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1. Introdução
No ambiente de comunicação tem se tido alguns problemas na definição funcional do
conceitos relacionados aos processos de coordenação e subordinação. Estes itens repetitivos e
desnecessários poder-se-iam evitar através do conhecimento das normas gramaticais de
funcionamento da língua. Entretanto, este trabalho pretende ser uma contribuição ao estudo
dos processos sintácticos do processo de coordenação em português, estudando, de modo
específico, o problema dos limites entre esses dois tipos de relação sintáctica e alguns efeitos
pragmático-discursivos envolvidos em ambos esses processos. O modelo utilizado é o da
gramática funcional.
2. Objectivos:
Geral: - Compreender o processo de coordenação
Específicos: – Descrever o processo de coordenação de frases;
– Classificar as orações coordenadas; e
– Mencionar a função sintáctica desempenhada por cada oração coordenada.
– Caracterizar o processo de coordenação
2
3. Processo de Coordenação
Na gramática tradicional, "coordenação" designa o tipo de relação sintáctico-semântica que
permite ligar elementos que possuam a mesma estrutura, a mesma função sintáctica e a
mesma função semântica. Dito de outro modo, os elementos coordenados têm que ser
formalmente iguais, isto é, só é possível que um substantivo seja coordenado com outro
substantivo, que um sintagma preposicional seja coordenado com outro sintagma
preposicional, mas nunca um substantivo pode ser coordenado com um adjectivo, nem um
sintagma preposicional com um sintagma nominal.
Porém, antes de nos focar em detalhes apraz-nos fazer uma retrospectiva concernente ao
conceito de frase.
Frase: unidade de discurso com uma organização sintáctica com sentido, iniciada com
maiúscula e finalizada com sinal de pontuação forte. Ela pode ser classificada em:
Frase Simples: constituída por uma ou mais palavras com ou sem grupo verbal – uma
oração.
Frase Complexa: frase com mais do que um grupo verbal – duas ou mais orações.
3.1. Classificação das orações coordenadas
As orações coordenadas costumam ser divididas, em Português, em assindéticas (sem
conjunção) e sindéticas (com conjunção). A maioria das gramáticas classifica apenas as
sindéticas, tomando como base a natureza da conjunção. Algumas classificam também as
assindéticas, a partir de uma interpretação semântica que compara o sentido delas com os das
anteriores. Assim temos:
3.1.1. Sindéticas – sempre que frases simples se juntam entre si, ligadas por conjunções
coordenativas. Elas por sua vez são classificadas em:
 Copulativas – Quando há um elemento de ligação, expresso ou subentendido, entre as
orações, expressando ideia de acrescentamento ou adição.
Ex.: O peixe resiste e quer fugir.
A Gracinda não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório.
Não aprovo nem permitirei essa falta de educação.
3
 Adversativa – Quando a ligação entre as orações faz-se por oposição, expressando
ideia de contraste ou compensação. Neste caso, a ideia é de que a oração posterior
nega a anterior. Para este tipo de oração, a utilização da vírgula é obrigatória antes da
negativa.
Ex.: Querem ter dinheiro, mas não trabalham.
O Micail tentou chegar mais cedo, porém não conseguiu.
Minhas vizinhas gostariam de fazer faculdade, todavia não possuem condições
financeiras.
Ela não era bonita, contudo cativava pela simpatia.
 Disjuntiva – Quando a ligação entre as orações faz-se por alternância ou escolha,
indicando factos que se realizam separadamente. Aqui, a vírgula também se faz
obrigatória entre as frases, mas caso exista apenas uma oração, sua utilização é
opcional.
Ex.: O surfista ora subia as ondas altas ora descia obliquamente sobre elas.
Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.
Quer reagisse, quer se calasse, sempre acabava apanhando.
 Conclusivas – Quando é apresentada uma conclusão que expressa ideia de
consequência. Nesta situação, a vírgula é, também, obrigatória entre as orações.
Ex.: As árvores abanam, logo está ventando.
Trabalhaste bem, portanto mereces uma recompensa.
 Explicativas – Quando ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que
justifica a ideia nela contida. Esta espécie transmite, na oração posterior, uma
explicação da frase anterior, sendo também obrigatória a utilização da vírgula para
este caso.
Ex.: Não solte balões, que (porque/pois/porquanto) podem causar incêndios.
Não demore, que o filme já vai começar.
Não tenha receio, pois eu a protegerei.
3.1.2. Assindéticas – sempre que frases simples se justapõem, isto é, se colocam umas
ao lado das outras.
Exemplo: Joãozinho saiu logo, estava atrasado.
4
3.2. Conjunções e locuções coordenativas
Conjunções e locuções são palavras invariáveis que ligam orações ou palavras da mesma
oração. Elas são:
Conjunções e Locuções
Coordenativas
Disjuntivas:
Ou,ou... ou, ora...
ora, já...já,quer...
quer,seja...seja,
talvez...talvez.
Conclusivas:
Portanto,por
conseguinte,por
isso,assim
Copulativas:
E, nem(= e não),
não só...mas
também,nãosó...
como também,
bemcomo,não
só...mas ainda.
Adversativas:
Mas, porém,
contudo,todavia,
entretanto,no
entanto,não
obstante, senão,
ao passoque,
apesardisso,em
todocaso.
Explicativas:
Que,porque,pois(antesdoverbo),
porquanto.
5
4. Conclusão
Uma vez que conseguimos sentir a complexidade dos termos usados neste processo de
coordenação, é evidente afirmar que na língua portuguesa é considerada uma das mais difíceis
justamente por tantos detalhes, normas, alterações, concordâncias. Mas tudo fica muito mais
fácil quando se tem empenho e esforço em alcançar os objectivos. Nos estudos, essas são
características fundamentais e essenciais para quem deseja aprender – e não esquecer. Por
isso, deixar a preguiça de lado e focar-se nos seus estudos e aprendizados é uma das maneiras
de colocar em prática estes itens no processo comunicativo.
6
5. Referências
TEIXEIRA, M. A., BETTENCOURT, M. A. (1997). Língua Portuguesa. Texto Editora,
Lisboa
ABREU, A. S. (1997). Coordenação e Subordinação - Uma Proposta de Descrição
Gramatical. UNESP – Araraquara – SP, (pp.27-29)

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Processo de coordenação de orações em português

  • 1. 1 1. Introdução No ambiente de comunicação tem se tido alguns problemas na definição funcional do conceitos relacionados aos processos de coordenação e subordinação. Estes itens repetitivos e desnecessários poder-se-iam evitar através do conhecimento das normas gramaticais de funcionamento da língua. Entretanto, este trabalho pretende ser uma contribuição ao estudo dos processos sintácticos do processo de coordenação em português, estudando, de modo específico, o problema dos limites entre esses dois tipos de relação sintáctica e alguns efeitos pragmático-discursivos envolvidos em ambos esses processos. O modelo utilizado é o da gramática funcional. 2. Objectivos: Geral: - Compreender o processo de coordenação Específicos: – Descrever o processo de coordenação de frases; – Classificar as orações coordenadas; e – Mencionar a função sintáctica desempenhada por cada oração coordenada. – Caracterizar o processo de coordenação
  • 2. 2 3. Processo de Coordenação Na gramática tradicional, "coordenação" designa o tipo de relação sintáctico-semântica que permite ligar elementos que possuam a mesma estrutura, a mesma função sintáctica e a mesma função semântica. Dito de outro modo, os elementos coordenados têm que ser formalmente iguais, isto é, só é possível que um substantivo seja coordenado com outro substantivo, que um sintagma preposicional seja coordenado com outro sintagma preposicional, mas nunca um substantivo pode ser coordenado com um adjectivo, nem um sintagma preposicional com um sintagma nominal. Porém, antes de nos focar em detalhes apraz-nos fazer uma retrospectiva concernente ao conceito de frase. Frase: unidade de discurso com uma organização sintáctica com sentido, iniciada com maiúscula e finalizada com sinal de pontuação forte. Ela pode ser classificada em: Frase Simples: constituída por uma ou mais palavras com ou sem grupo verbal – uma oração. Frase Complexa: frase com mais do que um grupo verbal – duas ou mais orações. 3.1. Classificação das orações coordenadas As orações coordenadas costumam ser divididas, em Português, em assindéticas (sem conjunção) e sindéticas (com conjunção). A maioria das gramáticas classifica apenas as sindéticas, tomando como base a natureza da conjunção. Algumas classificam também as assindéticas, a partir de uma interpretação semântica que compara o sentido delas com os das anteriores. Assim temos: 3.1.1. Sindéticas – sempre que frases simples se juntam entre si, ligadas por conjunções coordenativas. Elas por sua vez são classificadas em:  Copulativas – Quando há um elemento de ligação, expresso ou subentendido, entre as orações, expressando ideia de acrescentamento ou adição. Ex.: O peixe resiste e quer fugir. A Gracinda não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório. Não aprovo nem permitirei essa falta de educação.
  • 3. 3  Adversativa – Quando a ligação entre as orações faz-se por oposição, expressando ideia de contraste ou compensação. Neste caso, a ideia é de que a oração posterior nega a anterior. Para este tipo de oração, a utilização da vírgula é obrigatória antes da negativa. Ex.: Querem ter dinheiro, mas não trabalham. O Micail tentou chegar mais cedo, porém não conseguiu. Minhas vizinhas gostariam de fazer faculdade, todavia não possuem condições financeiras. Ela não era bonita, contudo cativava pela simpatia.  Disjuntiva – Quando a ligação entre as orações faz-se por alternância ou escolha, indicando factos que se realizam separadamente. Aqui, a vírgula também se faz obrigatória entre as frases, mas caso exista apenas uma oração, sua utilização é opcional. Ex.: O surfista ora subia as ondas altas ora descia obliquamente sobre elas. Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário. Quer reagisse, quer se calasse, sempre acabava apanhando.  Conclusivas – Quando é apresentada uma conclusão que expressa ideia de consequência. Nesta situação, a vírgula é, também, obrigatória entre as orações. Ex.: As árvores abanam, logo está ventando. Trabalhaste bem, portanto mereces uma recompensa.  Explicativas – Quando ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida. Esta espécie transmite, na oração posterior, uma explicação da frase anterior, sendo também obrigatória a utilização da vírgula para este caso. Ex.: Não solte balões, que (porque/pois/porquanto) podem causar incêndios. Não demore, que o filme já vai começar. Não tenha receio, pois eu a protegerei. 3.1.2. Assindéticas – sempre que frases simples se justapõem, isto é, se colocam umas ao lado das outras. Exemplo: Joãozinho saiu logo, estava atrasado.
  • 4. 4 3.2. Conjunções e locuções coordenativas Conjunções e locuções são palavras invariáveis que ligam orações ou palavras da mesma oração. Elas são: Conjunções e Locuções Coordenativas Disjuntivas: Ou,ou... ou, ora... ora, já...já,quer... quer,seja...seja, talvez...talvez. Conclusivas: Portanto,por conseguinte,por isso,assim Copulativas: E, nem(= e não), não só...mas também,nãosó... como também, bemcomo,não só...mas ainda. Adversativas: Mas, porém, contudo,todavia, entretanto,no entanto,não obstante, senão, ao passoque, apesardisso,em todocaso. Explicativas: Que,porque,pois(antesdoverbo), porquanto.
  • 5. 5 4. Conclusão Uma vez que conseguimos sentir a complexidade dos termos usados neste processo de coordenação, é evidente afirmar que na língua portuguesa é considerada uma das mais difíceis justamente por tantos detalhes, normas, alterações, concordâncias. Mas tudo fica muito mais fácil quando se tem empenho e esforço em alcançar os objectivos. Nos estudos, essas são características fundamentais e essenciais para quem deseja aprender – e não esquecer. Por isso, deixar a preguiça de lado e focar-se nos seus estudos e aprendizados é uma das maneiras de colocar em prática estes itens no processo comunicativo.
  • 6. 6 5. Referências TEIXEIRA, M. A., BETTENCOURT, M. A. (1997). Língua Portuguesa. Texto Editora, Lisboa ABREU, A. S. (1997). Coordenação e Subordinação - Uma Proposta de Descrição Gramatical. UNESP – Araraquara – SP, (pp.27-29)