacuado. Após deaeração apropriada, checada por meio de ecocardiografia transesofágica, a aorta foi despinçada e o paciente reaquecido. Depois da saída de CEC, realizou-se novo ecocardiograma transesofágico demonstrando que o 490 Rev Bras Cir Cardiovasc 2012;27(3):488-90 remendo de pericárdio bovino encontrava-se bem locado e ausência de shunt residual. Os vasos femorais foram descanulados e a heparina revertida. Concomitantemente, foi descanulada a veia jugular interna direita e obtida a hemostasia por compressão. Após revisão de hemostasia, o pericárdio foi fechado por meio de pontos separados de poliéster trançado 2-0. O dreno torácico foi exteriorizado pelo orifício do trocarte do braço direito do robô e direcionado para dentro do saco pericárdico. O mesmo foi mantido em aspiração negativa de 20 mmH2O. Os acessos foram fechados por planos, inicialmente o muscular e, a seguir, tecido celular subcutâneo com fios de poligalactina 910 (Vicryl Plus® – Ethicon) 2-0 e 3-0. Para sutura da pele foram utilizados pontos intradérmicos com fio de ácido poliglicólico PGA (Monocryl ® – Ethicon) 4-0 incolor com agulha cortante. Os demais orifícios com menos de 1 cm foram fechados através de pontos simples separados de nylon 5-0 (Figura 3). Os curativos foram realizados com Opsite (Smith & Nephew Plc.®). Fig. 3 - Aspecto cirúrgico final do campo operatório REFERÊNCIAS 1. Argenziano M, Oz MC, Kohmoto T, Morgan J, Dimitui J, Mongero L, et al. Totally endoscopic atrial septal defect repair with robotic assistance. Circulation. 2003;108(Supp 1):II191-4. 2. Poffo R, Pope RB, Selbach RA, Mokross CA, Fukuti F, Silva Junior I, et al. Cirurgia cardíaca videoassistida: resultados de um projeto pioneiro no Brasil. Rev Bras Cir Cardiovasc. 2009;24(3):318-26. 3. Poffo R, Pope RB, Toschi AP, Mokross CA. Plastia valvar mitral minimamente invasiva videoassistida: abordagem periareolar. Rev Bras Cir Cardiovasc. 2009;24(3):425-7.