O documento descreve um livro de 1893 chamado "A Revolução do Rio Grande do Sul: suas causas e seus efeitos", escrito por Múcio Teixeira. O livro aborda a história da Revolução Farroupilha no Rio Grande do Sul entre 1835-1845 e é dividido em duas partes cobrindo os eventos antecedentes e durante a revolução. O documento também fornece detalhes biográficos sobre o autor Múcio Teixeira.
2. Localiza-se na Seção de obras
raras da Biblioteca Central da
Universidade de Caxias do Sul
dois exemplares de A revolução
do Rio Grande do Sul: suas
causas e seus efeitos. O ex. 1
encontra-se com efeitos
acentuados da acidez do papel e
encadernação em brochura, sem
capa. O segundo exemplar está
restaurado e conta com
encadernação em capa dura.
3. A obra do campo da
historiografia aborda os
aspectos do Estado do Rio
Grande do Sul, desde sua
geografia até dados
meteorológicos. Divide-se
em duas partes, sendo elas:
Vistas retrospectivas: retrata
os principais atuantes da
Revolução do Rio Grande do
Sul, como Gaspar Martins e
Júlio de Castilhos, assim como
o histórico do partido liberal.
Do nosso 89 ao nosso 93:
refere-se aos atos que
antecedem a Revolução de
1893.
4. Múcio Scevola Lopes Teixeira,
nasceu em Porto Alegre no dia 13
de setembro de 1858, filho de
Manoel Lopes Teixeira e Maria
José Sampaio, sua mãe mudou-se
para o Rio de Janeiro para residir
junto a parentes na Corte Imperial.
“Amigo particular do Imperador
Pedro II, em cujo palacio residira,
como hospede, de 1885 a 1888.”
(BLAKE, 1970, v. 6, p. 301)
5. Além de escritor, jornalista,
teatrólogo, tradutor e poeta, foi
também secretário da presidência
do Espírito Santo em 1880 e
cônsul geral do Brasil na
Venezuela.
Em 1890 foi eleito presidente do
Banco Brasileiro, durante a
revolução federalista residiu no
Rio Grande do Sul mudando-se
para a Bahia em 1896 onde foi
diretor da redação de debates da
assembleia.
Voltou ao Rio de Janeiro em
1899, foi condecorado com
diversas ordens nacionais e
estrangeiras, membro de vários
institutos científicos e literários de
diversos países, também foi sócio
titular do Liceu de artes e ofícios
do Rio de Janeiro.
6. Durante sua trajetória no meio literário
criticou e sofreu críticas, de acordo com
Rubenio Marcelo da Academia de Letras
de Minas Gerais, Múcio Teixeira em
meados de 1880 já era considerado o
maior poeta de sua geração e isso pode ter
gerado o silêncio conspiratório de seus
adversários, em outro momento Rubenio
também relata como o nome de Múcio
Teixeira foi omitido ao enviarem as obras
dos poetas a serem comentadas e
divulgadas no Diário Mercantil de SP.
7. Segundo Generino dos Santos:
“operosíssimo polígrafo, por si só,
valia todo o parnaso brasileiro,
que, em vida, lhe moveu guerra de
silêncio”. Escrevia em
francês,inglês, alemão, italiano,
castelhano e esperanto. Conhecia
também grego, latim e hebraico.
8. Em seus últimos anos
de vida publicou
com o pseudônimo
de “Barão Ergonte”
obras que se
voltavam ao
misticismo. Faleceu
no Rio de Janeiro em
decorrência de
pneumonia no
inverno de 1926.
9. Algumas de suas obras:
Vozes trêmulas (1873) com
apenas 15 anos
Violetas (1875)
Sombras e Clarões (1877)
Flôr de um dia (1878)
Fausto e Margarida (1878)
O Inferno Político (1879)
Cérebro e Coração (1879)
Novos Ideaes (1880)
A Virtude no Crime (1881)
Memorias (1881)
A Canôa da Escravidão (1882)
O Tribuno-Rei (1882)
Prismas e vibrações (1882)
Hugonianas (1885)
Poesias e Poemas (1888)
Vida e obra de Castro Alves (1896)
10. BLAKE, Sacramento. Diccionario bibliographico brazileiro. Rio de
Janeiro: Typographia Nacional, 1970, v. 7.
VILLA-LOBOS, Raul. A Revolução Federalista no Rio Grande do
Sul: documentos e commentarios. Rio de Janeiro: Laemmert & C., 1897.
http://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/242361
https://pt.wikisource.org/wiki/Autor:Raul_Villa-Lobos
Fontes
11. TEIXEIRA, Múcio. A revolução do Rio Grande do Sul: suas causas e seus
efeitos. Porto Alegre: Typ. do Jornal do Commercio, 1893.
Texto, fotos e editoração:
Isabella Daneluz
Revisão e Colaboração:
Ana Guimarães Pereira
Márcia Servi Gonçalves