O documento discute o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), descrevendo seus sintomas, causas, diagnóstico e tratamento. O TDAH é um transtorno neurobiológico que afeta a atenção, hiperatividade e impulsividade e costuma acompanhar o indivíduo por toda a vida. O diagnóstico é realizado por neurologistas e o tratamento é multimodal, envolvendo medicamentos, terapia e estratégias comportamentais.
3. O que é o TDAH?
Transtorno neuro-biológico, de causas
genéticas, que aparece na infância e
freqüentemente acompanha o indivíduo por
toda a sua vida. Ele se caracteriza por
sintomas de desatenção, inquietude e
impulsividade. Ele é chamado às vezes de
DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). (1)
(1) http://www.tdah.org.br/
4. Principais Sintomas
● Falta de atenção;
● Hiperatividade;
● Impulsividade;
● Insônia;
● Agitação;
● Desorganização
● Comportamento inadequado;
6. Diagnóstico
Normalmente o transtorno é observado em crianças na
fase escolar
O diagnóstico é realizado por um neurologista utilizando o
"Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders –
DSM"
Os sintomas devem ocorrer por um período de tempo
superior a 6 meses e não devem se manifestar em locais
específicos (por exemplo, somente na escola)
Não cabe ao professor realizar o diagnóstico, mas é seu
papel alertar a família da criança sobre o assunto
7. Incidência
Dependendo dos estudos, estima-se que a
TDAH possa atingir de 3% a 12% das crianças
do mundo.
No período de 2000 a 2005 o tratamento
aumentou 11% ao ano.
O transtorno é muito mais frequente no sexo
masculino, variando de 4:1 a 9:1.
8. Tratamento
O tratamento do TDAH deve ser multimodal, ou
seja, uma combinação de medicamentos,
orientação aos pais e professores, além de
técnicas que são ensinadas ao portador.
Plano de ação, com prioridades e objetivos de
curto e longo prazo
Terapia Cognitivo Comportamental
(psicólogos)
9. TDAH e comorbidades
Comorbidade
é um termo usado para
descrever a ocorrência
simultânea de dois
ou mais problemas de
saúde etiologicamente
relacionados em um
mesmo indivíduo.
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10. TDAH e comorbidades
Certas alterações na
estruturação e
desenvolvimento cerebral
que inicialmente estão
relacionadas à manifestação
do TDAH e seus sintomas –
distração, agitação,
hiperatividade, impulsividade
– também representam fragilidades, que
facilitariam a ocorrência de outros transtornos.
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14. TDAH e comorbidades
Índice de algumas comorbidades (adultos):
Depressão – 20 a 30%
Transtorno de ansiedade – 20 a 30%
Uso de substâncias – 25 a 50%
Tabagismo – 40%
Distúrbio alimentar – 20 a 30%
Transtorno de personalidade
anti-social – 25%
Transtorno de sono – 75%
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15. TDAH e comorbidades
● Millstein, Wilens, Biederman e Spencer (1998)
examinaram 149 adultos com TDAH.
● Em 97% foram assinaladas de 1 a 4 condições
psiquiátricas comórbidas).
● Conclusão: O tratamento exclusivo da outra
condição psiquiátrica comórbida sem o
adequado tratamento para o TDAH resultará
em resultados insatisfatórios.
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17. TDAH - Estudo de Caso
Pedro, 7 anos de idade, estudante da primeira série. Tem
dificuldades de aprendizagem, é sempre disperso, esquecido
e muda de humor facilmente. Não consegue se organizar,
vive perdendo objetos e não para quieto. Fala muito, corre
pra todo lado sem controle e não sabe esperar. É assim em
qualquer lugar. O único momento que fica calmo é quando
está jogando vídeo game ou assistindo algo do seu interesse
na TV. Sempre foi rotulado como incapaz, desinteressado e
outros adjetivos do tipo. Até que foi diagnosticado com
TDAH, e agora o que fazer?
18. TDAH - Estudo de Caso
● Profissionais Médicos/Psicólogos
Responsáveis pelo diagnóstico, receitar e acompanhar o
uso de medicamentos.
Terapia Cognitivo Comportamental, onde psicológos vão
trabalhar a fim de eliminar comportamentos indesejados e
ensinar novos comportamentos utilizando métodos, teorias
behavioristas.
19. TDAH - Estudo de Caso
● Família
Encorajar a criança e não jogar a culpa de tudo no
TDAH.
Promover atividades artísticas e de lazer.
Promover a socialização com outras crianças.
Garantir qualidade de vida.
Utilizar vídeo game/TV como aliados.
Acompanhar a evolução, usando reforços positivos.
Criar rotina.
21. TDAH - Estudo de Caso
● Escola
Profissionais de educação treinados.
Adaptação de atividades.
Usar reforço positivo imediato.
Usar métodos de atrair a atenção.
Ajudar a organizar tarefas e cumprir prazos.
Garantir bem estar perante aos outros alunos.
23. Interesse das Indústrias
Em 2010 a Novartis e a Associação Brasileira
de Déficit de Atenção promoveram o concurso
“Atenção Professor”, que tinha como objetivo
“ajudar os educadores a conhecer e lidar
melhor com o TDAH”.
Para levar o prêmio de R$7 mil era preciso
apresentar as melhores propostas de inclusão
de portadores de TDAH na sala de aula.
24. Projeto com o objetivo instituir na
educação básica um programa de
diagnóstico e tratamento do TDAH e da
Dislexia.
Foi aprovado no senado e encontra-se
em tramitação na Câmara dos
Deputados
Projeto de Lei 7081/2010
25. TDAH e a Escola
● Normalmente é na escola que é percebida se a criança tem TDAH, pois
tem que se concentrar e dividir o espaço com mais crianças;
● Você, como professor, deve encarar o tema. Aqui vão algumas dicas:
○ Reforço positivo
○ Limite de críticas
○ Planeje as atividades
○ Paciência e humor
○ Respeito e compreensão
○ Seja objetivo
○ Evite comparações
○ Saiba o que a criança está sentindo
○ Atividades sempre finalizadas
○ Sala de aula organizada
○ Regras da sala de aula
○ Rotina consistente e previsível
26. O professor sabe sobre
hiperatividade em crianças e está
disposto a reconhecer que este
problema tem um impacto
significativo sobre as crianças da
classe.
O professor parece entender a
diferença entre problemas resultantes
de incompetência e problemas
resultantes de desobediência.
O professor não emprega como
primeira ação o reforço negativo ou a
punição como meios para lidar com
problemas e para motivar na sala de
aula.
A sala de aula é organizada.
Existe um conjunto claro e
consistente de regras na classe.
Exige-se que todos alunos aprendam
as regras.
As regras da sala de aula estão num
cartaz colocado na sala para que
todos vejam.
Existe uma rotina consistente e
previsível na sala de aula.
O professor exige e segue
estritamente as exigências
específicas referentes a
comportamento e produtividade.
O trabalho escolar fornecido é
compatível com o nível de
TDAH e a Escola
27. O professor está mais interessado no
processo ( compeensão de um
conceito) que no produto (conclusão
de 50 problemas de subtração).
A disposição da sala de aula é
definida, com carteiras separadas
colocadas em fileiras.
O professor distribui pequenas
recompensas sociais e materiais
relevantes e freqüentes.
O professor da classe é capaz de
usar um programa modificado de
custo resposta.
O professor emprega punições leves
acompanhadas de instruções para
retornar ao trabalho quando a criança
hiperativa interrompe o trabalho dos
outras.
O professor ignora o devaneio ou a
desatenção em relação a lição que
não perturbe as outras crianças e ,
então, uma atenção diferenciada
quando ela volta ao trabalho.
A menor razão aluno para professor
possível (preferencialmente, um
professor para oito alunos.
TDAH e a Escola
28. O professor está disposto a alternar
atividades de alto e baixo interesse
durante todo o dia em lugar de fazer
com que o aluno faça todo o trabalho
de manhã com tarefas repetitivas
uma após a outra.
O professor está disposto a oferecer
supervisão adicional durante o
período de transição entre aulas,
intervalos e durante outras atividades
longas como reuniões.
O professor é capaz de antecipar os
problemas e fazer planejamentos de
antemão para evitar problemas.
O professor está disposto a auxiliar a
criança hiperativa a aprender, praticar
e manter aptidões organizacionais.
O professor está disposto a aceitar a
responsabilidade de verificar se a
criança hiperativa aprende e usa um
sistema eficaz para manter-se em
dia com o dever de casa, e conferir
se ela quando sai do prédio da
escola, todos os dias, leva esse dever
para casa.
O professor aceita a responsabilidade
de comunicar continuamente com os
pais. Para alunos o curso elementar,
um bilhete diário e enviado para casa.
Para estudantes das últimas séries
do 1º e 2º grau, usam-se notas de
TDAH e a Escola
29. O professor fornece instruções curtas
diretamente à criança hiperativa e em
nível que ela possa entender.
O professor é capaz de manter um
controle eficaz sobre toda a classe,
bem como sobre a criança hiperativa.
Preferencialmente a classe é fechada
(quatro paredes ) nunca em ambiente
aberto.
O professor está disposto a
desenvolver um sistema no qual as
instruções são repetidas e oferecidas
de várias maneiras.
O professor está disposto a oferecer
pistas para ajudar a criança hiperativa
a voltar para o trabalho e a evitar que
ela fique super excitada.
O professor está disposto a permitir
movimentos na sala de aula.
O professor prepara todos os alunos
para mudanças na rotina.
O professor entende como e quando
variar seu método.
O professor é capaz de fazer um
rodízio e uma alternância de
estímulos e reconhece que aquilo
pode ser recompensador para um
aluno, pode não ser para outro.
TDAH e a Escola
30. Todos os estudantes aprendem um
modelo lógico de resolução de
problemas para lidar com problemas
na sala de aula e entre eles mesmos
(por exemplo: parar, ver, ouvir).
Um sistema de treinamento em
atenção ou auto monitoramento é
usado em sala de aula.
O professor parece capaz de
encontrar algo positivo, bom e valioso
em toda criança. Este professor
valoriza as crianças por aquilo que
são, não por aquilo que conseguem
produzir.
TDAH e a Escola