SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 6
Baixar para ler offline
Página 1 de 6
PENHA
A Serra da Penha, culminar de altitude do concelho de Guimarães, cidade berço de Portugal, com cerca de 613 metros de altitude situa-
se na freguesia da Costa. Este monumento natural é um importante polo turístico tanto devido à sua fauna e flora ainda preservada, sendo
esta uma área protegida. Este geossítio é predominantemente granítico o que permite a geração das gigantes geoformas pelas quais é tão bem
conhecido, isto devido à baixa densidade deste tipo de rocha.
Como não é invulgar à volta desta serra foram criados alguns mitos populares, transmitidos de geração em geração. Um dos mitos narra
que, de certos pontos, na vertente oeste da encosta da Penha, em dias de céu limpo será possível avistar o mar da Póvoa de Varzim. Mas, a
audácia dos mitos vai ainda mais longe, proclamam também que esta serra terá antes estado submersa. Mitos idênticos a este existem
também noutras regiões do país, como, por exemplo, Santiago de Candoso que diz-se ser território outrora submerso. A questão está na
veracidade destes mitos.
Os recurso científicos atuais facilmente resolvem tais mistérios. E é a geologia que pode desvendar este. Com a evolução da ciência e o
estudo dos fundos marítimos fizeram-se certas conceções sobre a litologia marítima. Os fundos oceânicos serão então constituídos
essencialmente por rochas basálticas, formas em limites de placas divergente, em rifts, produto do magma presente sob os nossos pés, no
interior da Terra.
Já a montanha da Penha tem uma constituição litológica um pouco diferente, sendo de natureza granítica e granodiorítica, predominando o
granito de Guimarães, isto é, granito de grão grosseiro. A nível mineralógico predominam a moscovite e a biotite.
O que podemos aferir com estes dados? As rochas graníticas, como as que constituem esta serra, têm origem no magma, são rochas
magmáticas intrusivas, isto é, originam-se por cristalização em profundidade de um magma rico em sílica (SiO2), ou seja, de um magma ácido.
Página 2 de 6
Devido ao seu arrefecimento lento são formados pequenos cristais de minerais que podemos facilmente observar a olho nu em qualquer rocha
deste geossítio. Ao longo de milhares de anos as rochas sedimentares que se encontravam sobre estas formações graníticas terão sofrido
erosão e meteorização expondo, assim, estas formações graníticas que, sendo mais resistentes, ainda hoje prevalecem, formando este
geossítio.
Ao compararmos as caraterísticas litológicas dos fundos marinhos às da Serra da Penha podemos rapidamente aferir que nada têm em
comum, sendo a sua origem também completamente diferente. Cai assim por terra o mito de que a Penha esteve outrora submersa.
Maria Melo
DA PENHA VÊ-SE O MAR
Existem vários mitos que envolvem a Serra da Penha, dos quais se salienta o de que o mar já passou nessa região.
A Penha localiza-se geograficamente na freguesia da Costa, concelho de Guimarães, a cinco quilómetros da cidade com o mesmo nome, na
bacia hidrográfica do Ave, limitada a norte pela bacia do Cávado, a leste pela bacia do Douro e a sul pelas bacias do Leça e do Douro.
Esta zona é maioritariamente granítica, predominando o granito de Guimarães, mais propriamente 57% do território. O granito é uma rocha
ígnea, intrusiva ou plutónica, formada pelo lento arrefecimento do magma a grandes profundidades, sujeito a grandes temperaturas e
pressões. Este é formado por um variado leque de minerais, entre os quais se encontram o quartzo, o feldspato e a mica. Esta rocha tem um
alto grau de dureza e uma coloração variada. Neste caso em particular, o Granito de Guimarães é formado por minerais como a moscovite e,
Página 3 de 6
sobretudo, a biotite, possuindo, assim, uma tonalidade cinzenta ou amarelada. Nesta serra, existem também alguns depósitos de rochas
metamórficas, como o xisto. Contudo as que menos se sobressaem são as rochas sedimentares.
Nos fundos oceânicos, predominam as rochas basálticas, rochas que se formam devido à rápida solidificação da lava, não podendo
apresentar, assim, minerais desenvolvidos, ao contrário do granito.
Esta comparação torna o mito apresentado anteriormente falso, porque para que na Penha tenha passado mar era necessário que as rochas
predominantes nesta serra fossem basálticas tal como as dos fundos oceânicos. Na Penha há poucas rochas sedimentares, o que se deve ao
facto de não existir o agente de transporte que é a água, corroborando a tese de nunca ter passado o mar na Penha.
Outro dos mitos mais conhecidos acerca desta região diz do ponto mais alto da serra se avista o oceano, o que dará outro artigo.
Leonor Cunha
PENHA
Localizada na freguesia da Costa, no conselho de Guimarães, a serra da Penha é um local privilegiado tanto a nível histórico como a nível
turístico. Porém, foi na área da geologia que, recentemente, surgiu um particular interesse por parte dos investigadores.
Sendo constituída maioritariamente por rocha granítica, esta serra tem gerado muita polémica uma vez que os populares acreditam que
esta tenha sido, em tempos, banhado por mar e que, ainda hoje, ao olharmos para o horizonte, no alto da montanha, somos capazes de o
avistar. Mas será isso verdade ou apenas um mito?
Página 4 de 6
A rocha granítica é uma rocha magmática intrusiva característica das serras e montanhas já que, quando um vulcão entra em erupção nem
sempre o magma chega à superfície, solidificando, lentamente, no interior da crusta. Este lento arrefecimento permite ao magma criar cristais
que depois são visíveis na rocha a olho nu. De seguida, com o passar dos anos, a parte exterior do vulcão sofre meteorização e erosão,
provocada pelo vento e pelos animais que por ali passam, expondo, por fim, a rocha granítica.
Contudo, para que a hipótese de que tenha havido mar na Penha fosse viável era necessário que as rochas predominantes nessa zona
fossem basálticas visto que esse é o tipo de rocha que abunda os fundos marinhos, pois, apesar de ser igualmente uma rocha magmática, tem
uma diferença, é extrusiva, ou seja, quando um vulcão entra em erupção o magma ascende e por entrar em contacto com a água do oceano,
tem um rápido arrefecimento não havendo tempo para cristalizar apresentando uma textura lisa muito fina.
Posto isto, é pouco provável que o oceano tenha banhado a serra dado que os tipos de rochas nos dois locais são diferentes e se formam em
condições distintas.
Joana Gonçalves
nº 11, 11CT7
PENHA
Os vimaranenses acreditam que o mar, há milhões de anos, passou pelo ponto mais alto de Guimarães. O mito deve-se à existência de um
“olho marinho” em “Cramarinhos, na Gandra, vizinhanças de Felgueiras (…) ligado à ideia de que passa por ali “um braço do mar”, como é
Página 5 de 6
indicado na revista “ANTÍQUA”, da sociedade Martins Sarmento. Um olho marinho é uma estrutura geológica que indica a presença do mar
naquela região. Então, por Felgueiras ser relativamente perto da Penha, criou-se a lenda de que o mar já existiu, outrora, neste monte.
Todavia, os dados geológicos recolhidos desta região mostram-nos precisamente o contrário. Em primeiro lugar, não há quaisquer vestígios
da sequer existência de basalto no monte granítico. Esta rocha magmática é formada nos riftes, no fundo do mar, aquando do contacto da lava
expelida do interior da Terra com a água que constitui a placa oceânica. Isto causa um rápido arrefecimento da rocha, havendo pouco tempo
para que esta desenvolva os seus minerais, criando uma rocha basáltica, com uns minerais de reduzidas dimensões. Hipoteticamente, a
existência desta rocha na Penha indiciaria, evidentemente, a passagem do oceano por esta zona, mas a ausência de basalto prova-nos o
contrário. O próprio granito em abundância corrobora esta teoria. A rocha, com uns minerais grandes e notórios, cria-se no interior da Terra,
em bolsas magmáticas, onde a temperatura do magma faz com que esta arrefeça lentamente, desenvolvendo os seus minerais e criando assim
o granito. Isto mostra-nos que a rocha granítica da Penha foi formada no interior da Terra, sendo que a erosão do solo ao longo de milhões de
anos a expôs à superfície. Para que tal acontecesse, era preciso que essa área, pertencente à placa continental, fosse exposta a agentes
erosivos como água, com elevada hidrodinâmica, e vento, o que não existe nos fundos oceânicos. Apesar de esta rocha não comprovar a
ausência de mar por si só, indica que grande parte do tempo desta região foi, pelo menos, passado fora de água.
A ausência de calcário, rocha sedimentar quimiogénica, também apoia esta hipótese. Esta rocha é formada aquando da dissolução de
dióxido de carbono na água, fazendo com que se precipite carbonato de cálcio, formando, posteriormente, calcite, o mineral do calcário. Esta
rocha forma-se, portanto, em corpos de água de grandes dimensões, nomeadamente água do mar. Assim, com a inexistência de calcário na
Penha, podemos concluir que esta nunca foi submersa pelo mar.
Página 6 de 6
Por fim, a ausência de fósseis marinhos influencia a nossa conclusão. Os fósseis marinhos originam-se com a rápida deposição de
sedimentos sobre o corpo do ser vivo aquático, preservando-o nas rochas. Logo, se não há quaisquer vestígios de atividade marinha
preservados nas rochas da Penha, é improvável que sobre essa região tenha estado o mar.
Em suma, e após todas as provas apresentadas, conclui-se que, pela Penha nunca passou o mar.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (19)

113
113113
113
 
Paisagens geolc3b3gicas bruna-lopes-7c2ba2c2aa_2010-11
Paisagens geolc3b3gicas bruna-lopes-7c2ba2c2aa_2010-11Paisagens geolc3b3gicas bruna-lopes-7c2ba2c2aa_2010-11
Paisagens geolc3b3gicas bruna-lopes-7c2ba2c2aa_2010-11
 
1.1 paisagens
1.1 paisagens1.1 paisagens
1.1 paisagens
 
Paisagens geológicas
Paisagens geológicasPaisagens geológicas
Paisagens geológicas
 
Serra da freita
Serra da freitaSerra da freita
Serra da freita
 
Paisagens geologicas
Paisagens geologicasPaisagens geologicas
Paisagens geologicas
 
Paisagens geológicas e os agentes que as modelam
Paisagens geológicas e os agentes que as modelamPaisagens geológicas e os agentes que as modelam
Paisagens geológicas e os agentes que as modelam
 
Rochas
Rochas Rochas
Rochas
 
Paisagens geológicas
Paisagens geológicasPaisagens geológicas
Paisagens geológicas
 
Geologia da ilha de santa catarina - 26/06/2012
Geologia da ilha de santa catarina - 26/06/2012Geologia da ilha de santa catarina - 26/06/2012
Geologia da ilha de santa catarina - 26/06/2012
 
Cabo carvoeiro Ápio
Cabo carvoeiro ÁpioCabo carvoeiro Ápio
Cabo carvoeiro Ápio
 
Sete cidades
Sete cidadesSete cidades
Sete cidades
 
Cabo carvoeiro
Cabo carvoeiro Cabo carvoeiro
Cabo carvoeiro
 
Ribeira de são vincente
Ribeira de são vincenteRibeira de são vincente
Ribeira de são vincente
 
Rochas
RochasRochas
Rochas
 
Semana de geografia 100 correção
Semana de geografia 100 correçãoSemana de geografia 100 correção
Semana de geografia 100 correção
 
Riograndedosul
RiograndedosulRiograndedosul
Riograndedosul
 
Paisagensgeolgicas
PaisagensgeolgicasPaisagensgeolgicas
Paisagensgeolgicas
 
Aspetos geomorfológicos numa região granítica
Aspetos geomorfológicos numa região graníticaAspetos geomorfológicos numa região granítica
Aspetos geomorfológicos numa região granítica
 

Destaque

Concurso #rbcool regulamento
Concurso #rbcool regulamentoConcurso #rbcool regulamento
Concurso #rbcool regulamentoMaria Paredes
 
S. Valentim: "A Química e o Amor"
S. Valentim: "A Química e o Amor"S. Valentim: "A Química e o Amor"
S. Valentim: "A Química e o Amor"Maria Paredes
 
Palavras do mundo portugal
Palavras do mundo portugalPalavras do mundo portugal
Palavras do mundo portugalMaria Paredes
 
Listas doPNL- secundário - atualizadas em 2015
Listas doPNL- secundário - atualizadas em 2015Listas doPNL- secundário - atualizadas em 2015
Listas doPNL- secundário - atualizadas em 2015Maria Paredes
 
Workshop de BD/Ilustração Raúl Brandão em Imagens
Workshop de BD/Ilustração  Raúl Brandão em Imagens Workshop de BD/Ilustração  Raúl Brandão em Imagens
Workshop de BD/Ilustração Raúl Brandão em Imagens Maria Paredes
 
O cinema faz 120 anos
O cinema faz 120 anosO cinema faz 120 anos
O cinema faz 120 anosMaria Paredes
 
Cutileiros uma arte medieval que chegou até nós
Cutileiros uma arte medieval que chegou até nósCutileiros uma arte medieval que chegou até nós
Cutileiros uma arte medieval que chegou até nósMaria Paredes
 

Destaque (20)

A construção social da praia
A construção social da praiaA construção social da praia
A construção social da praia
 
Tratamento de resíduos
Tratamento de resíduosTratamento de resíduos
Tratamento de resíduos
 
Comocriarprojcientifico esfh
Comocriarprojcientifico esfhComocriarprojcientifico esfh
Comocriarprojcientifico esfh
 
3. apresentação geologia
3. apresentação geologia3. apresentação geologia
3. apresentação geologia
 
Concurso #rbcool regulamento
Concurso #rbcool regulamentoConcurso #rbcool regulamento
Concurso #rbcool regulamento
 
Portugal é mar guimarães
Portugal é mar guimarãesPortugal é mar guimarães
Portugal é mar guimarães
 
S. Valentim: "A Química e o Amor"
S. Valentim: "A Química e o Amor"S. Valentim: "A Química e o Amor"
S. Valentim: "A Química e o Amor"
 
1ª República em Guimarães
1ª República em Guimarães1ª República em Guimarães
1ª República em Guimarães
 
Palavras do mundo portugal
Palavras do mundo portugalPalavras do mundo portugal
Palavras do mundo portugal
 
Listas doPNL- secundário - atualizadas em 2015
Listas doPNL- secundário - atualizadas em 2015Listas doPNL- secundário - atualizadas em 2015
Listas doPNL- secundário - atualizadas em 2015
 
Workshop de BD/Ilustração Raúl Brandão em Imagens
Workshop de BD/Ilustração  Raúl Brandão em Imagens Workshop de BD/Ilustração  Raúl Brandão em Imagens
Workshop de BD/Ilustração Raúl Brandão em Imagens
 
O cinema faz 120 anos
O cinema faz 120 anosO cinema faz 120 anos
O cinema faz 120 anos
 
O merlo branco português
O merlo branco   portuguêsO merlo branco   português
O merlo branco português
 
1ª República em Portugal
1ª República em Portugal1ª República em Portugal
1ª República em Portugal
 
Regulamento postal de natal
Regulamento postal de natalRegulamento postal de natal
Regulamento postal de natal
 
10 tds
10 tds   10 tds
10 tds
 
Cutileiros uma arte medieval que chegou até nós
Cutileiros uma arte medieval que chegou até nósCutileiros uma arte medieval que chegou até nós
Cutileiros uma arte medieval que chegou até nós
 
Mascaras e poesia
Mascaras e poesiaMascaras e poesia
Mascaras e poesia
 
Brincadeiras com ciência
Brincadeiras com ciênciaBrincadeiras com ciência
Brincadeiras com ciência
 
Pdf saber em gel
Pdf saber em gelPdf saber em gel
Pdf saber em gel
 

Semelhante a Textos dos alunos sobre a penha

7.Rochas MetamóRficas
7.Rochas MetamóRficas7.Rochas MetamóRficas
7.Rochas MetamóRficasguestfa5e9
 
Paisagens geológicas
Paisagens geológicasPaisagens geológicas
Paisagens geológicasAna Castro
 
Paisagens geológicas
Paisagens geológicasPaisagens geológicas
Paisagens geológicasCatir
 
Paisagensgeolgicas 110215103340-phpapp01
Paisagensgeolgicas 110215103340-phpapp01Paisagensgeolgicas 110215103340-phpapp01
Paisagensgeolgicas 110215103340-phpapp01Pelo Siro
 
Estrutura e relevo
Estrutura e relevoEstrutura e relevo
Estrutura e relevorobertobraz
 
Percurso praia doamadov1
Percurso praia doamadov1Percurso praia doamadov1
Percurso praia doamadov1conceicao1
 
I - PAISAGENS GEOLOGICAS - Ciências naturais 7
I - PAISAGENS GEOLOGICAS - Ciências naturais 7I - PAISAGENS GEOLOGICAS - Ciências naturais 7
I - PAISAGENS GEOLOGICAS - Ciências naturais 7sandranascimento
 
Formação das rochas
Formação das rochasFormação das rochas
Formação das rochasguest8f5984
 
Formação das rochas
Formação das rochasFormação das rochas
Formação das rochasguest8f5984
 
Geo 12 preparação para o teste de avaliação
Geo 12   preparação para o teste de avaliaçãoGeo 12   preparação para o teste de avaliação
Geo 12 preparação para o teste de avaliaçãoNuno Correia
 
Depósitos Vulcanogênicos e Depósitos Plutogênicos
Depósitos Vulcanogênicos e Depósitos PlutogênicosDepósitos Vulcanogênicos e Depósitos Plutogênicos
Depósitos Vulcanogênicos e Depósitos PlutogênicosThiago Meira
 
5 rochas magmáticas
5  rochas magmáticas5  rochas magmáticas
5 rochas magmáticasmargaridabt
 
G E O M O R F O L O G I A
G E O M O R F O L O G I AG E O M O R F O L O G I A
G E O M O R F O L O G I AAmanda Oliveira
 
Minerais E Rochas
Minerais E RochasMinerais E Rochas
Minerais E Rochasceama
 
Formação das rochas
Formação das rochasFormação das rochas
Formação das rochasguest8f5984
 

Semelhante a Textos dos alunos sobre a penha (20)

Palavras Pedra
Palavras PedraPalavras Pedra
Palavras Pedra
 
7.Rochas MetamóRficas
7.Rochas MetamóRficas7.Rochas MetamóRficas
7.Rochas MetamóRficas
 
Paisagens geológicas
Paisagens geológicasPaisagens geológicas
Paisagens geológicas
 
Paisagens geológicas
Paisagens geológicasPaisagens geológicas
Paisagens geológicas
 
Paisagens geolgicas.pptx
Paisagens geolgicas.pptxPaisagens geolgicas.pptx
Paisagens geolgicas.pptx
 
Paisagensgeolgicas 110215103340-phpapp01
Paisagensgeolgicas 110215103340-phpapp01Paisagensgeolgicas 110215103340-phpapp01
Paisagensgeolgicas 110215103340-phpapp01
 
XII - PAISAGENS GEOLO
XII - PAISAGENS GEOLOXII - PAISAGENS GEOLO
XII - PAISAGENS GEOLO
 
Estrutura e relevo
Estrutura e relevoEstrutura e relevo
Estrutura e relevo
 
Percurso praia doamadov1
Percurso praia doamadov1Percurso praia doamadov1
Percurso praia doamadov1
 
I - PAISAGENS GEOLOGICAS - Ciências naturais 7
I - PAISAGENS GEOLOGICAS - Ciências naturais 7I - PAISAGENS GEOLOGICAS - Ciências naturais 7
I - PAISAGENS GEOLOGICAS - Ciências naturais 7
 
Formação das rochas
Formação das rochasFormação das rochas
Formação das rochas
 
Formação das rochas
Formação das rochasFormação das rochas
Formação das rochas
 
Aula geologia 2
Aula geologia 2Aula geologia 2
Aula geologia 2
 
Geo 12 preparação para o teste de avaliação
Geo 12   preparação para o teste de avaliaçãoGeo 12   preparação para o teste de avaliação
Geo 12 preparação para o teste de avaliação
 
Depósitos Vulcanogênicos e Depósitos Plutogênicos
Depósitos Vulcanogênicos e Depósitos PlutogênicosDepósitos Vulcanogênicos e Depósitos Plutogênicos
Depósitos Vulcanogênicos e Depósitos Plutogênicos
 
5 rochas magmáticas
5  rochas magmáticas5  rochas magmáticas
5 rochas magmáticas
 
G E O M O R F O L O G I A
G E O M O R F O L O G I AG E O M O R F O L O G I A
G E O M O R F O L O G I A
 
Minerais E Rochas
Minerais E RochasMinerais E Rochas
Minerais E Rochas
 
Mar Morto
Mar MortoMar Morto
Mar Morto
 
Formação das rochas
Formação das rochasFormação das rochas
Formação das rochas
 

Mais de Maria Manuela Torres Paredes

Concurso-Nacional-de-Leitura-Regulamento-interno-2022-2023.pdf
Concurso-Nacional-de-Leitura-Regulamento-interno-2022-2023.pdfConcurso-Nacional-de-Leitura-Regulamento-interno-2022-2023.pdf
Concurso-Nacional-de-Leitura-Regulamento-interno-2022-2023.pdfMaria Manuela Torres Paredes
 
Avaliação da fluência da leitura e compreensão do texto
Avaliação da fluência da leitura e compreensão do textoAvaliação da fluência da leitura e compreensão do texto
Avaliação da fluência da leitura e compreensão do textoMaria Manuela Torres Paredes
 

Mais de Maria Manuela Torres Paredes (20)

Concurso-Nacional-de-Leitura-Regulamento-interno-2022-2023.pdf
Concurso-Nacional-de-Leitura-Regulamento-interno-2022-2023.pdfConcurso-Nacional-de-Leitura-Regulamento-interno-2022-2023.pdf
Concurso-Nacional-de-Leitura-Regulamento-interno-2022-2023.pdf
 
EM BUSCA DE PAZ.docx
EM BUSCA DE PAZ.docxEM BUSCA DE PAZ.docx
EM BUSCA DE PAZ.docx
 
EM BUSCA DE PAZ.docx
EM BUSCA DE PAZ.docxEM BUSCA DE PAZ.docx
EM BUSCA DE PAZ.docx
 
Food Campaign for Ukraine.2.ppsx
Food Campaign for Ukraine.2.ppsxFood Campaign for Ukraine.2.ppsx
Food Campaign for Ukraine.2.ppsx
 
ALISTADESCHINDLER_PPTFINAL.pptx
ALISTADESCHINDLER_PPTFINAL.pptxALISTADESCHINDLER_PPTFINAL.pptx
ALISTADESCHINDLER_PPTFINAL.pptx
 
Au revoir les enfants.pptx
Au revoir les enfants.pptxAu revoir les enfants.pptx
Au revoir les enfants.pptx
 
2. ALISTADESCHINDLER_PPTFINAL.pptx
2. ALISTADESCHINDLER_PPTFINAL.pptx2. ALISTADESCHINDLER_PPTFINAL.pptx
2. ALISTADESCHINDLER_PPTFINAL.pptx
 
1. Au revoir les enfants.pptx
1. Au revoir les enfants.pptx1. Au revoir les enfants.pptx
1. Au revoir les enfants.pptx
 
Literacia dos média fake news
Literacia dos média   fake newsLiteracia dos média   fake news
Literacia dos média fake news
 
Ohomemqueplantavarvores iv e v caps
Ohomemqueplantavarvores  iv e v capsOhomemqueplantavarvores  iv e v caps
Ohomemqueplantavarvores iv e v caps
 
Ohomemqueplantavarvores ii e iii caps
Ohomemqueplantavarvores  ii e iii capsOhomemqueplantavarvores  ii e iii caps
Ohomemqueplantavarvores ii e iii caps
 
Página de um diário melody
Página de um diário   melodyPágina de um diário   melody
Página de um diário melody
 
Avaliação da fluência da leitura e compreensão do texto
Avaliação da fluência da leitura e compreensão do textoAvaliação da fluência da leitura e compreensão do texto
Avaliação da fluência da leitura e compreensão do texto
 
Ficha de trabalho e conto integral
Ficha de trabalho e conto integralFicha de trabalho e conto integral
Ficha de trabalho e conto integral
 
Ficha de trabalho - As emoções
Ficha de trabalho - As emoçõesFicha de trabalho - As emoções
Ficha de trabalho - As emoções
 
A menina do chapelinho vermelho
 A menina do chapelinho vermelho A menina do chapelinho vermelho
A menina do chapelinho vermelho
 
Os sapatinhos encantados
Os sapatinhos encantadosOs sapatinhos encantados
Os sapatinhos encantados
 
Jogo de memória
Jogo de memóriaJogo de memória
Jogo de memória
 
Avaliação fluência e compreensão da leitura
Avaliação fluência e compreensão da leituraAvaliação fluência e compreensão da leitura
Avaliação fluência e compreensão da leitura
 
O rapaz do caixote de madeira
O rapaz do caixote de madeiraO rapaz do caixote de madeira
O rapaz do caixote de madeira
 

Último

Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresAnaCarinaKucharski1
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 

Último (20)

Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 

Textos dos alunos sobre a penha

  • 1. Página 1 de 6 PENHA A Serra da Penha, culminar de altitude do concelho de Guimarães, cidade berço de Portugal, com cerca de 613 metros de altitude situa- se na freguesia da Costa. Este monumento natural é um importante polo turístico tanto devido à sua fauna e flora ainda preservada, sendo esta uma área protegida. Este geossítio é predominantemente granítico o que permite a geração das gigantes geoformas pelas quais é tão bem conhecido, isto devido à baixa densidade deste tipo de rocha. Como não é invulgar à volta desta serra foram criados alguns mitos populares, transmitidos de geração em geração. Um dos mitos narra que, de certos pontos, na vertente oeste da encosta da Penha, em dias de céu limpo será possível avistar o mar da Póvoa de Varzim. Mas, a audácia dos mitos vai ainda mais longe, proclamam também que esta serra terá antes estado submersa. Mitos idênticos a este existem também noutras regiões do país, como, por exemplo, Santiago de Candoso que diz-se ser território outrora submerso. A questão está na veracidade destes mitos. Os recurso científicos atuais facilmente resolvem tais mistérios. E é a geologia que pode desvendar este. Com a evolução da ciência e o estudo dos fundos marítimos fizeram-se certas conceções sobre a litologia marítima. Os fundos oceânicos serão então constituídos essencialmente por rochas basálticas, formas em limites de placas divergente, em rifts, produto do magma presente sob os nossos pés, no interior da Terra. Já a montanha da Penha tem uma constituição litológica um pouco diferente, sendo de natureza granítica e granodiorítica, predominando o granito de Guimarães, isto é, granito de grão grosseiro. A nível mineralógico predominam a moscovite e a biotite. O que podemos aferir com estes dados? As rochas graníticas, como as que constituem esta serra, têm origem no magma, são rochas magmáticas intrusivas, isto é, originam-se por cristalização em profundidade de um magma rico em sílica (SiO2), ou seja, de um magma ácido.
  • 2. Página 2 de 6 Devido ao seu arrefecimento lento são formados pequenos cristais de minerais que podemos facilmente observar a olho nu em qualquer rocha deste geossítio. Ao longo de milhares de anos as rochas sedimentares que se encontravam sobre estas formações graníticas terão sofrido erosão e meteorização expondo, assim, estas formações graníticas que, sendo mais resistentes, ainda hoje prevalecem, formando este geossítio. Ao compararmos as caraterísticas litológicas dos fundos marinhos às da Serra da Penha podemos rapidamente aferir que nada têm em comum, sendo a sua origem também completamente diferente. Cai assim por terra o mito de que a Penha esteve outrora submersa. Maria Melo DA PENHA VÊ-SE O MAR Existem vários mitos que envolvem a Serra da Penha, dos quais se salienta o de que o mar já passou nessa região. A Penha localiza-se geograficamente na freguesia da Costa, concelho de Guimarães, a cinco quilómetros da cidade com o mesmo nome, na bacia hidrográfica do Ave, limitada a norte pela bacia do Cávado, a leste pela bacia do Douro e a sul pelas bacias do Leça e do Douro. Esta zona é maioritariamente granítica, predominando o granito de Guimarães, mais propriamente 57% do território. O granito é uma rocha ígnea, intrusiva ou plutónica, formada pelo lento arrefecimento do magma a grandes profundidades, sujeito a grandes temperaturas e pressões. Este é formado por um variado leque de minerais, entre os quais se encontram o quartzo, o feldspato e a mica. Esta rocha tem um alto grau de dureza e uma coloração variada. Neste caso em particular, o Granito de Guimarães é formado por minerais como a moscovite e,
  • 3. Página 3 de 6 sobretudo, a biotite, possuindo, assim, uma tonalidade cinzenta ou amarelada. Nesta serra, existem também alguns depósitos de rochas metamórficas, como o xisto. Contudo as que menos se sobressaem são as rochas sedimentares. Nos fundos oceânicos, predominam as rochas basálticas, rochas que se formam devido à rápida solidificação da lava, não podendo apresentar, assim, minerais desenvolvidos, ao contrário do granito. Esta comparação torna o mito apresentado anteriormente falso, porque para que na Penha tenha passado mar era necessário que as rochas predominantes nesta serra fossem basálticas tal como as dos fundos oceânicos. Na Penha há poucas rochas sedimentares, o que se deve ao facto de não existir o agente de transporte que é a água, corroborando a tese de nunca ter passado o mar na Penha. Outro dos mitos mais conhecidos acerca desta região diz do ponto mais alto da serra se avista o oceano, o que dará outro artigo. Leonor Cunha PENHA Localizada na freguesia da Costa, no conselho de Guimarães, a serra da Penha é um local privilegiado tanto a nível histórico como a nível turístico. Porém, foi na área da geologia que, recentemente, surgiu um particular interesse por parte dos investigadores. Sendo constituída maioritariamente por rocha granítica, esta serra tem gerado muita polémica uma vez que os populares acreditam que esta tenha sido, em tempos, banhado por mar e que, ainda hoje, ao olharmos para o horizonte, no alto da montanha, somos capazes de o avistar. Mas será isso verdade ou apenas um mito?
  • 4. Página 4 de 6 A rocha granítica é uma rocha magmática intrusiva característica das serras e montanhas já que, quando um vulcão entra em erupção nem sempre o magma chega à superfície, solidificando, lentamente, no interior da crusta. Este lento arrefecimento permite ao magma criar cristais que depois são visíveis na rocha a olho nu. De seguida, com o passar dos anos, a parte exterior do vulcão sofre meteorização e erosão, provocada pelo vento e pelos animais que por ali passam, expondo, por fim, a rocha granítica. Contudo, para que a hipótese de que tenha havido mar na Penha fosse viável era necessário que as rochas predominantes nessa zona fossem basálticas visto que esse é o tipo de rocha que abunda os fundos marinhos, pois, apesar de ser igualmente uma rocha magmática, tem uma diferença, é extrusiva, ou seja, quando um vulcão entra em erupção o magma ascende e por entrar em contacto com a água do oceano, tem um rápido arrefecimento não havendo tempo para cristalizar apresentando uma textura lisa muito fina. Posto isto, é pouco provável que o oceano tenha banhado a serra dado que os tipos de rochas nos dois locais são diferentes e se formam em condições distintas. Joana Gonçalves nº 11, 11CT7 PENHA Os vimaranenses acreditam que o mar, há milhões de anos, passou pelo ponto mais alto de Guimarães. O mito deve-se à existência de um “olho marinho” em “Cramarinhos, na Gandra, vizinhanças de Felgueiras (…) ligado à ideia de que passa por ali “um braço do mar”, como é
  • 5. Página 5 de 6 indicado na revista “ANTÍQUA”, da sociedade Martins Sarmento. Um olho marinho é uma estrutura geológica que indica a presença do mar naquela região. Então, por Felgueiras ser relativamente perto da Penha, criou-se a lenda de que o mar já existiu, outrora, neste monte. Todavia, os dados geológicos recolhidos desta região mostram-nos precisamente o contrário. Em primeiro lugar, não há quaisquer vestígios da sequer existência de basalto no monte granítico. Esta rocha magmática é formada nos riftes, no fundo do mar, aquando do contacto da lava expelida do interior da Terra com a água que constitui a placa oceânica. Isto causa um rápido arrefecimento da rocha, havendo pouco tempo para que esta desenvolva os seus minerais, criando uma rocha basáltica, com uns minerais de reduzidas dimensões. Hipoteticamente, a existência desta rocha na Penha indiciaria, evidentemente, a passagem do oceano por esta zona, mas a ausência de basalto prova-nos o contrário. O próprio granito em abundância corrobora esta teoria. A rocha, com uns minerais grandes e notórios, cria-se no interior da Terra, em bolsas magmáticas, onde a temperatura do magma faz com que esta arrefeça lentamente, desenvolvendo os seus minerais e criando assim o granito. Isto mostra-nos que a rocha granítica da Penha foi formada no interior da Terra, sendo que a erosão do solo ao longo de milhões de anos a expôs à superfície. Para que tal acontecesse, era preciso que essa área, pertencente à placa continental, fosse exposta a agentes erosivos como água, com elevada hidrodinâmica, e vento, o que não existe nos fundos oceânicos. Apesar de esta rocha não comprovar a ausência de mar por si só, indica que grande parte do tempo desta região foi, pelo menos, passado fora de água. A ausência de calcário, rocha sedimentar quimiogénica, também apoia esta hipótese. Esta rocha é formada aquando da dissolução de dióxido de carbono na água, fazendo com que se precipite carbonato de cálcio, formando, posteriormente, calcite, o mineral do calcário. Esta rocha forma-se, portanto, em corpos de água de grandes dimensões, nomeadamente água do mar. Assim, com a inexistência de calcário na Penha, podemos concluir que esta nunca foi submersa pelo mar.
  • 6. Página 6 de 6 Por fim, a ausência de fósseis marinhos influencia a nossa conclusão. Os fósseis marinhos originam-se com a rápida deposição de sedimentos sobre o corpo do ser vivo aquático, preservando-o nas rochas. Logo, se não há quaisquer vestígios de atividade marinha preservados nas rochas da Penha, é improvável que sobre essa região tenha estado o mar. Em suma, e após todas as provas apresentadas, conclui-se que, pela Penha nunca passou o mar.