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Artes
Professor Fabiana Alexandre
Séc. XIX na Europa (I)
SÉC. XIX NA EUROPA (I)
Final do séc XVIII início do XIX.
Pós revolução francesa.
Retomada da estética greco-romana.
As concepções artísticas greco-romanas se tornaram a
base de ensino de arte nas academias sustentadas pelos
governos europeus (academias de belas artes).
A arte só era perfeita se imitasse os padrões clássicos.
SÉCULO XIX NA EUROPA I: AS
INOVAÇÕES NA ARTE
No fim do século XVIII e no início do século XIX, predominou na
arte europeia o Neoclassicismo, ou Academismo.
Neoclassicismo, do grego neo, “novo”, significa “novo
classicismo”, retomada da cultura clássica, greco-romana.
Academismo vem do fato de as concepções clássicas serem
a base para o ensino nas academias, as escolas de belas-
artes mantidas pelos governos europeus.
O século XIX, porém, passou por fortes mudanças, decorrentes
da Revolução Industrial e da Revolução Francesa, no fim do
século XVIII. A arte refletiu essas mudanças, tornando-se mais
complexa e dando lugar a vários movimentos artísticos.
Enquanto os artistas neoclássicos submetiam-se às
regras das academias, outros buscavam libertar-se delas
e expressar livremente seus sentimentos e sua
imaginação.
O francês Jacques-Louis David (1748-1825) é o
maior representante da pintura neoclássica.
Segundo o neoclassicismo, a obra de
arte só seria perfeitamente bela se
imitasse as formas criadas pelos artistas
clássicos gregos e pelos renascentistas
italianos.
E esse trabalho de imitação só seria possível
por meio de um cuidadoso aprendizado das
técnicas clássicas. Observe a idealização da
beleza do cavalo e do imperador
Bonaparte. Note como o pintor procura dar
um aspecto de coragem e heroísmo ao
conjunto.
ARQUITETURA Panteão Nacional de Paris, 1757-1794
Jacques Germain Souflot
PINTURA
Bonaparte atravessando os
Alpes,
1800,
Jacques-Louis David.
2,60 x 2,21 m.
Museu Nacional de
Malmaison, Rueil-
Malmaison.
A morte de Marat, 1793.
Jacques Louis David
Museu Real de Belas Arte, Bruxela
AS INOVAÇÕES NA PINTURA:
Há dois aspectos relevantes no trabalho
dos artistas que reagiram ao
neoclassicismo: a valorização da cor e
os contrastes de claro-escuro.
Quanto aos temas, eles se
interessaram mais pelos fatos de
sua época que pela mitologia greco-
romana. A natureza também passa a ser
tema da pintura.
ROMANTISMO SÉC. XIX
Reação ao Neoclassicismo.
situa-se entre 1820 e 1850.
libertação das convenções acadêmicas.
Valorização dos sentimentos e da imaginação como
princípios da criação artística.
sentimento do presente, o nacionalismo e a valorização
da natureza.
Aproximação das formas barrocas.
Artistas: Goya, Delacroix, Turner e Constable.
Temas reais.
GOYA: A LUTA CONTRA A
TIRANIA.
O espanhol Francisco José Goya y Lucientes
(1746-1828) usou temas diversos: retratos
da corte espanhola e do povo, os
horrores da guerra, a ação
incompreensível de personagens
fantásticas e cenas históricas. Dessa
variedade, destacamos uma imagem que é
símbolo das lutas pela liberdade.
Os fuzilamentos de 3 de maio de 1808
1814-1815.
Museu do Prado, Madri.
Goya
O UNIVERSAL SUPERANDO O
PARTICULAR
No século 19 a pintura de temas históricos já era um gênero
importante, mas Goya veio enriquecê-lo. Esse quadro
representa o fuzilamento, por soldados franceses, de
cidadãos espanhóis resistentes à ocupação de seu país
pelo Imperador Napoleão I. Observe o jogo de luz e sombra.
A luz sobre o homem de camisa branca, com os braços
levantados, nos dá a certeza da morte iminente, que já
aconteceu aos companheiros tombados no chão. Note como os
homens prestes a morrer tem feições diferentes entre si, Pois
foram retratados em sua individualidade. Já dos Soldados que
atiram, não conseguimos ver o rosto: Goya representa nele a
violência sem rosto. Assim, o tema da repressão política
aparecem na pintura de forma geral, universal, superando o
fato particular ocorrido na Espanha. O fuzilamento de texto
para expressar a luta da Liberdade contra a tirania.
DELACROIX: A AGITAÇÃO NAS
RUAS.
Aos 29 anos, o Francês Eugène
Delacroix (1799-1863) viveu uma
importante experiência: visitou o
Marrocos, no norte da África, com a
missão de documentar, por meio da
pintura, os hábitos e costumes das
pessoas daí. Mas Delacroix tornou-se
famoso também por retratar a
agitação das ruas, como em seu
quadro mais conhecido.
A liberdade guiando o
povo
1830
2,60 x 3,25 m.
Museu do Louvre, Paris
Delacroix Agitação de Tânger (1837-1838)
Coleção J. Hill, Nova York.
REALISMO
Entendeu-se que precisava ser realista, tendo uma visão
mais técnica e deixando um pouco de lados as emoções
humanas.
Descrição de cenas rotineira.
Temas da vida diária.
tentativa de registro fiel do que o olho humano é capaz
de captar.
A REALIDADE E A ARTE:
Entre 1850 e 1900 desenvolveu-se na arte europeia,
principalmente na pintura francesa, uma nova tendência,
relacionada à crescente industrialização. Segundo ela, ao
artista não cabe “melhorar” artisticamente a
realidade, pois a beleza está na realidade tal qual
ela é. A função da arte é apenas revelar o que há de mais
característico e expressivo no mundo em que vivemos.
Assim, os pintores deixaram de lado temas
mitológicos, bíblicos, históricos e literários – a
realidade imaginada – e voltaram-se para a
realidade vivida. Trata-se, portanto, de uma pintura
realista. Entre seus representantes podemos apontar
Courbet e Manet, que, embora da mesma época,
desenvolveram trabalhos muito diferentes.
COURBET: OS TRABALHADORES COMO
TEMA.
O pintor francês Gustave (1819-1877) é
considerado o criador do realismo social na pintura,
pois procurou retratar temas da vida
cotidiana, principalmente das classes
populares. Sua obra manifesta especial simpatia
pelos trabalhadores e membros mais pobres da
sociedade
A preocupação de alguns artistas em representar
questões sociais relaciona-se à época: a
industrialização trouxe grande desenvolvimento
tecnológico, mas também fez formar-se nas
cidades uma grande massa de trabalhadores
vivendo e trabalhando em condições precárias e
desumanas.
Gustave Courbet
Título Original: Les Cribleuses
de blé
Data: 1854-1855
Estilo: Realism
Gênero: pintura de gênero
Media: oil, canvas
Dimensões: 167 x 131 cm
Localização: Museu de Belas
Artes de Nantes
MANET: O OUTRO LADO DA
REALIDADE
Édouard Manet (1832-1883) pertencia a uma família rica
da burguesia parisiense. Seu realismo, diferente de
Courbet, não tem intenções sociais; ao contrário, chega a
ser aristocrático. Sua carreira foi marcada por alguns
desafios aos críticos conservadores. O maior deles
aconteceu em 1863, com a tela “Almoço na relva” Na
época, esse quadro causou grande escândalo por
representar uma mulher nua em companhia de dois
homens elegantemente vestidos.
A obra de Manet foi importante por inovar a pintura,
dando-lhe uma luminosidade mais intensa, como
podemos apreciar em outro de seus trabalhos, O Balcão.
Essa luminosidade foi considerada um elemento
precursor do impressionismo, que você conhecerá mais
adiante.
Édouard
Manet
Autor: Edouard Manet
Onde ver: Museu d'Orsay, Paris, França
Ano: 1887
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 208cm × 264,5cm
O Balcão
1,70 x 1,24 m.
Museu D’Orsay, Paris
A PAISAGEM: UM NOVO TEMA PARA A
PINTURA
A pintura de paisagens já havia se desenvolvido
no século XVIII, mas no século XIX ganhou nova
força, principalmente na Inglaterra.
Caracterizou-se, de um lado, pelo realismo, de
outro, pela preocupação dos artistas em
estudar e representar as contínuas variações de
cores da natureza decorrentes da luz solar ao
longo do dia.
TURNER: A AGITAÇÃO NA
PAISAGEM NATURAL
O inglês Joseph Mallord William Turner (1775-
1851) usou como tema fenômenos da natureza:
chuvas, tempestades, ventos. A natureza
representada por ele não é serena e tranqüila;
nela predominam o movimento e a agitação
Outro aspecto que chama a atenção na pintura de
Turner é a presença de máquina. Os pintores
anteriores representaram elementos da natureza,
seres humanos, animais ou mesmo embarcações.
Em uma das telas de Turner, porém, vemos uma
locomotiva, meio de transporte que começava a
fazer parte do cotidiano das pessoas
Turner
Vapor numa tempestade de ne
(1842)
91 x 1, 22 m
Tate Gallery, Londres
Chuva, vapor e velocidade
(1844).
90 x 1,21 m.
Galeria Nacional, Londres
CONSTABLE: O COTIDIANO NA
PAISAGEM.
Ao contrário de Turner, o também inglês John
Contable (1776-1837) retrata uma natureza
serena e profundamente ligada aos lugares
onde ele nasceu, cresceu e trabalhou ao lado
do pai. Muitos elementos de suas paisagens –
moinhos de vento, barcaças carregadas de
cereais – fazem parte de suas lembranças de
juventude.
Constable A carroça de feno (1821)
Galeria nacional, Londres
Romantismo
AS INOVAÇÕES NA ESCULTURA:
RODIN.
Entre os escultores que inovaram a escultura
do século XIX destaca-se o francês Auguste
Rodin (1840-1917). Sua produção despertou
muita polêmica: alguns estudiosos apontam em
seu trabalho a acentuada tendência ao
realismo; outros consideram mais a emoção
revelada por muitas de suas obras. Outros,
ainda, vêem em sua escultura características do
impressionismo, movimento do qual foi
contemporâneo.
O pensador
(1889),
1,83 m.
Museu Rodin, Paris.

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As inovações nas artes no séc. XIX na Europa

  • 2. SÉC. XIX NA EUROPA (I) Final do séc XVIII início do XIX. Pós revolução francesa. Retomada da estética greco-romana. As concepções artísticas greco-romanas se tornaram a base de ensino de arte nas academias sustentadas pelos governos europeus (academias de belas artes). A arte só era perfeita se imitasse os padrões clássicos.
  • 3. SÉCULO XIX NA EUROPA I: AS INOVAÇÕES NA ARTE No fim do século XVIII e no início do século XIX, predominou na arte europeia o Neoclassicismo, ou Academismo. Neoclassicismo, do grego neo, “novo”, significa “novo classicismo”, retomada da cultura clássica, greco-romana. Academismo vem do fato de as concepções clássicas serem a base para o ensino nas academias, as escolas de belas- artes mantidas pelos governos europeus. O século XIX, porém, passou por fortes mudanças, decorrentes da Revolução Industrial e da Revolução Francesa, no fim do século XVIII. A arte refletiu essas mudanças, tornando-se mais complexa e dando lugar a vários movimentos artísticos. Enquanto os artistas neoclássicos submetiam-se às regras das academias, outros buscavam libertar-se delas e expressar livremente seus sentimentos e sua imaginação.
  • 4. O francês Jacques-Louis David (1748-1825) é o maior representante da pintura neoclássica. Segundo o neoclassicismo, a obra de arte só seria perfeitamente bela se imitasse as formas criadas pelos artistas clássicos gregos e pelos renascentistas italianos. E esse trabalho de imitação só seria possível por meio de um cuidadoso aprendizado das técnicas clássicas. Observe a idealização da beleza do cavalo e do imperador Bonaparte. Note como o pintor procura dar um aspecto de coragem e heroísmo ao conjunto.
  • 5. ARQUITETURA Panteão Nacional de Paris, 1757-1794 Jacques Germain Souflot
  • 6. PINTURA Bonaparte atravessando os Alpes, 1800, Jacques-Louis David. 2,60 x 2,21 m. Museu Nacional de Malmaison, Rueil- Malmaison.
  • 7. A morte de Marat, 1793. Jacques Louis David Museu Real de Belas Arte, Bruxela
  • 8. AS INOVAÇÕES NA PINTURA: Há dois aspectos relevantes no trabalho dos artistas que reagiram ao neoclassicismo: a valorização da cor e os contrastes de claro-escuro. Quanto aos temas, eles se interessaram mais pelos fatos de sua época que pela mitologia greco- romana. A natureza também passa a ser tema da pintura.
  • 9. ROMANTISMO SÉC. XIX Reação ao Neoclassicismo. situa-se entre 1820 e 1850. libertação das convenções acadêmicas. Valorização dos sentimentos e da imaginação como princípios da criação artística. sentimento do presente, o nacionalismo e a valorização da natureza. Aproximação das formas barrocas. Artistas: Goya, Delacroix, Turner e Constable. Temas reais.
  • 10. GOYA: A LUTA CONTRA A TIRANIA. O espanhol Francisco José Goya y Lucientes (1746-1828) usou temas diversos: retratos da corte espanhola e do povo, os horrores da guerra, a ação incompreensível de personagens fantásticas e cenas históricas. Dessa variedade, destacamos uma imagem que é símbolo das lutas pela liberdade.
  • 11. Os fuzilamentos de 3 de maio de 1808 1814-1815. Museu do Prado, Madri. Goya
  • 12. O UNIVERSAL SUPERANDO O PARTICULAR No século 19 a pintura de temas históricos já era um gênero importante, mas Goya veio enriquecê-lo. Esse quadro representa o fuzilamento, por soldados franceses, de cidadãos espanhóis resistentes à ocupação de seu país pelo Imperador Napoleão I. Observe o jogo de luz e sombra. A luz sobre o homem de camisa branca, com os braços levantados, nos dá a certeza da morte iminente, que já aconteceu aos companheiros tombados no chão. Note como os homens prestes a morrer tem feições diferentes entre si, Pois foram retratados em sua individualidade. Já dos Soldados que atiram, não conseguimos ver o rosto: Goya representa nele a violência sem rosto. Assim, o tema da repressão política aparecem na pintura de forma geral, universal, superando o fato particular ocorrido na Espanha. O fuzilamento de texto para expressar a luta da Liberdade contra a tirania.
  • 13. DELACROIX: A AGITAÇÃO NAS RUAS. Aos 29 anos, o Francês Eugène Delacroix (1799-1863) viveu uma importante experiência: visitou o Marrocos, no norte da África, com a missão de documentar, por meio da pintura, os hábitos e costumes das pessoas daí. Mas Delacroix tornou-se famoso também por retratar a agitação das ruas, como em seu quadro mais conhecido.
  • 14. A liberdade guiando o povo 1830 2,60 x 3,25 m. Museu do Louvre, Paris
  • 15. Delacroix Agitação de Tânger (1837-1838) Coleção J. Hill, Nova York.
  • 16. REALISMO Entendeu-se que precisava ser realista, tendo uma visão mais técnica e deixando um pouco de lados as emoções humanas. Descrição de cenas rotineira. Temas da vida diária. tentativa de registro fiel do que o olho humano é capaz de captar.
  • 17. A REALIDADE E A ARTE: Entre 1850 e 1900 desenvolveu-se na arte europeia, principalmente na pintura francesa, uma nova tendência, relacionada à crescente industrialização. Segundo ela, ao artista não cabe “melhorar” artisticamente a realidade, pois a beleza está na realidade tal qual ela é. A função da arte é apenas revelar o que há de mais característico e expressivo no mundo em que vivemos. Assim, os pintores deixaram de lado temas mitológicos, bíblicos, históricos e literários – a realidade imaginada – e voltaram-se para a realidade vivida. Trata-se, portanto, de uma pintura realista. Entre seus representantes podemos apontar Courbet e Manet, que, embora da mesma época, desenvolveram trabalhos muito diferentes.
  • 18. COURBET: OS TRABALHADORES COMO TEMA. O pintor francês Gustave (1819-1877) é considerado o criador do realismo social na pintura, pois procurou retratar temas da vida cotidiana, principalmente das classes populares. Sua obra manifesta especial simpatia pelos trabalhadores e membros mais pobres da sociedade A preocupação de alguns artistas em representar questões sociais relaciona-se à época: a industrialização trouxe grande desenvolvimento tecnológico, mas também fez formar-se nas cidades uma grande massa de trabalhadores vivendo e trabalhando em condições precárias e desumanas.
  • 19. Gustave Courbet Título Original: Les Cribleuses de blé Data: 1854-1855 Estilo: Realism Gênero: pintura de gênero Media: oil, canvas Dimensões: 167 x 131 cm Localização: Museu de Belas Artes de Nantes
  • 20. MANET: O OUTRO LADO DA REALIDADE Édouard Manet (1832-1883) pertencia a uma família rica da burguesia parisiense. Seu realismo, diferente de Courbet, não tem intenções sociais; ao contrário, chega a ser aristocrático. Sua carreira foi marcada por alguns desafios aos críticos conservadores. O maior deles aconteceu em 1863, com a tela “Almoço na relva” Na época, esse quadro causou grande escândalo por representar uma mulher nua em companhia de dois homens elegantemente vestidos. A obra de Manet foi importante por inovar a pintura, dando-lhe uma luminosidade mais intensa, como podemos apreciar em outro de seus trabalhos, O Balcão. Essa luminosidade foi considerada um elemento precursor do impressionismo, que você conhecerá mais adiante.
  • 21. Édouard Manet Autor: Edouard Manet Onde ver: Museu d'Orsay, Paris, França Ano: 1887 Técnica: Óleo sobre tela Tamanho: 208cm × 264,5cm
  • 22. O Balcão 1,70 x 1,24 m. Museu D’Orsay, Paris
  • 23. A PAISAGEM: UM NOVO TEMA PARA A PINTURA A pintura de paisagens já havia se desenvolvido no século XVIII, mas no século XIX ganhou nova força, principalmente na Inglaterra. Caracterizou-se, de um lado, pelo realismo, de outro, pela preocupação dos artistas em estudar e representar as contínuas variações de cores da natureza decorrentes da luz solar ao longo do dia.
  • 24. TURNER: A AGITAÇÃO NA PAISAGEM NATURAL O inglês Joseph Mallord William Turner (1775- 1851) usou como tema fenômenos da natureza: chuvas, tempestades, ventos. A natureza representada por ele não é serena e tranqüila; nela predominam o movimento e a agitação Outro aspecto que chama a atenção na pintura de Turner é a presença de máquina. Os pintores anteriores representaram elementos da natureza, seres humanos, animais ou mesmo embarcações. Em uma das telas de Turner, porém, vemos uma locomotiva, meio de transporte que começava a fazer parte do cotidiano das pessoas
  • 25. Turner Vapor numa tempestade de ne (1842) 91 x 1, 22 m Tate Gallery, Londres
  • 26. Chuva, vapor e velocidade (1844). 90 x 1,21 m. Galeria Nacional, Londres
  • 27. CONSTABLE: O COTIDIANO NA PAISAGEM. Ao contrário de Turner, o também inglês John Contable (1776-1837) retrata uma natureza serena e profundamente ligada aos lugares onde ele nasceu, cresceu e trabalhou ao lado do pai. Muitos elementos de suas paisagens – moinhos de vento, barcaças carregadas de cereais – fazem parte de suas lembranças de juventude.
  • 28. Constable A carroça de feno (1821) Galeria nacional, Londres Romantismo
  • 29. AS INOVAÇÕES NA ESCULTURA: RODIN. Entre os escultores que inovaram a escultura do século XIX destaca-se o francês Auguste Rodin (1840-1917). Sua produção despertou muita polêmica: alguns estudiosos apontam em seu trabalho a acentuada tendência ao realismo; outros consideram mais a emoção revelada por muitas de suas obras. Outros, ainda, vêem em sua escultura características do impressionismo, movimento do qual foi contemporâneo.