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Sociologia do
Desporto
O desporto como um Produto social: A oferta e
Procura desportiva em Portugal;Emprego no desporto
em Portugal; Comparação dos Hábitos desportivos na
União Europeia.




                   Marcelo Henrique Rodrigues Nascimento
[SOCIOLOGIA DO DESPORTO]


Introdução

É indiscutível que o desporto se apresenta, neste século, como um fator essencial à
qualidade de vida e ao bem-estar dos cidadãos. A sua importância social patenteia-se
na sua própria modernidade e na sua utilidade cultural e formativa, como garantia da
plenitude da personalidade humana (Constantino, 1992,). A par de outros sectores do
desenvolvimento humano, o desporto e a atividade física têm vindo a assumir uma
importância crescente na sociedade, ao receber e gerar influências, quer positivas quer
negativas, na dinâmica social (Pires, 2003,).


No entanto, o desporto que hoje praticamos reveste-se de propósitos e objetivos
diferentes dos de outrora, seguindo as mudanças estruturais, nos hábitos, costumes e
estilos de vida das sociedades. Como (Pires, 1990,), é a “aventura desportiva”,
libertadora do padrão institucionalizado pela civilização industrial. O desporto que se
desenvolveu sobretudo nas sociedades industriais inglesa e francesa, assente no
rendimento corporal, deixou de ser a única solução para os jovens praticantes. Com
efeito, no seio de uma sociedade pós-industrial crescem novos valores e novas formas
de desporto, ou seja, práticas desportivas de carácter eminentemente lúdico ou de
lazer, com níveis organizacionais e de performance menos exigentes (Marivoet, 1998,).




              Gestão de Organizações Desportivas |Marcelo H. R. Nascimento 2
[SOCIOLOGIA DO DESPORTO]


Sub – Tema 1.1
Desporto Como um Produto Social
Nobert Elias e Eric Dunning (1992), dois teóricos de referência na sociologia do
Desporto, inserem a configuração social do desporto no processo civilizacional.
Consideram que a sociedade industrial é marcada por uma forte rotina quotidiana,
assim como, pela maior capacidade dos indivíduos controlarem os seus estados
emocionais, apresentando-se o desporto, como um espaço onde a sociedade hiper-
normativa e reguladora permite o afrouxamento dos estados de autocontrolo, dando
lugar à libertação dos estados emocionais, quebrando a rotina diária num clima de
excitação agradável e procura do prazer.

Como refere Constantino (1999) “o desporto moderno é por isso um produto social
cuja génese está intimamente associada ao desenvolvimento da sociedade industrial”,
ocupando atualmente, um lugar de enorme importância na vida de qualquer
comunidade (Carvalho, 1994).

É muito difícil definir o termo desporto, mas o seu contributo social é bem patente e
notório nas construção de novos significados nas nossas vidas, o desporto pode refletir
um crença de uma sociedade como apenas de um ser vivo, o desporto pode muitas
vezes ser a cara de uma sociedade, com valores e normas próprias dessa mesma
sociedade.




Sub – Tema 1.2
A Oferta e Procura Desportiva em Portugal
No presente quadro da organização das sociedades, quer queiramos quer não, o
desporto é olhado como um produto e, simultaneamente, um processo e um serviço
gerador de educação, cultura, de lazer e de economia. Deixou de ser um instrumento
pedagógico ao serviço das escolas e dos professores, para se alastrar a todos os
sectores da comunidade. Assim sendo, a oferta desportiva pode ser sistematizada em
três categorias: aquela que é oferecida pelo sistema educativo, a que é oferecida pelo
sistema desportivo e a que é oferecida pelo sistema empresarial (Pires, 1993).

A análise da oferta e procura desportiva deve basear-se na observância de três
sistemas: da oferta e recursos (económicos, materiais, humanos, etc.), de práticas
(organização e realização de atividades), e da procura e praticantes (atuais e
potenciais). Na última investigação realizada sob os auspícios da Comissão Europeia

              Gestão de Organizações Desportivas |Marcelo H. R. Nascimento 3
[SOCIOLOGIA DO DESPORTO]

(1999), ficou provado que Portugal tem a maior taxa de sedentarismo, salientando-se
que a maioria dos portugueses referiu que é necessário aumentar a oferta pública e
privada de programas de promoção da atividade física, com a principal finalidade de
“evitar doenças crónicas e prevenir a obesidade” (Sardinha, 2003,).

As mudanças de valores acompanham as diferentes categorias sociais a todos os
níveis. A configuração do sistema desportivo português, não obstante o esforço de
alguns em mudar esta situação, ainda coloca algumas resistências à mudança de
valores e ao desenvolvimento e diversificação dos hábitos de prática de forma regular
e generalizada. As gerações mais jovens são as grandes impulsionadoras da mudança
de valores, registando maiores níveis de participação desportiva e de diversidade de
modalidades solicitadas.

No entanto, evidenciam as escolhas pelas modalidades coletivas, identificadas pelo
modelo de competição (Marivoet, 1998, p. 66). No ano de 1991, Bento alertou para o
facto de que “os excessos na procura e na valorização do rendimento desportivo são
sobejamente conhecidos e merecedores de viva reprovação”, uma vez que ao atleta é-
lhe induzida a qualidade de “produtor de resultados”. Quando esta qualidade
desaparece, o desporto perde todo o interesse.

Quando falamos em crianças e jovens, a prática desportiva tem por obrigação resolver
o conflito entre as elevadas expectativas de rendimento (baseadas na construção de
ideais e no sonho de ser “o melhor jogador”) e a perspetiva de que o desporto tem
como compromisso a formação integral e educação consciente e harmoniosa dos
jovens (Bento, 1991). Por tudo isto, as políticas desportivas dos municípios que visam
um desenvolvimento desportivo consciente e esclarecido devem investir de forma
articulada e adequada à procura e atentando aos já reconhecidos indicadores da
situação desportiva nacional.




Sub – Tema 1.3
Emprego no Desporto em Portugal
A empregabilidade surge como um tema atual e cada vez mais discutido e que pode
ser definida como “a busca constante do desenvolvimento de habilidades e
competências por meio do conhecimento específico e pela multifuncionalidade, as
quais tornam o profissional apto à obtenção de trabalho”. O sector do Desporto
também não está imune a este fenómeno, nomeadamente os seus intervenientes.
Assim sendo, este estudo tem como objetivo saber quais são as perspetivas de
emprego e empregabilidade desses intervenientes, nomeadamente dos futuros


             Gestão de Organizações Desportivas |Marcelo H. R. Nascimento 4
[SOCIOLOGIA DO DESPORTO]

intervenientes - os alunos inscritos nas licenciaturas em ciências do desporto,
enquanto futuros profissionais nesse sector e potenciais transformadores da realidade.

A transformação do emprego requer uma nova modalidade no preparo dos
profissionais que estão à procura de uma oportunidade. As premissas básicas
necessárias para esse novo modelo são, para (Malschitzky, 2002), a obtenção da
educação de base, cultura geral e visão de futuro, capacidade de aprender a aprender,
competência humana e canalização de esforços necessários às mudanças e à eficácia
da comunicação.

Podemos antever um futuro de promissoras oportunidades. De acordo com (Karen
Daylchuck, 1999), numa pesquisa entre diversas instituições a nível mundial, as
oportunidades de oferta de emprego nos próximos dez anos vão evoluir de acordo
com os seguintes itens:


• Turismo;
• Empreendimentos;
• Gestão de eventos;
• Desporto negócio;
• Especialistas.


Fica claro da investigação referida que é necessária uma especialização em gestão do
desporto, sendo de prever num futuro próximo a necessidade de existirem em
algumas áreas, especialistas que respondam, com eficiência, às rápidas mudanças
sociais. A importância deste ponto é de tal forma patente que foi criado o
Observatório do Emprego e Formação no Desporto (OEFD), o Instituto do Desporto de
Portugal pretende aprofundar o conhecimento sobre a realidade do emprego e
formação no desporto em Portugal, para poder definir, executar e avaliar políticas
eficazes de formação de recursos humanos do desporto.

Se observarmos a realidade da Educação Física constatamos que a grande maioria dos
licenciados (cerca de 90%) destinam-se aos quadros da administração publica, e que os
restantes optam por outras áreas de atividade, como a via do treino desportivo ou a
gestão de espaços como ginásios e academias (Tavares, 1999) Atualmente, começa-se
a ver uma maior procura pela área de recreação e lazer, dado que a procura de
atividades ao ar livre e associadas a desportos radicais está também em franco
desenvolvimento. Há ainda os que optam pela via da gestão autárquica do desporto,
através do mestrado e licenciaturas em Gestão do Desporto. Tavares (1999) refere
ainda que o número de licenciados existentes já preenche as necessidades do país,
uma vez que nos últimos anos houve em Portugal uma proliferação de
estabelecimentos de formação em Desporto e Educação Física. Em poucos anos, a

              Gestão de Organizações Desportivas |Marcelo H. R. Nascimento 5
[SOCIOLOGIA DO DESPORTO]

oferta atingirá o ponto de rutura, o que significa que a curto prazo haverá um excesso
de oferta.

Tojal (2002) considera que como o mercado de trabalho procura profissionais com
capacidade para exercer uma multiplicidade de funções numa mesma área do
conhecimento, é desejável que tanto o jovem académico, quanto o programa do curso
de preparação para o trabalho, que vem sendo desenvolvido nas diferentes
universidades, encontrem-se o mais ajustado e adequado possível, à perspetiva de que
esse futuro profissional poderá mudar de funções, certamente dentro de uma mesma
área de prestação de serviços à sociedade. Referente ao citado anteriormente, olha-
mos para o Licenciatura em Gestão de Organizações Desportivas e assistimos a uma
multiplicidade de áreas que são abordadas ao longo do curso, passando pela área de
gestão, criação de evento, empreendedorismo e mesmo as áreas mais técnicas de
algumas modalidades. Estima-se que - 2 milhões de pessoas trabalham 1,5 no
desporto na Europa (Relatório da UE sobre Desporto e Emprego, Setembro de 1999)




Sub – Tema 1.4
Comparação dos Hábitos desportivos na UE
Hábitos desportivos da população portuguesa (Salomé Marivoet, 2000), 23% índice de
participação desportiva da população portuguesa, 4% desporto de competição
federado, 19% desporto de lazer, 34% índice de participação desportiva do sexo
masculino, 14% índice de participação desportiva do sexo feminino, 42% da população
nunca praticou desporto. Apenas 4% da população inativa pretende iniciar a prática
desportiva.

Eurobarómetro (2004):

78% considera que a melhoria da saúde é o principal benefício do desporto.
90% considera o desporto como um instrumento efetivo no combate à obesidade.
80% considera que o desporto deverá ter mais tempo nos programas escolares.
80% considera importante uma melhor cooperação entre as instituições de ensino e as
organizações desportivas, de modo a reforçar o papel do desporto na escola.

Os europeus sabem que o desporto é benéfico para a saúde e reconhecem o papel
importante da escola no seu desenvolvimento. O problema da não adesão à prática
desportiva (em Portugal) não parece ser uma questão de informação. A falta de tempo
é, normalmente, o 1º fator de não adesão à prática desportiva.



              Gestão de Organizações Desportivas |Marcelo H. R. Nascimento 6
[SOCIOLOGIA DO DESPORTO]

Quando comparamos a participação desportiva portuguesa com a dos países da União
Europeia, verificamos que Portugal apresenta taxas que o aproximam da realidade do
Sul Europeu (IHDPP, 98). Este facto, deve-se às características socio económicas da
sociedade portuguesa, nomeadamente, o baixo nível de escolaridade, os preconceitos
existentes face à prática das mulheres, sobretudo nas gerações mais velhas, e ainda,
causas políticas que dificultaram a aquisição de uma cultura físico- desportiva.




             Gestão de Organizações Desportivas |Marcelo H. R. Nascimento 7
[SOCIOLOGIA DO DESPORTO]


Bibliografia

     Santos, M. P., Gomes, H., Ribeiro, J. C., & Mota, J. (2005). Variação sazonal na
      actividade física e nas práticas de lazer de adolescentes portugueses. Revista
      Portuguesa de Ciências do Desporto, 5(2), 192- 201
     Marivoet, S. (1998). Aspectos Sociológicos do Desporto. Lisboa: Livros
      Horizonte.
     Marivoet, S. (2001a). Hábitos Desportivos da População Portuguesa. Lisboa:
      Instituto Nacional de Formação e Estudos do Desporto
     Pires, G. (1996). Desporto e política: Paradoxos e realidades. Lisboa: O
      Desporto
     PAIVA, V. (2000):“Qualificação, competências e empregabilidade no mundo
      pós-industrial”. Apresentação de Trabalho/Simpósio.
     PASTORE, J. (2000): “Empregabilidade”. Publicado em 5 de Fevereiro de 2000 e
      acedido em 21 de Abril de 2005 no Website de José Pastore, em
      http://www.josepastore.com.br/artigos/emprego/076.htm.
     TOJAL, J. (2002): “Perspectivas Profissionais da Área de Educação Física e
      Esportes-formação e Atuação profissional”. Revista de Educação Física -
      Uniandrade. Acedido a 14 de Abril de 2005,
     1998, IHDPP-Inquérito aos Hábitos Desportivos da População Portuguesa.
      CEFD/ Secretaria de Estado do Desporto
     MARMELEIRA J. Congresso do Desporto
     CONSTANTINO, J. M. (1997). Comportamentos e novas práticas desportivas.
     MARIVOET, S. (1987) “Metodologia da Carta da Procura Desportiva e
      Recreactiva”,Desporto e Sociedade nº 2.
     Decomentação de Apoio da Unidade Currícular – Sociologia do Desporto
     FONSECA A; CORTE-REAL N.; CORREDEIRA, R.;DIAS, C.; BARREIROS, A.; BASTOS,
      T.; SARMENTO, J.; (2006): “Desporto, emprego e empregabilidade em portugal:
      Uma visão centrada nas prespectivas dos futuros protagonistas. “Investigação
      suportada pelo IDP, no âmbito das actividade do Observatorio do Emprego e
      Formação no desporto. Faculdade de Desporto. Universidade do Porto.




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Sociologia - Desporto

  • 1. Sociologia do Desporto O desporto como um Produto social: A oferta e Procura desportiva em Portugal;Emprego no desporto em Portugal; Comparação dos Hábitos desportivos na União Europeia. Marcelo Henrique Rodrigues Nascimento
  • 2. [SOCIOLOGIA DO DESPORTO] Introdução É indiscutível que o desporto se apresenta, neste século, como um fator essencial à qualidade de vida e ao bem-estar dos cidadãos. A sua importância social patenteia-se na sua própria modernidade e na sua utilidade cultural e formativa, como garantia da plenitude da personalidade humana (Constantino, 1992,). A par de outros sectores do desenvolvimento humano, o desporto e a atividade física têm vindo a assumir uma importância crescente na sociedade, ao receber e gerar influências, quer positivas quer negativas, na dinâmica social (Pires, 2003,). No entanto, o desporto que hoje praticamos reveste-se de propósitos e objetivos diferentes dos de outrora, seguindo as mudanças estruturais, nos hábitos, costumes e estilos de vida das sociedades. Como (Pires, 1990,), é a “aventura desportiva”, libertadora do padrão institucionalizado pela civilização industrial. O desporto que se desenvolveu sobretudo nas sociedades industriais inglesa e francesa, assente no rendimento corporal, deixou de ser a única solução para os jovens praticantes. Com efeito, no seio de uma sociedade pós-industrial crescem novos valores e novas formas de desporto, ou seja, práticas desportivas de carácter eminentemente lúdico ou de lazer, com níveis organizacionais e de performance menos exigentes (Marivoet, 1998,). Gestão de Organizações Desportivas |Marcelo H. R. Nascimento 2
  • 3. [SOCIOLOGIA DO DESPORTO] Sub – Tema 1.1 Desporto Como um Produto Social Nobert Elias e Eric Dunning (1992), dois teóricos de referência na sociologia do Desporto, inserem a configuração social do desporto no processo civilizacional. Consideram que a sociedade industrial é marcada por uma forte rotina quotidiana, assim como, pela maior capacidade dos indivíduos controlarem os seus estados emocionais, apresentando-se o desporto, como um espaço onde a sociedade hiper- normativa e reguladora permite o afrouxamento dos estados de autocontrolo, dando lugar à libertação dos estados emocionais, quebrando a rotina diária num clima de excitação agradável e procura do prazer. Como refere Constantino (1999) “o desporto moderno é por isso um produto social cuja génese está intimamente associada ao desenvolvimento da sociedade industrial”, ocupando atualmente, um lugar de enorme importância na vida de qualquer comunidade (Carvalho, 1994). É muito difícil definir o termo desporto, mas o seu contributo social é bem patente e notório nas construção de novos significados nas nossas vidas, o desporto pode refletir um crença de uma sociedade como apenas de um ser vivo, o desporto pode muitas vezes ser a cara de uma sociedade, com valores e normas próprias dessa mesma sociedade. Sub – Tema 1.2 A Oferta e Procura Desportiva em Portugal No presente quadro da organização das sociedades, quer queiramos quer não, o desporto é olhado como um produto e, simultaneamente, um processo e um serviço gerador de educação, cultura, de lazer e de economia. Deixou de ser um instrumento pedagógico ao serviço das escolas e dos professores, para se alastrar a todos os sectores da comunidade. Assim sendo, a oferta desportiva pode ser sistematizada em três categorias: aquela que é oferecida pelo sistema educativo, a que é oferecida pelo sistema desportivo e a que é oferecida pelo sistema empresarial (Pires, 1993). A análise da oferta e procura desportiva deve basear-se na observância de três sistemas: da oferta e recursos (económicos, materiais, humanos, etc.), de práticas (organização e realização de atividades), e da procura e praticantes (atuais e potenciais). Na última investigação realizada sob os auspícios da Comissão Europeia Gestão de Organizações Desportivas |Marcelo H. R. Nascimento 3
  • 4. [SOCIOLOGIA DO DESPORTO] (1999), ficou provado que Portugal tem a maior taxa de sedentarismo, salientando-se que a maioria dos portugueses referiu que é necessário aumentar a oferta pública e privada de programas de promoção da atividade física, com a principal finalidade de “evitar doenças crónicas e prevenir a obesidade” (Sardinha, 2003,). As mudanças de valores acompanham as diferentes categorias sociais a todos os níveis. A configuração do sistema desportivo português, não obstante o esforço de alguns em mudar esta situação, ainda coloca algumas resistências à mudança de valores e ao desenvolvimento e diversificação dos hábitos de prática de forma regular e generalizada. As gerações mais jovens são as grandes impulsionadoras da mudança de valores, registando maiores níveis de participação desportiva e de diversidade de modalidades solicitadas. No entanto, evidenciam as escolhas pelas modalidades coletivas, identificadas pelo modelo de competição (Marivoet, 1998, p. 66). No ano de 1991, Bento alertou para o facto de que “os excessos na procura e na valorização do rendimento desportivo são sobejamente conhecidos e merecedores de viva reprovação”, uma vez que ao atleta é- lhe induzida a qualidade de “produtor de resultados”. Quando esta qualidade desaparece, o desporto perde todo o interesse. Quando falamos em crianças e jovens, a prática desportiva tem por obrigação resolver o conflito entre as elevadas expectativas de rendimento (baseadas na construção de ideais e no sonho de ser “o melhor jogador”) e a perspetiva de que o desporto tem como compromisso a formação integral e educação consciente e harmoniosa dos jovens (Bento, 1991). Por tudo isto, as políticas desportivas dos municípios que visam um desenvolvimento desportivo consciente e esclarecido devem investir de forma articulada e adequada à procura e atentando aos já reconhecidos indicadores da situação desportiva nacional. Sub – Tema 1.3 Emprego no Desporto em Portugal A empregabilidade surge como um tema atual e cada vez mais discutido e que pode ser definida como “a busca constante do desenvolvimento de habilidades e competências por meio do conhecimento específico e pela multifuncionalidade, as quais tornam o profissional apto à obtenção de trabalho”. O sector do Desporto também não está imune a este fenómeno, nomeadamente os seus intervenientes. Assim sendo, este estudo tem como objetivo saber quais são as perspetivas de emprego e empregabilidade desses intervenientes, nomeadamente dos futuros Gestão de Organizações Desportivas |Marcelo H. R. Nascimento 4
  • 5. [SOCIOLOGIA DO DESPORTO] intervenientes - os alunos inscritos nas licenciaturas em ciências do desporto, enquanto futuros profissionais nesse sector e potenciais transformadores da realidade. A transformação do emprego requer uma nova modalidade no preparo dos profissionais que estão à procura de uma oportunidade. As premissas básicas necessárias para esse novo modelo são, para (Malschitzky, 2002), a obtenção da educação de base, cultura geral e visão de futuro, capacidade de aprender a aprender, competência humana e canalização de esforços necessários às mudanças e à eficácia da comunicação. Podemos antever um futuro de promissoras oportunidades. De acordo com (Karen Daylchuck, 1999), numa pesquisa entre diversas instituições a nível mundial, as oportunidades de oferta de emprego nos próximos dez anos vão evoluir de acordo com os seguintes itens: • Turismo; • Empreendimentos; • Gestão de eventos; • Desporto negócio; • Especialistas. Fica claro da investigação referida que é necessária uma especialização em gestão do desporto, sendo de prever num futuro próximo a necessidade de existirem em algumas áreas, especialistas que respondam, com eficiência, às rápidas mudanças sociais. A importância deste ponto é de tal forma patente que foi criado o Observatório do Emprego e Formação no Desporto (OEFD), o Instituto do Desporto de Portugal pretende aprofundar o conhecimento sobre a realidade do emprego e formação no desporto em Portugal, para poder definir, executar e avaliar políticas eficazes de formação de recursos humanos do desporto. Se observarmos a realidade da Educação Física constatamos que a grande maioria dos licenciados (cerca de 90%) destinam-se aos quadros da administração publica, e que os restantes optam por outras áreas de atividade, como a via do treino desportivo ou a gestão de espaços como ginásios e academias (Tavares, 1999) Atualmente, começa-se a ver uma maior procura pela área de recreação e lazer, dado que a procura de atividades ao ar livre e associadas a desportos radicais está também em franco desenvolvimento. Há ainda os que optam pela via da gestão autárquica do desporto, através do mestrado e licenciaturas em Gestão do Desporto. Tavares (1999) refere ainda que o número de licenciados existentes já preenche as necessidades do país, uma vez que nos últimos anos houve em Portugal uma proliferação de estabelecimentos de formação em Desporto e Educação Física. Em poucos anos, a Gestão de Organizações Desportivas |Marcelo H. R. Nascimento 5
  • 6. [SOCIOLOGIA DO DESPORTO] oferta atingirá o ponto de rutura, o que significa que a curto prazo haverá um excesso de oferta. Tojal (2002) considera que como o mercado de trabalho procura profissionais com capacidade para exercer uma multiplicidade de funções numa mesma área do conhecimento, é desejável que tanto o jovem académico, quanto o programa do curso de preparação para o trabalho, que vem sendo desenvolvido nas diferentes universidades, encontrem-se o mais ajustado e adequado possível, à perspetiva de que esse futuro profissional poderá mudar de funções, certamente dentro de uma mesma área de prestação de serviços à sociedade. Referente ao citado anteriormente, olha- mos para o Licenciatura em Gestão de Organizações Desportivas e assistimos a uma multiplicidade de áreas que são abordadas ao longo do curso, passando pela área de gestão, criação de evento, empreendedorismo e mesmo as áreas mais técnicas de algumas modalidades. Estima-se que - 2 milhões de pessoas trabalham 1,5 no desporto na Europa (Relatório da UE sobre Desporto e Emprego, Setembro de 1999) Sub – Tema 1.4 Comparação dos Hábitos desportivos na UE Hábitos desportivos da população portuguesa (Salomé Marivoet, 2000), 23% índice de participação desportiva da população portuguesa, 4% desporto de competição federado, 19% desporto de lazer, 34% índice de participação desportiva do sexo masculino, 14% índice de participação desportiva do sexo feminino, 42% da população nunca praticou desporto. Apenas 4% da população inativa pretende iniciar a prática desportiva. Eurobarómetro (2004): 78% considera que a melhoria da saúde é o principal benefício do desporto. 90% considera o desporto como um instrumento efetivo no combate à obesidade. 80% considera que o desporto deverá ter mais tempo nos programas escolares. 80% considera importante uma melhor cooperação entre as instituições de ensino e as organizações desportivas, de modo a reforçar o papel do desporto na escola. Os europeus sabem que o desporto é benéfico para a saúde e reconhecem o papel importante da escola no seu desenvolvimento. O problema da não adesão à prática desportiva (em Portugal) não parece ser uma questão de informação. A falta de tempo é, normalmente, o 1º fator de não adesão à prática desportiva. Gestão de Organizações Desportivas |Marcelo H. R. Nascimento 6
  • 7. [SOCIOLOGIA DO DESPORTO] Quando comparamos a participação desportiva portuguesa com a dos países da União Europeia, verificamos que Portugal apresenta taxas que o aproximam da realidade do Sul Europeu (IHDPP, 98). Este facto, deve-se às características socio económicas da sociedade portuguesa, nomeadamente, o baixo nível de escolaridade, os preconceitos existentes face à prática das mulheres, sobretudo nas gerações mais velhas, e ainda, causas políticas que dificultaram a aquisição de uma cultura físico- desportiva. Gestão de Organizações Desportivas |Marcelo H. R. Nascimento 7
  • 8. [SOCIOLOGIA DO DESPORTO] Bibliografia  Santos, M. P., Gomes, H., Ribeiro, J. C., & Mota, J. (2005). Variação sazonal na actividade física e nas práticas de lazer de adolescentes portugueses. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, 5(2), 192- 201  Marivoet, S. (1998). Aspectos Sociológicos do Desporto. Lisboa: Livros Horizonte.  Marivoet, S. (2001a). Hábitos Desportivos da População Portuguesa. Lisboa: Instituto Nacional de Formação e Estudos do Desporto  Pires, G. (1996). Desporto e política: Paradoxos e realidades. Lisboa: O Desporto  PAIVA, V. (2000):“Qualificação, competências e empregabilidade no mundo pós-industrial”. Apresentação de Trabalho/Simpósio.  PASTORE, J. (2000): “Empregabilidade”. Publicado em 5 de Fevereiro de 2000 e acedido em 21 de Abril de 2005 no Website de José Pastore, em http://www.josepastore.com.br/artigos/emprego/076.htm.  TOJAL, J. (2002): “Perspectivas Profissionais da Área de Educação Física e Esportes-formação e Atuação profissional”. Revista de Educação Física - Uniandrade. Acedido a 14 de Abril de 2005,  1998, IHDPP-Inquérito aos Hábitos Desportivos da População Portuguesa. CEFD/ Secretaria de Estado do Desporto  MARMELEIRA J. Congresso do Desporto  CONSTANTINO, J. M. (1997). Comportamentos e novas práticas desportivas.  MARIVOET, S. (1987) “Metodologia da Carta da Procura Desportiva e Recreactiva”,Desporto e Sociedade nº 2.  Decomentação de Apoio da Unidade Currícular – Sociologia do Desporto  FONSECA A; CORTE-REAL N.; CORREDEIRA, R.;DIAS, C.; BARREIROS, A.; BASTOS, T.; SARMENTO, J.; (2006): “Desporto, emprego e empregabilidade em portugal: Uma visão centrada nas prespectivas dos futuros protagonistas. “Investigação suportada pelo IDP, no âmbito das actividade do Observatorio do Emprego e Formação no desporto. Faculdade de Desporto. Universidade do Porto. Gestão de Organizações Desportivas |Marcelo H. R. Nascimento 8