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20 DE DEZEMBRO DE 2020
A legitimidade da
experimentação animal
Trabalho realizado por:


Martim de Carvalho Foster nº4 LH


Henrique Spínola Barros-Gomes nº8 SE


Tomás Amaral Ferraz nº13 SE


1
PROFESSORA MªEDUARDO NUNES

FILOSOFIA 11ºANO F

ESCOLA SECUNDÁRIA DONA FILIPA DE LENCASTRE
20 DE DEZEMBRO DE 2020
INDICE
- Introdução ao Trabalho (p.3/4)


- Se matar o animal (p.4/5)
- Se não matar o animal (p.5/6)


- O contexto histórico (p.6/7)


- Benefícios á experimentação animal (p.7/8)


- Desvantagens á experimentação animal (p.8)


- Alternativas á experimentação animal (p.8)


- Perspectiva Tradicional (p.9)
- Perspectiva dos Utilitaristas(p.9/10)


- Perspectiva dos Direitos (p.10)


- Os
fi
ns comerciais e de entretinimento(p.11)


- Conclusão(p.11/12)


- Webgra
fi
a (p.13)


2
20 DE DEZEMBRO DE 2020
INTRODUÇÃO
Neste trabalho vai ser abordado a moralidade e a plausibilidade das experiências em
animais ou seja todos os efeitos positivos e negativos que este assunto levanta. O problema de
conhecer se os animais não humanos são dignos de consideração moral. O ser humano sempre
utilizou animais para a alimentação, locomoção, entretenimento, vestuário e também se serviu
deles para realizar aprendizagens e pesquisas nas várias áreas do conhecimento. Esta exploração
aos animais por partes dos humanos é devido á antiga ideias de que o Homem é uma raça superior,
enquanto que todos os animais são considerado seres inferiores e por isso servem para a satisfação
dos objectivos e projectos por parte dos seres humanos. Submetendo os animais aos interesses e
supostas necessidades, infligimos enorme sofrimento e tratamo-los com desprezo de quem pensa
que não passam de coisas ao nosso dispor. O uso de animais em experiências científicas tem uma
vasta importância para a evolução dos conhecimentos na área da saúde.


Com este trabalho é pretendido demonstrar os diferentes pontos de vista desta questão
filosófica: se é positivo a utilização de animais para fins experimentais ou se é negativo esta
mesma utilização dos animais por parte do Homem. A experimentação animal para fins médicos e
comerciais também irá ser examinada e discutida, dado que também possui uma vasta relevância
sobre o assunto principal.


As teses/posições que irão ser discutidas é o domínio dos seres humanos sobre os animais é
moralmente injustificável. Esta tese foi defendida por Peter Singer, um filósofo de origem
australiana e também por Tom Regan, um professor de filosofia na Universidade da Carolina do
Norte, que é especializado na teoria dos direitos dos animais. Estes acreditam que se os animais
dotados de sistema nervoso e de cérebro, tal como o homem, capazes de experimentar dor, o
sofrimento deles será então igualmente desagradável como o sofrimento humano. A posição
contrária á que foi exposta por Tom Regan e Peter Singer é o especismo que é suportada por vários
filósofos como Kant e Aristoteles, defendendo que apenas os seres humanos são dignos de
consideração moral.


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20 DE DEZEMBRO DE 2020
Após uma longa discussão filosófica entre todos os membros do grupos, foi chegado á conclusão
que a experimentação animal é um mal mas um mal que é necessário para a sobrevivência da raça
humana, apesar de não respeitar de todo os direitos dos animais. A experimentação animal possui
diversos benefícios como por exemplo o desenvolvimento de vacinas, o desenvolvimento de
técnicas de transplantes de orgãos e o desenvolvimento de tratamento de várias doenças como o
cancro.


Por outro lado, a preocupação do bem-estar animal é cada vez mais importante e a defesa dos
direitos dos animais tem cada vez mais prevalência e o impacto das expriências animais são
bastante negativas para a vida dos seres-vivos em questão. Posto isto é lamentável que este debate
tende para a ideia que um dos grupos se preocupa com o bem estar dos animais e o outro não.


Contudo não é o caso, o grupo que é favor da experimentação em animais possui a noção que
são necessários alguns avanços nas áreas da ciência e da medicina que apenas são possíveis com a
experimentação da utilização animal.


Na perspectiva de todos os elementos do grupos foi chegado á conclusão que as experiências
animais são um mal necessário mas que devem ser feito todos os possíveis para reduzir o
sofrimento dos animais, para assegurar a segurança dos mesmos e para garantir que os resultados
desta experiências sejam benéficas.


A verdadeira pergunta é “Se é moral a realização de experiências em animais? ”. As
experiências devem ser qualificadas tendo em conta se estas matam ou não o animal em questão e
podemos também qualificar as experiências tendo em conta a finalidade desta.


1. SE MATAR O ANIMAL
Antes de se ver se é moral matar um animal como resultado de uma experiência temos de ver
se esta é considerada legitima, para fazermos isso temos de ver se o seu resultado justifica a morte
do animal mas também temos de ver quais são os seus fins (fins comerciais ou médicos) a seguir
temos de ver se a morte do animal é a única forma para fazer a experiência, já que muitas vezes as
experiências em que os animais morrem costumam ter um custo inferior, porque manter o animal
vivo durante a sua vida toda pode custar muito dinheiro e vai ocupar espaço para outros sujeitos a
teste, temos de levar em conta estes fatores para vermos se uma experiência é legítima.


4
20 DE DEZEMBRO DE 2020
Certas mortes de animais são inevitáveis como por exemplo, para consumo pessoal, ou para
defesa não só de outro ser como também para a propagação de outras espécies propícias ao
ecossistema.


A morte do animal é considerada moral se o sofrimento pelo qual o animal passa seja inferior ao
alívio causado aos outros seres à sua volta. No caso dos animais de laboratório, este sofrimento só
será considerado moral caso a experiência esteja relacionado com algo essencial e não supérfluo
como o caso de vacinas que poderão ajudar outros seres vivos com futuras doenças.


2. SE NÃO MATAR O ANIMAL
Ao ser realizada uma experiência num animal temos que ter em consideração o seu
sofrimento. Esta, não deve ter só como linha de conta não matar o animal pois isso não significa
que o animal não tenha sofrido durante o processo experimental, “Se um ser sofre, não pode haver
justificação moral para a recusa de tomar esse sofrimento em consideração”. Com isto, o facto de
o animal não morrer não pode ser legítimo para fazer qualquer experiência, “Independentemente
da natureza do ser, o princípio da igualdade exige que o sofrimento seja levado em linha de conta
em termos igualitários relativamente a um sofrimento semelhante de qualquer outro ser (…)”.


Se um determinado ser não é capaz de sofrer, nem de sentir satisfação ou felicidade, não há nada a
tomar em consideração.


É por isso que o limite da senciência (da capacidade de sofrer ou de sentir prazer ou felicidade) é a
única fronteira defensável da preocupação pelo interesse alheio. Marcar esta fronteira com alguma
característica como a inteligência ou a racionalidade seria marcá-la de modo arbitrário.


Conseguimos dizer que os animais sentem dor devido à sua reação quando expostos à dor. Esta
reação é bastante semelhante à dos humanos e isso é suficiente para a convicção de que sentem
dor.


Se os animais sentem dor logo sofrem. Se podem sofrer, então o ser humano tem de ter
moralmente em consideração o sofrimento dos animais.


Pode objetar-se que é impossível comparar o sofrimento de diferentes espécies e que, por esta
razão, quando os interesses de animais e de seres humanos entram em conflito, o princípio da
5
20 DE DEZEMBRO DE 2020
igualdade não serve de orientação. É verdade que a comparação do sofrimento entre membros de
diferentes espécies não se pode fazer com precisão. Nem se pode comparar com precisão, pelos
mesmos motivos, o sofrimento de seres humanos diferentes. A precisão não é essencial.


Mesmo que quiséssemos evitar infligir sofrimento aos animais apenas quando os interesses dos
seres humanos não fossem afetados, seríamos forçados a efetuar mudanças radicais na forma
como tratamos os animais, o que teria implicações relativamente à nossa alimentação, aos métodos
de criação de animais, aos processos experimentais em muitas áreas da ciência, à nossa atitude
perante a vida selvagem e a caça, as armadilhas e o uso de peles e relativamente a certas áreas do
entretenimento.


Em consequência disso, a quantidade total de sofrimento causado seria grandemente reduzida;
seria tão reduzida que é difícil imaginar outra mudança de atitude moral que causasse uma redução
tão grande da soma total de sofrimento no universo.


3. CONTEXTO HISTÓRICO
As experiências em animais são realizadas há muitos séculos. As primeiras referências a
ensaios em animal foram encontradas nos escritos dos gregos, antes de cristo. O primeiro registo
existente é de Aristóteles, um filosofo grego que viveu aproximadamente 300 anos antes de cristo.
Este filosofo tinha como principal objectivo: a dissecação de porcos para perceber as diferenças
existentes entre animais e humanos. Aristóteles foi considerado como “o pai das ciências”
enquanto disciplina. Este escreveu obras como “A história dos animais”, “As partes do animais, a
geração dos animais” e diversas outras obras sobre anatomia e botânica. Estas obras tratavam
sobre o estudo de 400 animais, que Aristóteles pretendia classificar tendo dissecado grande parte
destes seres-vivos.


No entanto, houve registos de testes realizados em animais nos séculos XVII e XVIII. No
século XVII(dezassete), Sir William Harvey publicou o seu trabalho sobre o coração e o sistema
cardiovascular dos humanos, todavia este utilizou como base o sistema cardiovascular de alguns
seres vivos. Harvey contribuiu bastante para o desenvolvimento da ciência dado que realizou
6
20 DE DEZEMBRO DE 2020
várias experiências com animais analisando minuciosamente o comportamento das artérias e das
veias. O médico britânico estudou o comportamento dos animais vivos, abriu a cavidade torácica e
observou diretamente o bater do coração. Nas suas mãos teve posse do coração de um animal vivo
e percebeu que este ficava alternadamente duro e relaxado, como o movimento de um músculo.
Após o estudo de Harvey sobre o sistema circulatório este considerou que “O coração é uma
bomba”.


Stephen Hales foi um naturalista e um químico de origem inglesa, que teve grande impacto
da ciência do século XIII(dezoito). Hales foi o autor de uma obra de titulo “Haemastaticks” no ano
de 1733, onde aborda sobre a fisiologia animal. O naturalista realizou várias experiências
relacionadas com o sistema circulatória e a medição da pressão arterial, observando que os fluidos
animais se movem de acordo com as leis da hidráulica e da hidrostastica.


Mais recentemente no ano de 1996 foi realizado um processo de clonagem, sendo que o
animal que foi escolhido foi uma ovelha chamada Dolly.


Através desta informação, consegue perceber-se que a experimentação em animais não é algo
recente , mas uma atividade praticada pelo Homem há séculos, e quase tudo o que sabemos á cerca
ás diferentes espécies de animais deve-se á vasta quantidade de experiências que já foram
realizadas.


4. BENEFÍCIOS
A experimentação animal apresenta vários fatores positivos e negativos e seria dispensável nu~em
mundo onde não houvesse sofrimento e doenças, todavia esta não é a realidade em que nós
vivemos.


Grande parte dos animais e humanos são beneficiados pela experimentação animal, logo os
humanos não são os únicos a tirarem partido de tal. Devido á utilização de animais nas
experiencias cientificas, vários humanos e animais possuem uma melhor qualidade de vida e mais
longevidade.


Através da experimentação animal possibilitou ao desenvolvimento de várias técnicas para o
transplante de orgãos, o desenvolvimento de vacinas e produção de poroso desenvolvimento de
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20 DE DEZEMBRO DE 2020
tratamentos contra o cancro; a descoberta de medidas profilácticas e tratamentos e o
desenvolvimento do uso de antidepressivos, tranquilizantes e anestésicos.


Também com a experimentação em cães foi descoberta a principal causa da Diabetes (uma
condição crónica de longa duração que ocorre quando o corpo não produz insulina suficiente e o
tratamento cirúrgico de doenças cardiovasculares.


As experiências animais também têm vários pontos a favor para os próprios animais, visto
que só devido a estas experiências, a vacina para a leucemia felina, a raiva e para a parvovirose
canina foi descoberta e alguns tratamentos para certas doenças.


5. DESVANTAGENS
Apesar da utilização de animais para fins cientificos, os pontos-contra á experimentação
animal são o elevado preço dessas experiências, o longo período de tempo que estas demoram a
ser realizadas, os erros ocasionais que decorrem durante a transferências de resultados obtidos em
animais para humanos.


Alguns dos testes/experiências que se fazem com animais possui resultados bastante negativos
e dolorosos para biodiversidade, dado que milhões de animais são expostos á ação de gases
tóxicos, são queimados, são mutilados e são envenenados. Um dos testes que é realizado por
humanos é o Teste do Draize. Este teste serve como medidor da ação nociva, todavia caso haja
toxicidade, os produtos são na mesma lançados para os mercados. A principal espécie animal a
sofrer com estas experiências são os coelhos dado que estes são imobilizados em suportes e olhos
mantidos abertos com clipes de metal, provocando em grande parte dos casos cegueira.


6. ALTERNATIVAS
Existem diversas alternativas á experimentação animal, quando esta não respeita os direitos do
animal tal como a utilização de cultura de células para estudos de toxicidade e irritação;
simulações por meios tecnológicos (computador) e a utilização de voluntários humanos.


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20 DE DEZEMBRO DE 2020
7. PERSPECTIVA TRADICIONAL
De acordo com Kant, os animais não têm consciência de si e existem apenas como meio para
um fim, sendo esse fim para a sobrevivência da raça humana. Segundo esta perspectiva é
justificado tratar cruelmente os animais quando estes trazem vantagem ao Homem. Immanuel
Kant defendia que a utilização dos animais na ciência, por muito sofrimento que possa causar não
tem nada de errado pois serve um objetivo admirável: a aquisição de conhecimento. O filosofo
condena a crueldade quando esta tem fins de entretinimento mas que estes não possuem na
mesma algum tipo de estatuto moral. O iluminista alemão afirma que o princípio fundamental da
moral se baseia na razão, a o qual nos manda tratar os nossos semelhantes como fins e nunca como
meios. Também não se pode ferir a humanidade de quem não é ser humano, pelo que os outros
animais nem sequer fazem parte do universo da moralidade .Esta perspectiva é referida também na
Bíblia e também é defendida por outros filósofos tais como Tomás de Aquino e Aristoteles


A humanidade desenvolveu uma ideia que coloca a raça humana como uma espécie superior ás
outras. O especismo é um ponto de vista que uma espécie neste caso (a humana) possui todo o
direito de explorar, escravizar e matar as demais espécies de animais por considerá-las inferiores.


Mesmo que os animais não tenham sido criados para o benefício da raça humana, podemos
continuar a crer que só o Homem possui importância moral e estatuto, dado que os seres humanos
são distinguidos das outras pela racionalidade, ou seja isto dá um estatuto moral superior ao
Homem.


8. PERSPECTIVA DOS UTILITARISTAS
A perspectiva tradicional foi bastante posta em causa por Jeremy Bentham fundador do
utilitarismo. O princípio moral sustentado pelos utilitaristas é que uma ação é moralmente boa se e
só se o bem-estar for superior ao mal-estar daí resultante. Na perspectiva do utilitarismo, a
felicidade e o bem-estar dos animais consiste no prazer e na ausência do sofrimento.


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20 DE DEZEMBRO DE 2020
De acordo com o filosofo inglês, o que determina que um ser possui um estatuto moral não é
racionalidade mas sim a senciência. Senciencia consiste em que o que importa não é se os animais
podem raciocinar ou falar, mas se os animais podem sofrer. O que é considerado de errado em não
ter cuidado com a segurança do animal não é este ter capacidade de refletir sobre o mau-trato em
questão, mas o facto desse ser-vivo em questão sentir dor e estar por isso sofrendo, mesmo que a
dor seja física ou psicológica.


Peter Singer defende que os interesses dos animais e dos seres humanos abordam o mesmo e ao
avaliar as consequências das nossas ações é necessário a imparcialidade por parte do Homem no
bem-estar de todos os seres-vivos. A única maneira de atingir esta tal imparcialidade é apenas
utilizar os animais para a produção de benefícios suficientemente significativos


9. PERSPECTIVA DOS DIREITOS
Através de uma visão deontológica, esta teoria defende que os seres humanos possuem direitos
que não podem ser violados em nome da felicidade de todos.


Segundo Tom Regan, só a teoria dos direitos pode efetivamente preservar a integridade dos
animais n
ã
o-humanos; argumenta, nesse sentido, que os seres humanos apenas s
ã
o salvaguardados
dos abusos aos animais por serem contemplados por direitos que lhes asseguram seus mais
preciosos bens . Isto porque os direitos morais individuais erguem um limite justific
á
vel
à
s a
ç
õ
es
do grupo que podem ter consequ
ê
ncias ao indiv
í
duo. Nem em todos os casos os direitos morais
individuais ultrapassam os interesses coletivos e, estabelecem uma linha rigorosa de quando os
interesses individuais devem ceder aos interesses coletivos. Contudo, o direito de n
ã
o ter sua
integridade violada parece sempre prevalecer aos objetivos do grupo, salvo algumas exce
ç
õ
es.


Regan suporta a sua teoria em Kant dado que este diz que os seres humanos devem ser
respeitados como um fim em si mesmo, mas estende essa considera
ç
ã
o a determinados animais
n
ã
o-humanos no caminho de lhes conferir direitos morais. Tom Regan sugere que os seres
humanos devam ser respeitados e tratados como um fim em si mesmo, contudo, isto inclui
também animais n
ã
o-humanos neste
â
mbito.


10
20 DE DEZEMBRO DE 2020
A proposta realizada por Tom Regan traz mais polémica e é mais restritiva do que a proposta
realizada por Peter Singer, ainda assim as implicações seriam as mesmas que Singer propõe


Acrescentando que os animais não humanos também tem esses direitos, o que significa que a sua
vida não poderá ser colocada em causa.


De acordo com esta teoria, apenas uma solução é aceitável: a abolição do uso dos animais na
investigação cientifica; alimentação; vestuário, entretinimento e as indústrias de exploração animal


10 . OS FINS COMERCIAIS E DE ENTRETINIMENTO
Muitos animais são utilizados para avaliar a segurança e eficácia de certos produtos
cosméticos. Estes testes não são necessários para evitar o sofrimento humano: mesmo que não
houvesse alternativa á utilização de animais para ensaio a segurança de certos produtos, o Homem
já possui produtos cosméticos suficientes. Existem uma vasta quantidade de argumentos contra
este tipo de experimentação: após a experiência os animais são mortos ou vivem o resto das suas
vidas feridos e/ou presos; por vezes os produtos testados em animais acabam por nunca serem
aprovados para o consumo público.


Nas ultimas décadas, os animais têm sido utilizados de diversos formas para benefício dos
humanos como para vários fins de entretenimento como circos, corridas de toiros e jardins
zoológicos.


11 . CONCLUSÃO
Em suma, pode-se concluir que a legitimidade da experimentação animal apresenta três
distintas perspectivas. A perspectiva tradicional consiste que só os seres humanos possuem direitos
morais e que temos apenas obrigações indiretas para com os animais. Na perspectiva utilitarista é
a obrigação ética fundamental é promover o bem-estar. O bem-estar dos animais é tão importante
como o bem-estar dos seres humanos. Na perspectiva dos direitos, todos os sujeitos de uma vida,
11
20 DE DEZEMBRO DE 2020
animais ou humanos possuem direitos morais absolutos. Mais do que promover o bem-estar,
importa respeitar esses direitos. Desde sempre os animais foram sempre vistos como seres
inferiores sendo utilizações para fins comerciais(produtos cosméticos) , para fins de
entretinimento(corridas de toiros). As experiências em animais são realizadas há bastante tempo e
as primeiras referências a ensaios em animal foram encontradas nos escritos dos gregos, antes de
cristo. O primeiro registo existente é de Aristóteles, um filosofo grego que viveu aproximadamente
300 anos antes de Cristo. Este filosofo tinha como principal objectivo: a dissecação de porcos para
perceber as diferenças existentes entre animais e humanos. A morte do animal é considerada
moral se o sofrimento pelo qual o animal passa seja inferior ao alívio causado aos outros seres à
sua volta. No caso dos animais de laboratório, este sofrimento só será considerado moral caso a
experiência esteja relacionado com algo essencial e não supérfluo como o caso de vacinas que
poderão ajudar outros seres vivos com futuras doenças. Mesmo que quiséssemos evitar infligir
sofrimento aos animais apenas quando os interesses dos seres humanos não fossem afetados,
seríamos forçados a efetuar mudanças radicais na forma como tratamos os animais, o que teria
implicações relativamente à nossa alimentação, aos métodos de criação de animais, aos processos
experimentais em muitas áreas da ciência, à nossa atitude perante a vida selvagem e a caça, as
armadilhas e o uso de peles e relativamente a certas áreas do entretenimento. Concluindo, a
questão “se é moral matar o animal para fins de experimentação” pode ter diversas pontos de vista
dado que uns defendem que a vida humana e a continuidade da raça humana é bastante superior a
qualquer vida de qualquer ser vivo ou que a vida animal é tão moralmente legítima á vida de um
ser humano e que as experiências realizadas em animais deverão ser totalmente abolidas e serem
realizadas alternativas para que ambos os seres tenham uma vida em que nenhum é sobreposto ao
outro igualmente.


12
20 DE DEZEMBRO DE 2020
12. BIBLIOGRAFIA
https://oholocaustoanimal.wordpress.com/2014/03/31/as-limitacoes-e-os-perigos-da-experim entacao-animal/




https://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles https://www.publico.pt/2016/09/20/p3/noticia/experimentacao-
animal-crueldade-ou-mal-nece ssario-1833306


https://en.wikipedia.org/wiki/Animal_testing http://www.bbc.co.uk/ethics/animals/using/experiments_1.shtml


https://pt.wikipedia.org/wiki/William_Harvey https://animal-testing.procon.org/ https://pt.slideshare.net/
adalbertobrant/pesquisa-em-animais


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A legitimidade da experimentação animal

  • 1. 20 DE DEZEMBRO DE 2020 A legitimidade da experimentação animal Trabalho realizado por: Martim de Carvalho Foster nº4 LH Henrique Spínola Barros-Gomes nº8 SE Tomás Amaral Ferraz nº13 SE 1 PROFESSORA MªEDUARDO NUNES FILOSOFIA 11ºANO F ESCOLA SECUNDÁRIA DONA FILIPA DE LENCASTRE
  • 2. 20 DE DEZEMBRO DE 2020 INDICE - Introdução ao Trabalho (p.3/4) - Se matar o animal (p.4/5) - Se não matar o animal (p.5/6) - O contexto histórico (p.6/7) - Benefícios á experimentação animal (p.7/8) - Desvantagens á experimentação animal (p.8) - Alternativas á experimentação animal (p.8) - Perspectiva Tradicional (p.9) - Perspectiva dos Utilitaristas(p.9/10) - Perspectiva dos Direitos (p.10) - Os fi ns comerciais e de entretinimento(p.11) - Conclusão(p.11/12) - Webgra fi a (p.13) 2
  • 3. 20 DE DEZEMBRO DE 2020 INTRODUÇÃO Neste trabalho vai ser abordado a moralidade e a plausibilidade das experiências em animais ou seja todos os efeitos positivos e negativos que este assunto levanta. O problema de conhecer se os animais não humanos são dignos de consideração moral. O ser humano sempre utilizou animais para a alimentação, locomoção, entretenimento, vestuário e também se serviu deles para realizar aprendizagens e pesquisas nas várias áreas do conhecimento. Esta exploração aos animais por partes dos humanos é devido á antiga ideias de que o Homem é uma raça superior, enquanto que todos os animais são considerado seres inferiores e por isso servem para a satisfação dos objectivos e projectos por parte dos seres humanos. Submetendo os animais aos interesses e supostas necessidades, infligimos enorme sofrimento e tratamo-los com desprezo de quem pensa que não passam de coisas ao nosso dispor. O uso de animais em experiências científicas tem uma vasta importância para a evolução dos conhecimentos na área da saúde. Com este trabalho é pretendido demonstrar os diferentes pontos de vista desta questão filosófica: se é positivo a utilização de animais para fins experimentais ou se é negativo esta mesma utilização dos animais por parte do Homem. A experimentação animal para fins médicos e comerciais também irá ser examinada e discutida, dado que também possui uma vasta relevância sobre o assunto principal. As teses/posições que irão ser discutidas é o domínio dos seres humanos sobre os animais é moralmente injustificável. Esta tese foi defendida por Peter Singer, um filósofo de origem australiana e também por Tom Regan, um professor de filosofia na Universidade da Carolina do Norte, que é especializado na teoria dos direitos dos animais. Estes acreditam que se os animais dotados de sistema nervoso e de cérebro, tal como o homem, capazes de experimentar dor, o sofrimento deles será então igualmente desagradável como o sofrimento humano. A posição contrária á que foi exposta por Tom Regan e Peter Singer é o especismo que é suportada por vários filósofos como Kant e Aristoteles, defendendo que apenas os seres humanos são dignos de consideração moral. 3
  • 4. 20 DE DEZEMBRO DE 2020 Após uma longa discussão filosófica entre todos os membros do grupos, foi chegado á conclusão que a experimentação animal é um mal mas um mal que é necessário para a sobrevivência da raça humana, apesar de não respeitar de todo os direitos dos animais. A experimentação animal possui diversos benefícios como por exemplo o desenvolvimento de vacinas, o desenvolvimento de técnicas de transplantes de orgãos e o desenvolvimento de tratamento de várias doenças como o cancro. Por outro lado, a preocupação do bem-estar animal é cada vez mais importante e a defesa dos direitos dos animais tem cada vez mais prevalência e o impacto das expriências animais são bastante negativas para a vida dos seres-vivos em questão. Posto isto é lamentável que este debate tende para a ideia que um dos grupos se preocupa com o bem estar dos animais e o outro não. Contudo não é o caso, o grupo que é favor da experimentação em animais possui a noção que são necessários alguns avanços nas áreas da ciência e da medicina que apenas são possíveis com a experimentação da utilização animal. Na perspectiva de todos os elementos do grupos foi chegado á conclusão que as experiências animais são um mal necessário mas que devem ser feito todos os possíveis para reduzir o sofrimento dos animais, para assegurar a segurança dos mesmos e para garantir que os resultados desta experiências sejam benéficas. A verdadeira pergunta é “Se é moral a realização de experiências em animais? ”. As experiências devem ser qualificadas tendo em conta se estas matam ou não o animal em questão e podemos também qualificar as experiências tendo em conta a finalidade desta. 1. SE MATAR O ANIMAL Antes de se ver se é moral matar um animal como resultado de uma experiência temos de ver se esta é considerada legitima, para fazermos isso temos de ver se o seu resultado justifica a morte do animal mas também temos de ver quais são os seus fins (fins comerciais ou médicos) a seguir temos de ver se a morte do animal é a única forma para fazer a experiência, já que muitas vezes as experiências em que os animais morrem costumam ter um custo inferior, porque manter o animal vivo durante a sua vida toda pode custar muito dinheiro e vai ocupar espaço para outros sujeitos a teste, temos de levar em conta estes fatores para vermos se uma experiência é legítima. 4
  • 5. 20 DE DEZEMBRO DE 2020 Certas mortes de animais são inevitáveis como por exemplo, para consumo pessoal, ou para defesa não só de outro ser como também para a propagação de outras espécies propícias ao ecossistema. A morte do animal é considerada moral se o sofrimento pelo qual o animal passa seja inferior ao alívio causado aos outros seres à sua volta. No caso dos animais de laboratório, este sofrimento só será considerado moral caso a experiência esteja relacionado com algo essencial e não supérfluo como o caso de vacinas que poderão ajudar outros seres vivos com futuras doenças. 2. SE NÃO MATAR O ANIMAL Ao ser realizada uma experiência num animal temos que ter em consideração o seu sofrimento. Esta, não deve ter só como linha de conta não matar o animal pois isso não significa que o animal não tenha sofrido durante o processo experimental, “Se um ser sofre, não pode haver justificação moral para a recusa de tomar esse sofrimento em consideração”. Com isto, o facto de o animal não morrer não pode ser legítimo para fazer qualquer experiência, “Independentemente da natureza do ser, o princípio da igualdade exige que o sofrimento seja levado em linha de conta em termos igualitários relativamente a um sofrimento semelhante de qualquer outro ser (…)”. Se um determinado ser não é capaz de sofrer, nem de sentir satisfação ou felicidade, não há nada a tomar em consideração. É por isso que o limite da senciência (da capacidade de sofrer ou de sentir prazer ou felicidade) é a única fronteira defensável da preocupação pelo interesse alheio. Marcar esta fronteira com alguma característica como a inteligência ou a racionalidade seria marcá-la de modo arbitrário. Conseguimos dizer que os animais sentem dor devido à sua reação quando expostos à dor. Esta reação é bastante semelhante à dos humanos e isso é suficiente para a convicção de que sentem dor. Se os animais sentem dor logo sofrem. Se podem sofrer, então o ser humano tem de ter moralmente em consideração o sofrimento dos animais. Pode objetar-se que é impossível comparar o sofrimento de diferentes espécies e que, por esta razão, quando os interesses de animais e de seres humanos entram em conflito, o princípio da 5
  • 6. 20 DE DEZEMBRO DE 2020 igualdade não serve de orientação. É verdade que a comparação do sofrimento entre membros de diferentes espécies não se pode fazer com precisão. Nem se pode comparar com precisão, pelos mesmos motivos, o sofrimento de seres humanos diferentes. A precisão não é essencial. Mesmo que quiséssemos evitar infligir sofrimento aos animais apenas quando os interesses dos seres humanos não fossem afetados, seríamos forçados a efetuar mudanças radicais na forma como tratamos os animais, o que teria implicações relativamente à nossa alimentação, aos métodos de criação de animais, aos processos experimentais em muitas áreas da ciência, à nossa atitude perante a vida selvagem e a caça, as armadilhas e o uso de peles e relativamente a certas áreas do entretenimento. Em consequência disso, a quantidade total de sofrimento causado seria grandemente reduzida; seria tão reduzida que é difícil imaginar outra mudança de atitude moral que causasse uma redução tão grande da soma total de sofrimento no universo. 3. CONTEXTO HISTÓRICO As experiências em animais são realizadas há muitos séculos. As primeiras referências a ensaios em animal foram encontradas nos escritos dos gregos, antes de cristo. O primeiro registo existente é de Aristóteles, um filosofo grego que viveu aproximadamente 300 anos antes de cristo. Este filosofo tinha como principal objectivo: a dissecação de porcos para perceber as diferenças existentes entre animais e humanos. Aristóteles foi considerado como “o pai das ciências” enquanto disciplina. Este escreveu obras como “A história dos animais”, “As partes do animais, a geração dos animais” e diversas outras obras sobre anatomia e botânica. Estas obras tratavam sobre o estudo de 400 animais, que Aristóteles pretendia classificar tendo dissecado grande parte destes seres-vivos. No entanto, houve registos de testes realizados em animais nos séculos XVII e XVIII. No século XVII(dezassete), Sir William Harvey publicou o seu trabalho sobre o coração e o sistema cardiovascular dos humanos, todavia este utilizou como base o sistema cardiovascular de alguns seres vivos. Harvey contribuiu bastante para o desenvolvimento da ciência dado que realizou 6
  • 7. 20 DE DEZEMBRO DE 2020 várias experiências com animais analisando minuciosamente o comportamento das artérias e das veias. O médico britânico estudou o comportamento dos animais vivos, abriu a cavidade torácica e observou diretamente o bater do coração. Nas suas mãos teve posse do coração de um animal vivo e percebeu que este ficava alternadamente duro e relaxado, como o movimento de um músculo. Após o estudo de Harvey sobre o sistema circulatório este considerou que “O coração é uma bomba”. Stephen Hales foi um naturalista e um químico de origem inglesa, que teve grande impacto da ciência do século XIII(dezoito). Hales foi o autor de uma obra de titulo “Haemastaticks” no ano de 1733, onde aborda sobre a fisiologia animal. O naturalista realizou várias experiências relacionadas com o sistema circulatória e a medição da pressão arterial, observando que os fluidos animais se movem de acordo com as leis da hidráulica e da hidrostastica. Mais recentemente no ano de 1996 foi realizado um processo de clonagem, sendo que o animal que foi escolhido foi uma ovelha chamada Dolly. Através desta informação, consegue perceber-se que a experimentação em animais não é algo recente , mas uma atividade praticada pelo Homem há séculos, e quase tudo o que sabemos á cerca ás diferentes espécies de animais deve-se á vasta quantidade de experiências que já foram realizadas. 4. BENEFÍCIOS A experimentação animal apresenta vários fatores positivos e negativos e seria dispensável nu~em mundo onde não houvesse sofrimento e doenças, todavia esta não é a realidade em que nós vivemos. Grande parte dos animais e humanos são beneficiados pela experimentação animal, logo os humanos não são os únicos a tirarem partido de tal. Devido á utilização de animais nas experiencias cientificas, vários humanos e animais possuem uma melhor qualidade de vida e mais longevidade. Através da experimentação animal possibilitou ao desenvolvimento de várias técnicas para o transplante de orgãos, o desenvolvimento de vacinas e produção de poroso desenvolvimento de 7
  • 8. 20 DE DEZEMBRO DE 2020 tratamentos contra o cancro; a descoberta de medidas profilácticas e tratamentos e o desenvolvimento do uso de antidepressivos, tranquilizantes e anestésicos. Também com a experimentação em cães foi descoberta a principal causa da Diabetes (uma condição crónica de longa duração que ocorre quando o corpo não produz insulina suficiente e o tratamento cirúrgico de doenças cardiovasculares. As experiências animais também têm vários pontos a favor para os próprios animais, visto que só devido a estas experiências, a vacina para a leucemia felina, a raiva e para a parvovirose canina foi descoberta e alguns tratamentos para certas doenças. 5. DESVANTAGENS Apesar da utilização de animais para fins cientificos, os pontos-contra á experimentação animal são o elevado preço dessas experiências, o longo período de tempo que estas demoram a ser realizadas, os erros ocasionais que decorrem durante a transferências de resultados obtidos em animais para humanos. Alguns dos testes/experiências que se fazem com animais possui resultados bastante negativos e dolorosos para biodiversidade, dado que milhões de animais são expostos á ação de gases tóxicos, são queimados, são mutilados e são envenenados. Um dos testes que é realizado por humanos é o Teste do Draize. Este teste serve como medidor da ação nociva, todavia caso haja toxicidade, os produtos são na mesma lançados para os mercados. A principal espécie animal a sofrer com estas experiências são os coelhos dado que estes são imobilizados em suportes e olhos mantidos abertos com clipes de metal, provocando em grande parte dos casos cegueira. 6. ALTERNATIVAS Existem diversas alternativas á experimentação animal, quando esta não respeita os direitos do animal tal como a utilização de cultura de células para estudos de toxicidade e irritação; simulações por meios tecnológicos (computador) e a utilização de voluntários humanos. 8
  • 9. 20 DE DEZEMBRO DE 2020 7. PERSPECTIVA TRADICIONAL De acordo com Kant, os animais não têm consciência de si e existem apenas como meio para um fim, sendo esse fim para a sobrevivência da raça humana. Segundo esta perspectiva é justificado tratar cruelmente os animais quando estes trazem vantagem ao Homem. Immanuel Kant defendia que a utilização dos animais na ciência, por muito sofrimento que possa causar não tem nada de errado pois serve um objetivo admirável: a aquisição de conhecimento. O filosofo condena a crueldade quando esta tem fins de entretinimento mas que estes não possuem na mesma algum tipo de estatuto moral. O iluminista alemão afirma que o princípio fundamental da moral se baseia na razão, a o qual nos manda tratar os nossos semelhantes como fins e nunca como meios. Também não se pode ferir a humanidade de quem não é ser humano, pelo que os outros animais nem sequer fazem parte do universo da moralidade .Esta perspectiva é referida também na Bíblia e também é defendida por outros filósofos tais como Tomás de Aquino e Aristoteles A humanidade desenvolveu uma ideia que coloca a raça humana como uma espécie superior ás outras. O especismo é um ponto de vista que uma espécie neste caso (a humana) possui todo o direito de explorar, escravizar e matar as demais espécies de animais por considerá-las inferiores. Mesmo que os animais não tenham sido criados para o benefício da raça humana, podemos continuar a crer que só o Homem possui importância moral e estatuto, dado que os seres humanos são distinguidos das outras pela racionalidade, ou seja isto dá um estatuto moral superior ao Homem. 8. PERSPECTIVA DOS UTILITARISTAS A perspectiva tradicional foi bastante posta em causa por Jeremy Bentham fundador do utilitarismo. O princípio moral sustentado pelos utilitaristas é que uma ação é moralmente boa se e só se o bem-estar for superior ao mal-estar daí resultante. Na perspectiva do utilitarismo, a felicidade e o bem-estar dos animais consiste no prazer e na ausência do sofrimento. 9
  • 10. 20 DE DEZEMBRO DE 2020 De acordo com o filosofo inglês, o que determina que um ser possui um estatuto moral não é racionalidade mas sim a senciência. Senciencia consiste em que o que importa não é se os animais podem raciocinar ou falar, mas se os animais podem sofrer. O que é considerado de errado em não ter cuidado com a segurança do animal não é este ter capacidade de refletir sobre o mau-trato em questão, mas o facto desse ser-vivo em questão sentir dor e estar por isso sofrendo, mesmo que a dor seja física ou psicológica. Peter Singer defende que os interesses dos animais e dos seres humanos abordam o mesmo e ao avaliar as consequências das nossas ações é necessário a imparcialidade por parte do Homem no bem-estar de todos os seres-vivos. A única maneira de atingir esta tal imparcialidade é apenas utilizar os animais para a produção de benefícios suficientemente significativos 9. PERSPECTIVA DOS DIREITOS Através de uma visão deontológica, esta teoria defende que os seres humanos possuem direitos que não podem ser violados em nome da felicidade de todos. Segundo Tom Regan, só a teoria dos direitos pode efetivamente preservar a integridade dos animais n ã o-humanos; argumenta, nesse sentido, que os seres humanos apenas s ã o salvaguardados dos abusos aos animais por serem contemplados por direitos que lhes asseguram seus mais preciosos bens . Isto porque os direitos morais individuais erguem um limite justific á vel à s a ç õ es do grupo que podem ter consequ ê ncias ao indiv í duo. Nem em todos os casos os direitos morais individuais ultrapassam os interesses coletivos e, estabelecem uma linha rigorosa de quando os interesses individuais devem ceder aos interesses coletivos. Contudo, o direito de n ã o ter sua integridade violada parece sempre prevalecer aos objetivos do grupo, salvo algumas exce ç õ es. Regan suporta a sua teoria em Kant dado que este diz que os seres humanos devem ser respeitados como um fim em si mesmo, mas estende essa considera ç ã o a determinados animais n ã o-humanos no caminho de lhes conferir direitos morais. Tom Regan sugere que os seres humanos devam ser respeitados e tratados como um fim em si mesmo, contudo, isto inclui também animais n ã o-humanos neste â mbito. 10
  • 11. 20 DE DEZEMBRO DE 2020 A proposta realizada por Tom Regan traz mais polémica e é mais restritiva do que a proposta realizada por Peter Singer, ainda assim as implicações seriam as mesmas que Singer propõe Acrescentando que os animais não humanos também tem esses direitos, o que significa que a sua vida não poderá ser colocada em causa. De acordo com esta teoria, apenas uma solução é aceitável: a abolição do uso dos animais na investigação cientifica; alimentação; vestuário, entretinimento e as indústrias de exploração animal 10 . OS FINS COMERCIAIS E DE ENTRETINIMENTO Muitos animais são utilizados para avaliar a segurança e eficácia de certos produtos cosméticos. Estes testes não são necessários para evitar o sofrimento humano: mesmo que não houvesse alternativa á utilização de animais para ensaio a segurança de certos produtos, o Homem já possui produtos cosméticos suficientes. Existem uma vasta quantidade de argumentos contra este tipo de experimentação: após a experiência os animais são mortos ou vivem o resto das suas vidas feridos e/ou presos; por vezes os produtos testados em animais acabam por nunca serem aprovados para o consumo público. Nas ultimas décadas, os animais têm sido utilizados de diversos formas para benefício dos humanos como para vários fins de entretenimento como circos, corridas de toiros e jardins zoológicos. 11 . CONCLUSÃO Em suma, pode-se concluir que a legitimidade da experimentação animal apresenta três distintas perspectivas. A perspectiva tradicional consiste que só os seres humanos possuem direitos morais e que temos apenas obrigações indiretas para com os animais. Na perspectiva utilitarista é a obrigação ética fundamental é promover o bem-estar. O bem-estar dos animais é tão importante como o bem-estar dos seres humanos. Na perspectiva dos direitos, todos os sujeitos de uma vida, 11
  • 12. 20 DE DEZEMBRO DE 2020 animais ou humanos possuem direitos morais absolutos. Mais do que promover o bem-estar, importa respeitar esses direitos. Desde sempre os animais foram sempre vistos como seres inferiores sendo utilizações para fins comerciais(produtos cosméticos) , para fins de entretinimento(corridas de toiros). As experiências em animais são realizadas há bastante tempo e as primeiras referências a ensaios em animal foram encontradas nos escritos dos gregos, antes de cristo. O primeiro registo existente é de Aristóteles, um filosofo grego que viveu aproximadamente 300 anos antes de Cristo. Este filosofo tinha como principal objectivo: a dissecação de porcos para perceber as diferenças existentes entre animais e humanos. A morte do animal é considerada moral se o sofrimento pelo qual o animal passa seja inferior ao alívio causado aos outros seres à sua volta. No caso dos animais de laboratório, este sofrimento só será considerado moral caso a experiência esteja relacionado com algo essencial e não supérfluo como o caso de vacinas que poderão ajudar outros seres vivos com futuras doenças. Mesmo que quiséssemos evitar infligir sofrimento aos animais apenas quando os interesses dos seres humanos não fossem afetados, seríamos forçados a efetuar mudanças radicais na forma como tratamos os animais, o que teria implicações relativamente à nossa alimentação, aos métodos de criação de animais, aos processos experimentais em muitas áreas da ciência, à nossa atitude perante a vida selvagem e a caça, as armadilhas e o uso de peles e relativamente a certas áreas do entretenimento. Concluindo, a questão “se é moral matar o animal para fins de experimentação” pode ter diversas pontos de vista dado que uns defendem que a vida humana e a continuidade da raça humana é bastante superior a qualquer vida de qualquer ser vivo ou que a vida animal é tão moralmente legítima á vida de um ser humano e que as experiências realizadas em animais deverão ser totalmente abolidas e serem realizadas alternativas para que ambos os seres tenham uma vida em que nenhum é sobreposto ao outro igualmente. 12
  • 13. 20 DE DEZEMBRO DE 2020 12. BIBLIOGRAFIA https://oholocaustoanimal.wordpress.com/2014/03/31/as-limitacoes-e-os-perigos-da-experim entacao-animal/ 
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles https://www.publico.pt/2016/09/20/p3/noticia/experimentacao- animal-crueldade-ou-mal-nece ssario-1833306 https://en.wikipedia.org/wiki/Animal_testing http://www.bbc.co.uk/ethics/animals/using/experiments_1.shtml https://pt.wikipedia.org/wiki/William_Harvey https://animal-testing.procon.org/ https://pt.slideshare.net/ adalbertobrant/pesquisa-em-animais - 13