O documento discute a noção de campo científico e como ele é um local de luta por autoridade e capital simbólico. Os pesquisadores buscam prestígio e reconhecimento de seus pares por meio da publicação rápida de resultados e da concentração em temas considerados importantes. Há também uma discussão sobre os diferentes tipos de capital dentro do campo científico e como eles influenciam a posição dos pesquisadores.
Resenha: O campo científico / Os usos sociais da ciência: por uma sociologia ...Juliana Gulka
Trabalho da disciplina Metodologia da Pesquisa. Programa de Pós-Graduação em Gestão De Unidades De Informação - PPGinfo, Universidade do Estado de Santa Catarina.
Resenha: O campo científico / Os usos sociais da ciência: por uma sociologia ...Juliana Gulka
Trabalho da disciplina Metodologia da Pesquisa. Programa de Pós-Graduação em Gestão De Unidades De Informação - PPGinfo, Universidade do Estado de Santa Catarina.
Para Kuhn, a ciência é um tipo de atividade altamente determinada que consiste em resolver problemas (como um quebra-cabeça) dentro de uma unidade metodológica chamada paradigma. Este, apesar de sua suficiente abertura, delimita os problemas a serem resolvidos em determinado campo científico. É ele que estabelece o padrão de racionalidade aceito em uma comunidade científica sendo, portanto, o princípio fundante de uma ciência para a qual são treinados os cientistas.
Para Kuhn, a ciência é um tipo de atividade altamente determinada que consiste em resolver problemas (como um quebra-cabeça) dentro de uma unidade metodológica chamada paradigma. Este, apesar de sua suficiente abertura, delimita os problemas a serem resolvidos em determinado campo científico. É ele que estabelece o padrão de racionalidade aceito em uma comunidade científica sendo, portanto, o princípio fundante de uma ciência para a qual são treinados os cientistas.
Trabalho da matéria metodologia da pesquisa científica sobre a história e os métodos da pesquisa, feito pela turma do primeiro período de Direito da Nova Faculdade.
Que Bobagem - Natalia Pasternak e Carlos Orsi.pdfMILTON OLIVEIRA
Natalia Pasternak. Que bobagem! Pseudociências e outros absurdos que não merecem ser levados a sério. Astrologia
Homeopatia
Acupuntura e Medicina Tradicional Chinesa
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Psicanálise e psicomodismos
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Pseudoarqueologia e deuses astronautas
Antroposofia
Poder quântico e pensamento positivo
Revisão de metadados para confiabilidade de artigos publicados em acesso abertoJuliana Gulka
Resumo expandido apresentado no XXVIII Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação, em Vitória - ES, por Juliana Aparecida Gulka e Lúcia da Silveira.
Trabalho sobre motivação apresentado para a disciplina Psicologia das Relações no Trabalho, do Mestrado Profissional em Gestão de Unidade de Informação, da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC.
Serviços Colaborativos com uso das TICs em BibliotecasJuliana Gulka
Trabalho apresentado na disciplina de TIC's do Mestrado Profissional em Gestão de Unidades de Informação - turma 2014, da Universidade do Estado de Santa Catarina.
Versão em Prezi: https://prezi.com/o80h1qygo20x/servicos-colaborativos-com-uso-das-tics-em-bibliotecas/
Gestão do Conhecimento para Unidades de InformaçãoJuliana Gulka
Oficina ministrada na feira Bibliotech, evento organizado pelos mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Gestão de Unidades de Informação - PPGinfo, Universidade do Estado de Santa Catarina.
Versão em Prezi: https://prezi.com/4x7mwvuzuujg/bibliotech-2015-gestao-do-conhecimento-para-unidades-de-informacao/
Resultado do plano de comunicação elaborado para o IV Ciclo de Debates Periódicos UFSC, evento promovido pelo Portal de Periódicos UFSC em maio de 2015.
Versão em Prezi: https://prezi.com/jmtrn2cfrkf4/algumas-acoes-de-comunicacao/
Resenha: Um discurso sobre as ciências / Como se faz uma teseJuliana Gulka
Trabalho da disciplina Metodologia da Pesquisa. Programa de Pós-Graduação em Gestão De Unidades De Informação - PPGinfo, Universidade do Estado de Santa Catarina.
Discurso de formatura, curso de Biblioteconomia da Universidade Federal de Santa Catarina, formandos 2012.2. Colação de grau em 05 de abril de 2013. Oradores: João Paulo Tomas e Juliana Gulka.
PROCEDIMENTOS DE INCORPORAÇÃO, CATALOGAÇÃO E REGISTRO NOS MUSEUS DE FLORIANÓP...Juliana Gulka
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Graduação em Biblioteconomia, da Universidade Federal de Santa Catarina. Orientação: Profª. Dra. Eva Cristina Leite da Silva.
ORGANIZAÇÃO DE ACERVO MUSEOLÓGICO: uma experiência no Museu da Imagem e do So...Juliana Gulka
Trabalho apresentado no XIV Encontro Regional dos Estudantes de Biblioteconomia, Documentação, Ciência da Informação e Gestão da Informação - Região Sul - Florianópolis - 28 de abril a 01 de maio de 2012.
ORGANIZAÇÃO DE ACERVO MUSEOLÓGICO: uma experiência no Museu da Imagem e do So...Juliana Gulka
Este relato de experiência busca apresentar as atividades desenvolvidas no Museu da Imagem e do Som durante a execução do projeto de documentação do acervo. Apresenta as etapas seguidas para o tratamento do acervo, que foi divido em cinco coleções a fim de ser melhor trabalhado. Descreve os processos de identificação, marcação, implementação do sistema numérico e catalogação das peças, apresenta as dificuldades encontradas durante a execução do trabalho e os resultados para a instituição.
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Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
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Resenha 5 - Estudo dos Processos de Comunicação Científica e Tecnológica
1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE UNIDADES DE
INFORMAÇÃO - PPGinfo
Disciplina: Estudo dos Processos de Comunicação Científica e Tecnológica
Profª: Lani Lucas
Aluna: Juliana Aparecida Gulka Data: 27/04/2015
RESENHA
MARCOVICH, Anne; SHINN, Terry. Posfácio. In: MERTON, Robert. Ensaios de
sociologia da ciência. São Paulo: Associação Filosófica Scientiae Studia; Ed. 34,
2013.
BOURDIEU, P. O campo científico. In: ORTIZ, R. (Org.). A Sociologia de Pierre
Bourdieu. São Paulo: Olho d´Agua, 2003. p. 112-143.
LORENZI, Bruno Rossi; ANDRADE, Thales Novaes de. Latour e Bourdieu:
rediscutindo as controvérsias. Teoria & Pesquisa: Revista de Ciência Política, v.20,
n. 2, 2011.
BURKE, Peter. Uma história social do conhecimento – II: da enciclopédia à
Wikipédia. Rio de Janeiro: Zahar, 2012. (Capitulo – Geografias do conhecimento)
URBIZAGASTEGUI-ALVARADO, Ruben. A Cientometria como um campo
científico. Informação & Sociedade: Estudos, v. 20, n. 3, set./dez. 2010, p. 41-62.
A noção de campo é como um mundo social, que possui agentes e
instituições que produzem e reproduzem a ciência. Alguns interpretam esse campo
apenas a partir de textos, enquanto outros o entendem por meio da relação dos
textos com a realidade, relacionando-os em um viés social ou econômico. Com a
ciência e o campo científico também existem imposições e solicitações, e assim,
todo campo possui a força e a luta que vai conservá-lo ou transforma-lo.
A partir disso, um campo pode se tornar autônomo, e quanto mais autonomia
mais dominação pode exercer sobre os demais. Há ainda a economia e a política
que acabam por influenciar quem vai ter mais ou menos autonomia, mais condições
de poder e monopólio sobre os demais.
Há também a questão da autoridade, na qual o capital científico confere ao
pesquisador o reconhecimento necessário para “ditar as regras do jogo”. Isso
evidencia que os campos são locais simbólicos nos quais tendências são lançadas e
2. refutadas, em um jogo de forças. A autoridade está ainda ligada à discussão das
carreiras dentro do campo científico, no qual existe uma corrida em busca de
melhores temas e publicações. O campo científico é objeto de luta, no qual os
pesquisadores sempre querem chegar primeiro, e, portanto, se destacar. Assim, um
pesquisador está sempre contaminado pelo seu próprio percurso, a sua própria
carreira, de modo que as suas práticas são sempre voltadas para a aquisição de
autoridade e prestígio.
A autoridade garante tanto a capacidade técnica como científica e social para
legitimar o campo e fazer com que aqueles que o seguem ajam dentro dos
conformes, obtendo reconhecimento, em detrimento daqueles que não o seguem e,
portanto, não tem condições nem autoridade para dar crédito sobre algo. A
dominação parte de quem é autoridade no campo, que consegue fazer a descoberta
científica primeiro, e perante os demais ser reconhecido como aquele que definiu o
campo científico, estabelecendo a “forma de fazer” correta. Assim, tem-se também a
concentração de pesquisadores em temas considerados importantes, pois estes
quando estudados e provedores de contribuições, tem maiores chances de trazer
um lucro simbólico.
Bourdieu afirma que não há escolha científica que não seja pautada em uma
estratégia de investimento político a fim de resultar em lucros simbólicos e a
obtenção de autoridade e reconhecimento. Logo, a atividade científica não está
implicada puramente na concorrência de bons argumentos, da força da razão, nela
também influencia o poder.
Para Bourdieu existem duas formas de poder que são respectivamente dois
tipos de capital científico. Um é o político, ligado, sobretudo a cargos e posições
importantes dentro de instituições, como por exemplo, laboratórios, comitês e
departamentos. O outro considera o prestígio que vai além do vinculo
institucionalizado, é o reconhecimento perante a academia, sendo o capital científico
puro. O autor afirma que o acumulo dos dois tipos de capital é extremamente difícil,
mas que a transformação do capital político para o poder científico é mais fácil e
rápida, principalmente para quem já detém de algum prestígio e poder.
O capital pode ser acumulado, reconvertido e transmitido. O maior capital
científico estará relacionado tanto ao prestígio quanto o caminho percorrido na
ciência, mediante inclusive a legitimação da produção por seus pares. Retoma-se
aqui não apenas a corrida por quem publica primeiro o resultado de uma pesquisa, o
3. que teoricamente baixaria o valor de pesquisas e resultados semelhantes publicados
posteriormente pelos pares, mas também a divulgação de dados e resultados
parciais que garantem o futuro da produção naquele campo científico, e, portanto, o
capital científico. O capital político, por sua vez, propicia que o pesquisador angarie
fundos para pesquisas e tenha acesso a bolsas, convites e prêmios.
Há dessa forma uma concorrência pela autoridade científica, mas que de
acordo com o autor, pode levar ao fato dos concorrentes serem os próprios clientes
dessa produção, pois somente eles detêm conhecimento suficiente para consumi-
las. Os campos científicos são locais que implicam em tendências, não se
orientando ao acaso, mas sim onde são travadas as lutas simbólicas em função do
capital. A ciência é um jogo de busca por monopólios e autoridade, que trava
sempre uma luta de interesses e força.
Bourdieu fez ainda uma proposição chamada Teoria da Prática, a qual
revelaria as condições institucionais e materiais preexistentes a produção simbólica.
Urbizagastegui-Alvarado afirma que as estratégias, os interesses e as tentativas dos
grupos ou indivíduos são norteados pela sociedade, e assim há a possibilidade de
tomar caminhos diferentes cada vez que os interesses exigirem isso.
No estudo de Urbizagastegui-Alvarado, o autor se propõem a investigar se os
autores da elite e da frente de pesquisa na área de produtividade de autores e lei de
Lotka, são prevalecidos pela posição em que ocupam dentro do campo da
Bibliometria. Alguns pontos são levantados como fatores que favorecem essa
situação, como o fato dos autores serem professores universitários, editores de
periódicos científicos, ou mesmo ser diretor de alguma organização profissional. Ter
o grau de doutor também facilitaria a posição na elite ou na frente de pesquisa.
Para Merton, a ciência é pública, mas as condições nas quais ela é praticada
são controladas e privadas, sendo limitada para os especialistas que dominam
certas práticas, que regem as regras do jogo e ditam os debates. Seria assim o
ethos científico, que é o complexo de valores e normas a que os cientistas seguem.
O autor propõem que a ciência incorporaria quatro perspectivas: cosmopolitismo,
universalismo, desinteresse e ceticismo organizado. Em suma, essas perspectivas
apontam para uma ciência que pode ser usada livremente pelos indivíduos, na qual
religião ou raça não devem interferir, e que o conceito de propriedade intelectual
está ausente.