O documento discute os conceitos de resistência e suscetibilidade de plantas a insetos. A resistência é hereditária e específica a determinados insetos, variando de imunidade a alta suscetibilidade. Existem também formas de pseudo-resistência como escape e resistência induzida. Os tipos de resistência incluem antixenose, antibiose e tolerância.
2. Resistência da planta
• È aquela que devido à sua condição
genotípica, é menos danificada que uma
outra, em igualdade de condições.
-A resistência é relativa, não existe escala
absoluta para medi-la; exigindo
comparações entre plantas.
- A resistência é hereditária e específica a
um determinado inseto.
3. Graus de resistência
• A) Imunidade- não sofre nenhum dano
causado pela praga sob qualquer
condição.
• B) Alta resistência- sofre pouco dano em
determinadas condições.
4. • C) Resistência moderada- sofre um dano
menor que o dano médio causado nas
variedades em geral.
• D) Suscetibilidade-sofre dano semelhante
ao dano médio sofrido pelas variedades
em geral.
• E) Alta suscetibilidade- dano bem maior
do que a média das variedades em geral.
5. PSEUDORESISTÊNCIA
Embora não sejam resistentes, são menos
danificadas quando comparadas com outras nas
mesmas condições.
A) Escape- devido ao acaso não são infestadas.
Deve-se fazer teste de progênie.
B) Evasão hospedeira- passa rapidamente pela
sua fase de suscetibilidade ou quando esta
coincide com uma época de baixa densidade
populacional da praga.
6. C) Resistência induzida- ocorre quando a manifestação da
resistência é temporária devido a condições especiais
do ambiente que, uma vez suprimidas, fazem com que
a planta retorne à sua real condição de suscetibilidade.
É resultante de um processo de ativação qualitativa e
quantitativa dos mecanismos responsáveis pela
produção de substâncias de defesa da planta por meio
de fatores extrínsicos (bióticos e abióticos).
Exemplo = folhas com alta concentração de silício afeta a
preferência, reprodução e desenvolvimento do pulgão
Schizaphis graminum (barreira física).
7. CONSTATAÇÃO DA
RESISTÊNCIA NOS INSETOS
• Oviposição;
• -Alimentação;
• -Duração da fase larval e pupal;
• -Longevidade e fecundidade dos adultos
etc.
8. CONSTATAÇÃO DA
RESISTÊNCIA NAS PLANTAS
• -Mortalidade das plantas;
• -Proporção das áreas foliares destruídas
ou danificadas;
• - Número de órgãos vegetais danificados;
• -Produtividade;
• -Qualidade do produto.
9. TIPOS DE RESISTÊNCIA
• A) Antixenose ou não preferência-
quando ela é menos utilizada para
alimentação, oviposição ou abrigo em
comparação com outra em igualdade de
condições.
10. Estímulo para localização ou não da
planta:
1. Atraente- orienta o inseto à planta
2. Repelente- orienta o inseto em direção
contrária à planta
11. Estímulos para interrupção ou não da
movimentação:
1. Arrestante- cessa a locomoção quando
em contato com o hospedeiro
2. Repelente ou estimulante da locomoção =
leva o inseto a locomover-se do
hospedeiro
12. Estímulo para início ou não da
alimentação:
1. Incitante- o inseto inicia a alimentação
2. Supressor- impede o inseto de iniciar a
sua alimentação
13. Estímulo para manutenção ou não da
alimentação:
1. Estimulante- faz o inseto continuar a sua
alimentação
2. Deterrente- impede o inseto de continuar
a sua alimentação
14. B) Antibiose- ocasiona mortalidade nas
fases larval, ninfal ou pupal, redução de
peso e tamanho de indivíduos. As plantas
apresentam toxinas, presença de
inibidores de crescimento ou reprodução;
impropriedades de nutrição (dieta).
15. C) Tolerância - não afeta o comportamento
e nem a biologia do inseto. Suporta o
ataque através da regeneração de tecidos
atacados, emissão de novos perfilhos etc.
Exemplo: ocorre em certas gramíneas
quando atacadas pela lagarta elasmo.
16. TEORIA SOBRE A SELEÇÃO
HOSPEDEIRA POR INSETOS
FITÓFAGOS.
A) Princípio de Hopkins: um inseto que vive em mudas de
uma espécie de planta terá preferência para se
reproduzir na espécie a qual se torna mais adaptada.
Isto é, os adultos dão preferência para ovipositar onde
as larvas foram criadas.
B) Teoria das substâncias secundárias: Ex: taninos,
alcalóides, saponinas, terpenos etc.
C) Teoria da discriminação dualística: o estímulo é dado
por substâncias secundárias e pelo estímulo nutritivo
por nutrientes essenciais ou não.
17. CAUSAS DA RESISTÊNCIA
A) Causas físicas- cor, forma e tamanho do
substrato vegetal – afetam a intensidade
da energia radiante. Exemplo: algodão
vermelho repele Anthonomus grandis
(bicudo)
18. B) Causas químicas:
1. Substâncias que afetam o comportamento dos insetos.
Exemplo: sinigrin (crucíferas) – estimulante de alimentação
de Plutella maculipensis; (traça couve)
florizin (macieira) – deterrente de Myzus persicae; (pulgão
verde pessegueiro)
2. Substâncias que afetam o metabolismo dos insetos.
Exemplo: nicotina (Nicotiana sp.); piretro (Chrysantemum
19. C) Causas morfológicas
-Pilosidade, espessura e dureza da epiderme; textura,
dimensão e disposição dos órgãos vegetais.
Exemplo:
a) variedade de algodão piloso, diminui a locomoção e
sobrevivência de lagartas recém-eclodidas de P.
gossypiella
b) feijão com pêlos em formato de gancho aprisiona
insetos como pulgões, cigarrinhas e até ácaros.
c) espigas de milho com palha bem compactada e com
comprimento além da ponta da espiga são menos
atacadas por Helicoverpa zea (lagarta da espiga)
20. VANTAGENS DA RESISTÊNCIA
DE PLANTAS A INSETOS
-aumento da produção
-facilidade de utilização
-custo
-harmonia com o ambiente
-persistência
-não interfere nas outras práticas culturais
-compatibilidade
21. LIMITAÇÕES DA RESISTÊNCIA
DE PLANTAS A INSETOS
- tempo para obtenção da variedade
resistente
-limitação genética da planta
-ocorrência de biótipos
-características de resistências conflitantes.
Ex: variedade de algodão piloso, aumenta
a oviposição de Heliothis spp. e diminui a
locomoção e sobrevivência de lagartas
recém-eclodidas de P. gossypiella.