SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 39
Baixar para ler offline
BIOLOGIA E CONTROLE
DE PLANTAS DANINHAS
TUTORA: Cristianne Burgo
Turma: 4º Período
UNIDADE 1 – PLANTAS DANINHAS
 Planta daninha é uma espécie vegetal que aparece onde
você não quer que ela se desenvolva, causando problemas
relacionados a alguma atividade humana, como a
agricultura ou o paisagismo.
 O conjunto de espécies vegetais designadas por plantas
daninhas, plantas invasoras ou plantas ruderais, são
aquelas consideradas indesejáveis em uma cultura
agrícola, sejam elas espécies cultivadas ou silvestres.
 Qualquer espécie silvestre pode ser considerada daninha e
qualquer espécie cultivada que não foi semeada no local
pelo ser humano e que prejudique a lavoura também é
considerada daninha, como, por exemplo, quando
gramíneas forrageiras utilizadas em pastagens invadem
outras culturas, prejudicando o manejo e a produtividade
delas.
UNIDADE 1 – Características das
plantas daninhas
 Rápido desenvolvimento das mudas.
 Rápida maturação reprodutiva e desenvolvimento de
propágulos: as espécies florescem rapidamente e produzem
uma grande quantidade de sementes.
 Capacidade de reprodução sexuada e vegetativa: a maioria das
plantas daninhas produz sementes e também se reproduz
assexuadamente.
 Plasticidade ambiental: capacidade de crescer e tolerar
diferentes condições edafoclimáticas.
 Plantas daninhas geralmente são autocompatíveis.
 São resistentes a fatores ambientais prejudiciais. Maior parte
das sementes de plantas daninhas possuem mecanismos de
dormência, possibilitando sua resistência a condições adversas.
Também pode não haver requisitos especiais para que a
germinação ocorra.
UNIDADE 1 – Características das
plantas daninhas
 Geralmente, as sementes de plantas daninhas possuem o
mesmo tamanho e formato da semente cultivada, dificultando
sua separação.
 Algumas plantas daninhas anuais produzem sementes mais de
uma vez e essa produção pode não ser afetada pelas
condições ambientais. Além disso, possuem diferentes
mecanismos de dispersão.
 Suas raízes e órgãos vegetativos apresentam reservas
energéticas, permitindo sua sobrevivência em condições de
estresse ambiental ou cultivo intensivo.
 Muitas plantas daninhas possuem adaptações morfológicas
que inibem a herbivoria e dificultam o manejo, como os
espinhos, ou apresentam sabor e odor repulsivos aos animais.
 Possuem grande habilidade competitiva por nutrientes, luz e
água.
 Plantas daninhas são resistentes, incluindo resistência aos
herbicidas.
UNIDADE 1 – Evolução das plantas
daninhas
UNIDADE 1 – Causas das
adaptações evolutivas das plantas
daninhas
 Aumento da seleção de sementes, que se tornam inaptas em
crescer fora do solo arado e preparado e dependem de
semeadura.
 Abandono da área cultivada, causando regressão do cultivar a
características selvagens.
 Nivelamento das condições ambientais do cultivo, favorecendo
genótipos adaptados ao controle dos fatores ambientais.
 Aumento das monoculturas, que selecionaram conjuntamente
plantas daninhas especializadas.
 Colheita combinada da cultura e das espécies daninhas,
levando a modificações que permitiram a espécie daninha ser
colhida em conjunto à lavoura.
 Redução da habilidade competitiva de culturas tratadas com
reguladores de crescimento químicos.
 Uso extensivo de herbicidas, que levou ao desenvolvimento de
UNIDADE 1 – Colonização das
lavouras
 O processo de hibridação ocorre pelo cruzamento entre a
espécie domesticada e suas formas silvestres (nativas),
causando a evolução da invasividade e gerando uma espécie
potencialmente daninha
 Quando ocorre o processo de introgressão, que é o
retrocruzamento de um híbrido natural com um de seus
parentais, pode haver o surgimento de uma variedade com
ganhos adaptativos e capacidade invasiva (planta daninha) e
não necessariamente com características de interesse
agronômico.
 Nem sempre a hibridação gera espécies invasivas, mas,
quando ocorre, as plantas vão possuir as mesmas
características adaptativas do cultivo, além de ocorrer a
mimetização das sementes, já que elas são híbridas,
dificultado a colheita e separação das sementes da cultura de
interesse. Isso torna árduo o trabalho de pós-colheita e leva a
perda de qualidade do produto.
UNIDADE 1 – Classificação de plantas daninhas
 Sistemática vegetal é a ciência que engloba
a taxonomia, a qual descreve, identifica, dá
nome e classifica as espécies vegetais em
conjunto as suas relações genéticas,
criando sua filogenia, ou sua história
evolucionária
 As plantas são classificadas baseadas em
critérios de ancestralidade e similaridade e
os cientistas criaram chaves para
identificação das espécies baseado nas
características morfoanatômicas das
plantas.
UNIDADE 1 – Classificação de plantas daninhas
 Para identificação de uma espécie, analisamos todos os caracteres
morfológicos disponíveis quando a espécie é coletada, mas a
morfologia da flor é a parte mais importante na classificação.
 O número de peças florais, disposição do ovário, número e
placentação dos óvulos, abertura das anteras e até o formato do
pólen podem ser utilizados para identificação.
 Além disso, a morfologia das folhas, disposição das mesmas nos
caules, presença de pilosidade, espinhos, cerosidade, a cor e a
textura são características importantes que precisam ser avaliadas.
 Com relação às plantas daninhas, é muito importante também que
você saiba identificar a espécie pela plântula, o que vai facilitar a
elaboração de um plano de manejo antes que essa espécie se
torne prejudicial para o cultivo.
UNIDADE 1 – Nomenclatura de plantas daninhas
 A nomenclatura botânica é essencial para a
correta identificação de uma espécie vegetal.
 Existem regras bem definidas pelo Código
Internacional de Nomenclatura Botânica, sendo
que o nome da espécie sempre será binomial,
com o gênero começando em letra maiúscula,
seguido do epíteto específico.
 O nome científico da espécie sempre será ou
sublinhado ou em itálico, nunca capitalizado.
 Exemplo: Jatropha urens, Jatropha é o gênero
ao qual a planta pertence e urens é o epíteto
específico, que dá identidade aquela espécie.
UNIDADE 1 –
Classificação quanto ao habitat
Plantas daninhas terrestres: são as espécies mais comuns, que
crescem no solo da lavoura ou em ao redor dele.
Plantas daninhas aquáticas: são plantas modificadas para viver no
ambiente aquático, sendo classificadas de acordo com a localização
no ambiente
aquático. As algas, mesmo não sendo parte do grupo das plantas,
também são
consideradas plantas daninhas aquáticas.
• Flutuantes: crescem sob a superfície da água e possuem raízes
livres, geralmente
não se fixando em nenhuma estrutura.
• Emergentes: geralmente possuem crescimento ereto e suas raízes
são fixas no
solo úmido.
• Submersas: crescem completamente dentro da água, com
algumas espécies
emitindo folhas na superfície.
• Marginais: crescem ao redor do ambiente aquático e podem
invadir e crescer
UNIDADE 1 –
Classificação _ Ciclo de vida
• Plantas anuais: são as plantas que completam seu
ciclo de vida em menos de um ano ou em uma estação
e crescimento. Geralmente, são caracterizadas por uma
grande produção de sementes, crescimento rápido e de
fácil manejo, comparado com as perenes.
• Anuais de verão: germinam na primavera, crescem e
florescem no verão e completam o ciclo de vida no
outono, com duração que varia de 40 a 160 dias.
• Anuais de inverno: germinam no outono ou no início
do inverno e florescem e frutificam na primavera ou
início do verão, com ciclos em média mais curtos (80
dias). A maioria das anuais de inverno pertencem a
Classe Eudicotyledonae.
Algumas espécies daninhas completam mais de um
ciclo por ano, como a Galinsoga parviflora (picão-
UNIDADE 1 –
Classificação _ Ciclo de vida
• Plantas bianuais: são espécies que demoram mais de
um ano e menos de dois para completarem o ciclo de
vida. São plantas que podem ser facilmente
manejadas, desde que se interrompa a produção de
sementes. Exemplos de bianuais são a Arctium minus
(bardana-menor) e Melilotus alba (melilotobranco).
• Plantas perenes: são plantas divididas em dois
grandes grupos. As perenes simples se propagam por
sementes e por reprodução assexuada, sendo a
reprodução sexuada preferencial e a vegetativa rara. Já
as perenes complexas são espécies que também se
reproduzem de ambas as formas, mas possuem
mecanismos de reprodução assexuada bem definidos,
incluindo estolões, rizomas, tubérculos e bulbos. As
complexas são as de maior dificuldade de controle, se
UNIDADE 1 –
Classificação _ hábito de crescimento
• Herbáceas: são espécies de pequeno porte, com altura inferior
a um metro, eretas ou prostadas. Geralmente possuem caules
tenros, podendo ser sublenhosas.
As gramíneas em geral pertencem a esse grupo.
• Subarbustivas: apresentam um porte que vai de 0,8 metros até
1,5 metros de altura, com caules lenhosos e hábito reto.
• Arbustivas: são espécies lenhosas, com altura entre 1,5 metros
até 2,5 metros.
• Arbóreas: são espécies lenhosas com mais de 2,5 metros.
• Lianas ou trepadeiras: são espécies que necessitam de um
apoio para crescerem, geralmente outras plantas. Elas crescem
através de enrolamento (volúveis) ou prendendo-se com uso de
gavinhas, garras ou espinhos. Atingem vários metros de
comprimento e podem ser ramificadas.
• Epífitas: crescem sob outras plantas, podendo ser parasitas ou
UNIDADE 1 –
Classificação ecológica
• Autóctones: são as espécies vegetais nativas ou selvagens. Em
relação às plantas daninhas, são espécies infestantes que são
originadas da própria região ou país. Quando o ambiente é alterado
para uma lavoura ou pastagem, essas espécies invadem e se
propagam, sendo geralmente mais problemáticas que as espécies
introduzidas (DEUBER, 1992).
• Alóctones: são espécies vegetais provenientes de outras regiões
ou países são alóctones, ou também chamadas introduzidas ou
naturalizadas. A maioria
das espécies daninhas alóctones foram introduzidas pelo homem, de
forma
voluntária ou involuntária. Algumas espécies trazidas
voluntariamente
para o país para serem utilizadas em pastagens, como a Brachiaria
decumbens
(capim-braquiária) e Panicum maximum (capim-colonião) acabaram
se tornando invasoras de lavouras e beira de estradas, além de
áreas nativas,
UNIDADE 1 –
Classificação estratégia evolutiva
• Plantas tolerantes ao estresse: essas espécies reduzem suas
biomassas vegetativas e reprodutivas e aumentam a alocação
de substâncias para manutenção e defesa. Elas possuem
características que garantem a resistência dos indivíduos em
ambientes severos e limitados. A limitação pode ser física,
como seca ou inundações recorrentes ou biótica, como a
herbivoria ou competição por nutrientes com outras espécies
(ZINDAHL, 2018).
• Plantas competidoras: nessa classe encontramos espécies
adaptadas em maximizar a captura de nutrientes, água e/ou
luz solar. Possuem grande crescimento vegetativo e são
abundantes nos primeiros estágios de sucessão de uma
comunidade vegetal.
• Plantas ruderais: espécies encontradas em ambientes
altamente alterados. Geralmente são plantas herbáceas, com
ciclo de vida muito curto, crescimento rápido e alta produção
UNIDADE 1 –
Reprodução
Reprodução sexuada geralmente envolve a produção de
grande quantidade de sementes, que podem possuir
diferentes mecanismos de dormência e diferentes
mecanismos de dispersão.
Muitos métodos de dispersão foram desenvolvidos pelas
espécies daninhas: através do ar, água, animais e o próprio
ser humano.
Dormência é uma condição na qual a semente não germina
mesmo
em condições ambientais ideais. Esse processo pode envolver
imaturidade do embrião; presença de metabólitos secundários
que inibem a germinação, tanto no embrião quanto no
endosperma ou no próprio tegumento; necessidade ou não de
UNIDADE 1 –
Reprodução
Reprodução assexuada, as plantas possuem diversos tipos de
propágulos que geralmente são produzidos em grande quantidade,
dependendo da espécie. Esses propágulos se espalham no solo,
quando o mesmo é preparado para o plantio e podem ter a
capacidade de brotarem mesmo em grandes profundidades no solo.
Isso dificulta o manejo das espécies daninhas, pois podem ficar
armazenados no solo e as plantas podem produzi-los em grande
quantidade.
• Estolão: os estolões são caules rasteiros que desenvolvem raízes
adventícias e a parte aérea na região dos nós, espalhando-se pelo
solo.
• Rizomas: os rizomas são caules subterrâneos que também
produzem raízes e brotos e se espalham horizontalmente pelo solo.
• Tubérculos: são caules subterrâneos que armazenam grande
quantidade de reservas energéticas (geralmente amido) e possuem
inúmeras gemas. Como exemplo temos o Cyperus rotundus
(tiririca), que se propaga facilmente por tubérculos.
UNIDADE 1 –
Sobrevivência
Banco de sementes de plantas daninhas: Refere-se às sementes
viáveis e outras estruturas reprodutivas presentes nos solos, que
possuem diversas características que dificultam o controle dessas
espécies. O banco de sementes possui um papel ecológico
importante para
manutenção de novos indivíduos nas comunidades vegetais, sendo
encontrado
nas terras cultivadas, pastagens, florestas, terras abandonadas,
desertos etc.
(DEUBER, 1992).
Mecanismos de dormência: A dormência representa uma das
principais formas das espécies vegetais garantirem sua perpetuação.
É uma característica adaptativa que assegura a sobrevivência das
plantas nos diferentes ecossistemas, incluindo o agrícola. A
germinação de sementes e o sucesso estabelecimento da muda
requerem mecanismos que previnam que esta ocorra antes da
UNIDADE 1 –
Competição
Está relacionado a uma luta entre plantas pela busca de recursos
naturais:
água, luz, dióxido de carbono e nutrientes minerais. A competição é
uma
interação negativa na qual indivíduos com demandas simultâneas
excedem os
recursos naturais disponíveis e ambos sofrem, um sempre mais do
que o outro.
A competição entre plantas daninhas e plantas cultivadas dependerá
de vários
fatores, mas quanto mais similares são as duas espécies em relação
ao hábito e
requerimentos nutricionais, mais severo é o efeito competitivo.
• Competição (Comp.) direta: nutrientes, umidade, luz e espaço.
• Comp. indireta: através da exsudação ou produção de compostos
alelopáticos.
• Comp. intraespecífica entre indivíduos de espécies cultivadas.
UNIDADE 1 –
Características de plantas competitivas
• Crescimento rápido.
• Folhas grandes.
• Folhas horizontais em ambientes sombreados e folhas inclinadas
em ambientes ensolarados.
• Metabolismo C4.
• Folhas dispostas para melhor interceptação de luz.
• Alta capacidade de alocar massa seca para crescimento em altura.
• Extensão rápida do caule em resposta ao sombreamento.
• Fácil penetração no solo e crescimento radicular rápido.
• Boa densidade radicular.
• Comprimento radicular maior em relação ao seu peso.
• Boa proporção de raízes com crescimento ativo.
• Alta quantidade de pelos radiculares.
• Alto potencial de absorção de água e nutrientes.
UNIDADE 1
Alelopatia são as interações químicas que ocorrem entre
plantas,
entre plantas e microrganismos e outros seres vivos. Essa
interação pode ter efeitos inibitórios ou estimulantes,
atuando sobre a germinação, crescimento e
desenvolvimento. Com relação às plantas daninhas, a
alelopatia geralmente apresenta efeito inibitório sobre as
plantas cultivadas.
Link dos vídeos
• https://www.youtube.com/watch?v=UbFbIH-
AYOc
• https://www.youtube.com/watch?v=EOZ2ElPZhKA
• https://www.youtube.com/watch?v=Yj8e_vNk0p0
&pp=ygUQcGxhbnRhcyBkYW5pbmhhcw%3D%3D
• https://www.youtube.com/watch?v=4bm57UxgBxk
• https://www.youtube.com/watch?v=9Acb3z7qsO4
&t=129s&pp=ygUtY29udHJvbGUgZGUgcGxhbnRhcy
BkYW5pbmhhcyBjb20gZWxldHJpY2lkYWRl
• https://www.youtube.com/watch?v=R1VG-
Afj_IM&pp=ygUtY29udHJvbGUgZGUgcGxhbnRhcyBkYW
5pbmhhcyBjb20gZWxldHJpY2lkYWRl
• https://www.youtube.com/watch?v=HpqVSsifAYQ&pp=
ygUtY29udHJvbGUgZGUgcGxhbnRhcyBkYW5pbmhhcyB
jb20gZWxldHJpY2lkYWRl
• https://www.youtube.com/watch?v=T2YNbiTZhec&pp=
ygUlY29udHJvbGUgZGUgcGxhbnRhcyBkYW5pbmhhcyBj
b20gZm9nbw%3D%3D
• https://www.youtube.com/@PlantasDaninhasdoAgro
recomendo seguirem este canal, traz muita coisa legal e
importante sobre plantas daninhas.
• Bom estudo a todos!!!!!
AGRADECEMOS A PRESENÇA!

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Biologia Daninhas

Poster pragas em hortaliças ok
Poster pragas em hortaliças okPoster pragas em hortaliças ok
Poster pragas em hortaliças okarboreo.net
 
Plantas daninhas importantes e seu controle
Plantas daninhas importantes e seu controlePlantas daninhas importantes e seu controle
Plantas daninhas importantes e seu controleGilsonRibeiroNachtig
 
Aula 01 - Importancia e biologia de plantas daninhas pdf (1).pdf
Aula 01 - Importancia e biologia de plantas daninhas  pdf (1).pdfAula 01 - Importancia e biologia de plantas daninhas  pdf (1).pdf
Aula 01 - Importancia e biologia de plantas daninhas pdf (1).pdfGilsonRibeiroNachtig
 
Controlo de pragas 12ect-mariana graca e catia cardoso
Controlo de pragas 12ect-mariana graca e catia cardosoControlo de pragas 12ect-mariana graca e catia cardoso
Controlo de pragas 12ect-mariana graca e catia cardosobecresforte
 
Conhecimentos Gerais da Cultura do Amendoim
Conhecimentos Gerais da Cultura do AmendoimConhecimentos Gerais da Cultura do Amendoim
Conhecimentos Gerais da Cultura do AmendoimWilgner Landemberger
 
Manejo Integrado de Pragas no Arroz
Manejo Integrado de Pragas no ArrozManejo Integrado de Pragas no Arroz
Manejo Integrado de Pragas no ArrozGeagra UFG
 
Guia jardim ao_natural_46984714252b1b2c54cfc5
Guia jardim ao_natural_46984714252b1b2c54cfc5Guia jardim ao_natural_46984714252b1b2c54cfc5
Guia jardim ao_natural_46984714252b1b2c54cfc5Inês Afonso
 
Aula 7º ano - Reino Fungi
Aula 7º ano - Reino FungiAula 7º ano - Reino Fungi
Aula 7º ano - Reino FungiLeonardo Kaplan
 
PLANTAS AMAZONICAS.ppt
PLANTAS AMAZONICAS.pptPLANTAS AMAZONICAS.ppt
PLANTAS AMAZONICAS.pptrickriordan
 
Pteridófitas1804.docx
Pteridófitas1804.docxPteridófitas1804.docx
Pteridófitas1804.docxLilian Silva
 
Plantascarnivoras
PlantascarnivorasPlantascarnivoras
PlantascarnivorasNeila
 

Semelhante a Biologia Daninhas (20)

1 introdução à botânica
1 introdução à botânica1 introdução à botânica
1 introdução à botânica
 
Poster pragas em hortaliças ok
Poster pragas em hortaliças okPoster pragas em hortaliças ok
Poster pragas em hortaliças ok
 
Manejo de plantas daninhas
Manejo de plantas daninhasManejo de plantas daninhas
Manejo de plantas daninhas
 
Plantas daninhas importantes e seu controle
Plantas daninhas importantes e seu controlePlantas daninhas importantes e seu controle
Plantas daninhas importantes e seu controle
 
Aula 01 - Importancia e biologia de plantas daninhas pdf (1).pdf
Aula 01 - Importancia e biologia de plantas daninhas  pdf (1).pdfAula 01 - Importancia e biologia de plantas daninhas  pdf (1).pdf
Aula 01 - Importancia e biologia de plantas daninhas pdf (1).pdf
 
Apostila inventario de plantas
Apostila inventario de plantasApostila inventario de plantas
Apostila inventario de plantas
 
Apostila inventario de plantas
Apostila inventario de plantasApostila inventario de plantas
Apostila inventario de plantas
 
Plantas carnivoras
Plantas carnivorasPlantas carnivoras
Plantas carnivoras
 
Angiospermas
AngiospermasAngiospermas
Angiospermas
 
Controlo de pragas 12ect-mariana graca e catia cardoso
Controlo de pragas 12ect-mariana graca e catia cardosoControlo de pragas 12ect-mariana graca e catia cardoso
Controlo de pragas 12ect-mariana graca e catia cardoso
 
Controlo de pragas
Controlo de pragasControlo de pragas
Controlo de pragas
 
Conhecimentos Gerais da Cultura do Amendoim
Conhecimentos Gerais da Cultura do AmendoimConhecimentos Gerais da Cultura do Amendoim
Conhecimentos Gerais da Cultura do Amendoim
 
Manejo Integrado de Pragas no Arroz
Manejo Integrado de Pragas no ArrozManejo Integrado de Pragas no Arroz
Manejo Integrado de Pragas no Arroz
 
Guia jardim ao_natural_46984714252b1b2c54cfc5
Guia jardim ao_natural_46984714252b1b2c54cfc5Guia jardim ao_natural_46984714252b1b2c54cfc5
Guia jardim ao_natural_46984714252b1b2c54cfc5
 
Aula 7º ano - Reino Fungi
Aula 7º ano - Reino FungiAula 7º ano - Reino Fungi
Aula 7º ano - Reino Fungi
 
PLANTAS AMAZONICAS.ppt
PLANTAS AMAZONICAS.pptPLANTAS AMAZONICAS.ppt
PLANTAS AMAZONICAS.ppt
 
Pteridófitas1804.docx
Pteridófitas1804.docxPteridófitas1804.docx
Pteridófitas1804.docx
 
Popula+º+áes texto 2010
Popula+º+áes texto 2010Popula+º+áes texto 2010
Popula+º+áes texto 2010
 
Apostila agroflorestas
Apostila agroflorestasApostila agroflorestas
Apostila agroflorestas
 
Plantascarnivoras
PlantascarnivorasPlantascarnivoras
Plantascarnivoras
 

Mais de CRISTIANNE BURGO MORAES

Aula - Fundamentos agroecologia 2024.pptx
Aula - Fundamentos agroecologia 2024.pptxAula - Fundamentos agroecologia 2024.pptx
Aula - Fundamentos agroecologia 2024.pptxCRISTIANNE BURGO MORAES
 
Apresentacao FIDirrigação e drenagem 2.pdf
Apresentacao FIDirrigação e drenagem 2.pdfApresentacao FIDirrigação e drenagem 2.pdf
Apresentacao FIDirrigação e drenagem 2.pdfCRISTIANNE BURGO MORAES
 
trabalho de Hidráulica Irrigação e Drenagem.pptx
trabalho de Hidráulica Irrigação e Drenagem.pptxtrabalho de Hidráulica Irrigação e Drenagem.pptx
trabalho de Hidráulica Irrigação e Drenagem.pptxCRISTIANNE BURGO MORAES
 
Slides_Unidade_2__Biol._e_Cont._de_Plantas_Daninhas.pptx
Slides_Unidade_2__Biol._e_Cont._de_Plantas_Daninhas.pptxSlides_Unidade_2__Biol._e_Cont._de_Plantas_Daninhas.pptx
Slides_Unidade_2__Biol._e_Cont._de_Plantas_Daninhas.pptxCRISTIANNE BURGO MORAES
 

Mais de CRISTIANNE BURGO MORAES (6)

Aula - Fundamentos agroecologia 2024.pptx
Aula - Fundamentos agroecologia 2024.pptxAula - Fundamentos agroecologia 2024.pptx
Aula - Fundamentos agroecologia 2024.pptx
 
Apresentacao FIDirrigação e drenagem 2.pdf
Apresentacao FIDirrigação e drenagem 2.pdfApresentacao FIDirrigação e drenagem 2.pdf
Apresentacao FIDirrigação e drenagem 2.pdf
 
trabalho de Hidráulica Irrigação e Drenagem.pptx
trabalho de Hidráulica Irrigação e Drenagem.pptxtrabalho de Hidráulica Irrigação e Drenagem.pptx
trabalho de Hidráulica Irrigação e Drenagem.pptx
 
Aula Introdução a Genética.ppt
Aula Introdução a Genética.pptAula Introdução a Genética.ppt
Aula Introdução a Genética.ppt
 
Slides_Unidade_2__Biol._e_Cont._de_Plantas_Daninhas.pptx
Slides_Unidade_2__Biol._e_Cont._de_Plantas_Daninhas.pptxSlides_Unidade_2__Biol._e_Cont._de_Plantas_Daninhas.pptx
Slides_Unidade_2__Biol._e_Cont._de_Plantas_Daninhas.pptx
 
Plantas daninhas semana 3.pdf
Plantas daninhas semana 3.pdfPlantas daninhas semana 3.pdf
Plantas daninhas semana 3.pdf
 

Último

PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfPROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfdanielemarques481
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptxVagner Soares da Costa
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxFlvioDadinhoNNhamizi
 
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICADESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICAPabloVinicius40
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMdiminutcasamentos
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptxVagner Soares da Costa
 

Último (6)

PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfPROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
 
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICADESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
 

Biologia Daninhas

  • 1. BIOLOGIA E CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS TUTORA: Cristianne Burgo Turma: 4º Período
  • 2. UNIDADE 1 – PLANTAS DANINHAS  Planta daninha é uma espécie vegetal que aparece onde você não quer que ela se desenvolva, causando problemas relacionados a alguma atividade humana, como a agricultura ou o paisagismo.  O conjunto de espécies vegetais designadas por plantas daninhas, plantas invasoras ou plantas ruderais, são aquelas consideradas indesejáveis em uma cultura agrícola, sejam elas espécies cultivadas ou silvestres.  Qualquer espécie silvestre pode ser considerada daninha e qualquer espécie cultivada que não foi semeada no local pelo ser humano e que prejudique a lavoura também é considerada daninha, como, por exemplo, quando gramíneas forrageiras utilizadas em pastagens invadem outras culturas, prejudicando o manejo e a produtividade delas.
  • 3. UNIDADE 1 – Características das plantas daninhas  Rápido desenvolvimento das mudas.  Rápida maturação reprodutiva e desenvolvimento de propágulos: as espécies florescem rapidamente e produzem uma grande quantidade de sementes.  Capacidade de reprodução sexuada e vegetativa: a maioria das plantas daninhas produz sementes e também se reproduz assexuadamente.  Plasticidade ambiental: capacidade de crescer e tolerar diferentes condições edafoclimáticas.  Plantas daninhas geralmente são autocompatíveis.  São resistentes a fatores ambientais prejudiciais. Maior parte das sementes de plantas daninhas possuem mecanismos de dormência, possibilitando sua resistência a condições adversas. Também pode não haver requisitos especiais para que a germinação ocorra.
  • 4. UNIDADE 1 – Características das plantas daninhas  Geralmente, as sementes de plantas daninhas possuem o mesmo tamanho e formato da semente cultivada, dificultando sua separação.  Algumas plantas daninhas anuais produzem sementes mais de uma vez e essa produção pode não ser afetada pelas condições ambientais. Além disso, possuem diferentes mecanismos de dispersão.  Suas raízes e órgãos vegetativos apresentam reservas energéticas, permitindo sua sobrevivência em condições de estresse ambiental ou cultivo intensivo.  Muitas plantas daninhas possuem adaptações morfológicas que inibem a herbivoria e dificultam o manejo, como os espinhos, ou apresentam sabor e odor repulsivos aos animais.  Possuem grande habilidade competitiva por nutrientes, luz e água.  Plantas daninhas são resistentes, incluindo resistência aos herbicidas.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8. UNIDADE 1 – Evolução das plantas daninhas
  • 9. UNIDADE 1 – Causas das adaptações evolutivas das plantas daninhas  Aumento da seleção de sementes, que se tornam inaptas em crescer fora do solo arado e preparado e dependem de semeadura.  Abandono da área cultivada, causando regressão do cultivar a características selvagens.  Nivelamento das condições ambientais do cultivo, favorecendo genótipos adaptados ao controle dos fatores ambientais.  Aumento das monoculturas, que selecionaram conjuntamente plantas daninhas especializadas.  Colheita combinada da cultura e das espécies daninhas, levando a modificações que permitiram a espécie daninha ser colhida em conjunto à lavoura.  Redução da habilidade competitiva de culturas tratadas com reguladores de crescimento químicos.  Uso extensivo de herbicidas, que levou ao desenvolvimento de
  • 10. UNIDADE 1 – Colonização das lavouras  O processo de hibridação ocorre pelo cruzamento entre a espécie domesticada e suas formas silvestres (nativas), causando a evolução da invasividade e gerando uma espécie potencialmente daninha  Quando ocorre o processo de introgressão, que é o retrocruzamento de um híbrido natural com um de seus parentais, pode haver o surgimento de uma variedade com ganhos adaptativos e capacidade invasiva (planta daninha) e não necessariamente com características de interesse agronômico.  Nem sempre a hibridação gera espécies invasivas, mas, quando ocorre, as plantas vão possuir as mesmas características adaptativas do cultivo, além de ocorrer a mimetização das sementes, já que elas são híbridas, dificultado a colheita e separação das sementes da cultura de interesse. Isso torna árduo o trabalho de pós-colheita e leva a perda de qualidade do produto.
  • 11.
  • 12. UNIDADE 1 – Classificação de plantas daninhas  Sistemática vegetal é a ciência que engloba a taxonomia, a qual descreve, identifica, dá nome e classifica as espécies vegetais em conjunto as suas relações genéticas, criando sua filogenia, ou sua história evolucionária  As plantas são classificadas baseadas em critérios de ancestralidade e similaridade e os cientistas criaram chaves para identificação das espécies baseado nas características morfoanatômicas das plantas.
  • 13. UNIDADE 1 – Classificação de plantas daninhas  Para identificação de uma espécie, analisamos todos os caracteres morfológicos disponíveis quando a espécie é coletada, mas a morfologia da flor é a parte mais importante na classificação.  O número de peças florais, disposição do ovário, número e placentação dos óvulos, abertura das anteras e até o formato do pólen podem ser utilizados para identificação.  Além disso, a morfologia das folhas, disposição das mesmas nos caules, presença de pilosidade, espinhos, cerosidade, a cor e a textura são características importantes que precisam ser avaliadas.  Com relação às plantas daninhas, é muito importante também que você saiba identificar a espécie pela plântula, o que vai facilitar a elaboração de um plano de manejo antes que essa espécie se torne prejudicial para o cultivo.
  • 14.
  • 15.
  • 16. UNIDADE 1 – Nomenclatura de plantas daninhas  A nomenclatura botânica é essencial para a correta identificação de uma espécie vegetal.  Existem regras bem definidas pelo Código Internacional de Nomenclatura Botânica, sendo que o nome da espécie sempre será binomial, com o gênero começando em letra maiúscula, seguido do epíteto específico.  O nome científico da espécie sempre será ou sublinhado ou em itálico, nunca capitalizado.  Exemplo: Jatropha urens, Jatropha é o gênero ao qual a planta pertence e urens é o epíteto específico, que dá identidade aquela espécie.
  • 17.
  • 18.
  • 19. UNIDADE 1 – Classificação quanto ao habitat Plantas daninhas terrestres: são as espécies mais comuns, que crescem no solo da lavoura ou em ao redor dele. Plantas daninhas aquáticas: são plantas modificadas para viver no ambiente aquático, sendo classificadas de acordo com a localização no ambiente aquático. As algas, mesmo não sendo parte do grupo das plantas, também são consideradas plantas daninhas aquáticas. • Flutuantes: crescem sob a superfície da água e possuem raízes livres, geralmente não se fixando em nenhuma estrutura. • Emergentes: geralmente possuem crescimento ereto e suas raízes são fixas no solo úmido. • Submersas: crescem completamente dentro da água, com algumas espécies emitindo folhas na superfície. • Marginais: crescem ao redor do ambiente aquático e podem invadir e crescer
  • 20.
  • 21. UNIDADE 1 – Classificação _ Ciclo de vida • Plantas anuais: são as plantas que completam seu ciclo de vida em menos de um ano ou em uma estação e crescimento. Geralmente, são caracterizadas por uma grande produção de sementes, crescimento rápido e de fácil manejo, comparado com as perenes. • Anuais de verão: germinam na primavera, crescem e florescem no verão e completam o ciclo de vida no outono, com duração que varia de 40 a 160 dias. • Anuais de inverno: germinam no outono ou no início do inverno e florescem e frutificam na primavera ou início do verão, com ciclos em média mais curtos (80 dias). A maioria das anuais de inverno pertencem a Classe Eudicotyledonae. Algumas espécies daninhas completam mais de um ciclo por ano, como a Galinsoga parviflora (picão-
  • 22. UNIDADE 1 – Classificação _ Ciclo de vida • Plantas bianuais: são espécies que demoram mais de um ano e menos de dois para completarem o ciclo de vida. São plantas que podem ser facilmente manejadas, desde que se interrompa a produção de sementes. Exemplos de bianuais são a Arctium minus (bardana-menor) e Melilotus alba (melilotobranco). • Plantas perenes: são plantas divididas em dois grandes grupos. As perenes simples se propagam por sementes e por reprodução assexuada, sendo a reprodução sexuada preferencial e a vegetativa rara. Já as perenes complexas são espécies que também se reproduzem de ambas as formas, mas possuem mecanismos de reprodução assexuada bem definidos, incluindo estolões, rizomas, tubérculos e bulbos. As complexas são as de maior dificuldade de controle, se
  • 23. UNIDADE 1 – Classificação _ hábito de crescimento • Herbáceas: são espécies de pequeno porte, com altura inferior a um metro, eretas ou prostadas. Geralmente possuem caules tenros, podendo ser sublenhosas. As gramíneas em geral pertencem a esse grupo. • Subarbustivas: apresentam um porte que vai de 0,8 metros até 1,5 metros de altura, com caules lenhosos e hábito reto. • Arbustivas: são espécies lenhosas, com altura entre 1,5 metros até 2,5 metros. • Arbóreas: são espécies lenhosas com mais de 2,5 metros. • Lianas ou trepadeiras: são espécies que necessitam de um apoio para crescerem, geralmente outras plantas. Elas crescem através de enrolamento (volúveis) ou prendendo-se com uso de gavinhas, garras ou espinhos. Atingem vários metros de comprimento e podem ser ramificadas. • Epífitas: crescem sob outras plantas, podendo ser parasitas ou
  • 24.
  • 25. UNIDADE 1 – Classificação ecológica • Autóctones: são as espécies vegetais nativas ou selvagens. Em relação às plantas daninhas, são espécies infestantes que são originadas da própria região ou país. Quando o ambiente é alterado para uma lavoura ou pastagem, essas espécies invadem e se propagam, sendo geralmente mais problemáticas que as espécies introduzidas (DEUBER, 1992). • Alóctones: são espécies vegetais provenientes de outras regiões ou países são alóctones, ou também chamadas introduzidas ou naturalizadas. A maioria das espécies daninhas alóctones foram introduzidas pelo homem, de forma voluntária ou involuntária. Algumas espécies trazidas voluntariamente para o país para serem utilizadas em pastagens, como a Brachiaria decumbens (capim-braquiária) e Panicum maximum (capim-colonião) acabaram se tornando invasoras de lavouras e beira de estradas, além de áreas nativas,
  • 26.
  • 27.
  • 28. UNIDADE 1 – Classificação estratégia evolutiva • Plantas tolerantes ao estresse: essas espécies reduzem suas biomassas vegetativas e reprodutivas e aumentam a alocação de substâncias para manutenção e defesa. Elas possuem características que garantem a resistência dos indivíduos em ambientes severos e limitados. A limitação pode ser física, como seca ou inundações recorrentes ou biótica, como a herbivoria ou competição por nutrientes com outras espécies (ZINDAHL, 2018). • Plantas competidoras: nessa classe encontramos espécies adaptadas em maximizar a captura de nutrientes, água e/ou luz solar. Possuem grande crescimento vegetativo e são abundantes nos primeiros estágios de sucessão de uma comunidade vegetal. • Plantas ruderais: espécies encontradas em ambientes altamente alterados. Geralmente são plantas herbáceas, com ciclo de vida muito curto, crescimento rápido e alta produção
  • 29. UNIDADE 1 – Reprodução Reprodução sexuada geralmente envolve a produção de grande quantidade de sementes, que podem possuir diferentes mecanismos de dormência e diferentes mecanismos de dispersão. Muitos métodos de dispersão foram desenvolvidos pelas espécies daninhas: através do ar, água, animais e o próprio ser humano. Dormência é uma condição na qual a semente não germina mesmo em condições ambientais ideais. Esse processo pode envolver imaturidade do embrião; presença de metabólitos secundários que inibem a germinação, tanto no embrião quanto no endosperma ou no próprio tegumento; necessidade ou não de
  • 30. UNIDADE 1 – Reprodução Reprodução assexuada, as plantas possuem diversos tipos de propágulos que geralmente são produzidos em grande quantidade, dependendo da espécie. Esses propágulos se espalham no solo, quando o mesmo é preparado para o plantio e podem ter a capacidade de brotarem mesmo em grandes profundidades no solo. Isso dificulta o manejo das espécies daninhas, pois podem ficar armazenados no solo e as plantas podem produzi-los em grande quantidade. • Estolão: os estolões são caules rasteiros que desenvolvem raízes adventícias e a parte aérea na região dos nós, espalhando-se pelo solo. • Rizomas: os rizomas são caules subterrâneos que também produzem raízes e brotos e se espalham horizontalmente pelo solo. • Tubérculos: são caules subterrâneos que armazenam grande quantidade de reservas energéticas (geralmente amido) e possuem inúmeras gemas. Como exemplo temos o Cyperus rotundus (tiririca), que se propaga facilmente por tubérculos.
  • 31. UNIDADE 1 – Sobrevivência Banco de sementes de plantas daninhas: Refere-se às sementes viáveis e outras estruturas reprodutivas presentes nos solos, que possuem diversas características que dificultam o controle dessas espécies. O banco de sementes possui um papel ecológico importante para manutenção de novos indivíduos nas comunidades vegetais, sendo encontrado nas terras cultivadas, pastagens, florestas, terras abandonadas, desertos etc. (DEUBER, 1992). Mecanismos de dormência: A dormência representa uma das principais formas das espécies vegetais garantirem sua perpetuação. É uma característica adaptativa que assegura a sobrevivência das plantas nos diferentes ecossistemas, incluindo o agrícola. A germinação de sementes e o sucesso estabelecimento da muda requerem mecanismos que previnam que esta ocorra antes da
  • 32.
  • 33. UNIDADE 1 – Competição Está relacionado a uma luta entre plantas pela busca de recursos naturais: água, luz, dióxido de carbono e nutrientes minerais. A competição é uma interação negativa na qual indivíduos com demandas simultâneas excedem os recursos naturais disponíveis e ambos sofrem, um sempre mais do que o outro. A competição entre plantas daninhas e plantas cultivadas dependerá de vários fatores, mas quanto mais similares são as duas espécies em relação ao hábito e requerimentos nutricionais, mais severo é o efeito competitivo. • Competição (Comp.) direta: nutrientes, umidade, luz e espaço. • Comp. indireta: através da exsudação ou produção de compostos alelopáticos. • Comp. intraespecífica entre indivíduos de espécies cultivadas.
  • 34. UNIDADE 1 – Características de plantas competitivas • Crescimento rápido. • Folhas grandes. • Folhas horizontais em ambientes sombreados e folhas inclinadas em ambientes ensolarados. • Metabolismo C4. • Folhas dispostas para melhor interceptação de luz. • Alta capacidade de alocar massa seca para crescimento em altura. • Extensão rápida do caule em resposta ao sombreamento. • Fácil penetração no solo e crescimento radicular rápido. • Boa densidade radicular. • Comprimento radicular maior em relação ao seu peso. • Boa proporção de raízes com crescimento ativo. • Alta quantidade de pelos radiculares. • Alto potencial de absorção de água e nutrientes.
  • 35.
  • 36. UNIDADE 1 Alelopatia são as interações químicas que ocorrem entre plantas, entre plantas e microrganismos e outros seres vivos. Essa interação pode ter efeitos inibitórios ou estimulantes, atuando sobre a germinação, crescimento e desenvolvimento. Com relação às plantas daninhas, a alelopatia geralmente apresenta efeito inibitório sobre as plantas cultivadas.
  • 37. Link dos vídeos • https://www.youtube.com/watch?v=UbFbIH- AYOc • https://www.youtube.com/watch?v=EOZ2ElPZhKA • https://www.youtube.com/watch?v=Yj8e_vNk0p0 &pp=ygUQcGxhbnRhcyBkYW5pbmhhcw%3D%3D • https://www.youtube.com/watch?v=4bm57UxgBxk • https://www.youtube.com/watch?v=9Acb3z7qsO4 &t=129s&pp=ygUtY29udHJvbGUgZGUgcGxhbnRhcy BkYW5pbmhhcyBjb20gZWxldHJpY2lkYWRl
  • 38. • https://www.youtube.com/watch?v=R1VG- Afj_IM&pp=ygUtY29udHJvbGUgZGUgcGxhbnRhcyBkYW 5pbmhhcyBjb20gZWxldHJpY2lkYWRl • https://www.youtube.com/watch?v=HpqVSsifAYQ&pp= ygUtY29udHJvbGUgZGUgcGxhbnRhcyBkYW5pbmhhcyB jb20gZWxldHJpY2lkYWRl • https://www.youtube.com/watch?v=T2YNbiTZhec&pp= ygUlY29udHJvbGUgZGUgcGxhbnRhcyBkYW5pbmhhcyBj b20gZm9nbw%3D%3D • https://www.youtube.com/@PlantasDaninhasdoAgro recomendo seguirem este canal, traz muita coisa legal e importante sobre plantas daninhas. • Bom estudo a todos!!!!!