1. O documento discute procedimentos de análise de solo, incluindo amostras deformadas e indeformadas, ensaios de compressão, prensa californiana e equipamentos usados nesses testes.
2. Também aborda terraplanagem, definindo-a como aplainamento de terreno e descrevendo etapas como corte, aterro e remoção de solo.
3. Explica como calcular volumes de terra considerando empolamento e contração durante escavação e aterro.
2. Como vimos na aula anterior, é imprescindível
que façamos a sondagem do solo aonde iremos
edificar, e em alguns desses procedimentos são
retiradas amostras que posteriormente irão
para laboratórios, para que sejam feitas as
análises necessárias.
3. Amostra Deformada: Extraída por raspagem
ou escavação, implicando na destruição da
estrutura e na alteração das condições de
compacidade ou consistência naturais.
Amostra Indeformada: Extraída com o mínimo
de perturbação, procurando manter a estrutura
e condições de umidade e compacidade ou
consistência naturais.
4.
5. Compressão uniaxial
Nesse modelo de ensaio, e retirado um corpo
de prova do solo a ser estudado, e nele é
aplicado uma carga axial, a medida que o solo
vai se deformando em função do tempo, alguns
índices indicam o nível de resistência desse
solo.
6.
7. Prensa de Ensaio Californiano
Utilizada na determinação do Índice de
Suporte Califórnia (CBR). O CBR indica a
capacidade do solo suportar as cargas a que
deve ser submetido, sendo bastante utilizado
nos projetos de pavimentação.
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9. Possibilitam o confinamento do solo para
execução da compactação e determinação do
Índice de Suporte.
10. Utilizada no ensaio de adensamento
unidimensional (NBR 12007) para medir o
recalque sofrido por uma amostra de solo
quando aplica-se determinada pressão.
11. Promove o cisalhamento de uma amostra do
solo, possibilitando medir a sua resistência ao
cisalhamento.
12. Utilizada em diversos ensaios para agilizar o
processo de secagem das amostras e
possibilitar a determinação da umidade das
mesmas.
13. São utilizadas na análise granulométrica e na
graduação do solo para a realização dos
ensaios.
14. Utilizado na determinação do limite de
liquidez do solo (NBR 6459).
15.
16. Agiliza o processo de peneiramento por meio
da vibração uniforme de uma seqüência de
peneiras.
17. Servem para quantificar com a precisão
necessária a massa de solo adequada à
realização de cada ensaio.
18. Existem algumas formas de se executar uma
escavação, algumas através de máquinas e
equipamentos, e outras através de ferramentas
manuais. È importante lembrar que na
execução desse tipo de serviço deve se tomar
todas as medidas e precações necessárias.
19. Tipo de fundação profunda, visando se atingir
um solo mais resistente, e que suporte a
edificação com segurança.
20. Trata-se de uma escavação profunda, cavada
manualmente, nos Tubulões de céu aberto, o
pessoal desce para alargamento da base ou
limpeza do fundo.
21. Esse é o método recomendado para solos com
presença de lençol freático sem possibilidade
de esgotamento, devido ao risco
desmoronamento das paredes do fuste.
22. Tipo de encostas a margem de rodovias e
edificações, que possuem um determinado
angulo de inclinação. A resistência do solo
deve ser conhecida e trabalhada, para que
possa evitar desmoronamento e possíveis
acidentes.
23. Aonde não houve a intervenção do homem, ou
mesmo se executado algum serviço, não
alterou as suas características originais.
24. Encosta feita com algum tipo de material
(exemplo concreto). Ou encosta natural que foi
modificada e reforçada por algum método,
devido a baixa resistência de cisalhamento do
solo.
25. Terraplenagem ou terraplanagem é uma
técnica construtiva que visa aplainar e aterrar
um terreno. "Terrapleno", literalmente, significa
"terra cheia, cheio de terra". Geralmente esta
movimentação de solo tem o objetivo de
atender a um projeto topográfico, como
barragens, edifícios, aeroportos, açudes, entre
outros projetos.
26. Praticamente em todas as obras de construção
civil realizadas no solo, seja um edifício
residencial ou uma rodovia, é necessário que se
faça a terraplenagem para preparar o terreno
de acordo com o empreendimento que será
implantado, retirando o excesso de terra para
locais onde esteja em falta ou para simples
descarte.
27.
28. Em obras de pequeno porte, a terraplenagem
pode ser feita com equipamentos manuais. Em
projetos de médio e grande porte, os
equipamentos mecanizados são os mais
indicados. O andamento do serviço depende
do tamanho e tipo de terreno que vai ser
trabalhado, os acessos a esse local, as condições
meteorológicas, desníveis a serem escavados,
prazo de execução do serviço, equipamento
que se pretende utilizar e a eficiência do
operador da máquina.
29. Não há normas técnicas específicas que
orientem a execução dos serviços de
terraplenagem. No entanto, algumas normas
regulamentadoras de segurança no trabalho
devem ser consultadas. Entre elas, está a NR-8,
que orienta sobre a segurança em edificações, e
a NR-11, que determina o transporte,
movimentação, armazenagem e manuseio de
materiais.
30. Em relação ao equipamento, há uma única
norma da ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas), a NBRNM-ISO6165, que
classifica máquinas rodoviárias projetadas para
realizar escavação, dispersão e compactação de
terra e outros materiais.
31. Mesmo sendo mais utilizada para preparar o
terreno antes de receber um determinado
projeto, a terraplenagem ainda pode ser feita
em fases mais adiantadas da obra. É o caso da
escavação de subsolos para garagens nos
edifícios, que é executada após a conclusão da
estrutura e das vedações.
32. Em todos os estágios da obra, alguns cuidados
devem ser tomados, como a utilização de
equipamentos e implementos apropriados para
o serviço, a execução dos procedimentos com
condições meteorológicas favoráveis, o bom
dimensionamento da equipe para evitar
tempos ociosos de espera, além de um bom
almoxarifado que tenha as peças mais
utilizadas na manutenção dos equipamentos
para não haver espera na aquisição de peças de
reposição.
33.
34. Essa etapa se consiste em retirar o excesso de
solo em uma determinada região do terreno
para que possa se alcançar o nível topográfico
requerido.
35. Esta etapa se consiste em depositar em uma
determinada região do terreno, algumas
camadas de solo ou outros materiais, para que
se alcance o nível topográfico desejado, é
importante lembrar que nessa etapa deve se
realizar um serviço de compactação.
36. Essa etapa se consiste em retirar parte do solo
que possui baixa resistência e em alguns casos
substituir por materiais que atendam a
resistência necessária, esse procedimento e
largamente utilizado na pavimentação de
estradas.
37.
38. Ao trabalhar com solo, devemos nos lembrar,
que como outros materiais ele é constituído por
partículas, por isso ao movimenta lo de seu
estado natural poderá haver um empolamento.
( Aumento no índice de vazios, aumentado o
volume). E na sua compactação ocorre a
contração. ( Diminuição do índice de vazios,
diminuindo o volume).
39. 1. Vamos imaginar uma obra que necessite escavar 50 m3 de
terra, medido pelo serviço de topografia. O objetivo é
descobrir o Vs (volume de terra solta) para definir o
transporte, o que é calculado a partir da seguinte fórmula,
sendo que "Vc" é o volume medido no corte; e "E" é o
empolamento.
Vs = Vc (1 + E)
2. Para exemplo, vamos considerar que a terra é comum,
com taxa de empolamento de 25%. Para realizar a conta,
transforme a porcentagem em 0,25. A conta fica assim:
Vs = 50 (1 + 0,25)
Vs = 50 x 1,25
Volume de terra solta = 62,5 m3
3. Portanto, depois da escavação, o volume de terra, que era
de 50 m3 no corte, aumentará para 62,5 m³.
40. Segundo o livro Como Preparar Orçamentos
de Obras, de Aldo Dórea Mattos, publicado
pela Editora PINI, cada tipo de solo possui
uma taxa de empolamento. Veja:
MATERIAL E (EMPOLAMENTO %)
Rocha detonada - E 50%
Solo argiloso - E 40%
Terra comum- E 25%
Solo arenoso seco - E 12%
41. Uma caçamba comum tem capacidade média
de 5 m3. Sem considerar a taxa de
empolamento, seriam necessárias dez para
carregar 50 m3. Portanto, muito cuidado ao
realizar esse cálculo, pois na verdade são
necessárias 12 caçambas.
Esse cálculo foi realizado com terra comum,
deve se ter em mente que para cada tipo de
solo o resultado será diferente.
42. A contração ocorre quando o volume final é
inferior ao que havia no corte. Se 1 m3 de solo
(medido no corte) contrai para 0,9 m3 no aterro
após compactação, a redução volumétrica é de
10%.
Para saber quanto de terra será necessário
cortar para fazer um aterro com 50 m3 - e
considerando redução volumétrica de 10% -
vamos utilizar a seguinte fórmula:
43. Vc = Va/C
Onde:
Vc = Volume de terra medido no corte
Va = Volume compactado no aterro
C = Contração (se a redução volumétrica é de 10%, a
contração é de 90%) Aplicando a fórmula, lembre-se de
mudar a porcentagem. Assim: 90% = 0,90. Portanto:
Vc = 50/0,90
Vc = 55,55 m3
Se também quiser saber o volume de terra solta a ser
transportada - usando a mesma taxa de empolamento
de 25% -, basta utilizar, novamente, a fórmula:
Vs = Vc (1 + E) Vs = Vc (1 + E) Vs = 55,55 m3 (1 + 0,25)
Vs = 55,55 m3 x 1,25 Volume de terra solta = 69,4 m3
44. Conclui-se, portanto, que para fazer um aterro
com volume final de 50 m³ é necessário escavar
55,55 m3 e transportar 69,4 m3 de terra.
45. Exercício de solos cobrado em concurso
público.
1 Na terraplanagem de um trecho de uma
rodovia será necessário executar o aterro
conforme indicado na figura S1 e S2 abaixo
esquematizadas, cujos taludes tem inclinação
1:1 As seções distam 20m entre si:
46.
47. Va = (Aai + Aai+1) x L/2
Onde;
Va = Volume de aterro,
Aai = Área de corte da seção i
Aai+1 = Área de corte da seção i+1
L = distância entre as seções
48. A = (B+b) x h/2 (área do trapézio)
No caso da questão temos o valor da base menor
(b=10m) e da altura.
Como os taludes têm inclinação 1:1, a projeção
horizontal do talude é igual a altura.
Para a base maior de S1: B = 5 + 10 + 5 = 20m
Para a base maior de S2: B = 2 + 10 + 2 = 14m
Aa1 = (20+10) x 5/2 = 75m²
Aa2 = (14+10) x 2/2 = 24m²
Aplicando em:
Va = (Aai + Aai+1) x L/2
Va = (75 + 24) x 20/2 => Va = 990m³