SlideShare uma empresa Scribd logo
Sobre as leis fundamentais que
regem as forças de atrito
Prof. Carlos A. Figueroa
Laboratório de Caracterização de Superfícies em NanoEscala
Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciências dos Materiais
Área do Conhecimento de Ciências Exatas e Engenharias
Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, RS, Brasil.
Mas, o que seriam as forças de atrito?
Definição: Atrito é a força de resistência ao movimento
relativo de superfícies sólidas, camadas fluídas e elementos
materiais se deslizando um contra o outro.
E sem forças de atrito, aconteceria isto aqui:
Uma simples
caminhada não
aconteceria sem as
forças de atrito!
http://climate.nasa.gov/climate_resources/139/
CAI, M. et al. 2013// 2013.
75% da energia mundial é produzida a
partir de combustíveis fósseis;
Preocupações globais:
• a solução para escassez energética;
• a redução da emissão de gases do efeito
estufa no que condiz as rígidas normas
de regulamentação ambiental;
Anomalias da temperatura global de 1947 e 2015.
Mas, por que estudar as forças de atrito?
Soluções:
Fontes de energias alternativas;
Melhora da eficiência energética;
O caminho de maior eficiência energética: pesquisa e
desenvolvimento em engenharia e ciência de superfícies (por
exemplo, atrito).
Perdas energéticas na transferência de movimento:
fenômenos tribológicos
HOLMBERG, K. et al. 2014.
TAYLOR, R. I. 2012.
Mas, por que estudar as forças de atrito?
Primeiros tribólogos: Leonardo da Vinci, Guillaume Amontons
(1663-1705), John Theophilius Desanguliers (1683-1744),
Leonard Euler (1707-1783) e Charles-Augustin Coulomb (1736-
1806).
Trabalhos do Leonardo da Vinci sobre a resistência
ao movimento em termos estáticos e dinâmicos
Guillaume Amontons (1663-1706)
1ª Lei do Atrito: A força de atrito é proporcional à força normal; e
2ª Lei do Atrito: A força de atrito é independente da área aparente de contato.
Charles-Augustin de Coloumb (1736-1806)
3ª Lei do Atrito: A força de atrito é independente da velocidade de deslizamento.
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0020768315000323
Outras teorias surgiram baseadas na mecânica de contato
(~ 1950) Bowden e Tabor.
tensão de cisalhamento das asperezas
raio da curvatura das asperezas
módulo de Young reduzido
Um pouco de história das leis do atrito (todas
fenomenológicas):
Correlaciona o fenômeno de atrito cinético
macroscópico com eventos de desgaste
em nanoescala (simulação teórica):
(*)S. J. Eder et al. Phys. Rev. Let., 115 (2015) 025502
Termo de Derjaguin Lei de Amontons-Coulomb
Força de atrito
Termo de Bowden-Tabor
A mais nova expressão para força de atrito
cinético (fenomenológica)(*):
Fenômeno de atrito. Indo do macro ao nano:
O desafio passa por interpretar as propriedades
macroscópicas que determinam o coeficiente de atrito
com os conceitos básicos como forças de atração e
repulsão, rigidez e energia de ligação química, fônons,
banda eletrônica, etc.
Razão q(carga)/r(raio) e
coeficiente de atrito vs. tipo
de óxido(*)
Lembram de Química
Inorgânica?
(*) A. Erdemir, Surf. Coat. Techn. 200 (2005) 1792.
Fenômeno de atrito. Indo do macro ao nano (*):
(*) Y. Mo et al., Nature 457, 1116–1119 (2009).
R. J. Cannara et al., Science 780-783 (2007) 318.
Um nano-mundo fascinante!
Os modelos do fenômeno de atrito em nanoescala(*):
Contribuições (ou interpretação) fonônicas do fenômeno
de atrito
É um trabalho de microscopia de força atômica...é a camada
mais externa. Não uma interação com o volume do material.
(*) R. J. Cannara et al., Science 780-783 (2007) 318.
Aqui estão os fônons!
Os fônons são oscilações coletivas em uma arranjo periódico e elástico de átomos
ou moléculas em estado sólido e em alguns líquidos. O fônon é uma descrição
mecano-quântica de um movimento vibracional elementar no qual uma célula
unitária de átomos ou moléculas oscila uniformemente em uma frequência
determinada. Em mecânica clássica, essa oscilação é conhecida como modo normal.
Enquanto um modo normal possui uma interpretação de fenômeno ondulatório, o
fônon possui propriedades de onda e partícula, uma dualidade típica da mecânica
quântica.
A supercondutividade diminui o coeficiente de atrito em metais(1,2)
Energia requerida para
quebrar um par de Cooper
∼ 10-4 eV
Energia típica dos fônons
acústicos ∼ 10-6 eV
Contribuição via estados eletrônicos:
Nb
supercondutor Modelo
de amortecimento
ôhmico
(1)J. Krim, Adv. in Phys. 155-323 (2012) 61.
(2)M. Kisiel et al., Nature Mat. 119-122 (2011) 10.
(*) T. A. L. Burgo et al., Sci. Rep. 3 (2013) 2384.
Cargas eletrostáticas em polímeros (PTFE) podem controlar o
coeficiente de resistência ao rolamento (CoRR).(*)
Bolinhas de vidro = superfície hidrofílica
Bolinhas de vidro silanizadas = superfície hidrofóbica
Contribuições via cargas eletrostáticas:
Contribuições (ou interpretação) fonônicas do fenômeno
de atrito(*)
(*) R. J. Cannara et al., Science 780-783 (2007) 318.
A energia
dissipada
depende da
frequência de
vibração das
ligações químicas
na superfície do
material. Essa
energia dissipada
se traduz em
atrito.
Contribuições (ou interpretação) fonônicas do fenômeno
de atrito(*)
(*) R. J. Cannara et al., Science 780-783 (2007) 318.
Contribuições (ou interpretação) fonônicas do
fenômeno de atrito
Contribuições (ou interpretação) fonônicas do fenômeno
de atrito(*):
Dentro do erro experimental, parece não existir uma
dependência entre a força de atrito e a massa do elemento
absorvido.
(*) Y. Mo et al., PRB 80 (2009) 155438
Contribuições (ou interpretação) fonônicas do fenômeno
de atrito(*):
Crítica ao trabalho anterior (Science): resistência ao
cisalhamento depende da porcentagem de superfície
coberta pelos elementos absorvidos/ligados.
(*) Y. Mo et al., PRB 80 (2009) 155438
Contribuições (ou interpretação) fonônicas do fenômeno
de atrito:
Novos resultados que podem vir a encerrar a discussão
Contribuições (ou interpretação) fonônicas do fenômeno
de atrito: composição do material(*)
(*) S. R. S. Mello et al., Sci. Rep. 7 (2017) 3242.
Deslizamento unidirecional
Medição da força de atrito
por contato mecânico(*):
d = profundidade na ordem
dos nanometros (20 a 500 nm)
Pontas cônicas com raios de 10 e 25
µm (LACASUNE)
Força tangencial (de atrito)
medida por uma célula de carga
(*) S. R. S. Mello et al., Sci. Rep. 7 (2017) 3242.
Mudança da força de atrito com o conteúdo de deutério(*)
(*) S. R. S. Mello et al., Sci. Rep. 7 (2017) 3242.
(*) S. R. S. Mello et al., Sci. Rep. 7 (2017) 3242.
Comparativa com
modelos de dissipação
fonônica(*)
Nosso trabalho concorda
com os resultados
obtidos por AFM
(Science)
Coming soon!
Interações
elétricas nas
forças de atrito
de filmes
finos de a-C:H!
Coming soon!
0 10 20 30 40 50 60
1
2
3
4
Polarizability(α),x10
-24
cm
3
Number of electrons
Forças de
van der Waals
nas interações entre
átomos de gases nobres
He
a-C:H (+ H e - C)
3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 3.6 3.7 3.8 3.9 4.0
0.01
0.02
0.03
0.04
0.05
0.06
Coefficientfriction,µ
Number of electrons
Forças de
van der Waals
determinando o atrito
em filmes de a-C:H?
Xe
a-C:H (- H e + C)
p = α E
Epílogo do seminário copiado
de:
Finalmente, quero agradecer ao Grupo Epipolé,
que faz acontecer toda esta magia!

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

6 trabalho de uma forca
6   trabalho de uma forca6   trabalho de uma forca
6 trabalho de uma forca
daniela pinto
 
Seminários de filosofia: Sete dicas para uma boa apresentação
Seminários de filosofia: Sete dicas para uma boa apresentaçãoSeminários de filosofia: Sete dicas para uma boa apresentação
Seminários de filosofia: Sete dicas para uma boa apresentação
CEULJI/ULBRA Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná
 
NOTAS DE AULA – RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
NOTAS DE AULA – RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS INOTAS DE AULA – RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
NOTAS DE AULA – RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
Ueiglas C. Vanderlei
 
Trabalho completo. manipulação. helena
Trabalho completo. manipulação.   helenaTrabalho completo. manipulação.   helena
Trabalho completo. manipulação. helena
Digitalves
 
Efeito fotoelétrico.ppt
Efeito fotoelétrico.pptEfeito fotoelétrico.ppt
Efeito fotoelétrico.ppt
roosmrmemorial
 
Aula 4 - Modelo Atômico de Bohr
Aula 4 - Modelo Atômico de BohrAula 4 - Modelo Atômico de Bohr
Aula 4 - Modelo Atômico de Bohr
Newton Silva
 
Quimica organica
Quimica organicaQuimica organica
Quimica organica
japquimica
 
Trilho de ar leis de newton
Trilho de ar leis de newtonTrilho de ar leis de newton
Trilho de ar leis de newton
Samuel Pires
 
Forças de Atrito - Fisíca
Forças de Atrito - FisícaForças de Atrito - Fisíca
Forças de Atrito - Fisíca
JOAO EMANUEL
 
Hibridização de orbitais atômicos
Hibridização de orbitais atômicosHibridização de orbitais atômicos
Hibridização de orbitais atômicos
Karoline Leite Cunha
 
Senso Comum e Ciência
Senso Comum e CiênciaSenso Comum e Ciência
Senso Comum e Ciência
Jorge Barbosa
 
Logica formal e_informal
Logica formal e_informalLogica formal e_informal
Logica formal e_informal
Domingos Inácio Inácio
 
Aula - Reações de polimerização
Aula - Reações de polimerizaçãoAula - Reações de polimerização
Aula - Reações de polimerização
Profª Alda Ernestina
 
Propriedades periodicas
Propriedades periodicasPropriedades periodicas
Propriedades periodicas
estead2011
 
Química Geral Aula 10
Química Geral Aula 10Química Geral Aula 10
Química Geral Aula 10
Ednilsom Orestes
 
Preformismo e Epigénese
Preformismo e Epigénese Preformismo e Epigénese
Preformismo e Epigénese
Sara Afonso
 
Escola de Frankfurt - Indústria Cultural
Escola de  Frankfurt - Indústria CulturalEscola de  Frankfurt - Indústria Cultural
Escola de Frankfurt - Indústria Cultural
Juliana Corvino de Araújo
 
Resumos filosofia 11
Resumos filosofia 11Resumos filosofia 11
Resumos filosofia 11
Dylan Bonnet
 
Os metais e as suas propriedades
Os metais e as suas propriedadesOs metais e as suas propriedades
Os metais e as suas propriedades
AnaFPinto
 
B4 exercícios 1
B4   exercícios 1B4   exercícios 1
B4 exercícios 1
Nuno Correia
 

Mais procurados (20)

6 trabalho de uma forca
6   trabalho de uma forca6   trabalho de uma forca
6 trabalho de uma forca
 
Seminários de filosofia: Sete dicas para uma boa apresentação
Seminários de filosofia: Sete dicas para uma boa apresentaçãoSeminários de filosofia: Sete dicas para uma boa apresentação
Seminários de filosofia: Sete dicas para uma boa apresentação
 
NOTAS DE AULA – RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
NOTAS DE AULA – RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS INOTAS DE AULA – RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
NOTAS DE AULA – RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
 
Trabalho completo. manipulação. helena
Trabalho completo. manipulação.   helenaTrabalho completo. manipulação.   helena
Trabalho completo. manipulação. helena
 
Efeito fotoelétrico.ppt
Efeito fotoelétrico.pptEfeito fotoelétrico.ppt
Efeito fotoelétrico.ppt
 
Aula 4 - Modelo Atômico de Bohr
Aula 4 - Modelo Atômico de BohrAula 4 - Modelo Atômico de Bohr
Aula 4 - Modelo Atômico de Bohr
 
Quimica organica
Quimica organicaQuimica organica
Quimica organica
 
Trilho de ar leis de newton
Trilho de ar leis de newtonTrilho de ar leis de newton
Trilho de ar leis de newton
 
Forças de Atrito - Fisíca
Forças de Atrito - FisícaForças de Atrito - Fisíca
Forças de Atrito - Fisíca
 
Hibridização de orbitais atômicos
Hibridização de orbitais atômicosHibridização de orbitais atômicos
Hibridização de orbitais atômicos
 
Senso Comum e Ciência
Senso Comum e CiênciaSenso Comum e Ciência
Senso Comum e Ciência
 
Logica formal e_informal
Logica formal e_informalLogica formal e_informal
Logica formal e_informal
 
Aula - Reações de polimerização
Aula - Reações de polimerizaçãoAula - Reações de polimerização
Aula - Reações de polimerização
 
Propriedades periodicas
Propriedades periodicasPropriedades periodicas
Propriedades periodicas
 
Química Geral Aula 10
Química Geral Aula 10Química Geral Aula 10
Química Geral Aula 10
 
Preformismo e Epigénese
Preformismo e Epigénese Preformismo e Epigénese
Preformismo e Epigénese
 
Escola de Frankfurt - Indústria Cultural
Escola de  Frankfurt - Indústria CulturalEscola de  Frankfurt - Indústria Cultural
Escola de Frankfurt - Indústria Cultural
 
Resumos filosofia 11
Resumos filosofia 11Resumos filosofia 11
Resumos filosofia 11
 
Os metais e as suas propriedades
Os metais e as suas propriedadesOs metais e as suas propriedades
Os metais e as suas propriedades
 
B4 exercícios 1
B4   exercícios 1B4   exercícios 1
B4 exercícios 1
 

Semelhante a Sobre as leis fundamentais que regem as forças de atrito

Aula 9 manutenção industrial
Aula 9 manutenção industrialAula 9 manutenção industrial
Aula 9 manutenção industrial
sm_carvalho
 
Tribologia
TribologiaTribologia
PROPRIEDADES DO AÇO - ESTRUTURA METALICA
PROPRIEDADES DO AÇO - ESTRUTURA METALICAPROPRIEDADES DO AÇO - ESTRUTURA METALICA
PROPRIEDADES DO AÇO - ESTRUTURA METALICA
Max Tonny Moreira
 
Lista3 materiais priscilla
Lista3 materiais priscillaLista3 materiais priscilla
Lista3 materiais priscilla
Priscilla Cibelle
 
8- Propriedades Mecanddicas_Completo.pdf
8- Propriedades Mecanddicas_Completo.pdf8- Propriedades Mecanddicas_Completo.pdf
8- Propriedades Mecanddicas_Completo.pdf
fpsuenga33
 
Aplicação de algoritmos genético e elipsoidal no
Aplicação de algoritmos genético e elipsoidal noAplicação de algoritmos genético e elipsoidal no
Aplicação de algoritmos genético e elipsoidal no
Juan Pablo Ochoa
 
Intefaces
 Intefaces Intefaces
Intefaces
 Intefaces Intefaces
Discordância
Discordância Discordância
PRORIEDADES ELÉTRICAS.pptx
PRORIEDADES ELÉTRICAS.pptxPRORIEDADES ELÉTRICAS.pptx
PRORIEDADES ELÉTRICAS.pptx
Taline Martins
 
Mecanica exercicios resolvidos
Mecanica exercicios resolvidosMecanica exercicios resolvidos
Mecanica exercicios resolvidos
wedson Oliveira
 
Aulão pré prova de física ufsm 2013
Aulão pré prova de física ufsm 2013Aulão pré prova de física ufsm 2013
Aulão pré prova de física ufsm 2013
Fabricio Scheffer
 
Caracterização física de eletrocerâmicas: uma introdução
Caracterização física de eletrocerâmicas: uma introduçãoCaracterização física de eletrocerâmicas: uma introdução
Caracterização física de eletrocerâmicas: uma introdução
SebastioJunior22
 
ESTUDO DAS PROPRIEDADES DIELÉTRICAS E ELÉTRICAS DA CERÂMICA Mg4Nb2O9 ADICIONA...
ESTUDO DAS PROPRIEDADES DIELÉTRICAS E ELÉTRICAS DA CERÂMICA Mg4Nb2O9 ADICIONA...ESTUDO DAS PROPRIEDADES DIELÉTRICAS E ELÉTRICAS DA CERÂMICA Mg4Nb2O9 ADICIONA...
ESTUDO DAS PROPRIEDADES DIELÉTRICAS E ELÉTRICAS DA CERÂMICA Mg4Nb2O9 ADICIONA...
Miranda Locem
 
Ensaios de Dureza.pdf
Ensaios de Dureza.pdfEnsaios de Dureza.pdf
Ensaios de Dureza.pdf
André Ricardo Marcondes
 
Trabalho propriedades física das rochas
Trabalho propriedades física das rochasTrabalho propriedades física das rochas
Trabalho propriedades física das rochas
Rosana Nascimento
 
Desgaste erosivo
Desgaste erosivoDesgaste erosivo
Teoria das bandas aplicada a física da matéria condensada
Teoria das bandas aplicada a física da matéria condensadaTeoria das bandas aplicada a física da matéria condensada
Teoria das bandas aplicada a física da matéria condensada
JulioTamborlim
 

Semelhante a Sobre as leis fundamentais que regem as forças de atrito (18)

Aula 9 manutenção industrial
Aula 9 manutenção industrialAula 9 manutenção industrial
Aula 9 manutenção industrial
 
Tribologia
TribologiaTribologia
Tribologia
 
PROPRIEDADES DO AÇO - ESTRUTURA METALICA
PROPRIEDADES DO AÇO - ESTRUTURA METALICAPROPRIEDADES DO AÇO - ESTRUTURA METALICA
PROPRIEDADES DO AÇO - ESTRUTURA METALICA
 
Lista3 materiais priscilla
Lista3 materiais priscillaLista3 materiais priscilla
Lista3 materiais priscilla
 
8- Propriedades Mecanddicas_Completo.pdf
8- Propriedades Mecanddicas_Completo.pdf8- Propriedades Mecanddicas_Completo.pdf
8- Propriedades Mecanddicas_Completo.pdf
 
Aplicação de algoritmos genético e elipsoidal no
Aplicação de algoritmos genético e elipsoidal noAplicação de algoritmos genético e elipsoidal no
Aplicação de algoritmos genético e elipsoidal no
 
Intefaces
 Intefaces Intefaces
Intefaces
 
Intefaces
 Intefaces Intefaces
Intefaces
 
Discordância
Discordância Discordância
Discordância
 
PRORIEDADES ELÉTRICAS.pptx
PRORIEDADES ELÉTRICAS.pptxPRORIEDADES ELÉTRICAS.pptx
PRORIEDADES ELÉTRICAS.pptx
 
Mecanica exercicios resolvidos
Mecanica exercicios resolvidosMecanica exercicios resolvidos
Mecanica exercicios resolvidos
 
Aulão pré prova de física ufsm 2013
Aulão pré prova de física ufsm 2013Aulão pré prova de física ufsm 2013
Aulão pré prova de física ufsm 2013
 
Caracterização física de eletrocerâmicas: uma introdução
Caracterização física de eletrocerâmicas: uma introduçãoCaracterização física de eletrocerâmicas: uma introdução
Caracterização física de eletrocerâmicas: uma introdução
 
ESTUDO DAS PROPRIEDADES DIELÉTRICAS E ELÉTRICAS DA CERÂMICA Mg4Nb2O9 ADICIONA...
ESTUDO DAS PROPRIEDADES DIELÉTRICAS E ELÉTRICAS DA CERÂMICA Mg4Nb2O9 ADICIONA...ESTUDO DAS PROPRIEDADES DIELÉTRICAS E ELÉTRICAS DA CERÂMICA Mg4Nb2O9 ADICIONA...
ESTUDO DAS PROPRIEDADES DIELÉTRICAS E ELÉTRICAS DA CERÂMICA Mg4Nb2O9 ADICIONA...
 
Ensaios de Dureza.pdf
Ensaios de Dureza.pdfEnsaios de Dureza.pdf
Ensaios de Dureza.pdf
 
Trabalho propriedades física das rochas
Trabalho propriedades física das rochasTrabalho propriedades física das rochas
Trabalho propriedades física das rochas
 
Desgaste erosivo
Desgaste erosivoDesgaste erosivo
Desgaste erosivo
 
Teoria das bandas aplicada a física da matéria condensada
Teoria das bandas aplicada a física da matéria condensadaTeoria das bandas aplicada a física da matéria condensada
Teoria das bandas aplicada a física da matéria condensada
 

Mais de Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies

Tecnologias a plasma: Aplicações em componentes mecânicos e metalização de pl...
Tecnologias a plasma: Aplicações em componentes mecânicos e metalização de pl...Tecnologias a plasma: Aplicações em componentes mecânicos e metalização de pl...
Tecnologias a plasma: Aplicações em componentes mecânicos e metalização de pl...
Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies
 
Nitretação de componentes mecânicos e revestimento para ferramentas de usinagem.
Nitretação de componentes mecânicos e revestimento para ferramentas de usinagem.Nitretação de componentes mecânicos e revestimento para ferramentas de usinagem.
Nitretação de componentes mecânicos e revestimento para ferramentas de usinagem.
Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies
 
Demandas industriais, desafios e tendências para a pesquisa em Engenharia de ...
Demandas industriais, desafios e tendências para a pesquisa em Engenharia de ...Demandas industriais, desafios e tendências para a pesquisa em Engenharia de ...
Demandas industriais, desafios e tendências para a pesquisa em Engenharia de ...
Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies
 
Friction Force and its Relationship to the Electrostatic Charges at Interfaces.
Friction Force and its Relationship to the Electrostatic Charges at Interfaces.Friction Force and its Relationship to the Electrostatic Charges at Interfaces.
Friction Force and its Relationship to the Electrostatic Charges at Interfaces.
Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies
 
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Diamante-CVD e Materiais Relacionados...
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Diamante-CVD e Materiais Relacionados...Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Diamante-CVD e Materiais Relacionados...
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Diamante-CVD e Materiais Relacionados...
Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies
 
On the understanding of the SuperLubricity Phenomena in Ceramic contacts.
On the understanding of the SuperLubricity Phenomena in Ceramic contacts.On the understanding of the SuperLubricity Phenomena in Ceramic contacts.
On the understanding of the SuperLubricity Phenomena in Ceramic contacts.
Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies
 
HiPIMS: technology, physics and thin film applications.
HiPIMS: technology, physics and thin film applications.HiPIMS: technology, physics and thin film applications.
HiPIMS: technology, physics and thin film applications.
Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies
 
Tribological challenges in flex fuel engines.
Tribological challenges in flex fuel engines.Tribological challenges in flex fuel engines.
Tribological challenges in flex fuel engines.
Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies
 
Mechanical, thermal, and electronic properties of transition metal dichalcoge...
Mechanical, thermal, and electronic properties of transition metal dichalcoge...Mechanical, thermal, and electronic properties of transition metal dichalcoge...
Mechanical, thermal, and electronic properties of transition metal dichalcoge...
Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies
 
Thin films seen in the light of high energy synchrotron radiation: stress and...
Thin films seen in the light of high energy synchrotron radiation: stress and...Thin films seen in the light of high energy synchrotron radiation: stress and...
Thin films seen in the light of high energy synchrotron radiation: stress and...
Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies
 
Workshop: Documentação com fotografia 3D.
Workshop: Documentação com fotografia 3D.Workshop: Documentação com fotografia 3D.
Workshop: Documentação com fotografia 3D.
Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies
 
Leonardo da Vinci: artista, engenheiro ou cientista? Uma visão de Deniol Tanaka.
Leonardo da Vinci: artista, engenheiro ou cientista? Uma visão de Deniol Tanaka.Leonardo da Vinci: artista, engenheiro ou cientista? Uma visão de Deniol Tanaka.
Leonardo da Vinci: artista, engenheiro ou cientista? Uma visão de Deniol Tanaka.
Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies
 
Surface Enginnering on Medical Devices.
Surface Enginnering on Medical Devices. Surface Enginnering on Medical Devices.
Surface Enginnering on Medical Devices.
Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies
 
Mecânica computacional de esforços de contato.
Mecânica computacional de esforços de contato.Mecânica computacional de esforços de contato.
Mecânica computacional de esforços de contato.
Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies
 
Engenharia de nanoestruturas de superfície.
Engenharia de nanoestruturas de superfície.Engenharia de nanoestruturas de superfície.
Engenharia de nanoestruturas de superfície.
Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies
 
Instituto Senai de Inovação em Engenharia de Superfícies
Instituto Senai de Inovação em Engenharia de SuperfíciesInstituto Senai de Inovação em Engenharia de Superfícies
Instituto Senai de Inovação em Engenharia de Superfícies
Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies
 
Inovação tecnológica como foco do negócio
Inovação tecnológica como foco do negócioInovação tecnológica como foco do negócio
Inovação tecnológica como foco do negócio
Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies
 
Livro eletrônico "Engenharia de Superfícies"
Livro eletrônico "Engenharia de Superfícies"Livro eletrônico "Engenharia de Superfícies"
Livro eletrônico "Engenharia de Superfícies"
Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies
 
Analytical Capabilities of a Pulsed RF Glow Discharge Plasma Source with GD-OES
Analytical Capabilities of a Pulsed RF Glow Discharge Plasma Source with GD-OESAnalytical Capabilities of a Pulsed RF Glow Discharge Plasma Source with GD-OES
Analytical Capabilities of a Pulsed RF Glow Discharge Plasma Source with GD-OES
Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies
 
Ano 3 da seção UCS do Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies.
Ano 3 da seção UCS do Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies.Ano 3 da seção UCS do Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies.
Ano 3 da seção UCS do Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies.
Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies
 

Mais de Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies (20)

Tecnologias a plasma: Aplicações em componentes mecânicos e metalização de pl...
Tecnologias a plasma: Aplicações em componentes mecânicos e metalização de pl...Tecnologias a plasma: Aplicações em componentes mecânicos e metalização de pl...
Tecnologias a plasma: Aplicações em componentes mecânicos e metalização de pl...
 
Nitretação de componentes mecânicos e revestimento para ferramentas de usinagem.
Nitretação de componentes mecânicos e revestimento para ferramentas de usinagem.Nitretação de componentes mecânicos e revestimento para ferramentas de usinagem.
Nitretação de componentes mecânicos e revestimento para ferramentas de usinagem.
 
Demandas industriais, desafios e tendências para a pesquisa em Engenharia de ...
Demandas industriais, desafios e tendências para a pesquisa em Engenharia de ...Demandas industriais, desafios e tendências para a pesquisa em Engenharia de ...
Demandas industriais, desafios e tendências para a pesquisa em Engenharia de ...
 
Friction Force and its Relationship to the Electrostatic Charges at Interfaces.
Friction Force and its Relationship to the Electrostatic Charges at Interfaces.Friction Force and its Relationship to the Electrostatic Charges at Interfaces.
Friction Force and its Relationship to the Electrostatic Charges at Interfaces.
 
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Diamante-CVD e Materiais Relacionados...
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Diamante-CVD e Materiais Relacionados...Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Diamante-CVD e Materiais Relacionados...
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Diamante-CVD e Materiais Relacionados...
 
On the understanding of the SuperLubricity Phenomena in Ceramic contacts.
On the understanding of the SuperLubricity Phenomena in Ceramic contacts.On the understanding of the SuperLubricity Phenomena in Ceramic contacts.
On the understanding of the SuperLubricity Phenomena in Ceramic contacts.
 
HiPIMS: technology, physics and thin film applications.
HiPIMS: technology, physics and thin film applications.HiPIMS: technology, physics and thin film applications.
HiPIMS: technology, physics and thin film applications.
 
Tribological challenges in flex fuel engines.
Tribological challenges in flex fuel engines.Tribological challenges in flex fuel engines.
Tribological challenges in flex fuel engines.
 
Mechanical, thermal, and electronic properties of transition metal dichalcoge...
Mechanical, thermal, and electronic properties of transition metal dichalcoge...Mechanical, thermal, and electronic properties of transition metal dichalcoge...
Mechanical, thermal, and electronic properties of transition metal dichalcoge...
 
Thin films seen in the light of high energy synchrotron radiation: stress and...
Thin films seen in the light of high energy synchrotron radiation: stress and...Thin films seen in the light of high energy synchrotron radiation: stress and...
Thin films seen in the light of high energy synchrotron radiation: stress and...
 
Workshop: Documentação com fotografia 3D.
Workshop: Documentação com fotografia 3D.Workshop: Documentação com fotografia 3D.
Workshop: Documentação com fotografia 3D.
 
Leonardo da Vinci: artista, engenheiro ou cientista? Uma visão de Deniol Tanaka.
Leonardo da Vinci: artista, engenheiro ou cientista? Uma visão de Deniol Tanaka.Leonardo da Vinci: artista, engenheiro ou cientista? Uma visão de Deniol Tanaka.
Leonardo da Vinci: artista, engenheiro ou cientista? Uma visão de Deniol Tanaka.
 
Surface Enginnering on Medical Devices.
Surface Enginnering on Medical Devices. Surface Enginnering on Medical Devices.
Surface Enginnering on Medical Devices.
 
Mecânica computacional de esforços de contato.
Mecânica computacional de esforços de contato.Mecânica computacional de esforços de contato.
Mecânica computacional de esforços de contato.
 
Engenharia de nanoestruturas de superfície.
Engenharia de nanoestruturas de superfície.Engenharia de nanoestruturas de superfície.
Engenharia de nanoestruturas de superfície.
 
Instituto Senai de Inovação em Engenharia de Superfícies
Instituto Senai de Inovação em Engenharia de SuperfíciesInstituto Senai de Inovação em Engenharia de Superfícies
Instituto Senai de Inovação em Engenharia de Superfícies
 
Inovação tecnológica como foco do negócio
Inovação tecnológica como foco do negócioInovação tecnológica como foco do negócio
Inovação tecnológica como foco do negócio
 
Livro eletrônico "Engenharia de Superfícies"
Livro eletrônico "Engenharia de Superfícies"Livro eletrônico "Engenharia de Superfícies"
Livro eletrônico "Engenharia de Superfícies"
 
Analytical Capabilities of a Pulsed RF Glow Discharge Plasma Source with GD-OES
Analytical Capabilities of a Pulsed RF Glow Discharge Plasma Source with GD-OESAnalytical Capabilities of a Pulsed RF Glow Discharge Plasma Source with GD-OES
Analytical Capabilities of a Pulsed RF Glow Discharge Plasma Source with GD-OES
 
Ano 3 da seção UCS do Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies.
Ano 3 da seção UCS do Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies.Ano 3 da seção UCS do Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies.
Ano 3 da seção UCS do Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies.
 

Sobre as leis fundamentais que regem as forças de atrito

  • 1. Sobre as leis fundamentais que regem as forças de atrito Prof. Carlos A. Figueroa Laboratório de Caracterização de Superfícies em NanoEscala Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciências dos Materiais Área do Conhecimento de Ciências Exatas e Engenharias Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, RS, Brasil.
  • 2. Mas, o que seriam as forças de atrito? Definição: Atrito é a força de resistência ao movimento relativo de superfícies sólidas, camadas fluídas e elementos materiais se deslizando um contra o outro.
  • 3. E sem forças de atrito, aconteceria isto aqui: Uma simples caminhada não aconteceria sem as forças de atrito!
  • 4. http://climate.nasa.gov/climate_resources/139/ CAI, M. et al. 2013// 2013. 75% da energia mundial é produzida a partir de combustíveis fósseis; Preocupações globais: • a solução para escassez energética; • a redução da emissão de gases do efeito estufa no que condiz as rígidas normas de regulamentação ambiental; Anomalias da temperatura global de 1947 e 2015. Mas, por que estudar as forças de atrito?
  • 5. Soluções: Fontes de energias alternativas; Melhora da eficiência energética; O caminho de maior eficiência energética: pesquisa e desenvolvimento em engenharia e ciência de superfícies (por exemplo, atrito). Perdas energéticas na transferência de movimento: fenômenos tribológicos HOLMBERG, K. et al. 2014. TAYLOR, R. I. 2012. Mas, por que estudar as forças de atrito?
  • 6. Primeiros tribólogos: Leonardo da Vinci, Guillaume Amontons (1663-1705), John Theophilius Desanguliers (1683-1744), Leonard Euler (1707-1783) e Charles-Augustin Coulomb (1736- 1806). Trabalhos do Leonardo da Vinci sobre a resistência ao movimento em termos estáticos e dinâmicos
  • 7. Guillaume Amontons (1663-1706) 1ª Lei do Atrito: A força de atrito é proporcional à força normal; e 2ª Lei do Atrito: A força de atrito é independente da área aparente de contato. Charles-Augustin de Coloumb (1736-1806) 3ª Lei do Atrito: A força de atrito é independente da velocidade de deslizamento. http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0020768315000323 Outras teorias surgiram baseadas na mecânica de contato (~ 1950) Bowden e Tabor. tensão de cisalhamento das asperezas raio da curvatura das asperezas módulo de Young reduzido Um pouco de história das leis do atrito (todas fenomenológicas):
  • 8. Correlaciona o fenômeno de atrito cinético macroscópico com eventos de desgaste em nanoescala (simulação teórica): (*)S. J. Eder et al. Phys. Rev. Let., 115 (2015) 025502 Termo de Derjaguin Lei de Amontons-Coulomb Força de atrito Termo de Bowden-Tabor A mais nova expressão para força de atrito cinético (fenomenológica)(*):
  • 9. Fenômeno de atrito. Indo do macro ao nano: O desafio passa por interpretar as propriedades macroscópicas que determinam o coeficiente de atrito com os conceitos básicos como forças de atração e repulsão, rigidez e energia de ligação química, fônons, banda eletrônica, etc. Razão q(carga)/r(raio) e coeficiente de atrito vs. tipo de óxido(*) Lembram de Química Inorgânica? (*) A. Erdemir, Surf. Coat. Techn. 200 (2005) 1792.
  • 10. Fenômeno de atrito. Indo do macro ao nano (*): (*) Y. Mo et al., Nature 457, 1116–1119 (2009). R. J. Cannara et al., Science 780-783 (2007) 318. Um nano-mundo fascinante!
  • 11. Os modelos do fenômeno de atrito em nanoescala(*): Contribuições (ou interpretação) fonônicas do fenômeno de atrito É um trabalho de microscopia de força atômica...é a camada mais externa. Não uma interação com o volume do material. (*) R. J. Cannara et al., Science 780-783 (2007) 318.
  • 12. Aqui estão os fônons! Os fônons são oscilações coletivas em uma arranjo periódico e elástico de átomos ou moléculas em estado sólido e em alguns líquidos. O fônon é uma descrição mecano-quântica de um movimento vibracional elementar no qual uma célula unitária de átomos ou moléculas oscila uniformemente em uma frequência determinada. Em mecânica clássica, essa oscilação é conhecida como modo normal. Enquanto um modo normal possui uma interpretação de fenômeno ondulatório, o fônon possui propriedades de onda e partícula, uma dualidade típica da mecânica quântica.
  • 13. A supercondutividade diminui o coeficiente de atrito em metais(1,2) Energia requerida para quebrar um par de Cooper ∼ 10-4 eV Energia típica dos fônons acústicos ∼ 10-6 eV Contribuição via estados eletrônicos: Nb supercondutor Modelo de amortecimento ôhmico (1)J. Krim, Adv. in Phys. 155-323 (2012) 61. (2)M. Kisiel et al., Nature Mat. 119-122 (2011) 10.
  • 14. (*) T. A. L. Burgo et al., Sci. Rep. 3 (2013) 2384. Cargas eletrostáticas em polímeros (PTFE) podem controlar o coeficiente de resistência ao rolamento (CoRR).(*) Bolinhas de vidro = superfície hidrofílica Bolinhas de vidro silanizadas = superfície hidrofóbica Contribuições via cargas eletrostáticas:
  • 15. Contribuições (ou interpretação) fonônicas do fenômeno de atrito(*) (*) R. J. Cannara et al., Science 780-783 (2007) 318.
  • 16. A energia dissipada depende da frequência de vibração das ligações químicas na superfície do material. Essa energia dissipada se traduz em atrito. Contribuições (ou interpretação) fonônicas do fenômeno de atrito(*) (*) R. J. Cannara et al., Science 780-783 (2007) 318.
  • 17. Contribuições (ou interpretação) fonônicas do fenômeno de atrito
  • 18. Contribuições (ou interpretação) fonônicas do fenômeno de atrito(*): Dentro do erro experimental, parece não existir uma dependência entre a força de atrito e a massa do elemento absorvido. (*) Y. Mo et al., PRB 80 (2009) 155438
  • 19. Contribuições (ou interpretação) fonônicas do fenômeno de atrito(*): Crítica ao trabalho anterior (Science): resistência ao cisalhamento depende da porcentagem de superfície coberta pelos elementos absorvidos/ligados. (*) Y. Mo et al., PRB 80 (2009) 155438
  • 20. Contribuições (ou interpretação) fonônicas do fenômeno de atrito: Novos resultados que podem vir a encerrar a discussão
  • 21. Contribuições (ou interpretação) fonônicas do fenômeno de atrito: composição do material(*) (*) S. R. S. Mello et al., Sci. Rep. 7 (2017) 3242.
  • 22. Deslizamento unidirecional Medição da força de atrito por contato mecânico(*): d = profundidade na ordem dos nanometros (20 a 500 nm) Pontas cônicas com raios de 10 e 25 µm (LACASUNE) Força tangencial (de atrito) medida por uma célula de carga (*) S. R. S. Mello et al., Sci. Rep. 7 (2017) 3242.
  • 23. Mudança da força de atrito com o conteúdo de deutério(*) (*) S. R. S. Mello et al., Sci. Rep. 7 (2017) 3242.
  • 24. (*) S. R. S. Mello et al., Sci. Rep. 7 (2017) 3242. Comparativa com modelos de dissipação fonônica(*) Nosso trabalho concorda com os resultados obtidos por AFM (Science)
  • 25. Coming soon! Interações elétricas nas forças de atrito de filmes finos de a-C:H!
  • 26. Coming soon! 0 10 20 30 40 50 60 1 2 3 4 Polarizability(α),x10 -24 cm 3 Number of electrons Forças de van der Waals nas interações entre átomos de gases nobres He a-C:H (+ H e - C) 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 3.6 3.7 3.8 3.9 4.0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 Coefficientfriction,µ Number of electrons Forças de van der Waals determinando o atrito em filmes de a-C:H? Xe a-C:H (- H e + C) p = α E
  • 27. Epílogo do seminário copiado de:
  • 28. Finalmente, quero agradecer ao Grupo Epipolé, que faz acontecer toda esta magia!