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DIDÁTICA
Prof. Erick Cavalcante
A SOCIEDADE, A ESCOLA E A DIDÁTICA
Primeiras palavras...
O que é DIDÁTICA?
A visão difundida no senso comum entende que
determinado professor não tem didática, ou
ainda que aquela professora tinha um jeito
diferente de passar o conteúdo, de modo que
todos aprendiam, mas e você, o que entende por
DIDÁTICA?
Mas o que é, afinal, a DIDÁTICA?
Enquanto uma área da pedagogia,
tem objeto de estudo próprio: os
processos de ensino.
Nesse contexto, é importante,
também, ressaltar a não
neutralidade desse fazer
pedagógico.
Guardamos na memória, desde o início de
nossa escolaridade, a lembrança de
diversos professores que passaram por
nossas vidas. Podemos nos lembrar de
situações que nos fazem afirmar, por
exemplo, que “aquela professora era
muito boa, ela tinha um jeito especial de
passar o conteúdo” ou “aquele professor
sabia o conteúdo, mas não sabia ensinar”.
De acordo com Libâneo (2006), a didática não é uma
atividade restrita à sala de aula, ela tem por intuito
investigar os objetivos, os métodos, os conteúdos e os
contextos dessas formas de ensinar, considerando as
intencionalidades educacionais, ou seja, não há
neutralidade no campo da didática.
filosofia, da psicologia
educacional e da sociologia,
entre outros saberes da
pedagogia e de outras ciências,
como economia, direito e
biologia.
Quando o professor se debruça sobre os conhecimentos da
didática para realizar seu planejamento e as mediações
necessárias para que os estudantes aprendam, é necessário que
também se insira nos campos da história da educação, da
Esses saberes fundamentam a análise e tomada de decisão
por parte do professor, quanto:
• Ao porquê de utilizar um encaminhamento metodológico
em sala de aula em detrimento de outro;
• Como trabalhar determinado conteúdo, considerando a
fase de desenvolvimento dos estudantes e as marcas que
serão deixadas na vida deles ao terem acesso a
determinadas formas de ensinar.
Quando o professor considera esses saberes e busca na didática
elementos para organizar o trabalho pedagógico, ele tem condições
de:
• Se autoavaliar, de analisar os motivos da consolidação ou não das
aprendizagens;
• De refletir sobre a organização de suas aulas, sua relação com os
estudantes, suas formas de propor a organização dos grupos de
alunos,
• Se está atingindo os objetivos do planejamento e do Projeto
Político Pedagógico (PPP) da escola.
Segundo Libâneo, a didática “trata dos
objetivos, condições e meios de realização do
processo de ensino, ligando meios pedagógico-
didáticos a objetivos sociopolíticos. Não há
técnica pedagógica sem uma concepção de
homem e de sociedade, como não há
concepção de homem e sociedade sem uma
competência técnica para realizá-la
educacionalmente.” (LIBÂNEO, 2002, p. 5)
IMPORTANTE:
As intervenções pedagógicas do professor se tornam mais
conscientes, uma vez que as mediações realizadas com os
estudantes são feitas de modo a considerar:
• Quem são eles;
• Quais seus interesses;
• Seus pontos de vista e seus contextos.
Levando em conta também de que forma atingir esse público,
o que deve ser ensinado e em quanto tempo será ensinado.
Muitas pessoas acreditam que, para ser professor,
basta a pessoa “levar jeito” ou ter um dom, porém
isso não é verídico, pois a formação profissional
docente requer estudo teórico e também muita
prática, o que permite se articular com as
exigências da sociedade em formar sujeitos em sua
dimensão cognitiva, mas também nos aspectos
físico-motor, social, emocional, artístico e
espiritual. (LIBÂNEO, 2006)
IMPORTANTE: Se desejamos formar cidadãos
em sua integralidade, precisamos também
formar professores que busquem em si mesmos
essa integralidade, relacionando teoria e prática
em um movimento dialético entre agir-refletir-
agir. Nesse viés, a didática orienta os
professores a agir com base em situações
concretas, na busca pela consolidação das
aprendizagens de todos os estudantes
(LIBÂNEO, 2002).
A escola tem uma função social a ser cumprida, que
não cabe a nenhuma outra instituição. É ela que
possibilita o acesso aos conhecimentos socialmente
elaborados pela humanidade, que, segundo Saviani
(2007), são os saberes científicos, históricos e
culturais. Dessa forma, não se justifica repassar a
sua função à família ou a outra instituição. Somos os
profissionais e precisamos considerar que todos os
alunos são capazes de aprender, independentemente
de sua condição econômica ou social.
Reflexões sobre a didática no Brasil
Muitas vezes, a prática pedagógica está
mais próxima do que predominou no
Brasil entre 1549 e 1789, época da Ratio
Studiorum ou plano de estudos, que era o
método pedagógico dos jesuítas,
elaborado por Santo Inácio de Loyola em
1552, fundador da Companhia de Jesus.
Na Ratio Studiorum, as verificações avaliativas eram
realizadas por provas escritas e orais, nas quais os
alunos deveriam demonstrar o que aprenderam
(VEIGA, 2011). A metodologia explícita no plano
continha o trinômio:
• estudar;
• repetir e;
• disputar.
Conforme Veiga (2011), o
professor era o centro dos
processos de ensino e de
aprendizagem e o
responsável por transmitir o
conhecimento enciclopédico
aos estudantes.
Contextos histórico-culturais e a didática
O campo da didática não é neutro, mas permeado
pelos avanços e pelas contradições da sociedade.
Nesse viés, desmistificar os pressupostos das
ações educacionais permite ao professor tomar
consciência sobre seu trabalho, o que lhe respalda
na (re)tomada das suas decisões em prol do
processo de ensino e de aprendizagem.
Quando o docente toma consciência de
que as suas decisões no contexto de sala
de aula não estão isoladas do contexto
macro da sociedade, tem a possibilidade
de planejar de maneira que o
conhecimento socialmente construído e
sistematizado seja acessível a todos os
estudantes.
Foi o Senador Darcy Ribeiro (PDT-RJ) que
apresentou o novo projeto de LDB que
obteve a aprovação pela Comissão de
Educação do Senado, em fevereiro de
1993. Depois disso, o texto passou por
estudos, não somente do Poder Público,
mas principalmente de profissionais da
área, que puderam contribuir com suas
opiniões e com o texto final dessa LDB.
IMPORTANTE:
A LDB n. 9.394 tem foco no aluno como sujeito do
aprendizado, e não mais na educação pura e simples.
Assim, ela passa a ver o aluno como eixo para o
desenvolvimento do país. Para isso, o texto legal entende e
demonstra a necessidade de formar cidadãos conscientes,
éticos e capazes.
Libâneo (2002) sintetiza os
propósitos da didática por meio de
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elementos para a compreensão do
que essa disciplina significa para a
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  • 2. A SOCIEDADE, A ESCOLA E A DIDÁTICA Primeiras palavras... O que é DIDÁTICA? A visão difundida no senso comum entende que determinado professor não tem didática, ou ainda que aquela professora tinha um jeito diferente de passar o conteúdo, de modo que todos aprendiam, mas e você, o que entende por DIDÁTICA?
  • 3. Mas o que é, afinal, a DIDÁTICA? Enquanto uma área da pedagogia, tem objeto de estudo próprio: os processos de ensino. Nesse contexto, é importante, também, ressaltar a não neutralidade desse fazer pedagógico.
  • 4. Guardamos na memória, desde o início de nossa escolaridade, a lembrança de diversos professores que passaram por nossas vidas. Podemos nos lembrar de situações que nos fazem afirmar, por exemplo, que “aquela professora era muito boa, ela tinha um jeito especial de passar o conteúdo” ou “aquele professor sabia o conteúdo, mas não sabia ensinar”.
  • 5. De acordo com Libâneo (2006), a didática não é uma atividade restrita à sala de aula, ela tem por intuito investigar os objetivos, os métodos, os conteúdos e os contextos dessas formas de ensinar, considerando as intencionalidades educacionais, ou seja, não há neutralidade no campo da didática.
  • 6. filosofia, da psicologia educacional e da sociologia, entre outros saberes da pedagogia e de outras ciências, como economia, direito e biologia. Quando o professor se debruça sobre os conhecimentos da didática para realizar seu planejamento e as mediações necessárias para que os estudantes aprendam, é necessário que também se insira nos campos da história da educação, da
  • 7.
  • 8. Esses saberes fundamentam a análise e tomada de decisão por parte do professor, quanto: • Ao porquê de utilizar um encaminhamento metodológico em sala de aula em detrimento de outro; • Como trabalhar determinado conteúdo, considerando a fase de desenvolvimento dos estudantes e as marcas que serão deixadas na vida deles ao terem acesso a determinadas formas de ensinar.
  • 9. Quando o professor considera esses saberes e busca na didática elementos para organizar o trabalho pedagógico, ele tem condições de: • Se autoavaliar, de analisar os motivos da consolidação ou não das aprendizagens; • De refletir sobre a organização de suas aulas, sua relação com os estudantes, suas formas de propor a organização dos grupos de alunos, • Se está atingindo os objetivos do planejamento e do Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola.
  • 10. Segundo Libâneo, a didática “trata dos objetivos, condições e meios de realização do processo de ensino, ligando meios pedagógico- didáticos a objetivos sociopolíticos. Não há técnica pedagógica sem uma concepção de homem e de sociedade, como não há concepção de homem e sociedade sem uma competência técnica para realizá-la educacionalmente.” (LIBÂNEO, 2002, p. 5)
  • 11. IMPORTANTE: As intervenções pedagógicas do professor se tornam mais conscientes, uma vez que as mediações realizadas com os estudantes são feitas de modo a considerar: • Quem são eles; • Quais seus interesses; • Seus pontos de vista e seus contextos. Levando em conta também de que forma atingir esse público, o que deve ser ensinado e em quanto tempo será ensinado.
  • 12. Muitas pessoas acreditam que, para ser professor, basta a pessoa “levar jeito” ou ter um dom, porém isso não é verídico, pois a formação profissional docente requer estudo teórico e também muita prática, o que permite se articular com as exigências da sociedade em formar sujeitos em sua dimensão cognitiva, mas também nos aspectos físico-motor, social, emocional, artístico e espiritual. (LIBÂNEO, 2006)
  • 13.
  • 14. IMPORTANTE: Se desejamos formar cidadãos em sua integralidade, precisamos também formar professores que busquem em si mesmos essa integralidade, relacionando teoria e prática em um movimento dialético entre agir-refletir- agir. Nesse viés, a didática orienta os professores a agir com base em situações concretas, na busca pela consolidação das aprendizagens de todos os estudantes (LIBÂNEO, 2002).
  • 15. A escola tem uma função social a ser cumprida, que não cabe a nenhuma outra instituição. É ela que possibilita o acesso aos conhecimentos socialmente elaborados pela humanidade, que, segundo Saviani (2007), são os saberes científicos, históricos e culturais. Dessa forma, não se justifica repassar a sua função à família ou a outra instituição. Somos os profissionais e precisamos considerar que todos os alunos são capazes de aprender, independentemente de sua condição econômica ou social.
  • 16. Reflexões sobre a didática no Brasil Muitas vezes, a prática pedagógica está mais próxima do que predominou no Brasil entre 1549 e 1789, época da Ratio Studiorum ou plano de estudos, que era o método pedagógico dos jesuítas, elaborado por Santo Inácio de Loyola em 1552, fundador da Companhia de Jesus.
  • 17. Na Ratio Studiorum, as verificações avaliativas eram realizadas por provas escritas e orais, nas quais os alunos deveriam demonstrar o que aprenderam (VEIGA, 2011). A metodologia explícita no plano continha o trinômio: • estudar; • repetir e; • disputar.
  • 18. Conforme Veiga (2011), o professor era o centro dos processos de ensino e de aprendizagem e o responsável por transmitir o conhecimento enciclopédico aos estudantes.
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  • 21. Contextos histórico-culturais e a didática O campo da didática não é neutro, mas permeado pelos avanços e pelas contradições da sociedade. Nesse viés, desmistificar os pressupostos das ações educacionais permite ao professor tomar consciência sobre seu trabalho, o que lhe respalda na (re)tomada das suas decisões em prol do processo de ensino e de aprendizagem.
  • 22. Quando o docente toma consciência de que as suas decisões no contexto de sala de aula não estão isoladas do contexto macro da sociedade, tem a possibilidade de planejar de maneira que o conhecimento socialmente construído e sistematizado seja acessível a todos os estudantes.
  • 23. Foi o Senador Darcy Ribeiro (PDT-RJ) que apresentou o novo projeto de LDB que obteve a aprovação pela Comissão de Educação do Senado, em fevereiro de 1993. Depois disso, o texto passou por estudos, não somente do Poder Público, mas principalmente de profissionais da área, que puderam contribuir com suas opiniões e com o texto final dessa LDB.
  • 24. IMPORTANTE: A LDB n. 9.394 tem foco no aluno como sujeito do aprendizado, e não mais na educação pura e simples. Assim, ela passa a ver o aluno como eixo para o desenvolvimento do país. Para isso, o texto legal entende e demonstra a necessidade de formar cidadãos conscientes, éticos e capazes.
  • 25. Libâneo (2002) sintetiza os propósitos da didática por meio de perguntas, as quais trazem elementos para a compreensão do que essa disciplina significa para a formação do professor.
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