A garça e a serpente: romance, de Francisco Costa, publicada em 1945.
Na obra o autor aborda questões religiosas, além de ter uma preocupação especial em tratar de temas atuais, sem procurar tornar idílico o que de fato não pode ser, acaba dando ressurreição às coisas, sobre as quais a rotina exerce, dia a dia, um trabalho de desgaste e esquecimento.
2. Compondo a seção de Obras Raras da
Universidade de Caxias do Sul,
encontra-se a segunda edição da obra
“A garça e a serpente: romance” de
Francisco Costa, publicada no ano de
1945. Esse livro é um exemplar
restaurado, com tiragem especial de
210 exemplares em papel inglês,
pluma (nº 91).
3. Escritor genuinamente sintrense, pois ele nasceu, casou, viveu,
trabalhou e morreu em Sintra, no dia 2 de abril de 1988. Foi durante
muitos anos contabilista na Adega Regional de Colares e, no ano de
1939, transitou para a Câmara Municipal de Sintra, onde fundou a
Biblioteca e o Arquivo Municipal, no Palácio Valenças.
Após convalescença devido à febre pneumônica, publica o seu
primeiro livro de poemas, intitulado “Pó”, em 1920, recebendo
louvores críticos de Ferreira de Castro. Posteriormente, em 1925,
publica “Verbo Austero”, que colhe os favores de Fidelino de
Figueiredo, crítico literário classicista, e de Fernando Pessoa, que
lhe pede alguns poemas para a sua revista Athena. Neste livro, é
publicado o soneto ”Cruz Alta” , inscrito no cume da Serra da
Sintra.
Francisco Costa
1900-1988
4. Abandonando a
poesia, em que
regressará
apenas em 1987,
redigindo a
“Última
Colheita”; passa
a escrever
romances, como:
“A Garça e a Serpente” (1943)
que foi galardoado com o Prêmio
Literário Eça de Queirós
“Primavera Cinzenta” (1944), a
conferência “Velhice do
Modernismo”(1945)
“Eça visto por si próprio”(1945),
“Revolta de Sangue” (1946)
“Cárcere Invisível” (1949)
que atinge a maestria narrativa,
tendo por ele recebido o prêmio
literário Ricardo Malheiros da
Academia das Ciências de Lisboa.
5. Já na década de 50 publicou
"Essência e Existência do
Romance" (1953)
Trilogia que tem como título geral
“Em Busca do Amor Perdido:
Acorde Imperfeito” (1954),
“Nocturno Agitado” (1955) e
“Cântico em Tom Maior” (1955).
Em 1964, publica “Escândalo na
Vila” e, em 1973, “Promontório
Agreste”.Francisco Costa. Fonte: Blog A Casa de Sarto
6. Na obra “A garça e a serpente:
romance.”, o autor aborda questões
religiosas, além de ter uma
preocupação especial em tratar de
temas atuais, sem procurar tornar
idílico o que de fato não pode ser,
acaba dando ressurreição às coisas,
sobre as quais a rotina exerce, dia a
dia, um trabalho de desgaste e
esquecimento.
7. Essa obra é um romance sobre um
bancário melancólico e descrente,
Manuel, que vive entre dois amores:
Albertina, a “insinuante serpente”, e
Ana, a “doce garça”. Manuel vai para
a África e quando regressa ambas
estão casadas. A sua vida será
envolvida numa série de problemas e
questões de honra, emoções e dramas
humanos até que ele desperta para
valores mais altos se entregando a
Deus como humilde servidor.
9. COSTA, Francisco. A garça e a serpente: romance. 2. ed. Lisboa,
Portugal: Parceria Antonio Maria Pereira, 1945. 419 p.
Texto elaborado por:
Tauana Borges Andreola
Editoração:
Isabella Daneluz
Revisão e Colaboração:
Ana Guimarães Pereira e Paula Fernanda Fedatto Leal