Este documento discute o processo de autoavaliação de um agrupamento escolar, definindo suas diferentes fases e dimensões a serem avaliadas, como sucesso escolar, ensino/aprendizagem, organização/gestão e cultura da escola. Também descreve os instrumentos e responsabilidades para a coleta e análise de dados, com o objetivo de melhorar continuamente o desempenho da escola.
2. “Não há ventos favoráveis para os que não sabem para
onde vão.”
(Séneca)
“Autoavaliação é o processo pelo qual uma escola é
capaz de olhar criticamente para si mesma com a
finalidade de melhorar posteriormente os seus
recursos e o seu desempenho.”
(In Alaiz, Góis e Gonçalves, 2003)
Enquadramento
3. A evolução do conceito de autonomia das escolas
torna clara a necessidade de implementar práticas
organizadas de autoavaliação, as quais encontram
enquadramento legal com a publicação da Lei nº
31/2002.
Enquadramento
4. Existem diferentes conceções e práticas de autoavaliação, no entanto, pretendeu-
se adotar no Agrupamento um modelo de autoavaliação pensado numa
perspetiva de melhoria eficaz, enquadrado no paradigma construtivista, feita:
Enquadramento
on-
going
• de forma contínua;
ex-
ante
• realizada antes da implementação de uma
intervenção;
ex-
post
• realizada após a execução das ações
previstas, avaliando os seus resultados, efeitos
e impactos.
5. Mais do que ser tomada como medida inquisidora ou
averiguadora, devemos assumir a autoavaliação como
uma abordagem formativa, essencial para a melhoria
ou a para a confirmação das boas práticas que vamos
registando.
Enquadramento
6. Ciclo Global
Processo de Autoavaliação
1ª Fase - Perfil de Autoavaliação
• Definir o modelo de autoavaliação a adotar;
• Desencadear o processo de autoavaliação;
• Criar um clima de participação alargada na discussão e construção
coletiva da qualidade organizacional;
• Ajudar a desenvolver uma cultura de autoavaliação.
2ª Fase - Plano de Autoavaliação
• Implementar hábitos de diálogo e de reflexão interna.
• Adequar a autoavaliação às características do Agrupamento.
• Fazer ouvir as perspetivas, preocupações e reivindicações dos diferentes
setores da comunidade educativa;
• Definir indicadores de desempenho;
• Elaborar e validar instrumentos.
7. Processo de Autoavaliação
3ª Fase - Plano de Ação – Priorização/Implementação do Plano
de Melhoria do Agrupamento
• Proporcionar informação útil aos diversos atores da comunidade
educativa, para poderem refletir sobre o seu trabalho
e, assim, aperfeiçoarem a sua ação na escola;
• Implementar e monitorizar processos de melhoria eficaz no agrupamento
4ª Fase – Meta-avaliação – garantia da qualidade da avaliação
• Rever as opções tomadas e as suas consequências;
• Averiguar a validade da avaliação (conclusões em função das escalas de
intervalo definidas);
• Avaliar a utilidade dos dados recolhidos;
• Averiguar a fiabilidade dos resultados obtidos (diferenciando os métodos
de triangulação na recolha de informação)
8. Operacionalização
do Processo
de Autoavaliação
Processo de Autoavaliação
7-Construção de
instrumentos de recolha
de dados
8- Recolha/tratamento e
triangulação de dados
9-Elaboração do
relatório de AA e
divulgação
10-Elaborar, Divulgar e
Implementar o Plano de
Melhoria
5- Selecionar campos
de análise e prioridades
6-Definição de
indicadores de
desempenho
1-Definição
de objetivos
2-
Constituição
da equipa de
AA
3-Definição
do modelo
de AA
4-Divulgação/Preparação
da comunidade educativa
11-Preparar a
autoavaliação seguinte
9. Referencial
Processo de Autoavaliação
Para dar início ao ciclo de autoavaliação verificou-se a necessidade de
efetuar um levantamento das :
• práticas avaliativas do agrupamento bem como das
prioridades educativas, objetivos e metas do Projeto Educativo.
Esta análise permite delinear e identificar as dimensões
sobre as quais deve incidir a autoavaliação, possibilitando
uma visão pormenorizada do agrupamento e
consequentemente a elaboração de questões, para as
quais no final de todo o processo deve haver resposta.
10. • Dimensões a avaliar:
Processo de Autoavaliação
Sucesso
Escolar
Organizaçã
o/Gestão
Ensino/apre
ndizagem
Problemas
e aspetos
positivos
No que respeita à cultura de escola, dimensão considerada igualmente importante
pelo levantamento efetuado pela equipa, considerou-se que esta seria incluída
transversalmente em todas as outras dimensões.
11. Metodologia de trabalho
Processo de Autoavaliação
Ciclo PDCA
P – Planear
D – Executar
C – Rever
A - Ajustar
Ajustar
• 8-Conclusão
• 7-Padronização
Planear
• 1-Identificação
do problema
• 2-Observação
• 3-Análise
• 4-Plano de ação
Rever
• 6-Verificação
Executar
• 5-Ação
12. Fragilidades/dificuldades do processo de
autoavaliação
Processo de Autoavaliação
• Processo de meta-avaliação
• Envolvimento da comunidade educativa na
elaboração de planos de melhoria
• Reestruturação do processo de avaliação
das estruturas organizativas
• Fluxos escolares
• Disponibilidade dos elementos da equipa
de autoavaliação
14. Dimensão II
Organização/Gestão
Dimensão III
Ensino/aprendizagem
Dimensão V
Problemas e aspeto
positivos
Dimensão I
Sucesso Escolar
DIMENSÕES
(as dimensões que estruturam a autoavaliação bem como as áreas a avaliar e os
respetivos indicadores de desempenho, têm como referência o projeto educativo/plano
estratégico do agrupamento e/ou referenciais internos e externos
- Resultados
escolares
- Comportamento e
disciplina
- Identificação de pontos fortes
e pontos fracos relativamente:
* Processo de
ensino/aprendizagem
* Articulação e sequencialidade
- Diferenciação e apoios
Dimensão IV
Cultura de escola
- Funcionamento das
estruturas escolares
- Liderança
- Identificação de
pontos fortes e pontos
fracos
- Identificação de
pontos fortes e pontos
fracos
- Identificação de
aspetos positivos e
problemas
Triangulação de Informantes:
- Dados recolhidos através de questionários aplicados a uma amostra aleatória
(professores/educadores, pais/encarregados de educação, alunos e pessoal não docente
Triangulação de instrumentos:
- Inquéritos
- Análise documental
- Entrevistas semiestruturadas
15. Áreas de avaliação
Aspetos centrais que contribuem para a avaliação de cada
uma das dimensões de referência
Áreas de observação
Aspetos que permitem clarificar como se vai proceder à
avaliação/observação de cada uma das áreas de avaliação
Metas e indicadores de
avaliação
Padrões de referência de melhoria, os quais, sempre que
possível, refletem o PE
Evidências/instrumentos/meca
nismos de recolha de dados
Documentos/instrumentos existentes ou a construir,
através dos quais se recolhe a informação/dados
Triangulação de dados
Interseção de informação entre informantes e instrumentos
de recolha de dados, sempre que a área a avaliar o
justifique, bem como eventuais discrepâncias de
resultados.
Responsável
(recolha e tratamento de
dados)
Colaboradores e responsáveis pela recolha e síntese dos
dados/informações
Calendarização Indicação dos momentos em que se procede à avaliação
A avaliação de cada dimensão organiza-se (biénio 09/11) e estrutura-se com base nos
seguintes procedimentos:
16. Tipo de
documento
Dados a recolher
Responsável pela
elaboração
Instrumento
padronizado
Momento de
elaboração
Relatório –
apoios
educativos
Qualitativos / quantitativos
– perceções sobre o
funcionamento dos
apoios/taxa de frequência
e de sucesso educativo
Professor de apoio Sim
Final de cada
período
Relatórios -
coadjuvações
Qualitativos / quantitativos
– perceções sobre o
funcionamento das
coadjuvações/taxa de
sucesso educativo
Professor
coadjuvante
Sim
Final de cada
período
Relatórios –
oficinas MEL
Qualitativos / quantitativos
– perceções sobre o
funcionamento das
oficinas/taxa de sucesso
educativo
Professores das
oficinas
Sim
Final de cada
período
Relatórios –
oficinas MIL
Qualitativos / quantitativos
– perceções sobre o
funcionamento das
oficinas/taxa de sucesso
educativo
Professores das
oficinas
Sim
Final de cada
período
Instrumentos de recolha de dados – Análise documental
17. Tipo de
documento
Dados a recolher
Responsável pela
elaboração
Instrumento
padronizado
Momento de
elaboração
Relatório -Tutorias Qualitativos Aluno tutorado Sim
Final de cada
período
Relatório -Tutorias Qualitativos Professor tutor Sim
Final de cada
período
Relatório -Tutorias
Quantitativos
(processos
disciplinares/taxas
de transição
Coordenação
TEIPII
SIM
3º Período
Relatório – Exame
nacional_ 4º ano
Quantitativos/Qua
litativos
Não 3º Período
Relatório – Exame
nacional_ 6º ano
Quantitativos/Qua
litativos
Não 3º Período
Relatório – Testes
intermédios
Quantitativos/Qua
litativos
Não 2º Período
Relatório – exame
nacional_ 9º ano
Quantitativos/Qua
litativos
Não 3º Período
Inquérito sob a
forma de
questionário
Qualitativos
Equipa de
autoavaliação
1º e 2º períodos
Inquéritos de
satisfação
Qualitativos GAAF Não
Final de cada
triénio
18. Tipo de documento
Dados a
recolher
Responsável pela
elaboração
Instrumento
padronizado
Momento de
elaboração
Relatório
Participações de
ocorrência
Quantitativos
(por turma e ano
– dentro e fora
da sala de aula)
DT/coordenação
TEIPII
SIM
Final de cada
período
Relatório Sala de
estudo
Quantitativos
(por turma, aluno
e disciplina)
Coordenação TEIPII SIM
Final de cada
período
Relatório
Qualidade das
aprendizagens
Quantitativos –
Taxa de alunos
sem níveis
inferiores a três
Coordenação TEIPII SIM Semestral
Relatório – Alunos
em situação de
retenção/transição
Quantitativos Coordenação TEIPII SIM Semestral
Relatório
Processos
disciplinar
Quantitativos Coordenação TEIPII SIM 3º Período
19. Tipo de documento
Dados a
recolher
Responsável pela
elaboração
Instrumento
padronizado
Momento de
elaboração
Relatório
Envolvência dos
EE
Quantitativos
DT/professores
titulares/Equipa de
autoavaliação
SIM 3º Período
Relatório
Procedimentos
disciplinares
Quantitativos
(medidas
disciplinares e
corretivas)
Coordenação
TEIPII/ Direção
SIM
Final de cada
período
Relatório - Grau de
consecução das
atividades do PAA
Qualitativos/
quantitativos
Professores
responsáveis pelas
atividades
SIM Trimestral
Relatório - Grau de
consecução das
atividades do PAA
Qualitativos/
quantitativos
Equipa de projetos NÃO Trimestral
Grelha de
Avaliação Global
Quantitativos DT SIM
Final do 3º
Período