O regresso do Cavaleiro da Dinamarca à sua família na véspera de Natal
1.
2. PROJETO TODOS JUNTOS
O Projeto “ Todos Juntos Podemos Ler” visa
promover junto dos nossos alunos o gosto pela
leitura, pela escrita, no fundo, pelo mundo das
letras…
Tratando-se de alunos com Necessidades
Educativas Especiais de caráter permanente com
deficiências graves numa ou mais áreas, a leitura,
a escrita e a palavra surgem como desafios que
devem ser promovidos, trabalhados e
despertados dentro de cada um destes alunos.
3. Como tal, decidimos incentivar a
comunicação que passa por imagens
associadas a conceitos, pequenas frases,
que contam uma história. Essa história faz
parte do programa curricular nacional do
terceiro ciclo- “ O Cavaleiro da Dinamarca”
de Sophia de Mello Breyner Andresen.
PROJETO TODOS JUNTOS
4. Acreditamos que mesmo tratando-se de uma
narrativa extensa e complexa, pode ser
compreendida e sentida pelos nossos alunos
com toda a subjetividade inerente a cada
indivíduo.
PROJETO TODOS JUNTOS
5. Importa acrescentar que o processo foi
desafiante, enriquecedor e envolveu
diferentes vertentes: seleção das ideias
principais, seleção das cores e imagens dos
slides do powerpoint, elaboração de todos os
adereços: chapéus em
papel, árvores, construção do mapa à vista
com o desenho da viagem do
cavaleiro, reconto das histórias dentro da
história.
PROJETO TODOS JUNTOS
14. Uma casa na floresta
Havia no norte do país, perto do mar,
uma grande floresta onde morava um
cavaleiro com a sua família.
15. O Grande Pinheiro
Em frente à porta da casa havia um
grande pinheiro que era a árvore
mais alta da floresta.
16. Numa noite de Natal
Quando todos estavam reunidos à
volta da mesa, a comer e a contar
histórias, o cavaleiro disse à
família que iria partir em
peregrinação à Terra Santa.
20. Em Jerusalém
Juntou-se a um grupo de peregrinos e visitou
os locais sagrados relacionados com a vida de
Jesus.
21. Em Belém
No dia de natal dirigiu-se para a gruta onde Jesus
nasceu. Chorando de alegria, beijou as pedras da
gruta.
Rezou muito, nessa noite, o Cavaleiro.
22. Na viagem de regresso…
…uma tempestade violentíssima
quase destruiu o navio e este já
não pôde seguir viagem.
23. Itália
seguir viagem.Na viagem conheceu um mercador de
Veneza que o aconselhou a conhecer a
sua cidade e depois, seguiria por terra até
ao porto de Génova, atravessando o norte
da Itália.
24. Veneza
• Durante a viagem conheceu um mercador
veneziano e ficaram grandes amigos.
• O mercador convidou-o para ficar em sua casa
e conhecer a cidade de Veneza.
Construída sobre pequenas ilhas, as ruas
são canais onde deslizam pequenos barcos
e os palácios crescem das águas.
25. Na casa do Mercador
O mercador alojou o cavaleiro no seu
palácio. Tinham longas conversas
sobre a beleza e a riqueza da cidade.
Do outro lado do canal via-se um
belo palácio onde morava Jacob Orso.
26. História de Veneza
Jacob Orso tinha sido o tutor da rapariga mais bela de
Veneza. Vanina vivia aprisionada naquele palácio
porque não queria casar com Arrigo, um homem velho
e rico. Guidobaldo ficou maravilhado com os seus belos
cabelos, ofereceu-lhe um pente de ouro e prometeu
salvá-la. Voltou numa noite de nevoeiro, trazendo uma
escada de seda, levou Vanina no seu barco. Casaram e
nunca mais foram vistos.
27. O Cavaleiro deixa Veneza
• Decidiu partir para voltar a tempo do Natal,
cumprindo a promessa feita à sua família.
• O mercador ofereceu-lhe um cavalo e cartas
de apresentação para ele se apresentar em
casa dos homens poderosos do Norte de Itália
que eram amigos do mercador.
Decidiu partir para voltar a tempo do
Natal, cumprindo a promessa feita à sua
família.
O mercador dera-lhe algumas cartas de
apresentação para os homens mais
poderosos do norte da Itália.
28. Partida para Florença
Montado num
belo cavalo que
o mercador lhe
oferecera, o
dinamarquês
deixa Veneza e
parte para
Florença.
29. Florença
• Ficou alojado em casa de um banqueiro
chamado Averardo.
Atravessou a velha ponte sobre o rio
e procurou a casa do banqueiro
Averardo.
O banqueiro recebeu-o com grande
alegria e hospedou-o em sua casa.
30. Em casa do banqueiro
O Cavaleiro conheceu alguns dos seus amigos e
ficou surpreendido com tanta cultura.
Falavam de matemática, de astronomia, de
filosofia, de pintura, de poesia, de música…
…falavam do passado, do presente e do futuro.
Discutiam sobre a obra de Giotto.
31. Quem é Giotto?
Voltava Cimabué duma viagem
quando, na vertente de um monte,
viu uma enorme pedra coberta de
lindos desenhos. Interrogou-se
quem seria o pintor. Então,
descobriu um pastor que desenhava,
era um rapazito e o seu nome era
Giotto. Cimabué levou-o para
Florença e ensinou-lhe a sua arte.
Giotto foi um grande pintor, que teve
como mestre Cimabué.
32. O Cavaleiro deixa Florença
O banqueiro pediu-lhe para ficar, mas o
cavaleiro não aceitou. Agradeceu o convite, pois
tinha de regressar ao seu país.
Averardo deu-lhe uma carta de recomendação
para um rico comerciante da Flandres.
33. Viagem para Génova
Viajava com pressa para embarcar
no porto de Génova num dos navios
que, no princípio do verão, sobem
para o norte da europa.
34. Perto de Génova
• Os frades cuidaram dele mas muito
lentamente.
•
Já no fim do caminho, a pouca distância de
Génova, adoeceu. Tremendo de febre, foi bater à
porta de um convento.
35. No convento
Os frades trataram-no com chás de raízes de
flores, com pílulas de aloés, com xaropes de
mel e vinho quente, com pós misteriosos e
emplastros de farinhas e ervas.
36. No claustro do convento
Admirou as pinturas nas paredes que contavam os milagres dos
santos.
Santo António pregando
aos peixes.
São Francisco fazendo um
pacto com o lobo.
37. Génova
• O Verão passou e todos os barcos que o
levariam desde Génova até à Flandres já
tinham partido.
Despediu-se dos frades e continuou o seu
caminho.
Mas quando chegou ao grande porto de
mar, todos os navios já tinham partido.
38. De partida para a Flandres…
Depois do desespero veio o ânimo. O Cavaleiro
decidiu seguir viagem por terra. Atravessou os
Alpes e toda a França a cavalo.
39. Flandres
Quando chegou à Flandres era já Inverno e
nevava. Aí procurou o negociante flamengo,
levava a carta de recomendação que o banqueiro
lhe tinha dado.
40. As Especiarias
O flamengo recebeu-o com grande amabilidade.
Durante o jantar, o cavaleiro espantou-se com o
paladar da comida que estava temperada com
especiarias.
Foi então que chegou um dos capitães dos navios do
flamengo. Trazia três cofres, um com pérolas, outro
com ouro e outro com pimenta.
41. As Expedições Portuguesas
A pedido do negociante, o capitão começou a falar
das suas viagens. Este, alistara-se nas expedições
portuguesas para explorar a costa africana.
Contou a história de Pêro Dias.
42. História de Pêro Dias
O português Pêro Dias, quis estabelecer contacto
com os africanos, falando por gestos. Mas uns e
outros não entendiam as respetivas línguas. Por
esse motivo, Pêro Dias acabou por ser morto
juntamente com um negro.
Ambos trespassados por um golpe: da lança e da
espada.
O sangue de ambos era exatamente da
mesma cor.
43. Saída da Flandres
Era novembro, o frio aumentava todos os
dias, anunciando o inverno. Ninguém se arriscava a
viajar por mar para norte. Mas como prometeu chegar
nesse Natal à sua casa, decidiu continuar a viagem por
terra.
44. O regresso à Dinamarca
. Caminhou durante longas semanas.
Os campos estavam cobertos de neve
e o frio gelava-o até aos ossos.
45. Antevéspera de Natal
Chegou a uma pequena povoação perto da sua
floresta e foi recebido com grande alegria pelos seus
amigos. Todos rezavam pelo seu regresso.
Na madrugada seguinte o cavaleiro partiu.
46. Véspera de Natal
Caminhava com grande pressa. Tinha de
chegar à sua casa antes da meia noite.
A neve apagara todos os carreiros e através
do arvoredo o Cavaleiro procurava o seu
caminho.
47. Os Lobos
A floresta estava cheia de lobos esfomeados.
O Cavaleiro, com a certeza de que, na noite de
Natal, as feras não atacam o Homem, disse:
- Hoje é noite de trégua, noite de Natal!
E ao som destas palavras recuaram e
desapareceram.
48. O Urso
Mais adiante ouviu o ronco de um urso. E o
cavaleiro retorquiu:
- Hoje é noite de trégua, noite de Natal!
Então o bicho recuou e grunhindo desapareceu.
49. A Luz
Entre o silêncio e a treva continuou a caminhar.
Caminhava ao acaso, pois nada via e nada ouvia.
Lembrou-se da grande noite azul de Jerusalém.
O Cavaleiro rezou.
Na massa escura dos arvoredos começou a crescer uma
pequena claridade.
50. A luz continuava a crescer
- Que maravilhosa fogueira! – pensou o
Cavaleiro.
Era o grande abeto, a maior árvore da
floresta que estava coberta de luzes.
51. O Cavaleiro chegou a casa
Os anjos do Natal tinham enfeitado a árvore com
dezenas de pequeninas estrelas para guiar o Cavaleiro.
Esta história, levada de boca em boca, correu os países do
Norte. E é por isso que na noite de Natal se iluminam os
pinheiros.
FIM