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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI
Nome: Felipe Eduardo Vicente
Curso: Música - Licenciatura/viola
Matrícula: 211750025
Disciplina: História da arte
Professor(a): Dr. Letícia Martins Andrade
Semestre: 2021/01
Resumo do primeiro capítulo do livro A História da Arte, de E. Gombrich.
A saber, Sobre Artes e artistas.
O capítulo I do livro de Gombrich, traz uma reflexão sobre a ideia da
subjetividade da Arte. Mais precisamente, o que pode ser ou não considerado
Arte e sobre quais critérios uma obra A se torna mais artística do que uma obra
B. Em outras palavras, o que seria a Arte e a arte?
Segundo o texto, tais questões são concretas e com ampla necessidade
de discussão pelo fato de, muitas vezes, esperarmos que determinada obra
demonstre uma exatidão previamente esperada da realidade. O que é algo
natural. Entretanto, tal atitude nos leva a estabelecer pré-conceitos e hábitos aos
quais nos apegamos para construir um juízo sobre uma pintura, um desenho,
uma escultura e, porque não dizer, sobre a música. A Arte, com A maiúsculo,
não existe. O que existe é, como mostra o autor, somente os artistas e estes são
responsáveis pelo que chamamos ou não de arte. Não ha motivos errados para
gostarmos de uma obra. Podemos nos identificar com um quadro, por exemplo,
pelo fato de que, este, nos remete há uma lembrança de algo que foi ou é
marcante em nossa vida. Ao contrário, o que existe, são razões erradas para
não gostarmos de uma obra de arte.
Uma vez que buscamos, em uma obra, uma determinada representação
da realidade, podemos estar propensos a admirar um tema que seria bonito e
atraente e rejeitar um tema que, em nossa concepção, seja menos belo e menos
atraente. Isto é um grande obstáculo, quando partimos do ponto de que, a real
beleza de uma obra, não se encontra na beleza de seu tema. A problemática é
que, gostos e padrões do que é belo, variam imensamente.
O mesmo que ocorre com a beleza, faz-se presente, também, ao falarmos
da expressão. Pois, é esta que nos leva a gostar ou não de uma obra. Alguns
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deveríamos dar forte atenção também para as obras em que, a expressão, seja
mais difícil de ser entendida. Para isso, é importante adquirirmos um
conhecimento dos métodos e das diferentes linguagens para, assim, podermos
tentar compreender os sentimentos do artista. A nossa cisma de que o artista
moderno deve ser um refém direto da natureza, faz com que, este, seja
''apedrejado'' caso tenha como objetivo fazer algo à sua forma. Desta maneira,
segundo o autor, a nós resta duas coisas a serem feitas, caso achemos falhas,
como exemplo no texto, na exatidão de um quadro: A primeira delas é
questionar-se ''... se o artista não teria suas razões para mudar a aparência
daquilo que viu.''(Pág 5). A segunda é pensar que ''... nunca deveríamos
condenar uma obra por estar incorretamente desenhada, a menos que tenhamos
a profunda convicção de estarmos certos e o pintor errado.''(pág 5) .
Nós, seres humanos, temos a propensão a aceitar apenas o
que costumamos enxergar com mais frequência como as únicas coisas
corretas. Talvez, se nos desvencilharmos do que nos leva à aquela primeira
impressão carregada de estereótipos e hábitos e olharmos uma obra como algo
totalmente novo, podemos chegar a uma nova descoberta. Pois, assim enxerga
o artista. Rejeita as noções aceitas e seus pré-conceitos e aceita o mundo como
algo novo. Não é fácil se libertar de ideias pré concebidas, no entanto, como diz
o texto, ''... os artistas que melhor consegue fazê-lo produzem frequentemente,
as obras mais excitantes.''(pág 7). Estes, fazem com que possamos enxergar
algo que, jamais, havíamos visto. Eis o novo! Entretanto, como também dito:
''Quanto mais vezes tivermos visto uma
história representada em arte, mais
firmemente nos convencemos de que ela deve
ser sempre representada de forma
semelhante.'' . E. GOMBRICH - A HISTÓRIA
DA ARTE .(pág 8)
Aquilo que chamamos de ''obra de arte'', ''... não é fruto de uma atividade
misteriosa, mas são objetos feitos por seres humanos para seres humanos.''(pág
8).
Originalmente, as obras eram feitas para serem tocadas, eram
negociadas e discutidas, mas hoje, a nós, parece tão distante. Um outro detalhe
importantíssimo trazido no texto é sobre o processo de construção de uma obra
em que suas características, que podem ter sido revistas e alteradas inúmeras
vezes, são resultados de uma decisão pessoal do artista. Originalmente, este,
não criava obras para serem exibidas como Arte em museus e galerias. Tinham
um propósito determinado.
O artista não segue regras fixas. Ele segue o seu caminho. As questões
citadas pelo autor sobre beleza e expressão, em contrapartida, são pouco
mencionadas pelos artistas. Alguns possuem dificuldades em falar sobre as
emoções e suas expressões. Outra razão é o fato de que, muitas vezes, as
preocupações do dia-a-dia aparecem com um vigor maior, se sobrepondo à tais
questões.
Por fim, segundo Gombrich, precisamos desenvolver uma sensibilidade
peculiar, para notar o que cada geração de artistas buscou realizar. Ao final, o
desfrute é o que importa. O gosto, sendo infinitamente complexo, é passível de
ser desenvolvido, ficando a cargo de uma experiência comum. Uma vez que
compreendemos este fato, compreendemos também que, a arte é um
aprendizado constante, pois sempre ha coisas novas para serem aprendidas.
Referências:
GOMBRICH, Ernst Hans. A História da arte. 16 ed. Rio De Janeiro: Editora LTC
– Livros Técnicos e Científicos, 2015.

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A subjetividade da arte segundo Gombrich

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI Nome: Felipe Eduardo Vicente Curso: Música - Licenciatura/viola Matrícula: 211750025 Disciplina: História da arte Professor(a): Dr. Letícia Martins Andrade Semestre: 2021/01 Resumo do primeiro capítulo do livro A História da Arte, de E. Gombrich. A saber, Sobre Artes e artistas. O capítulo I do livro de Gombrich, traz uma reflexão sobre a ideia da subjetividade da Arte. Mais precisamente, o que pode ser ou não considerado Arte e sobre quais critérios uma obra A se torna mais artística do que uma obra B. Em outras palavras, o que seria a Arte e a arte? Segundo o texto, tais questões são concretas e com ampla necessidade de discussão pelo fato de, muitas vezes, esperarmos que determinada obra demonstre uma exatidão previamente esperada da realidade. O que é algo natural. Entretanto, tal atitude nos leva a estabelecer pré-conceitos e hábitos aos quais nos apegamos para construir um juízo sobre uma pintura, um desenho, uma escultura e, porque não dizer, sobre a música. A Arte, com A maiúsculo, não existe. O que existe é, como mostra o autor, somente os artistas e estes são responsáveis pelo que chamamos ou não de arte. Não ha motivos errados para gostarmos de uma obra. Podemos nos identificar com um quadro, por exemplo, pelo fato de que, este, nos remete há uma lembrança de algo que foi ou é marcante em nossa vida. Ao contrário, o que existe, são razões erradas para não gostarmos de uma obra de arte.
  • 2. Uma vez que buscamos, em uma obra, uma determinada representação da realidade, podemos estar propensos a admirar um tema que seria bonito e atraente e rejeitar um tema que, em nossa concepção, seja menos belo e menos atraente. Isto é um grande obstáculo, quando partimos do ponto de que, a real beleza de uma obra, não se encontra na beleza de seu tema. A problemática é que, gostos e padrões do que é belo, variam imensamente. O mesmo que ocorre com a beleza, faz-se presente, também, ao falarmos da expressão. Pois, é esta que nos leva a gostar ou não de uma obra. Alguns preferem algo que possam compreender com uma certa facilidade. Na prática, deveríamos dar forte atenção também para as obras em que, a expressão, seja mais difícil de ser entendida. Para isso, é importante adquirirmos um conhecimento dos métodos e das diferentes linguagens para, assim, podermos tentar compreender os sentimentos do artista. A nossa cisma de que o artista moderno deve ser um refém direto da natureza, faz com que, este, seja ''apedrejado'' caso tenha como objetivo fazer algo à sua forma. Desta maneira, segundo o autor, a nós resta duas coisas a serem feitas, caso achemos falhas, como exemplo no texto, na exatidão de um quadro: A primeira delas é questionar-se ''... se o artista não teria suas razões para mudar a aparência daquilo que viu.''(Pág 5). A segunda é pensar que ''... nunca deveríamos condenar uma obra por estar incorretamente desenhada, a menos que tenhamos a profunda convicção de estarmos certos e o pintor errado.''(pág 5) . Nós, seres humanos, temos a propensão a aceitar apenas o que costumamos enxergar com mais frequência como as únicas coisas corretas. Talvez, se nos desvencilharmos do que nos leva à aquela primeira impressão carregada de estereótipos e hábitos e olharmos uma obra como algo totalmente novo, podemos chegar a uma nova descoberta. Pois, assim enxerga o artista. Rejeita as noções aceitas e seus pré-conceitos e aceita o mundo como algo novo. Não é fácil se libertar de ideias pré concebidas, no entanto, como diz o texto, ''... os artistas que melhor consegue fazê-lo produzem frequentemente, as obras mais excitantes.''(pág 7). Estes, fazem com que possamos enxergar algo que, jamais, havíamos visto. Eis o novo! Entretanto, como também dito:
  • 3. ''Quanto mais vezes tivermos visto uma história representada em arte, mais firmemente nos convencemos de que ela deve ser sempre representada de forma semelhante.'' . E. GOMBRICH - A HISTÓRIA DA ARTE .(pág 8) Aquilo que chamamos de ''obra de arte'', ''... não é fruto de uma atividade misteriosa, mas são objetos feitos por seres humanos para seres humanos.''(pág 8). Originalmente, as obras eram feitas para serem tocadas, eram negociadas e discutidas, mas hoje, a nós, parece tão distante. Um outro detalhe importantíssimo trazido no texto é sobre o processo de construção de uma obra em que suas características, que podem ter sido revistas e alteradas inúmeras vezes, são resultados de uma decisão pessoal do artista. Originalmente, este, não criava obras para serem exibidas como Arte em museus e galerias. Tinham um propósito determinado. O artista não segue regras fixas. Ele segue o seu caminho. As questões citadas pelo autor sobre beleza e expressão, em contrapartida, são pouco mencionadas pelos artistas. Alguns possuem dificuldades em falar sobre as emoções e suas expressões. Outra razão é o fato de que, muitas vezes, as preocupações do dia-a-dia aparecem com um vigor maior, se sobrepondo à tais questões. Por fim, segundo Gombrich, precisamos desenvolver uma sensibilidade peculiar, para notar o que cada geração de artistas buscou realizar. Ao final, o desfrute é o que importa. O gosto, sendo infinitamente complexo, é passível de ser desenvolvido, ficando a cargo de uma experiência comum. Uma vez que compreendemos este fato, compreendemos também que, a arte é um aprendizado constante, pois sempre ha coisas novas para serem aprendidas.
  • 4. Referências: GOMBRICH, Ernst Hans. A História da arte. 16 ed. Rio De Janeiro: Editora LTC – Livros Técnicos e Científicos, 2015.