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Ficha de Leitura
Bibliografia:
MONASTERIO, L. EHRL, P. (2015). Colónias de Povoamento Versus Colónias de
Exploração: de Heeren a Acemoglu. Brasília: Rio de Janeiro: ipea
Resumo das ideias principais dos autores
Tema: A colonização – conceito, significado e evolução
Segundo Monasterio e Ehrl (2015), “a colonização é um processo de ocupação de uma
região do globo por populações de países mais poderosos, com objectivos políticos e
económicos das suas políticas internas” (p. 11). Segundo eles, o sentido da colonização está
relacionado ao tipo de colonização que por sua vez condiciona o futuro das sociedades nas
quais foram colonizadas (p. 7). Exemplo: herdarem as leis do país de origem, língua, etc.
A expansão marítima dos países da Europa, depois do séc. XV, se originou de simples
empresas comerciais levadas a efeito pelos navegadores daqueles países. Derivou também
do desenvolvimento do comércio continental europeu, que até o séc. XIV foi quase
unicamente terrestre, e limitado, por via marítima, a uma pequena navegação costeira.
No séc. XIV, houve uma verdadeira revolução na arte de navegar e nos meios de transporte
por mar, onde primeiro reflexo desta transformação foi deslocar a primazia comercial dos
territórios centrais do continente, para aqueles que formam a sua fachada oceânica. A
Europa deixou de viver recolhida sobre si mesma para enfrentar os oceanos. O papel de
pioneiro nesta nova etapa pertenceu aos portugueses. Enquanto holandeses, ingleses,
normandos e bretões se ocupam na via comercial recém-eleita, os portugueses foram mais
longe, procurando empresas em que não encontrassem concorrentes mais antigos e já
instalados. Descobrirão as Ilhas (Cabo Verde, Madeira, Açores). Lá por meados do séc.
XV, começa a se desenhar um plano mais amplo: atingir o oriente contornando a África.
Seria abrir uma rota que os poria em contacto directo com as Índias das preciosas
especiarias. Atrás dos portugueses lançaram-se os espanhóis. Escolherão outra rota, pelo
ocidente ao invés do oriente. Descobriram a América, seguidos de perto pelos portugueses
que também conheceram o novo continente. Os problemas de novo sistema de colonização,
envolvendo a ocupação de territórios quase desertos e primitivos, tiveram feição variada,
dependendo em cada caso das circunstâncias particulares com que se apresentavam. A
primeira delas foi a natureza dos géneros aproveitáveis que cada um daqueles territórios
proporcionava. A América deu à disposição em tratos imensos, territórios que só esperavam
a iniciativa e o esforço do Homem.
Foi isto que estimulou a ocupação dos trópicos americanos. Mas trazendo este agudo
interesse, o colono europeu não traria com ele a disposição de pôr-se a serviço, neste meio
tão difícil e estranho, a energia do seu trabalho físico. Viria como dirigente da produção de
géneros de grande valor comercial, como empresário de um negócio rendoso; mas só a
contragosto como trabalhador. Por isso adoptou a mão-de-obra escrava de outras raças,
indígenas do continente ou negros africanos importados, muitos colonos europeus tiveram
de se sujeitar, embora a contragosto, aquela condição.
Em troca do transporte, que não podiam pagar, vendiam seus serviços por um certo lapso de
tempo. Outros partiram como deportados; também menores abandonados ou vendidos pelos
pais ou tutores eram levados naquelas condições para a América a fim de servirem até a
maioridade.
Heeren (1817, p. 35) citado por Monasterio e Ehrl (2015) apresenta sua tipologia já na
análise do que chama de primeiro período da formação do sistema colonial (1492-1515). A
classificação estaria baseada no objectivo da instalação das colónias e seria a seguinte:
 Colónia de povoamento/Colónia de agricultores – onde os colonos são
agricultores europeus e proprietários de terra. Este tipo de colónia tenderia a tornar-
se uma nação independente.
 Colónia de exploração – o objectivo seria a exportação de produtos primários para
os países europeus. Geralmente, o número de europeus seria baixo, eles não se
tornariam cidadãos locais e o uso de mão-de-obra escravidão seria frequente. Com
isto, afirma Heeren (1817), este tipo de colónia não tende a desenvolver-se como
nação.
 Colónia de mineração – O objectivo destas seria a extracção de metais preciosos.
Os colonos europeus com o tempo adoptariam identidades locais. Ocupariam
amplos territórios, mas não tenderiam a ser muito bem sucedidas, porque a ênfase
seria apenas nas actividades de mineração e os demais empreendimentos
económicos seriam negligenciados.
 Colónia mercantil – Existiriam para comercializar produtos primários do interior
da colónia, produtos de pesca ou artesanato das populações nativas. Começam como
entrepostos, mas, pelo uso da força e da estratégia, poderiam ocupar vastas áreas. Os
europeus seriam proprietários de terra; contudo, em número pequeno, não
chegariam a ter identidade local.
Roscher, citado em Monasterio e Ehrl (2015) acrescenta as colónias de conquista
defendendo como aquelas que são centradas na exploração dos nativos. Aqui, os colonos
imigram em pequenos grupos – por período limitado de tempo e não almejam beneficiar-se
da sua própria produção, e sim da exploração das populações locais.
Minha opinião sobre o tema
Com base nas ideias frisadas pelos autores em torno do tema sobre a colonização tenho a a
enfatizar os impactos que essa colonização tem para as colónias através das actividades que
elas desencadeiam tendo em vista o objectivo ou foco de cada colonizador numa
determinada área. Dito que a colonização é a fixação de certos poderosos numa
determinada região, a sua interacção com o ambiente interno resultam grandes mudanças na
ordem sócio-política, cultural e económica, uma vez ainda em virtude daquilo que são as
práticas introduzidas, que ao longo dos tempos têm influenciado nas características de
identidade interna. Um exemplo concreto é adopção da língua, leis do país colonizador,
dependência, alteração dos hábitos e costumes locais, exploração do homem pelo homem.
Outros aspectos podem envolver o desenvolvimento comercial através da existência de
trocas comerciais e a obtenção de certos produtos que não são encontrados localmente.
A introdução das colónias em diferentes pontos do mundo tiveram como ponto de partida
ao interesses dos próprios europeus que de partida derivou da necessidade de
conhecimentos de vários pontos do mundo e que com a Revolução Industrial proporcionou
uma grande necessidade de mais se alavancar a procura de novos mercados para enriquecer
a produção e produtividade das indústrias europeias e a sua consequente procura de mão-
de-obra para substituir os esforços físicos dos próprios europeus nas suas grandes
plantações em diferentes pontos do mundo, especificamente para as Américas. Esta
migração de pessoas de territórios africanos tiveram as suas implicações nos locais de
origem que se destacam a morte de muita população, a falta de mão-de-obra para as
actividades agrícolas e consequente ameaça de fome pois houve uma significativa redução
de produção.
Ficha de Leitura a ser submetido no Departamento de Ciências Sociais e Filosofias, de carácter avaliativo,
cadeira: HPE, Curso de HIPOGEP, 4º Ano, Curso - Diurno, 2017
Estudante: Mirza Ireny Mateus

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Colonizações Tipos Impactos

  • 1. Ficha de Leitura Bibliografia: MONASTERIO, L. EHRL, P. (2015). Colónias de Povoamento Versus Colónias de Exploração: de Heeren a Acemoglu. Brasília: Rio de Janeiro: ipea Resumo das ideias principais dos autores Tema: A colonização – conceito, significado e evolução Segundo Monasterio e Ehrl (2015), “a colonização é um processo de ocupação de uma região do globo por populações de países mais poderosos, com objectivos políticos e económicos das suas políticas internas” (p. 11). Segundo eles, o sentido da colonização está relacionado ao tipo de colonização que por sua vez condiciona o futuro das sociedades nas quais foram colonizadas (p. 7). Exemplo: herdarem as leis do país de origem, língua, etc. A expansão marítima dos países da Europa, depois do séc. XV, se originou de simples empresas comerciais levadas a efeito pelos navegadores daqueles países. Derivou também do desenvolvimento do comércio continental europeu, que até o séc. XIV foi quase unicamente terrestre, e limitado, por via marítima, a uma pequena navegação costeira. No séc. XIV, houve uma verdadeira revolução na arte de navegar e nos meios de transporte por mar, onde primeiro reflexo desta transformação foi deslocar a primazia comercial dos territórios centrais do continente, para aqueles que formam a sua fachada oceânica. A Europa deixou de viver recolhida sobre si mesma para enfrentar os oceanos. O papel de pioneiro nesta nova etapa pertenceu aos portugueses. Enquanto holandeses, ingleses, normandos e bretões se ocupam na via comercial recém-eleita, os portugueses foram mais longe, procurando empresas em que não encontrassem concorrentes mais antigos e já instalados. Descobrirão as Ilhas (Cabo Verde, Madeira, Açores). Lá por meados do séc. XV, começa a se desenhar um plano mais amplo: atingir o oriente contornando a África. Seria abrir uma rota que os poria em contacto directo com as Índias das preciosas especiarias. Atrás dos portugueses lançaram-se os espanhóis. Escolherão outra rota, pelo ocidente ao invés do oriente. Descobriram a América, seguidos de perto pelos portugueses que também conheceram o novo continente. Os problemas de novo sistema de colonização, envolvendo a ocupação de territórios quase desertos e primitivos, tiveram feição variada, dependendo em cada caso das circunstâncias particulares com que se apresentavam. A primeira delas foi a natureza dos géneros aproveitáveis que cada um daqueles territórios proporcionava. A América deu à disposição em tratos imensos, territórios que só esperavam a iniciativa e o esforço do Homem.
  • 2. Foi isto que estimulou a ocupação dos trópicos americanos. Mas trazendo este agudo interesse, o colono europeu não traria com ele a disposição de pôr-se a serviço, neste meio tão difícil e estranho, a energia do seu trabalho físico. Viria como dirigente da produção de géneros de grande valor comercial, como empresário de um negócio rendoso; mas só a contragosto como trabalhador. Por isso adoptou a mão-de-obra escrava de outras raças, indígenas do continente ou negros africanos importados, muitos colonos europeus tiveram de se sujeitar, embora a contragosto, aquela condição. Em troca do transporte, que não podiam pagar, vendiam seus serviços por um certo lapso de tempo. Outros partiram como deportados; também menores abandonados ou vendidos pelos pais ou tutores eram levados naquelas condições para a América a fim de servirem até a maioridade. Heeren (1817, p. 35) citado por Monasterio e Ehrl (2015) apresenta sua tipologia já na análise do que chama de primeiro período da formação do sistema colonial (1492-1515). A classificação estaria baseada no objectivo da instalação das colónias e seria a seguinte:  Colónia de povoamento/Colónia de agricultores – onde os colonos são agricultores europeus e proprietários de terra. Este tipo de colónia tenderia a tornar- se uma nação independente.  Colónia de exploração – o objectivo seria a exportação de produtos primários para os países europeus. Geralmente, o número de europeus seria baixo, eles não se tornariam cidadãos locais e o uso de mão-de-obra escravidão seria frequente. Com isto, afirma Heeren (1817), este tipo de colónia não tende a desenvolver-se como nação.  Colónia de mineração – O objectivo destas seria a extracção de metais preciosos. Os colonos europeus com o tempo adoptariam identidades locais. Ocupariam amplos territórios, mas não tenderiam a ser muito bem sucedidas, porque a ênfase seria apenas nas actividades de mineração e os demais empreendimentos económicos seriam negligenciados.  Colónia mercantil – Existiriam para comercializar produtos primários do interior da colónia, produtos de pesca ou artesanato das populações nativas. Começam como entrepostos, mas, pelo uso da força e da estratégia, poderiam ocupar vastas áreas. Os europeus seriam proprietários de terra; contudo, em número pequeno, não chegariam a ter identidade local.
  • 3. Roscher, citado em Monasterio e Ehrl (2015) acrescenta as colónias de conquista defendendo como aquelas que são centradas na exploração dos nativos. Aqui, os colonos imigram em pequenos grupos – por período limitado de tempo e não almejam beneficiar-se da sua própria produção, e sim da exploração das populações locais. Minha opinião sobre o tema Com base nas ideias frisadas pelos autores em torno do tema sobre a colonização tenho a a enfatizar os impactos que essa colonização tem para as colónias através das actividades que elas desencadeiam tendo em vista o objectivo ou foco de cada colonizador numa determinada área. Dito que a colonização é a fixação de certos poderosos numa determinada região, a sua interacção com o ambiente interno resultam grandes mudanças na ordem sócio-política, cultural e económica, uma vez ainda em virtude daquilo que são as práticas introduzidas, que ao longo dos tempos têm influenciado nas características de identidade interna. Um exemplo concreto é adopção da língua, leis do país colonizador, dependência, alteração dos hábitos e costumes locais, exploração do homem pelo homem. Outros aspectos podem envolver o desenvolvimento comercial através da existência de trocas comerciais e a obtenção de certos produtos que não são encontrados localmente. A introdução das colónias em diferentes pontos do mundo tiveram como ponto de partida ao interesses dos próprios europeus que de partida derivou da necessidade de conhecimentos de vários pontos do mundo e que com a Revolução Industrial proporcionou uma grande necessidade de mais se alavancar a procura de novos mercados para enriquecer a produção e produtividade das indústrias europeias e a sua consequente procura de mão- de-obra para substituir os esforços físicos dos próprios europeus nas suas grandes plantações em diferentes pontos do mundo, especificamente para as Américas. Esta migração de pessoas de territórios africanos tiveram as suas implicações nos locais de origem que se destacam a morte de muita população, a falta de mão-de-obra para as actividades agrícolas e consequente ameaça de fome pois houve uma significativa redução de produção. Ficha de Leitura a ser submetido no Departamento de Ciências Sociais e Filosofias, de carácter avaliativo, cadeira: HPE, Curso de HIPOGEP, 4º Ano, Curso - Diurno, 2017 Estudante: Mirza Ireny Mateus