A obra rara "O suicida salvo pelo amor e pela amisade", de Antonio José Domingues é uma literatura sul-rio-grandense do século XIX, publicada pela Tipografia Brasiliense de Maximiano Gomes Ribeiro no Rio de Janeiro (sic). Pertencente à Biblioteca Central da Universidade de Caxias do Sul, o livro restaurado apresenta um trecho em prosa direcionado "Ao leitor" onde Domingues esclarece o propósito de seus escritos quando versa sobre o suicídio de seu vizinho que acreditou ser abandonado por Deus e pelos homens e "alta noite cerceou a carótida innundando de sangue a digna e amantissima esposa, que ao lado lhe dormia" (p. 3). Vaz (2006) afirma que a obra é definida como uma "larga introdução filosófica-cristã em prosa".

1. O suicida salvo pelo amor
e pela amisade
A N T O N I O J O S É
D O M I N G U E S
Obra Rara
1858

2. A obra rara "O suicida salvo pelo amor e pela
amisade" de Antonio José Domingues é uma
literatura sul-rio-grandense do século XIX,
publicada pela Tipografia Brasiliense de
Maximiano Gomes Ribeiro no Rio de Janeiro.

3. Pertencente à Biblioteca Central
da Universidade de Caxias do
Sul, o livro restaurado
apresenta um trecho em prosa
direcionado "Ao leitor" onde
Domingues esclarece o propósito
de seus escritos quando versa
sobre o suicídio de seu vizinho
que acreditou ser abandonado por
Deus e pelos homens e "alta
noite cerceou a carótida
innundando de sangue a digna e
amantissima esposa, que ao lado
lhe dormia" (p. 3). Vaz (2006)
afirma que a obra é definida
como uma "larga introdução
filosófica-cristã em prosa".

4. O autor nasceu em Lisboa em 1791 e foi
um poeta luso-brasileiro que fez seus
estudos primário e secundário em
Portugal e em 1808 estabeleceu-se no
Brasil, mesmo ano da vinda da família
real portuguesa para o país.
No Rio de Janeiro cursou farmácia e
exerceu sua profissão por algum tempo. No
Rio Grande do Sul morou em Santo Antônio
da Patrulha, Pelotas e Rio Grande,
destacando-se como latinista, poeta,
professor público sendo um importante
monarquista.
Antonio José
Domingues
1791 - 1860

5. Foi um dos primeiros
colaboradores de O Pelotense,
o primeiro jornal da cidade de
Pelotas instituído em 1851
pelo português Cândido Augusto
de Melo, também fundador de
outros quatro: O Rio-
Grandense, O Artilheiro, a
Rosa Brasileira, e A Imprensa,
ambos do século XIX e
importantes para a história da
imprensa no Brasil.

6. Na Bibliotheca Rio-
Grandense, encontra-se o
livro Discurso recitado em
6 de março de 1856 de
Domingues, publicado pela
Tipografia Berlink em Rio
Grande em 1856 e também no
Arquivo Histórico do Rio
Grande do Sul acha-se um
poema manuscrito do autor.

7. Outras obras relevantes de Antonio José Domingues são:
"Ao hospital de caridade no dia de sua instalação no
Rio Grande, em 24 de junho de 1832", sem publicação
impressa até 1852
"Coleção das poesias ao muito alto d. Pedro II",
publicado na Tipografia de Candido Augusto de Mello, em
1852
"Epicédio", publicado na antologia "Mausoléu levantado
à memória da excelsa rainha de Portugal, D. Estefânia",
organizada por Bernardino Xavier Pinto de Souza em
1860.

8. Seu falecimento em Pelotas
confirmou-se através do
Jornal O Brado do Sul, cujos
exemplares estão
microfilmados na Biblioteca
Nacional, esclarecendo
rumores duvidosos sobre a
data de sua morte no ano de
1860.

9. Fontes
GAUTÉRIO, Rosa Cristina Hood. A crônica nos periódicos sulinos
no século XIX. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISADORES DE
PERIÓDICOS LITERÁRIOS: percursos e propostas, 4., 2010, Feira
de Santana. Anais... Feira de Santana: Uefs, 2010. p. 309-320.
VAZ, Artur Emilio Alarcon. A lírica de imigrantes portugueses
no Brasil Meridional (1832-1922). 273 f. Tese (Doutorado em
Literatura Comparada, História e Memória Cultural)
Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Letras.
Belo Horizonte, 2006.
http://www.fontes.furg.br/index.php/dicionario/21-
bioantoniojosedomingues

10. Texto elaborado por:
Elisiane da Silva Soares
Editoração:
Isabella Daneluz
Revisão e Colaboração:
Ana Guimarães Pereira e Paula Fernanda Fedatto Leal
DOMINGUES, Antonio José. O suicida salvo pelo amor e pela
amisade. Rio de Janeiro, RJ: Typ. Brasiliense de Maximiano
Gomes Ribeiro, 1858.