2. Por meio da linguagem, realizamos diferentes ações:
transmitimos informações
tentamos convencer o outro a fazer (ou dizer) algo
assumimos compromissos
ordenamos, pedimos
demonstramos sentimentos
construímos representações mentais sobre nosso mundo
Qual o objetivo de um texto?
3. Diferenciar que objetivo predomina em cada
situação de comunicação auxilia a compreender
melhor o que foi dito.
As funções da linguagem estão centradas nos
elementos da comunicação.
Lembre-se:
4. Emissor - emite, codifica a mensagem
Receptor - recebe, decodifica a mensagem
Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor
Referente - contexto relacionado a emissor e receptor;
assunto
Código - conjunto de signos usado na transmissão e
recepção da mensagem
Canal - meio pelo qual circula a mensagem
Elementos da comunicação
5. Toda comunicação apresenta uma
variedade de funções, mas elas se
apresentam hierarquizadas, sendo uma
dominante, de acordo com o enfoque que
o destinador quer dar ou do efeito que
quer causar no recebedor.
As funções da linguagem são as
seguintes:
Qual o objetivo de um texto?
6. Função emotiva (ou expressiva)
Centralizada no emissor, revela sua opinião, sua
emoção.
Nela prevalece a 1ª pessoa do singular, interjeições e
exclamações.
É a linguagem das biografias, memórias, poesias líricas
e cartas de amor.
Ex.: “Estou tendo agora uma vertigem. Tenho um pouco
de medo. A que me levará minha liberdade? O que é
isto que estou te escrevendo? Isto me deixa solitária”.
Funções da Linguagem
8. Função Emotiva
Observe que este texto está centrado na
expressão dos sentimentos, emoções e
opiniões de um eu-lírico. É um texto
subjetivo, pessoal. Perceba que o destaque
dado ao emissor é reforçado pela
presença de verbos e pronomes na
primeira pessoa: “Às vezes me pinto
nuvem”. Os textos líricos que expressam o
estado de alma do emissor exemplificam a
função emotiva da linguagem.
9. Função referencial (ou denotativa)
Centralizada no referente, quando o emissor procura
oferecer informações da realidade.
Objetiva, direta, denotativa, prevalecendo a 3ª pessoa
do singular.
Usada nas notícias de jornal e livros científicos,
descrições de fatos.
Ex.: Em 1665¸ Londres foi assolada pela peste negra
(peste bubônica) que dizimou grande parte de sua
população, provocando a quase total paralisação da
cidade e acarretando o fechamento de repartições
públicas.
Funções da Linguagem
11. Função Referencial
Observe que o objetivo do texto é
simplesmente o de informar ao leitor, com o
máximo de clareza, o que é o cravo da pele
e como ele se constitui. A ênfase, portanto, é
dada ao conteúdo, às informações. Os
textos cuja linguagem têm função
referencial são dotados de objetividade,
uma vez que visam informar, traduzir ou
explicar fatos da realidade.
12. Função apelativa (ou conativa)
Centraliza-se no receptor; o emissor procura influenciar
o comportamento do receptor.
Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso
de “tu” e “você”, além de verbos no imperativo.
Usada nos discursos, sermões e propagandas que se
dirigem diretamente ao consumidor.
Ex.: Meu estimado povo. Que as bênçãos de Deus,
senhor todo-onipotente, desçam sobre vocês.
Funções da Linguagem
15. Função fática
Centralizada no canal da comunicação.
Testa a sua eficiência, a fim de observar se o receptor
entendeu o emissor.
Linguagem das falas telefônicas, saudações e similares.
Ex.: Alô, Pedro! Tô passando aí pra te pegar, ok? Tá me
ouvindo? Alô!!
Funções da Linguagem
17. Função Fática
Observe que a preocupação do emissor é
manter contato com o destinatário, testando o
canal de comunicação. As falas do professor
têm uma função fática, para saber se Beto
está atento. O mesmo ocorre com o famoso
“plim! plim!” da Rede Globo, que tem a função
de chamar a atenção do espectador (que se
“distraiu” durante o intervalo comercial) para o
canal, no caso, a televisão.
18. Função poética
Centralizada na mensagem, revelando recursos
imaginativos criados pelo emissor.
Valorizam-se as palavras e suas combinações.
É a linguagem figurada apresentada em obras literárias,
letras de música e em algumas propagandas.
Ex.: Moça do corpo dourado/ Do sol de lpanema/ O seu
balançado é mais que um poema/ É a coisa mais linda
que eu já vi passar...
Funções da Linguagem
19. Função metalingüística
Centralizada no código, usa a linguagem para falar dela
mesma.
A poesia que fala da poesia, um texto que comenta
outro texto, palavras que explicam o significado de outra
palavra, escrever sobre o ato de escrever, falar sobre o
ato de falar.
Ex.: protuberância s.f do Lat. *protuberantia, de
protuberare, fazer bojo; saliência; parte saliente;
elevação. excrescência, bossa; apófise.
Funções da Linguagem
20. Funções da linguagem
As funções da linguagem não existem isoladas em
predominando,
cada texto. Embora
elas
uma delas acabe
convivem, mesclam-se,
entrecruzam-se o tempo todo, obtendo-se de suas
combinações os mais diferentes efeitos. O
importante é saber qual a função predominante no
texto, para então defini-lo.
23. Questão 1 – Analise o fragmento e identifique quais as funções da
linguagem predominantes:
“O que o poeta quer dizer
no discurso não acaba
e se o diz é pra saber
o que ainda não acaba.”
Ferreira Gullar
A) Conativa e fática
B) Referencial e metalinguística
C) Conativa e poética
D) Referencial e fática
E) Metalinguística e poética
24. 2. (ENEM – Inep)
A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se desenvolvem os seres vivos, divide-se em
unidades menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma floresta, um deserto e até um
lago. Um ecossistema tem múltiplos mecanismos que regulam o número de organismos dentro
dele, controlando sua reprodução, crescimento e migrações.
DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
Predomina no texto a função da linguagem:
A) emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em relação à ecologia.
B) fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de comunicação
C) poética, porque o texto chama a atenção para os recursos de linguagem.
D) conativa, porque o texto procura orientar comportamentos do leitor.
E) referencial, porque o texto trata de noções e informações conceituais.
25. 3. ENEM – Inep)
Texto I
Ser brotinho não é viver em um píncaro azulado; é muito mais! Ser brotinho é sorrir bastante
dos homens e rir interminavelmente das mulheres, rir como se o ridículo, visível ou invisível,
provocasse uma tosse de riso irresistível.
CAMPOS, Paulo Mendes. Ser brotinho. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos (Org.). As cem
melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. p. 91.
Texto II
Ser gagá não é viver apenas nos idos do passado: é muito mais! É saber que todos os amigos
já morreram e os que teimam em viver são entrevados. É sorrir, interminavelmente, não por
necessidade interior, mas porque a boca não fecha ou a dentadura é maior que a arcada.
FERNANDES, Millôr. Ser gagá. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos (Org.). As cem melhores
crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. p. 225.
Os textos I e II utilizam os mesmos recursos expressivos para definir as fases da
vida de uma pessoa. Tal afirmação é confirmada pelo uso de:
A) expressões coloquiais com significados semelhantes.
B) afirmações enfáticas no aspecto contraditório da vida dos seres humanos.
C) recursos específicos de textos escritos em linguagem formal.
D) termos denotativos que se realizam com sentido objetivo.
E) metalinguagem que explica com humor o sentido de palavras.
26. 4. (UEMG-2006)
Assinale a alternativa em que o(s) termo(s) em negrito do fragmento citado NÃO
contém (êm) traço(s) da função emotiva da linguagem.
A. Os poemas (infelizmente!) não estão nos rótulos de embalagens nem
junto aos frascos de remédio.
B. A leitura ganha contornos de “cobaia de laboratório” quando sai de
sua significação e cai no ambiente artificial e na situação inventada.
C. Outras leituras significativas são o rótulo de um produto que se vai
comprar, os preços do bem de consumo, o tíquete do cinema, as placas do
ponto de ônibus (…)
D. Ler e escrever são condutas da vida em sociedade. Não são ratinhos
mortos(…) prontinhos para ser desmontados e
montados, picadinhos (…)
27. 5. Desabafo
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá.
Não tem como disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa
da sala que esqueci ontem à noite. Seis recados para serem respondidos na secretária
eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou
zangado.
CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento).
Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções
da linguagem, com o predomínio, entretanto, de uma sobre as outras. No
fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem predominante é a
emotiva ou expressiva, pois
A) o discurso do enunciador tem como foco o próprio código.
B) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito.
C) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem.
D) o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais.
E) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação.
28. 6. “A pandemia do Coronavírus tem, certamente, modificado muito dos nossos
hábitos. Neste novo normal, a tecnologia, que já vinha ocupando um espaço
significativo nas relações humanas, passou a ser o centro das comunicações e a unir
a sociedade de um modo nunca visto antes.”
O contexto acima apresenta:
A) Função fática.
B) Função metalinguística.
C) Função conativa.
D
D) Função referencial